EIGHT, Wrong Questions Lead To Wrong Answers

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VIII, Perguntas Erradas Levam A Respostas Erradas

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐀 Praia estava sempre em festa. Não havia um momento sequer que a música parasse e que as pessoas não parassem de dançar, beber e fazer sexo em público. E não tinha um momento que Mei não desejasse um pouco de calmaria e sossego. Ao menos ela tinha a companhia de Kuina e de vez em quando a de Chishiya ⸻ o que era um evento raro. Toda a rotina que Mei havia construído nos poucos dias de estadia naquela utopia a fazia perguntar-se como que havia passado anos com a mesma rotina sem sentir nenhuma vontade de mudar suas atividades. Talvez a agitação da Praia a perturbasse mais do que a fazia se divertir.

Aquele lugar era realmente uma enorme fuga da realidade.

Mei estava deitada de bruço na cama, com um dos travesseiros sobre sua cabeça em uma maneira de abafar todo o som, quando Kuina adentrou o local.

— Hey, Mei, está na hora dos jogos. — Kuina retirou o travesseiro da cabeça da jovem pesquisadora — E precisamos encontrar com Chishiya... — sussurrou a última informação.

— Uhum... — Mei murmurou e se levantou da cama e rapidamente ajeitou seu cabelo em um rabo de cavalo — Vamos? — ela olhou na direção de Kuina e levantou-se calçando o seu tamanco preto.

As mulheres caminharam no meio da multidão no hall do hotel onde todos estavam presentes para ouvir o Chapeleiro após receberem o número de seus grupos ⸻ e para a felicidade de ambas, elas estavam novamente no mesmo jogo. Observando ao redor, Mei avistou Chishiya encostado na parede em um lugar um pouco mais afastado que dava para observar tudo e todos.

— Colegas! — Disse Chapeleiro chamando a atenção do povo — Chegou a hora novamente. Não vacilem! Esta é uma guerra contra o medo! Todos aqui têm coragem para superar seus obstáculos. Todos aqui agora são um só! Temos que nos unir, coletar todas as cartas e voltar para o mundo antigo juntos. E... este dia se aproxima! — A multidão gritou animada — Vamos!

— Qual é o problema? — Kuina perguntou a Chishiya assim que se aproximaram do mesmo.

— Eu e Kugisaki estávamos no mesmo jogo que eles. — A fala de Chishiya fez com que Mei observasse um casal parado no meio da multidão e ela logo os reconheceu do jogo do edifício Toei Sendagaya.

— Com os dois?

— Sim. Eles podem ser úteis. Pro nosso plano, claro.

— Quer que conquistemos a confiança deles? — Mei perguntou olhando para o casal.

— Já é um bom começo. — Chishiya virou a cabeça na direção da Kugisaki com um olhar curioso.

— Nos vemos depois então. — Kuina acenou com a cabeça e entrelaçou o braço direito com o de Mei, a levando para o estacionamento — Espero que esse jogo seja fácil igual ao que jogamos juntas pela primeira vez. Realmente não estou afim de muito esforço.

— Nem me fale. — um suspiro cansado deixou os lábios de Mei enquanto era praticamente levada por Hikari.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ— Sou a Kuina. Prazer em conhecê-lo. — Kuina disse aproximando-se do novato da Praia enquanto pegava um telefone para si e o outro para Mei.

— O prazer é meu. — Disse apertando a mão da mulher estendida na sua frente. — Hum, hey, eu te conheço? — o rapaz virou-se na direção de Mei quando notou sua presença.

— Edifício Toei Sendagaya. Sou Kugisaki Mei.

— Ah, sim... — o rapaz a observou com olhos curiosos — Prazer em conhecê-la.

Mei acenou com a cabeça e olhou para o chão, desviando o olhar, antes de adentrarem ao local do jogo, deixando Kuina e o novato para trás. Certamente Kuina faria um trabalho de interagir com o desconhecido melhor do que ela mesma seria capaz.

Com concentração, Mei observou o local. Era um local mal iluminado, onde haviam alguns canos enormes que jorravam grandes quantidades de água sem parar ⸻ ao menos seu biquíni seria útil naquele momento. Haviam vários cabos no teto ligados a algum tipo de gerador, supôs Mei, certamente elétrica ou qualquer coisa relacionada com aquilo não era o seu forte.

"FIM DAS INSCRIÇÕES"

A voz eletrônica, na qual Mei não sentia falta nenhuma, pronunciou-se.

"NO MOMENTO, HÁ OITO PARTICIPANTES. O JOGO VAI COMEÇAR AGORA."

Todos os celulares tocaram, fazendo com que cada um presente olhasse para o dispositivo em suas mãos.

"DIFICULDADE: QUATRO DE OUROS."

— A última carta de ouros de que precisamos. — pronunciou Ann.

"JOGO: LÂMPADA."

Então uma porta abriu no canto da sala, chamando a atenção dos jogadores.

"PERGUNTA: QUAL CHAVE ACENDE A LUZ?"

"PRIMEIRA REGRA: SÓ UMA CHAVE ENTRE A, B E C ACENDERÁ A LUZ. SEGUNDA REGRA: VOCÊS SÓ TÊM UMA CHANCE DE DEIXAR A PORTA ABERTA ENQUANTO VIRAM UMA CHAVE. SE A PORTA ESTIVER FECHADA, PODEM VIRAR QUANTAS VEZES QUISEREM. TERCEIRA REGRA: SE ALGUÉM ESTIVER NA SALA OU SE UMA CHAVE TIVER SIDO LIGADA, A PORTA FICARÁ TRAVADA E NÃO PODERÁ SER MEXIDA. SÓ HÁ UMA CHANCE DE RESPONDER COMO GRUPO. SE RESPONDEREM CORRETAMENTE QUAL CHAVE LIGA A LÂMPADA, O JOGO SERÁ ZERADO. SE O NÍVEL DE ÁGUA SUBIR E TOCAR OS FIOS ELÉTRICOS, É FIM DE JOGO."

— Fios elétricos? — Kuina murmurou a pergunta e no mesmo instante o corpo de uma das jogadoras foi eletrocutado ao encostar em um dos fios, dando um susto em todos presentes.

— Vocês serão eletrocutados! — disse Ann observando todos ao redor.

— Era isso o que queriam dizer? — perguntou Kuina observando os fios.

— O nível de água está subindo! — exclamou um homem de boné azul.

— Se subir demais, todos morrem. — comentou Ann.

— Só precisamos descobrir qual chave acende a luz, né? Vou para aquela sala primeiro, vamos nos revezar!

— Se entrar, a porta não vai fechar! — disse o novato.

— Vamos ver... Só temos uma chance de ligar a chave com a porta aberta. — Kuina se aproximou da chave chamando a atenção de Mei para os seus movimentos.

— Mas não adianta virar as chaves com a porta fechada!

— Por exemplo, se ligar a chave A com a porta aberta e a lâmpada não acender, a resposta não é A.

— E por que isso é errado? — o homem perguntou — Vamos virar a chave A com a porta aberta...

— E se for a resposta errada?

Com orbes atentas, Mei analisou o novato olhando em dúvida para as chaves na parede e lentamente caminhou até ele, parando ao seu lado.

— Com dificuldade de desvendar o jogo? — Mei encarou as chaves A, B e C a sua frente e o rapaz afastou-se um pouco pelo susto pela repentina aparição da mesma.

— Não é um jogo óbvio. — o rapaz olhou para ela e depois dando atenção para a discussão que acontecia entre o homem de boné e Kuina.

— Não dê atenção a eles. — Mei olhou para o rapaz ao seu lado — Já parou para pensar que talvez estivéssemos fazendo a pergunta errada?

— O que? Como assim?

— Ao invés de se perguntar qual das chaves liga a lâmpada, por que não se pergunta o que acontece quando uma lâmpada fica acesa?

— O que vai fazer, Arisu? — Ann perguntou chamando a atenção do novato e consequentemente a de Mei.

— Não há outra escolha. Vamos virar uma chave com a porta aberta!

— E ele não ouviu nada do que eu disse. — Mei murmurou desapontada com a escolha do rapaz e foi para perto de Kuina, encostando-se na parede ao lado da mulher.

— Se a lâmpada não acender, escolhemos entre as outras duas!

— Você vai chutar? — questionou Ann.

— Não temos escolha.

— Usando todas as oito vidas daqui? — o olhar de Ann desviou-se para o corpo flutuando ao seu lado — Ou sete, acho.

— É. Se sabe a resposta, anda logo!

— Eu não falei? — Ann alterou um pouco sua voz — Estou testando vocês.

— Não nos arraste pro teste do novato! — disse Kuina indignada.

— Já está desistindo?

— Eu desisto! — disse o de chapéu azul — Fale a resposta certa! Ann!

— Arisu, anda logo. Depois vai ser tarde demais. — Kuina disse ao novato.

— Vou ligar, então.

— Tem certeza disso? — perguntou Ann.

— Anda logo!

— O que está esperando?

Então os olhos amedrontados de Arisu encontraram-se com os opacos de Mei, que apenas observava toda a situação sem dar sua opinião. A Kugisaki olhou intensamente para o rapaz e tombou levemente a cabeça para o lado esquerdo, curiosa com qual decisão ele iria tomar.

— Vamos fechar a porta. — disse Arisu fazendo com que um leve sorriso de canto aparecer discretamente nos lábios de Mei (e no de Ann).

— O que?

— Feche a porta! Anda logo!

— Se não obedecerem ao Arisu, todos vão morrer!

Mei, que estava próxima a porta, andou com um pouco de dificuldade devido a água e com ajuda de Kuina, ela conseguiu fechar a porta. Arisu então ligou uma das chaves.

— Não se mexam!

— O que está fazendo? — perguntou o homem de boné.

— Espero que saiba o que está fazendo! — exclamou Kuina.

Arisu olhou na direção de Mei, novamente, e a mulher apenas acenou positivamente com a cabeça.

Alguns minutos se passaram e a água aumentava gradativamente o nível, fazendo com que Mei tivesse que se apoiar nas costas de Kuina para conseguir ficar com ao menos a cabeça na superfície.

— Abre a porta! — exclamou Arisu ao desligar a chave.

Kuina, que possuía Mei em suas costas, abriu a porta com ajuda do rapaz de boné. Arisu ligou a chave B e nada aconteceu com a lâmpada.

— Kuina, Kugisaki, toquem na lâmpada! — gritou desesperado.

— Encosta na lâmpada, Kuina. — Mei sussurrou para Hikari e adentrou o local e quando encontrou na lâmpada, seu corpo logo reagiu pela ardência.

— Está quente!

— A resposta é A...

— É A!

Arisu e Ann falaram em conjunto. No mesmo instante, os canos pararam de jorrar água e a voz eletrônica voltou a falar.

"JOGO ZERADO. PARABÉNS."

— Eletricidade gera calor. — disse Arisu — Se a lâmpada tivesse acendido, estaria quente. Se não, estaria fria. — o olhar do rapaz procurou por Mei que havia lhe dado a dica no início — E só tínhamos uma chance de observar com os olhos.

— Com isso, — Ann retirou seus óculos de sol — a chance de sobrevivência aumentou de 66% para 100%.

— Eu só queria um jogo tranquilo. — Murmurou Kuina, cansada pelo estresse de toda a situação vivida.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤMei revirou os olhos ao ver as pessoas festejando, como sempre faziam, enquanto era puxada por Kuina para se sentar em uma das espreguiçadeiras na piscina.

— Por que me trouxe aqui? — murmurou.

— Pelo plano, obviamente.

— Você lida com pessoas melhor do que eu, acho que mereço ir descansar um pouco.

— Pelo o que eu me lembre, você estava nas minhas costas para conseguir sobreviver mais cedo.

— Vai mesmo usar isso contra mim?

— Qual é Mei, se permita divertir ao menos um pouquinho, hein? — Kuina abriu um enorme sorriso na direção de Mei — Eles estão bem ali, vamos.

Kuina puxou Mei novamente, dessa vez na direção de Arisu e de uma garota desconhecida. Hikari sentou-se na mesma espreguiçadeira que Arisu, fazendo com que a Kugisaki sentasse junto da garota que estava acompanhada com ele, que logo reconheceu sendo a alpinista.

— É sua namorada? — perguntou Kuina.

— O quê? — a garota olhou assustada para Hikari — Nada disso!

— Vocês se dão bem, por que não namoram? Nunca se sabe quando vão morrer.

— O que está falando? — Arisu virou-se para Kuina.

— Devemos fazer certas coisas enquanto ainda estamos vivos! Sabe... minha mãe está doente no hospital. Ela nem pode fazer xixi sem ajuda, e, mesmo assim, me separaram dela. Quero voltar viva. Por isso parei de fumar. Não tinha conseguido parar antes disso. Vou precisar de energia pra sobreviver, né? Sei que vou sobreviver e voltar ao mundo antigo.

— Tirem essa música brega! — Uma voz gritou chamando a atenção do quarteto.

A música se cessou pela primeira vez desde que Mei havia chegado na Praia e por mais que a sua futura enxaqueca agradecesse, a Kugisaki não pode deixar de sentir uma estranheza de estar naquele local sem a música e muito menos a sensação ruim que sentiu ao ouvir a voz desconhecida.

Um grupo de homens seguidos por Aguni ⸻ que havia descoberto ser um dos homens que estava no jogo do Edifício Toei Sendagaya junto a si ⸻ seguiu caminhando a beira da piscina, fazendo com que as pessoas afastasse e comentarem em sussurro sobre o grupo.

— É a milícia da Praia. — disse Kuina — Se quiserem viver em paz na Praia, não se metam com eles. O líder, Aguni, era das Forças Armadas. Ele é responsável por todas as armas da Praia. O poder da Praia é controlado pelo Número 1, o Chapeleiro e seus devotos, assim como pela milícia liderada por Aguni. Com dificuldade, conseguimos manter a paz e a ordem por aqui, mas um conflito entre os dois grupos pode acontecer a qualquer momento.

Mei desviou o olhar de Kuina, quando havia terminado de ouvir sua explicação. Ela havia ouvido as mesmas palavras quando Chishiya contou a Hikari que Mei precisava saber de tudo sobre a Praia, já que agora eram aliados. E se envolver com a milícia poderia ser como atirar em seu próprio pé.

— O que houve com seu amigo? — Aguni perguntou diretamente a Arisu quando aproximou-se do quarteto sentado nas espreguiçadeiras, contudo o silêncio do rapaz havia sido a única resposta — Já sei. Morreu. Que pena... Só os peixes pequenos sobreviveram.

— Vocês se conhecem? — perguntou Kuina.

O olhar de Aguni então desviou a garota sentada ao lado de Mei, fazendo com que a Kugisaki sentisse um clima estranho e uma sensação ruim dentro de si.

— Traga aquela mulher aqui. — ordenou Aguni.

— Certo. — um homem que estava ao lado de Aguni, que possuía cabelos longos, uma blusa de botões preta e branca e uma metralhadora apoiada em seu ombro, aproximou-se.

Sem pensar duas vezes, Mei rapidamente se pôs em frente a alpinista, impedindo que o desconhecido chegasse até a garota.

— Mei... — Kuina sussurrou sentindo o desespero crescer dentro de si, ela havia deixado bem claro para Kugisaki não passar nem perto da milícia, mas havia esquecido que ela podia ser um tanto quanto teimosa quando queria.

— Hey, sua vadia, você está na frente. — o rapaz disse com um sorriso malicioso — Não vê que o nosso chefe quer tirar uma casquinha dela? — ele tentou passar por Mei, agarrando o braço da alpinista.

E com um movimento rápido, Mei segurou firmemente o pulso do rapaz, fazendo com que ele soltasse a garota.

— Já que você está querendo! — se livrou rapidamente do aperto da Kugisaki e a segurou firmemente pelo braço.

— Pare! — Arisu segurou o pulso do desconhecido, fazendo o mesmo se esquecer de Mei.

— O que faremos com esse fedelho? — perguntou a Aguni.

— Quebre as pernas dele para que morra no próximo jogo.

— Está bem. — disse com um sorriso — Pessoal! Levem a mulher para ele. E aquela ali para mim. Você vem comigo. — segurou o pulso de Arisu.

— Niragi... — Disse Aguni virando-se na direção do rapaz — Aquela ali não.

— É por que não? — perguntou tentando esconder sua indignação.

Contudo, antes que Mei, Arisu e a alpinista fossem levados, Chapeleiro apareceu no meio da multidão.

— É uma briga?

— Cai fora, Chapeleiro. Não é da sua conta.

— Não posso fazer isso. Como Número 1, devo manter a ordem na Praia. Pode fazer o que peço e liberar os novatos, Aguni? — um silêncio se intalou no local — Niragi?

— Eu só recebo ordens do chefe.

— Então vou pedir ao seu chefe. — o Chapeleiro aproximou-se de Aguni — Quem é seu chefe, Aguni?

Uma tensão se instalou por toda a área da piscina no momento que Aguni virou-se na direção do Chapeleiro.

— É você, não é?

— Vá tomar um banho. — Murmurou para o amigo ao notar o sangue em seu ombro — Quero todos os membros executivos na sala de reuniões! Arisu, você também, soube do seu potencial pela Ann. E Kugisaki, quero que venha também, tenho boas notícias para você. Andem, me acompanhem.

Kuina olhou para Mei e afirmou com a cabeça, indicando para a mulher ir e como um combinado feito no silêncio de se verem mais tarde. E antes de seguir o Chapeleiro, Mei observou uma figura de moletom branco no meio da multidão sorrindo de canto para si.

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Amy's Notes  ✶   por favor não se esqueçam de interagir, comentar e votar ! tudo isso me ajuda a saber se estão gostando da história e me motiva a trazer mais para vocês && não sejam leitores fantasmas.

renedoll © 2023

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