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capítulo vinte e sete: a família black

'enquanto eu estiver aqui,
ninguém vai te machucar.'

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19 de outubro 1979, depois de Hogwarts.

Amélia acordou no meio da noite, sentindo dores que pareciam ser como facas em suas costelas, ela acordou aos berros assustando Sirius que caiu da cama desesperado.

— Amélia, o que foi?! — Ele levantou rapidamente e correu puxando as cobertas em que Amélia estava enrolada, viu então nos panos de cama a marca de umidade, ainda meio dormindo, o garoto não entendeu. — VOCÊ FEZ XIXI NA CAMA?

Amélia poderia ter atacado Sirius naquele momento, mas não conseguia levantar por conta da dor então apenas jogou um travesseiro no garoto.

— Não, seu idiota! — A Grindelwald respondeu irritada e então gritou novamente sentindo uma segunda faca ser enfiada em suas costelas. — O bebê está nascendo!

Sirius arregalou os olhos sem saber o que fazer, ele começou a correr em direção a porta, deixando Amélia aos berros ainda deitada.

— Onde você está indo?! — Amélia olhou incrédula para o garoto que se movia rapidamente de um lado para o outro.

— Vou buscar ajuda. — O Black respondeu rapidamente.

— Sirius Black, se você for atrás do James eu juro que...

Sirius arregalou ainda mais os olhos, talvez James fosse seu único plano de ajuda, o garoto pareceu pensar mas não teve muito tempo, Amélia urrou de dor mais uma vez e o Black voltou a se mover rapidamente.

— Eu volto logo, prometo. — Sirius informou e então desapareceu.

Amélia contou até cinquenta várias vezes, se perdendo tantas vezes quanto poderia lembrar, doía tanto que ela acreditou que iria morrer todas as vezes, Sirius não demorou nem mesmo dez minutos com a aparatação, mas para Amy pareceram horas.

— Ei você, é bom que seja grato pelo resto de sua vida! Céus como dói! — Amélia falava com a própria barriga em uma tentativa inútil de se distrair. — Eu já senti dor antes sabia? Já fui torturada algumas vezes, mas você, você é realmente o que mais me fez sofrer até agora, bem, talvez empate com seu pai.

Amy estava cansada, queria fechar os olhos e voltar a dormir, mas duvidava se conseguiria com toda aquela dor. Ela espremeu os olhos tentando fazer toda a força que conseguia e então a porta do quarto foi aberta.

— Fique aí fora, Sirius! — Ela ouviu a voz de Lily Potter e viu a garota fechar a porta com força. A senhora ao lado dela correu até Amy e de repente Amélia sentiu um pedaço de pano úmido ser colocado contra sua testa.

A senhora em sua frente deveria ser uma medibruxa, ela se apresentou mas Amélia não conseguiu entender o nome dela, Lily também foi até ela e segurou sua mão, ambas mandavam a Grindelwald fazer força, mas a garota não sabia de onde tirá-la.

Amélia deu um último grito, extremamente alto e então apertou a mão de Lily com mais força do que realmente queria, a Potter tentou disfarçar a dor. Sirius entrou no quarto, provavelmente preocupado por conta do grito, ao mesmo tempo que a Grindelwald deixava a cabeça cair contra o travesseiro.

— Amy?! — O Black correu até a Grindelwald que sorriu cansada, o rosto coberto de suor e as bochechas mais vermelhas do que nunca.

— E então eu ganhei a aposta? — Ela sussurrou a pergunta, a voz fraca demais para falar mais alto. — Mini Sirius ou mini Amy?

Sirius olhou para a senhora que estava banhando o bebê em uma pequena banheira, ela sorriu e disse algo para Lily que sussurrou para que apenas Sirius pudesse ouvir, o Black se virou novamente para a Grindelwald.

— Vai ter que se casar comigo, amor. — Sirius respondeu com um grande sorriso, só por isso Amélia já sabia qual era o sexo do bebê antes mesmo que o Black voltasse a falar. — É um garota, é a Alhena.

— Espere! — A parteira chamou a atenção deles, algo em sua expressão os preocupou, e quando Amélia gritou, Sirius segurou Alhena contra o peito, porque o grito da pequena bebê ecoou pelo quarto, como se sentisse as dores de sua mãe, algo que parecia acompanhar os primogênitos, mas principalmente Alhena, quem carregaria as dores da mãe para a eternidade. — Tem outro.

O quarto ficou em silêncio, Alhena parou de gritar como se a parte dela que faltava tivesse sido encontrada, Sirius e Lily estavam em completo silêncio em choque, apenas os ruídos dolorosos de Amélia foram ouvidos antes que a parteira voltasse a pedir que ela se esforçasse para empurrar a segunda criança.

Sirius segurou a mão dela, Alhena era segurada por Lily, agarrando os cabelos ruivos com os pequenos dedos. Amélia continuava tentando, Sirius sussurrando para que ela continuasse forte.

Foi o que ela fez, até que o segundo bebê estava nos braços da parteira.

— Esse é o menino. — Amélia informou embora não houvesse visto a criança. — Ele esteve em meus sonhos, esse é o Serpens.

Os olhos assustados analisavam todos os cantos da sala, diferente de sua irmã Alhena que já tinha fios de cabelos claros em sua cabeça e olhos cinzentos, Serpens não tinha um fio sequer e era um dos raros bruxos com heterocromia, tendo seu olho esquerdo verde e o direito azul.

— São nossos filhos. — Amélia sorriu, o rosto escorrendo suor e a boca empalidecida, ainda assim parecia brilhante ao ver os filhos e segurá-los nos braços. — Meus bebês, vocês são meus bebês.

31 de julho de 1980

Amélia estava sentada no chão da cozinha, era quase oito da noite e ela tinha um garotinho sentado em seu colo escondendo o rosto em suas roupas enquanto as mãos da Grindelwald estavam ocupadas tentando fazer a pequena garotinha terminar seu jantar, cujo qual ela se negava a terminar a dez minutos.

— Alhena, por favor, só mais uma colher, olha! — Amélia enfeitiçou a colher para que ela voasse como uma vassoura até a boca da bebê que dessa vez aceitou de bom grado. — Isso mesmo meu amor!

Amélia tirou Alhena da cadeirinha e a colocou no colo caminhando para sala e indo até a porta, com Serpens em seus braços ao ouvir alguém estava batendo. A Grindelwald abriu a porta nas não havia ninguém lá, apenas uma carta que foi passada por baixo da madeira.

Amélia fechou novamente a porta e então voltou para a sala onde Alhena esticava os braços, não para alcançar Amélia, mas sim o irmão que ela esperava para se divertir com um mordedor verde,  colocou os dois em um pequeno cercado acolchoado e é tal abriu a carta com cuidado e logo reconheceu a caligrafia perfeita, que parecia ter sido escrita com muita pressa.

"Para Amélia Grindelwald, ou a quem interessar.
Se você recebeu esta carta, significa que eu a deixei, novamente, desta vez para sempre e por uma causa que em minha alma espero que seja a mais nobre diferente de qualquer outra pela qual lutei em vida.

Em meu coração carrego você, assim como carrego meu irmão e todo o desejo de que pudessem me perdoar, espero que um dia vocês lembrem de mim sem o terror em seus olhos.

Com carinho, uma última vez,
Regulus Black."

Amélia sentou no sofá rapidamente, sem conseguir sentir direito as próprias pernas, a garota sentia as lágrimas escorrendo por suas bochechas, Regulus Black estava morto. Ele também a deixou sem muitas explicações, assim como Anne, Marlene e Dorcas.

A garota sentiu seu peito apertando enquanto a dor a invadia novamente, não conseguia controlar o choro naquele momento, embora não quisesse chorar na frente dos gêmeos, não pode evitar.

Os olhos de cinzentos da pequena garotinha analisaram sua mãe por alguns segundos, o cercado dos gêmeos estava longe do sofá, mas quando Amélia levantou a cabeça o móvel estava ao lado do sofá enquanto Alhena esticava as pequenas mãozinhas tentando tocá-la, Serpens porém mantinha-se completamente parado, observando de longe.

— Como vocês chegaram aqui? — Amélia perguntou sorrindo por entre as lágrimas e pegando a garotinha no colo também. — Foi magia, meus pequenos bruxinhos? Ah! Só pode ter sido!

Serpens abriu um grande sorriso sem dente algum e Amélia riu abraçando os dois como se quisesse ter certeza de que eles estavam mesmo ali. A Grindelwald temia pelo mundo que seus filhos teriam que enfrentar quando assim que estivesse crescida.

— Meus bruxinhos talentosos! — Ela exclamou beijando a barriga de Alhena a fazendo gargalhar.

— Amy! Meu amor! — Sirius abriu a porta com muita força e entrou correndo em casa encontrando Amélia e as crianças na sala. Serpens começou a chutar tentando escapar para ir até Sirius que se aproximou tomando o garoto nos braços beijando a testa dele e acariciando o rosto de Alhena. — Nos precisamos ir até os Potter! O bebê deles vai nascer!

Amélia levantou rapidamente e então Sirius percebeu que a garota parecia disfarçar que estava chorando, ele se aproximou controlando a euforia e segurou Alhena em seus braços.

— Aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou usando sua outra mão para segurar o rosto da garota com cuidado.

Amélia não conseguiu segurar as lágrimas novamente, ela ergueu a carta que estava em suas mãos e entregou para Sirius que a leu com cuidado e então ficou em silêncio por alguns minutos.

— Eu sinto muito. — Ele falou por fim abraçando Amélia com cuidado. — Sei que Regulus era mais seu irmão do que meu.

— Não pode me enganar Sirius, eu sei que está doendo tanto em você quanto dói em mim. — A Grindelwald respondeu e então eles ficaram em silêncio por algum tempo, apenas abraçados ali no meio da sala, Amy e sua pequena família.

A preocupação com os Potter eram muitas, Harry tinha dois meses e eles ainda tinham que se esconder por algum tempo Amélia estudava muitas maneiras de destruir Voldemort junto com Dumbledore mas eles não tinham grande sucesso.

— E onde estão seus filhos? — Dumbledore perguntou enquanto Amélia pesquisava sobre o paradeiro de Voldemort.

— Marcos e Remus estão cuidando deles. — Amélia respondeu virando as páginas do jornal. — O senhor acha que ele deixará o pequeno Harry em paz algum dia?

Dumbledore ficou em silêncio, assim como sempre fazia quando Amélia arriscava uma pergunta da qual ele não sabia — ou fingia não saber — a resposta. A Grindelwald passou o resto da tarde em Hogwarts, assim como fazia uma vez por semana quando trazia os relatórios das missões, ou simplesmente vinha visitar Dumbledore.

— Amélia, tem algo que eu deveria lhe contar. — Ele se aproximou tocando o ombro da garota com cuidado. — Na noite em que seus filhos nasceram, outra coisa aconteceu. Gellert, ele teve outra visão, uma profecia como a que teve para você.

Sirius ficou de pé se aproximando de Amélia que segurou a mão do Black, nada de bom acontecia para as crianças citadas em uma profecia de Gellert Grindelwald.

— O que ele viu?

Amélia chegou a casa que pertencia a ela, mas hospedava Remus Lupin e Marcos Montgomery. Entrou de fininho e ouviu Remus contando uma história de ninar a garotinha, percebeu que os bebês não eram os únicos que teriam adormecido com a história, já que o Montgomery permanecia nada acordado dormindo encostado na cabeça de Alhena.

— Acho que sua história é monótona o suficiente até para ele. — Amélia sorriu e Remus olhou na direção da porta enquanto Alhena abria os olhos e estendia os bracinhos na direção dela.

— Você só pode estar dando café expresso para essas crianças, não é possível. — O Lupin levantou levando Alhena até Amélia. — Eu vou envelhecer mais rápido por ter que cuidar de duas miniaturas de Sirius e Amélia!

Amy riu olhando para a garotinha que olhava para todos os lados muito curiosa, enquanto o irmão permanecia calmamente adormecido. Ela agradeceu a Remus por cuidar dos bebês e então acordou Marcos para agradecê-lo também, colocou a Alhena e Serpens no carrinho e começou a andar de volta para a casa em Bakeford que não ficava tão longe dali.

— Amanhã, Sirius vai levar vocês para verem o Harry! — Amy sussurrou para a ela vendo a garotinha que fechava os olhos, finalmente ficando com sono de verdade, enquanto Serpens parecia muito mais acordado com o nome mencionado. — Acho que talvez no futuro, vocês podem ser como Sirius e James, ou talvez como eu e James.

Alhena sequer estava ouvindo, ela já tinha adormecido quando Amélia se aproximou da porta, antes que a Grindelwald pudesse abri-la. Sirius Black apareceu a puxando para dentro rapidamente.

— Ei! O que foi? —Amy perguntou enquanto via Sirius que parecia ansioso em sua frente.

— Vou levar eles lá pra cima, eu já volto, espere aqui! — O Black informou já tirando as crianças do carrinho e subindo as escadas rapidamente.

Sirius levou os dois com cuidado até o berço os colocando entre os cobertores confortáveis e os assistiu dormir por alguns minutos enquanto tomava coragem para fazer o que já estava planejado a alguns dias, finalmente iria dizer para Amélia.

— Me deseje sorte, parceiro. — Sirius disse para o bebê que adormecia lentamente, Serpens sorriu antes de finalmente fechar os olhos, e então deixou-os dormindo e desceu novamente as escadas.

Amélia estava no sofá lendo as correspondências, ela parecia linda, sentada ali usando pantufas verdes, a Grindelwald teria trocado de roupas, o que revelou que ela não teria obedecido quando ele a mandou esperar ali em baixo, mas isso não era nenhuma surpresa.

A Grindelwald usava uma camisa muito grande, Sirius tinha certeza que pertencia a ele, o cabelo de neve — exatamente iguais aos de Alhena e Serpens — amarrado em um rabo alto enquanto ela franzida o nariz para a última correspondência antes de perceber que Sirius estava ali.

— Então, o que queria me dizer? — Ela perguntou guardando as correspondências em uma prateleira da sala e se aproximando do Black, que a beijou sem perder tempo.

Naquele momento muitas coisas passavam pela cabeça de Sirius Black, era como se ele estivesse vendo um filme de toda sua vida com Amélia passando diante de seus olhos.

Ele os viu com onze anos novamente, quando ele derrubou ela no trem e a garota pareceu querer azara-lo ali mesmo, e então no quarto ano quando ele era totalmente afim dela e a garota nem sequer parecia notar a presença dele — mesmo ele sendo Sirius Black.

E então ele os viu novamente, no sexto ano quando ela quase explodiu a mesa deles por conta de uma brincadeira que Peter fez, depois quando ela quase morreu afogada e os marotos a ajudaram, e todos os momentos a partir dali, todos os beijos, todas as brigas e todas as risadas, todo o amor que cultivaram um pelo outro, todo aquele amor que os trouxe até ali, o amor que resultou em seus gêmeos, um amor que Sirius desejava que pudesse resultar em ainda mais coisas, em uma vida, uma vida juntos.

— Sirius? — Amy chamou percebendo que o garoto parecia perdido em seus pensamentos.

Mas não demorou muito para que o Black revelasse seus pensamentos, deixando a Grindelwald sem fala.

— Você quer casar comigo?

ִ ࣪𖤐

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