𝐌𝐀𝐃 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍 🌾

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🥞Capítulo Doze;
❛Que pena que ela enlouqueceu❜

Betty, um dia depois daquele verão.

Entrou no carro o mais rápido que pode, mas não conseguiu fechar a janela a tempo, respirou fundo de qualquer jeito era melhor falar de uma vez.

- O que você pensou que eu iria dizer sobre isso?- Ela elevou as orbes azuis encarando James que pareceu não saber o que dizer.

- Betty, eu sinto muito. - Ele falou, de novo.

Betty ligou o carro, o que diabos ela estava pensando quando saiu de casa? James não parecia ter um bom pedido de desculpas, ele não tinha nada além de seu arrependimento, e Betty não acreditava nele. Não mais.

A garota saiu dali o mais rápido que pode, atropelou uma lixeira no caminho, estava com tanta raiva. Dirigiu para casa em alta velocidade, a cidade era pequena e a fofoca era mais fácil de se fazer. Minutos depois de Betty chegar em casa, já haviam dezenas de pessoas falando sobre como ela parecia uma mulher louca dirigindo por aí.

Betty não gostou de ser chamada de louca, assim como também não tinha gostado de ser traída e perceber que seu namorado não tinha nada a dizer sobre o que fez. Ela sentou na escada enquanto assistia sua mãe falar com alguém no telefone, quem poderia ser em uma tarde como aquelas?

- Tudo bem, Sr. Collins, não se preocupe com isso. - Rebeka se despediu e desligou o telefone se voltando a Betty que olhava curiosa para a mãe. - Ele queria pedir desculpas por tudo que o filho causou.

- Atencioso - Disse Betty.

- Não mesmo. - Rebeka caminhou para perto. - Ele disse que vocês ainda são jovens de mais para saber o que é certo ou errado... e também disse que o filho é homem e tem necessidades.

- O que?! - Betty levantou, duas vezes mais brava do que antes. - Em que século ele acha que está vivendo? E como você respondeu com tanta calma?

Rebeka andou até a janela, o sol estava se pondo, ela conseguiu perceber o olhar malicioso de sua mãe quando se virou de volta.

- Vá vestir uma roupa totalmente preta - Ela disse empurrando Betty em direção às escadas para que a garota andasse mais rápido. - Eu vou preparar o jantar e depois nós vamos passear.

Se tem uma coisa que Betty aprendeu em todos estes anos, foi a não questionar Rebeka Brooks quando ela tem uma ideia maluca, e por isso a garota subiu para o quarto e começou a procurar por roupas escuras.

Enquanto fazia isso e também depois enquanto jantava, a garota se perguntava se as coisas estavam mudando para ele como mudavam para ela. Se ele ainda cantava Iris por todo o caminho para casa. Se quando o fazia, ele lembrava dela, ou quando passava pelo jardim do vizinho que eles sempre tinham que tomar muito cuidado para roubar os morangos. Se pensa nela, pensa como?

A imagina sorrindo para ele ?
Ou a imagina resmungando: Foda-se você para sempre?

Talvez as pessoas estivessem certas em dizer que ela estava maluca, era assim que ela se sentia.

Betty se pegava pensando em como seria quando ela voltasse para escola. Se ela ainda estaria tão brava que as pessoas conseguiriam perceber.

- E não há nada como uma mulher louca - Disse Rebeka de repente tomando a atenção de betty para si. - As pessoas não gostam que as mulheres reajam, Betty, quando você não o aceitou de volta, foi uma reação e isso os assusta.

- Faz eles nos chamar de louca? - Perguntou Betty.

- Uma mulher com voz vai ser sempre taxada de louca. - Respondeu Rebeka.

Essa frase permaneceu na cabeça da jovem Brooks enquanto ela terminava seu jantar, enquanto lavava a louça e então, enquanto andava até o carro.

- Onde vamos? - Perguntou a Brooks.

- Primeiro ao mercado e depois... bem você vai ver. - A ruiva respondeu ligando o som do carro e escolhendo uma música das Spice Girls.

Enquanto Rebeka dirige, Betty pensa em como é realmente uma pena que as pessoas digam que ninguém gosta de uma mulher louca, mas ninguém nunca fala sobre quem a fez ficar assim.
Mas ela não deveria ficar surpresa por isso, as pessoas sempre procuravam motivos para colocar uma mulher em sua força.

E não há nada como uma mulher louca.

Betty sabia o que eles diriam: Siga em frente;
Mas quem a conhecia sabia que ela não iria, ela não podia. Estava com raiva demais para ir em frente e fingir que nada aconteceu. Sentia raiva de praticamente todo mundo, todos que sabiam e não disseram nada para ela, sentia até raiva de Augustine, mas principalmente sentia raiva de James Collins.

- Venha, vamos comprar alguns ovos! - Rebeka saltou para fora do carro correndo para a porta do mercado esperando por Betty.

A garota não entendeu mas desceu do carro mesmo assim, Rebeka passou por alguns corredores de comida, pegando salgadinhos, balas e refrigerantes como se elas não houvessem acabado de comer o que deveria ser a última refeição do dia.

Mas então ela parou na prateleira de ovos.

- E as mulheres também gostam de caçar bruxas - Rebekah sorriu entregando a cesta de mercado para Betty e pegando três bandejas de ovos. - Estes não são bons o suficiente.

Rebeka caminhou até encontrar um atendente, trocou algumas palavras com ele, que pareceu muito confuso de início mas então levou ela por um caminho que só os funcionários deveriam ir. Betty ficou para trás totalmente confusa com o que eles estavam fazendo, mas então sua mãe voltou com uma caixa em suas mãos e um grande sorriso no rosto.

- Vamos, Betty - Ela continuou andando sem explicar o que tinha acabado de fazer, e Betty a seguiu curiosa.

Elas pagaram pela mercadoria e então voltaram para o carro, Rebeka ligou o carro e voltou a ligar a música, evitando ter que se explicar para a garota. Betty observava a caixa no banco de trás, curiosa sobre o que tinha lá dentro e também sobre onde iriam.

Mas então passou a reconhecer a rua, Rebeka deixou o carro na esquina e então elas caminharam até os fundos de uma casa que Betty já conhecia bem.

- Mãe, o que estamos fazendo aqui? - Betty perguntou em um sussurro. - Essa é a casa do James!

- Graças a Deus - Disse a Brooks mais velha. - Já imaginou se coloco fogo na casa errada?

- O que?! - Betty teve que se controlar para não gritar.

- Estou brincando! Não vamos colocar fogo em nada... hoje - Rebeka sorriu e colocou a caixa no chão. Betty olhou em volta e agradeceu por James ser alérgico a cães e não poder ter um em casa. - Vamos jogar ovos!

Rebeka abriu a caixa e o fedor se instalou no lugar, os ovos estavam mais do que podres e agora Betty entendia o que Rebeka fez no mercado.

- Se você não quiser, eu jogo sozinha.

Betty pensou, geralmente não seria algo que ela faria, mas apenas a ideia de James tento que limpar a frente de sua casa já a fez sorrir. A satisfação de imaginar a expressão irritada de James, a fez jogar o primeiro ovo na porta da casa, ficou feliz por não ter ativado nenhum alarme.

Ela tinha o direito de estar brava, deveria mesmo estar agitada, não sentia nenhum mínimo remorso no que estava fazendo e tinha que segurar a risada a cada ovo que acertava na janela do garoto.

O último ovo foi jogado ao mesmo tempo que a janela de James foi aberta, e então elas ouviram um grito assustado quando o podre acertou o rosto dele. Betty e Rebeka se puseram a correr o mais rápido que suas pernas conseguiram.

Sorte delas que eram Rebeka era atleta na escola, assim como Betty ainda era. Quando chegaram ao carro, o ligaram com pressa e então fugiram dali. Quando já estavam longe o suficiente trocaram um olhar cúmplice e então começaram a rir, tão alto que tiveram que parar o carro.

Ninguém gosta de uma mulher louca, só quem a fez ficar assim

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