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no final de tudo, o que realmente
importa é estar ao
lado que a gente ama.

Nascida e criada por uma mãe solo, embora de maneira imperfeita. Não é que eu desconheça meu pai, muito pelo contrário, eu o conheço bem. Aliás, diria que prefiro estar com ele do que com minha própria mãe. Não que ela seja uma péssima mãe; há momentos em que ela age como a melhor do mundo.

Entretanto, ultimamente, seu comportamento tem se tornado tóxico, ao ponto de me tratar mal. Desde que eu tinha cinco anos, ela tem nutrido uma rivalidade constante com seu irmão.

Na verdade, não é exatamente uma rivalidade, mas sim um certo rancor. Nada pessoal contra ele, apenas um sentimento de raiva por causa do poder e da famigerada aparência de "melhor feiticeiro".

Solto um suspiro ao ouvir batidas na porta, já sabendo de quem se trata.

— Maya? — A voz da mais velha se faz ouvir. — Já arrumou tudo?

— Já. — Deixo o que estava fazendo e caminho até a porta, abrindo-a.

Diante de mim, está uma mulher alta, vestindo roupas escuras. Seus olhos são claros, quase como diamantes, e seus cabelos brancos como a neve.

— O que você fez com o cabelo? — Sua voz não expressava irritação, apenas curiosidade.

— Pintei, mãe. — Ela suspira e entra no quarto. — Sinto-me mais confortável com ele preto.

— E lentes também? — Dessa vez, o tom mudou. — Maya, você é uma Gojo. Não deveria usar essas lentes, muito menos pintar o cabelo de preto!

— O jantar já está pronto? — Tento desviar da conversa. — Será meu último jantar com a senhora.

— Não mude de assunto, Maya. — Ela cruza os braços e fecha os olhos. — E não fale como se estivesse prestes a morrer ou algo do tipo.

— Tanto faz. — Pego o celular e passo por ela. — O tio vem me buscar amanhã à tarde, certo?

— Você vai ter que encontrar aquele acéfalo. — Ela sai do quarto, seguindo-me. — Ele mandou mensagem perguntando se está tudo bem esperar por ele no centro; ele precisa buscar outra garota da outra turma.

— Tanto faz. — Sento-me à mesa, na ponta, e ela se posiciona à minha frente. — Bom apetite.

O silêncio se instala entre nós, mas eu sei o que sua expressão transmite: há uma pergunta que ela deseja fazer.

— O que foi? — A garota mantinha o olhar fixo no prato, enquanto comia. — Qual é a pergunta?

— Eu queria te dizer para não me odiar. — A mulher larga os talheres e se apoia na mesa. — Sei que nutre algum sentimento horrível por mim.

— Não é possível eu ter sentimentos ruins pela minha própria mãe, ok? — Ela suspira, tomando um gole de suco. — Veja, eu posso sentir um pouco de raiva de você por tudo o que me fez passar, e...

— Eu fiz e faço tudo para o seu bem. Eu não mandei você começar a enxergar essas maldições aos cinco anos. — A raiva começava a tomar conta da mulher. — Não fale como se a culpa fosse minha, Maya!

— Não estou te culpando, mãe. — Ela solta outro suspiro e inclina a cabeça para trás. — Estou apenas dizendo que, independentemente de tudo o que você fez, faz ou deixou de fazer, você ainda é minha mãe. Nem sei se, mesmo querendo, eu conseguiria te odiar. Você foi quem me trouxe para este mundo horrível. Não é como se eu tivesse pedido isso, e você simplesmente tivesse me obedecido! — Ela aperta os punhos por debaixo da mesa. — Então, por favor, não coloque palavras na minha boca. E saiba que, quando eu pisar naquela escola, não farei absolutamente nada contra o meu tio. Estou indo para lá para aprender a controlar meus poderes, nada mais.

— Maya... — Pela primeira vez naquela noite, Rita se sentiu desconfortável ao ouvir as palavras da filha. — Saiba que eu não desisti de derrotar meu irmão.

— Tudo bem, faça o que quiser! — Maya limpa a boca com o guardanapo e se levanta da mesa. — Tenha uma boa noite.

Ela sobe as escadas com as mãos nos bolsos, seus pensamentos distantes de tudo ao redor. Naquele momento, era apenas ela e seus próprios devaneios.

Pensava em como tudo mudaria ao entrar na Escola Jujutsu e se tornar aluna de seu próprio tio.

Será que sua mãe sentiria saudades? E se ela fizesse tudo o que a mãe pedira?

Não, sem chances. Ela já havia prometido a si mesma que não seguiria os planos estranhos de sua mãe.

Mas e se ela tentasse? 
Se ela quisesse, será que daria certo? Afinal, seria só ela por lá, sem amigos. Nunca teve muitos amigos, apenas um grupinho da escola, daqueles que, no futuro, provavelmente nem se olhariam mais.

Ela solta um suspiro ao entrar no quarto, fechando a porta atrás de si. Seus olhos se voltam para a mala ao lado da cama, a qual encara por um bom tempo antes de caminhar até a janela. Ao abri-la, apoia-se no parapeito, observando a lua. O vento faz seus cabelos negros esvoaçarem suavemente. Será que, depois de tantos anos, seu tio ainda a reconheceria? E se ele não fosse tudo aquilo que dizem? E se ele fosse um homem sério, que a trataria da mesma forma que sua mãe?

Eram tantas perguntas...

A brisa fresca da noite acalma um pouco seus pensamentos turbulentos. Ela observa a lua com uma mistura de esperança e apreensão. Amanhã, começará uma nova fase de sua vida, longe de tudo o que conhecia, e as incertezas sobre o futuro a afligem.

Lá embaixo, a cidade parece tranquila, alheia às suas ansiedades. Ela se pergunta se alguma vez conseguirá se encaixar nesse novo mundo. O medo do desconhecido é esmagador, mas também há uma pequena faísca de excitação. A ideia de explorar novos horizontes e desafiar a si mesma é algo que a faz querer continuar, mesmo que os temores persistam.

Ela se afasta da janela e se deita na cama, fitando o teto. As imagens de sua mãe e dos conselhos dela se misturam com as histórias sobre seu tio e a Escola Jujutsu. Será que ela conseguiria encontrar um equilíbrio entre suas próprias vontades e as expectativas dos outros?

Com um último olhar para a lua, ela fecha os olhos, tentando encontrar um pouco de paz antes de um novo amanhecer. Sabia que o caminho à frente seria desafiador, mas estava decidida a enfrentá-lo, se guiando pelas próprias escolhas e descobertas. E assim, a noite vai passando, levando suas incertezas, enquanto ela se prepara para o que está por vir.


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