𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐒𝐓 𝐆𝐑𝐄𝐀𝐓 𝐀𝐌𝐄𝐑𝐈𝐂𝐀𝐍 𝐃𝐘𝐍𝐀𝐒𝐓𝐘 🌾

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

🎸Capítulo Três;

"Quem sabe, se ela nunca
tivesse aparecido, o que poderia ter sido."

Rebeka, antes daquele verão, antes de Betty, James e Augustine.

O jornal da cidade carregava o título "A Última Grande Dinastia Americana". Rebeka amassou o papel para subir no último trem da tarde, embora ainda estivesse um dia ensolarado. Enquanto imaginava como seria sua nova casa, provavelmente uma inglesa tradicional como todas aquelas que viu no caminho.

Ela gostaria de saber se um dia poderia esquecer St. Louis e parar de comparar sua casa em uma cidade maluca com todas aquelas casas em cidades normais.

Ela encostou sua cabeça contra o vidro da janela, poderia ter ido de carro ou usado qualquer outro transporte, mas sabia muito bem porque escolheu o trem, era porque a lembrava dele. Rebeka fechou os olhos para descansar ou para tentar dormir apenas para evitar pensar em sua filha, e vida que estava deixando para trás agora.

Ao invés de descanso Rebeka conseguiu sonhos sobre memórias antigas de quando conheceu Bill, um herdeiro de grande nome e dinheiro da Standard Oil, e conhecido na antiga cidade onde ela vivia antes de St. Louis e antes da que ela iria morar a partir daquele dia.

Quando se conheceram Rebeka ainda era casada, a ruiva cresceu em uma casa nada boa e achou que um casamento fosse a melhor forma de fugir disso, por isso acabou casada aos dezesseis anos com alguém que conheceu na escola, como se isso fosse dar certo algum dia.

Bill e Rebeka não tiveram nada por conta desse casamento, mas ele era um bom amigo e a ajudou a se equilibrar sozinha em sua vida, a apresentando algumas pessoas o que a ajudou a encontrar um bom emprego o que a ajudou a juntar dinheiro para pagar uma boa faculdade.

Mas aos dezenove anos Rebeka se divorciou e no mesmo ano descobriu que não se podia forçar a amar alguém e muito menos a não amar, e com isso aos vinte anos a mulher já estava casada novamente, poderia parecer uma loucura ou uma grande burrice, mas pela primeira vez ela sentia que tinha feito alguma coisa certa.

Bill era conhecido pela cidade inteira e então quando a notícia se espalhou toda a gente se perguntou: Como uma divorciada de classe média conseguiu isso?
O que de início incomodou Rebeka, ela não era uma interesseira, mas depois parou para analisar todas as pessoas que a estavam julgando e percebeu que não havia motivos para se sentir ofendida.

Seu casamento foi lindo, mas eles optaram por algo mais pequeno e simples com apenas sua família e um pequeno grupo de amigos mais próximos. E a cidade julgou que essa escolha tinha sido na verdade por falta de dinheiro para uma grande festa, disseram que a herança do Bill não era mais tão suficiente.

E para se afastar dessas pessoas e de todas as palavras negativas que eles gostavam de espalhar, Rebeka e Bill escolheram uma casa em St. Louis e chamaram de Casa de Férias, mesmo que não fosse mesmo uma.

Lá eles deram várias festas de bom gosto, até um pouco barulhentas, os vizinhos os adoravam e Rebeka nunca foi tão bem recebida em sua vida quanto foi naquele lugar, também foi lá, três meses depois que ela descobriu que teria um bebê.

A notícia era boa mas abalou Bill e Rebeka temeu quando contou a ele que estava grávida e o viu empalidecer e ficar uma semana longe de casa, achou que esse era o fim de seu casamento perfeito e que Bill não era tão bom quanto parecia.

Depois de exatamente sete dias Bill voltou para conversar e contar a ela que a última festa que deram o fez ir parar no hospital e que o médico tinha dito para ele sossegar, ou seu problema no coração, que ele tinha desde sempre mesmo sendo muito novo, iria acabar com ele. Rebeka desejou ter sabido disso antes, talvez pudesse ter feito algo para ajudar, mesmo que no fundo soubesse que não havia nada que ela poderia ter feito.

Eles tiveram uma garotinha que nasceu com lindos cabelos ruivos, e foram uma família feliz por seis anos. Foram seis anos que ninguém em Rhode Island soube de Bill ou Rebeka, mas quando ela reapareceu com a notícia de um marido falecido e uma herdeira de Bill segurando sua mão a cidade recomeçou os boatos.

"Deve ter sido culpa dela que o coração dele parou de bater." Eles disseram.

Rebeka ouviu a mãe de Bill dizer que sua família costumava ser considerada uma grande dinastia americana antigamente, e ela realmente achava que Bill tinha levado a última dinastia americana, quando se casou com Rebeka.

Quem sabe, se ela nunca tivesse aparecido, o que poderia ter sido, Rebeka pensou por muito tempo enquanto cuidava das coisas de Bill e tentava não parecer abalada em frente a Betty que era só uma criança que acabou de perder seu pai.

Mas um dia tudo vem a tona e tudo que Rebeka vinha guardando se transformou em uma vontade louca de acabar com os cabelos ruivos que Bill amava tanto nela e que ela não queria que nenhum outro homem admirasse se não ele, e então pintou seu cabelo de loiro no banheiro de sua casa.

No outro dia quando percebeu que seu cabelo havia ficado todo manchado, Rebeka teve que ir até o cabeleireiro para tentar arrumar a bagunça que havia feito, e quando passou pela rua, ouviu um vizinho dizendo: — Lá se vai a mulher mais louca que esta cidade já viu.

Rebeka sorriu e acenou para ele, depois que voltou para casa esperou anoitecer e foi até a caixa de correio dele, foi uma coisa infantil de se fazer mas ela se divertiu bastante estragando a caixa e mais todo o jardim.

No outro dia Rebekah acordou e sentiu que não queria mais estar ali, então desistiu da vida em Rhode Island para sempre. Mas antes de sair da casa ela convidou todo o seu grupo de amigas da cidade e também alguns que nem eram tão amigos assim, encheu a piscina de champanhe e nadou com quem Bill antes de tudo aquilo havia dito a ela que eram grandes nomes.

Depois que se mudou seus vizinhos buscaram por qualquer notícia dela, mas ninguém nunca sabia o que exatamente Rebeka estava fazendo, mesmo assim saíram boatos que ela havia gastado todo o dinheiro de Bill com garotos e balé, outros disseram que ela perdeu o dinheiro quando andou perdendo apostas de jogo de cartas com por aí.

E todos diziam adeus para Bill dizendo que ele levou com ele a última grande dinastia americana, e eles também se perguntavam o que poderia ter sido se ela nunca tivesse aparecido.

Um dia encontrou um de seus antigos vizinhos na praia e novamente boatos sobre ela começaram, dizendo que ela era vista de vez em quando andando pelas rochas, olhando para o mar da meia-noite.

Mas St. Louis também não era o paraíso, e nenhuma outra cidade pequena seria para ela, Rebeka sabia disso desde o dia em que em uma briga com sua vizinha Sra. Williams, ela roubou seu cachorro e pintou-o de verde limão. Decidiu naquele dia que não havia mais espaço para sua maluquice naquela estreita cidade, mas Betty já estava totalmente instalada ali com seus amigos, se adaptando e parecendo finalmente feliz como já não era desde que seu pai partiu.

Então Rebeka pensou que o melhor a se fazer era deixar Betty com seu tio até terminar a escola e então elas poderiam viajar juntas ou fazer qualquer outra coisa que Betty quisesse longe de cidades pequenas, podia não ter sido a melhor ideia de Rebeka, mas ela nunca foi conhecida por seu bom juízo mesmo.

₍🌿 𓏲࣪⋆ ꒰

E foi assim que Betty acabou tendo que passar todas as suas ferias de verão com sua mãe, o que nunca foi um problema para ela já que a garota não se dava muito bem com seu tio e ficar com sua mãe era uma de suas coisas favoritas.

James sabia que Betty tinha que ir, mas ainda assim pareceu não gostar da ideia quando ela contou que iria até NY e que talvez dessa vez não voltasse, pois sua mãe já vinha dizendo a algum tempo que seu último ano de escola poderia ser mais próximos a ela, e mesmo que Betty gostasse muito de St. Louis, ela gostava mais ainda de ficar com a sua mãe.

E em sua festa de despedida, Betty esperou por James, mas ele não apareceu, ao invés disso ela ouviu Inez dizer que o viu entrando em um carro que ela ainda não sabia de quem era.

— Por que James não está aqui querida? — Rebeka perguntou guardando a última mala de Betty no carro e vendo que a garota olhava para o jardim esperando por qualquer sinal do garoto.

— Eu não sei... ele não gostou muito de saber que eu iria para NY nesse verão — A garota contou e curiosamente Rebeka prestou atenção nos cabelos loiros da filha, Betty começou a pintar o cabelo aos quatorze anos e agora os ruivos já não existiam mais.

— Estranho, no último verão que passou comigo vocês já estavam juntos. — Comentou Rebeka vendo a garota concordar. — E ele até foi visitá-la, não foi?

Um carro passou pela rua e Betty olhou rápido na esperança de encontrar James ali, mas era apenas o vizinho chegando em casa depois das compras.

— Bem, temos que ir agora. — Disse Rebeka abraçando a filha e então fechando o porta malas do carro. — Sinto muito, Betty.

— Está tudo bem. — A garota se esforçou para sorrir. — Deve ter havido algum imprevisto...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro