deux

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

As pessoas são solitárias porque
Constroem muros ao invés de pontes.

Não existem razões, tampouco um significado claro. Ao olhar para o alto, busco no céu infinito a limitação do nosso propósito. Minha realidade é carregar o peso da vida, como quem caminha com tamancos pesados; é repousar as mãos em janelas geladas, enquanto, do lado de fora, a chuva desfaz as formas das casas.

Veja, não há propósito algum. Se desejar encontrar um, faça-o, mas lembre-se de que ninguém, absolutamente ninguém neste universo, solicitou sua posição no caminho que meus olhos escolheram para apaziguar a minha ira.

Passou as mãos pelos cabelos pretos e suspirou, sentindo o calor intenso. Ela vestia uma saia azul que chegava ao meio de suas coxas, uma blusa social, e carregava um suéter da cor da saia sobre os ombros.

Apoiou-se na parede, respirando pela boca, enquanto considerava seriamente desistir de tudo, voltar para casa, tomar um sorvete, assistir a um filme e relaxar em um banho de banheira por horas.

Até que ouviu um assobio vindo de uma distância não muito grande. Virando a cabeça, avistou um homem alto, de cabelos brancos, com uma venda nos olhos e vestido com o uniforme da escola. Ao seu lado, estavam um rapaz de cabelos rosados, outro de cabelos pretos, e uma jovem ruiva.

— Ora, ora, veja quem temos aqui! — Ele caminhou até a sobrinha e se inclinou em sua direção. — Você está péssima.

— Olá para você também, tio! — Ela cruzou os braços, esboçando um sorriso. — Você não está muito diferente.

— Onde está sua mãe? — Ele se recompôs e começou a procurar pela mais velha.

A garota soltou um suspiro e colocou uma das mãos atrás da cabeça.

— Bem, você sabe como é, mamãe está sempre ocupada com os trabalhos da família. — Ela sorriu, colocando a mão sobre a cabeça, e por um breve momento, viu o semblante dele se fechar.

— Me envolve?

— O quê? Não! — Ela se desesperou, tentando encontrar uma explicação. — É só por causa de algumas coisas, não se preocupe, ela sabe que estou aqui!

— Vai demorar muito? — Uma voz feminina se fez ouvir. — Estou morrendo de calor.

— Concordo plenamente, Kugisaki. — Agora, uma voz masculina.

— Ah, sim, Maya. — Ele saiu da frente, revelando a garota para os três. — Esta é Maya, minha sobrinha! — Apontou para os outros. — Aquela ruiva com expressão de raiva é Nobara Kugisaki!

— Oi?! — A ruiva fez uma expressão de surpresa.

— Exatamente. — Ele voltou-se para Megumi. — Aquele... aquele ali é Megumi Fushiguro. — Deu de ombros, incapaz de encontrar um apelido adequado para o garoto, e Fushiguro agradeceu profundamente. — E aquele é Itadori. Não fique muito próxima, ele é o receptáculo de Sukuna.

— Eles são meus colegas? — Ela arqueou uma sobrancelha. — Parecem jovens demais.

— Oh? Não! — Ele respondeu, rindo. — Seus colegas estão na escola, aguardando sua chegada.

Pensando pelo lado positivo, devo admitir que preferiria ser colega daqueles três adolescentes patetas.

Agora, estou sentada na cama do meu novo quarto na escola Jujutsu. Meu tio mencionou que, em meia hora, devo me dirigir a uma sala de aula, onde encontrarei meus novos colegas. Ele insistiu que eu vestisse o uniforme. Sou grata por ser uma saia curta em vez de calças; ninguém merece andar suando por aí em uma calça de moletom.

— Ai, ai, acho que nunca estive tão nervosa. — Ela agarrou os próprios cabelos e começou a rir. — Para com isso, Maya, é normal...

São apenas adolescentes de 16 a 18 anos, não?

Eles não vão me fazer mal algum, ou assim espero. Apenas... não conheço ninguém lá, e se não gostarem de mim?

— Caramba, agora bateu o desespero de verdade. — Ela se sentou no chão e começou a calçar seus tênis brancos. — Calma, Maya. Vai ficar tudo bem!

Eu só espero que metade dos alunos seja composta por garotas. Já imaginou ser a única menina do grupo?

Ela parou de amarrar os cadarços ao considerar essa possibilidade, sentindo uma súbita vontade de desistir de tudo.

Respirou fundo e voltou a amarrar os cadarços. Ao olhar para o relógio na parede, arregalou os olhos ao perceber que faltavam menos de 20 minutos para sua "apresentação".

Levantou-se, limpou a saia e caminhou até o canto do quarto, onde abriu a bolsa e retirou um colar, o último e único presente que havia recebido de seu pai em seu aniversário de 15 anos.

Colocou-o em volta do pescoço e respirou fundo uma última vez, pegando o celular e colocando-o no bolso da saia; um alívio por ele existir.

Fechou a porta atrás de si e começou a caminhar. A cada passo, o nervosismo aumentava, trazendo à mente a terrível possibilidade de tudo dar errado e de ser eliminada ali mesmo.

A cada passo, sentia uma energia crescente dentro daquela sala.

Era tanta energia que comecei a considerar a possibilidade de ser uma maldição, e não apenas uma sensação comum. E se fosse um teste? Eu não estaria pronta e acabaria morrendo!

— Eu não acredito nisso! — Encostou-se na porta. — Se for, eu juro que...

Parou de falar ao ouvir a voz do tio vindo de dentro da sala, acompanhada por uma voz feminina. Isso a fez respirar fundo e esboçar um sorriso, colocando a mão sobre o peito. No entanto, o sorriso desapareceu ao ouvir a próxima frase.

— Não vou fazer amizade com uma mimadinha só porque é sua sobrinha. — Um suspiro. — Ouvi dizer que ela se acha.

Ela cerrou os lábios e fechou os olhos, tentando controlar a raiva que crescia em seu peito. Mas tudo se interrompeu quando:

— Maya, entra aí. — A voz do tio soou em seus ouvidos de forma irritante.

Ok, nem foi a pior coisa. O pior mesmo foi o silêncio que se seguiu atrás daquela porta.

A raiva se dissipou, dando lugar à ansiedade. Como ela deveria agir?

O silêncio estava lhe causando um nervosismo crescente, e ela sabia que todos estavam olhando para a porta, esperando que ela entrasse. O simples pensamento de tantos olhos sobre ela fez seu rosto corar. Com a mão tremendo, ela alcançou a maçaneta e suspirou, quando a voz feminina ressoou novamente.

— Que brincadeira é essa? Não tem ninguém na porta e...

Maya abriu a porta lentamente, com a cabeça baixa, os cabelos pretos caindo sobre o rosto. Caramba, que vergonha.

Ela estava com vergonha de respirar perto daquelas pessoas, de se mover. No entanto, quando entrou na sala, seus olhos se arregalaram.

Mesmo sem levantar o olhar, ela sentiu. E não eram apenas os olhares, mas a energia amaldiçoada que impregnava o ambiente.

— Maya? — Satoru perguntou. — Aconteceu algo?

— Ah... não! — Ela levantou o olhar por debaixo da franja, olhando para o tio. — Tá tudo bem.

— Então levanta a cabeça, garota. Você está mais vermelha que esse giz aqui. — Ele mostrou um giz vermelho, que logo atirou contra a testa dela.

Por reflexo, Maya deu um passo para trás ao sentir o impacto em sua testa. Após alguns segundos, ela finalmente levantou a cabeça e o encarou.

— Você tem demência? — Ela fechou um dos punhos.

— Levantou! — Ele sorriu, abrindo os braços. — Enfim, pessoal, esta é Maya Gojo!

Pela primeira vez, ela ergueu o olhar, e se apavorou ao perceber que havia apenas três pessoas... e um panda?

— Oi?! — Ela abriu a boca em surpresa. — Três pessoas??

— Acontece, né. — Ele deu de ombros e sorriu. — Aquela é Maki!

— E aí, garota. — Maki se apoiou na mão e manteve o olhar fixo em Maya.

Maya se sentiu intimidada apenas com aquele olhar penetrante.

— Aquele é Inumaki!

— Okaka! — Ele levantou a mão, sorrindo.

— Okaka... — Ela sorriu timidamente, sem saber como reagir.

— Depois te explico. — Satoru se levantou e apontou para Yuta. — Não podemos esquecer do grande e poderoso Yuta Okkotsu!

— Ah... — Maya fixou o olhar no garoto, que ficou vermelho e desviou os olhos para a mesa.

— Bem-vinda, Maya... — Ele disse baixinho.

— Ele é novo também! — Satoru então apontou para o panda. — E aquele ali é o Panda!

— Não me diga... — Ela murmurou, incrédula.

— Estava curiosa sobre mim, não é? — O panda falou, rindo.

— ELE FALA! — Maya exclamou, ainda mais surpresa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro