3- "PARCERIA"

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— Não é ruim. — Chishiya disse, enquanto Aikyo arrumava a barraca.

Durante todo o caminho para retornar ao local que a mulher estava, ele não falou nada e não respondeu a pergunta sobre onde ele passava as noites, então essa fala era a sua primeira desde que ambos saíram do jogo.

— Se fosse ruim não era algo meu. — Aikyo disse de forma confiante, colocando o colchão inflável para dentro da barraca.

Chishiya não respondeu ao comentário, apenas se sentou na grama, observando o trabalho da mulher.

— Vai ficar com essa sua bunda sentada aí ao invés de me ajudar? — Aikyo perguntou indignada, largando as coisas que segurava.

— Você não pediu ajuda.

— Acho que é um dos princípios básicos, né. Você vai dormir na minha barraca, com as minhas coisas.

— Peça minha ajuda da próxima vez, não tem como eu saber o que você quer ou deixa de querer. — Ele disse se levantando e terminando de ajudar a mulher.

Misaki resolveu não prolongar o assunto da cabana, pois não estava afim de se estressar com o cara de pau que ela havia arranjado.

— O que você quer fazer dessa parceria? — Ela perguntou logo depois que eles terminaram de arrumar tudo, se sentando dentro da barraca.

— Quando eu precisar de você, você vai saber, assim como quando você precisar de mim, acredito que saberei. — Disse despreocupado.

— Pare de falar em códigos. — Misaki exigiu, mesmo que tivesse entendido o que ele estava querendo dizer.

A garota sentia que ele estava escondendo algo dela. Seu jeito de se portar e agir não eram nada confiáveis e eles mal se conheciam. Aikyo tinha todo o seu modo alerta ligado quando estava com o rapaz.

— Não estou falando em códigos.

Mais uma vez, Aikyo não quis prolongar o assunto. Se virando para deitar dentro da barraca, ela disse que Chishiya poderia entrar e dormir quando quisesse, mas amanhã cedo eles precisariam sair para caçar ou achar alguma loja de conveniência, pois seus mantimentos estavam acabando.

O loiro apenas concordou.

Horas depois, a mulher acordou com um barulho, não muito alto e bem sutil, mas que a fez despertar. Ela estava completamente em alerta naquela noite.

Misaki percebeu que Chishiya não estava dentro da barraca, pegando sua adaga que deixou no canto da barraca, ela saiu lentamente lá de dentro, observando ao redor.

Indo para trás da barraca, Aikyo viu Chishiya mexendo com algumas ferramentas e uma arma que estava a sua frente.

— O que diabos você está fazendo a essa hora da madrugada? — Aikyo perguntou, analisando as ferramentas soltas espalhadas na grama.

— Por quê não está dormido? — O loiro rebateu, olhando para ela, totalmente despreocupado.

— Porque você me acordou. — Respondeu irritada.

— Eu estou tentando fazer um tipo diferente de arma aqui. Vai ser relevante em algum momento. — Explicou, começando a reunir as coisas espalhadas. — Mas pelo seu olhar reprovador, você quer que eu vá dormir, eu já estava indo de qualquer forma.

A mulher ficou observando ele guardar as coisas em sua mochila, Chishiya sentindo o olhar queimando em suas costas enquanto fazia isso.

Quando ele finalmente terminou, ambos voltaram para barraca e Aikyo tentou da melhor forma que pode, deixar a adaga o mais perto de si.

— Nem fiz tanto barulho e você acordou. Tem sono leve ou eu te faço sentir ameaçada. — Aikyo abriu um olho quando o loiro começou a falar, observando ele deitado de barriga para cima enquanto ela estava deitada de lado.

— Durma. — Ela mandou, ainda um pouco irritada por ter sido acordada.

O homem não disse mais nada, apenas se deixou descansar e dormir um pouco.


— O esquema todo é muito bom, mas não acha que é demais? — Chishiya pergunta, olhando o mapa da mulher.

Shuntarō percebeu que a morena era muito bem organizada. Observando o mapa que Aikyo havia lhe entregado, ele podia ver um esquema em forma de anotações de lugares relevantes para passar a noite entre outras situações.

Chishiya gostou disso.

— Quando se trata de segurança, nunca é demais. —  Aikyo respondeu, enquanto dobrava a barraca já desmontada e a colocava dentro da grande mochila de utensílios básicos.

Por mais que já tivessem acordado a um tempo, Chishiya parecia meio lento. Ele perguntou para a garota onde eles procuraram alimento e Aikyo achou melhor procurar uma loja de conveniência ao invés de caçar algum animal. Logo em seguida ela entregou o mapa para o loiro analisar.

— Bom, você está certa de qualquer forma. —  Chishiya concordou e a mulher se sentou no chão, deixando a muleta de lado.

— Acho que não vou precisar disso por muito tempo. — Aikyo disse se referindo a muleta.

— Também acredito que não, embora você não tenha me deixado ver. — Uma das primeiras coisas que o loiro fez ao acordar foi pedir para ver o ferimento, mas teve seu pedido negado por Aikyo.

— Deduz onde tem uma loja de conveniência? — Perguntou para Chishiya, mudando de assunto bruscamente.

— Nós estamos afastados do centro, onde quer que formos existe possibilidade da loja já ter sido saqueada. — Respondeu, ainda olhando para o mapa.

— Saquear é uma palavra meio errada, já que tudo é de graça, basicamente. —  Disse Aikyo é Chishiya a olhou de forma indecifrável.

— Prefere caçar alguma coisa então? — Misaki perguntou e o loiro fez uma careta meio sutil, que foi uma surpresa para a mulher.

Chishiya tinha uma expressão de indiferença tão habitual que as vezes o ver usar expressões era engraçado. Mas ela gostava dessas "escapadas" que as vezes aconteciam. O tornavam mais humano.

— Não. Acho que vale mais a pena procurar, principalmente por conta da sua perna. Eu tenho minhas deduções de onde podemos achar comida. — O homem disse e se levantou, fazendo Aikyo se levantar também.

Eles reuniram as coisas e começaram a andar em direção a onde quer que o loiro achava que fosse ideal, Aikyo ainda meio perdida ainda para onde Chishiya os guiava.

— Quando começou os jogos? — O loiro questionou após um certo tempo andando.

— Por quê a pergunta? — Retornou um questionamento, olhando para Chishiya ainda com o mapa em mãos. Ele aparentava ter gostado de como as anotações de Aikyo faziam o mapa funcionar.

Ela não diria em voz alta, mas gostou de como Chishiya pareceu apreciar seu modo de pensar.

— Você estava no meu primeiro e parecia experiente.

— Já fazia um tempo que eu estava jogando quando você teve o seu primeiro. Eu acho que parei de contar o tempo de uma forma correta depois de alguns meses. — Respondeu a pergunta, evitando dizer que parou quando Mahina morreu.

—  O que você fazia quando todo mundo sumiu? — Puxou outra pergunta, com o fim de não retornar ao silêncio que estavam anteriormente.

— Estava andando no centro de Shibuya. — Respondeu direito. — E você?

— Eu estava no centro também, com uma amiga. — Misaki falou, de repente se sentindo um pouco desconfortável. Mesmo com o tempo passado, Mahina ainda era um tópico sensível para si.

— E onde está essa sua amiga? — Chishiya tirou os olhos do mapa e do caminho a frente para olhar a mulher ao seu lado.

Ele viu que algo mudou assim que a pergunta foi feita, mesmo que não soubesse dizer o que.

— Ela está morta.

Chishiya decidiu não perguntar mais nada em relação a tal amiga. Para não criar um ambiente muito desfavorável, ele apenas mudou de assunto. — Acha que tem alguém por trás desses jogos?

Aikyo agradeceu por o rapaz ter trocado o tópico. — Só se for algo sobrenatural. Acho muito difícil algo humano nos controlar dessa forma, embora não impossível.

Chishiya não expôs sua opinião sobre, porém eles trocaram algumas experiências de jogos antes de ambos avistarem o que parecia uma loja no fim de uma estrada.

— Aqui, sabia que teria uma por aqui. — Ele disse, adiantando um passo de Aikyo e entrando na loja de conveniência.

O local havia sido levemente revirado, mas ainda haviam boas coisas consumíveis e dentro do prazo de validade.

Com algumas sacolas pegas no caixa, ambos começaram a por alguns alimentos dentro.

— Isso é um absurdo. — Shuntarō exclamou em algum momento, chamando a atenção de Aikyo que foi até o rapaz. — Cada dia eles sobem mais o preço desse biscoito. — Disse com um leve tom de indignação na voz e parecia estar falando sozinho.

— Você sabe que não está comprando eles, né? — Disse a morena parada atrás dele, com duas sacolas cheias na mão e a muleta na outra.

— Mas estaria se estivéssemos na vida normal. — Debochou, colocando vários dos biscoitos em uma sacola.

— Vamos, Aikyo. — Disse Chishiya, andando na frente de Misaki até a porta da loja de conveniência.

A mulher soltou uma risada, antes de ir atrás do loiro.

Em algum momento, eles pararam no meio do caminho para comer. As coisas estavam relativamente agradáveis quando o loiro perguntou:

— Em algum momento, dos jogos que você participou, você ouviu falar sobre "A praia"? — Fez aspas com os dedos ao contar.

— Não. Deveria? — Perguntou Misaki, abrindo um pacote de bolacha, totalmente despreocupada.

— Queria coletar informações sobre. — Disse, não respondendo o questionamento anterior. — Quantos dias ainda tem de visto?

— Amanhã vence. — A mulher deu de ombros, colocando a mão na frente da boca, era um hábito que havia pego quando estava comendo, mesmo que não estivesse mastigando.

— Amanhã? — Questionou em um tom que Misaki supôs ser indignação.

Mas só supôs mesmo, pois não era muito fácil distinguir o que ele estava pensando.

— Tá' surdo? — Aikyo revirou os olhos. —Não acumulei vistos por conta da minha perna.

— Faz sentido. — Concordou, com sua habitual expressão.

Ou seja, sem expressão.

— Você ainda não me explicou o que é essa praia. — Ela disse, se encostando em um tronco atrás dela.

— Não sei dizer o que é. Já reparou que alguns jogadores têm uma espécie de pulseira? — Perguntou. — Em um jogo, descobri que esses jogadores fazem parte da "praia".

— Como um clube ou algo assim? — A morena questionou curiosa.

— Exatamente. Acredito que lá possam ter muitas respostas. — O rapaz começou a recolher as comidas, colocando-as na sacola novamente. — Amanhã, vou participar do jogo com você e vamos dobrar a atenção nesses jogadores específicos.

Agora Aikyo estava entendendo um pouco do que Chishiya queria.

Sim, ela havia reparado na tal pulseira que alguns jogadores portavam, mas nunca havia dado a devida atenção para isso. A mulher não sabia o que o loiro planejava com essa "praia", mas sabia que ele bolava algo.


Os dois participaram de mais quatro jogos, ao decorrer do tempo, de dificuldades mais altas. Um de espadas, um de ouros e dois de paus. Foi muito bom tanto para Aikyo, tanto para Chishiya ter alguém para trabalhar em equipe. Embora Aikyo estivesse sempre com o pé atrás com o loiro, pois ele definitivamente não era alguém que trabalhava em equipe.

Nos jogos, eles também analisaram algumas pessoas da tal praia. Em todos os casos, eles pareciam vir em grupos e apenas um integrante de todos os que eles viram, não parecia tão experiente.

Além disso, Misaki tinha tirado um tempo para fazer a sua própria análise. Ela analisou os atos e como Chishiya se portava mais profundamente e chegou a algumas conclusões.

1- Ele definitivamente era alguém que trabalhava sozinho.

2- Aikyo era uma peça que por enquanto o era útil, mas que ele facilmente descartaria caso não fosse mais conveniente.

3- Ele não tinha muita empatia por ninguém.

4 - Seus jogos de destaque eram os de raciocínio.

5 (e algo meio inútil) - O rapaz era bom em trabalhos manuais.

Embora o loiro não fosse alguém muito confiável, nas aproximadamente duas semanas e meia que já estavam juntos, a mulher havia aprendido a apreciar a companhia duvidosa do outro, e vice versa.

Misaki acreditava que Chishiya precisava dela pois necessitava de alguém que confiasse minimamente nele para algum plano ou então para jogos.

Talvez em algum momento ele percebeu que não seria bom estar 100% sozinho.

E mesmo que não quisesse admitir, Aikyo percebeu que as coisas ficaram mais fáceis novamente, agora que tinha alguém ali. Mesmo assim, tentava se ligar de forma emocional o mínimo possível.

Porém ela não pode deixar de reparar que a convivência frequente com alguém a deixou mais empática novamente.

E isso era ruim para si, de certa forma.

Agora nesta noite, ambos se preparavam para mais um jogo, mas desta vez, eles não participariam dele.

— Testando... Oi?... Olá? Está me ouvindo, Chishiya? — Aikyo disse para o Walkie-talkie que o loiro havia feito funcionar ontem.

Demorou um pouco, mas a resposta apareceu. — Sim, estou te ouvindo, Aikyo. A qualidade está um pouco ruim. Pode voltar.

A mulher saiu de onde estava e voltou para o acampamento, onde Chishiya estava sentado, mexendo em algo no aparelho.

— Não está de todo o mal. Vai servir. — Disse Misaki, assim que parou em frente ao loiro.

— Vai sim. Vamos deixar as coisas aqui ou você prefere levar? — Perguntou, referindo-se as coisas do acampamento.

A mulher olhou para trás, analisando tudo que já haviam guardado. — Não vamos levar. As coisas são pesadas, se tivermos que correr vai ser horrível.

Outro fator também, era que a perna de Misaki não estava totalmente curada. Embora agora ela não estivesse mais  mancando nem utilizando a muleta, ainda havia o medo de a ferida abrir novamente. Então ela preferia se prevenir.

— Tudo bem, vamos levar só as mochilas. — Falou se levantando e pegando sua mochila, Aikyo fazendo mesmo logo em seguida.

Mesmo que não dissesse, Misaki gostava de como as suas falas eram decisivas em coisas bestas como essa. Chishiya era do tipo muito mandão', tudo sempre era do jeito dele, então essas decisões mais rotineiras sempre ficavam para si.

— Você vai levar alguma arma? — Aikyo perguntou.

— Não. Não precisa levar, não vamos entrar em nenhum conflito. — Afirmou.

— Tudo bem. Não vou levar então. — Concordou a morena, fechando sua mochila.

Andando até a arena de um dos jogos, ambos repassaram o plano. Era bem simples. Primeiro iriam olhar juntos quais jogadores eram da praia. Depois, Misaki ficaria em uma saída e Shuntarō perto do carro dos jogadores, ambos se comunicariam pelos walkie-talkies até que os jogadores saíssem.

Como já haviam percebido, os jogadores da praia se locomovem em carros, tudo que precisariam fazer seria segui-los sem serem vistos, até a praia ou pelo menos por perto.

Chishiya não descartava que a praia poderia ser um lugar ruim, por isso seria importante que ambos tomassem cuidado para não serem vistos.

Chegando lá, reconheceram três jogadores da praia.

Um era uma mulher de cabelos pretos e compridos. Os outros dois eram homens. Um tinha um grande porte e parecia sem muita paciência o outro tinha cabelos mais longos e alguns piercings no rosto. Ambos portavam armas.

— Não acha que estamos muito à vista? — Perguntou Misaki a Chishiya, reprovando o local que ele tinha escolhido para ambos observarem os jogadores. — Estamos muito perto também.

— Não tem problema, vamos ficar aqui. — Respondeu o loiro.

— Isso não me soa muito inteligente. — Refutou a resposta, mas também não fez nada para sair de lá.

Chishiya não respondeu ao comentário.

Assim que os jogadores entraram dentro da arena, Chishiya se locomovou para onde estava o carro. Agora precisavam esperar.

Os minutos se passaram de forma tortuosa para ambos, quando após estimados quinze minutos, Aikyo finalmente percebeu alguns jogadores saindo da arena.

Com o coração batendo mais que o normal, Misaki apertou o botão para falar no walkie-talkie.

— Chishiya, os jogadores estão saindo. — Aikyo avisou. Alguns segundos depois, a resposta se fez ouvir.

— Ótimo. Consegue ver os jogadores da praia? — Questionou.

Misaki apertou os olhos.

— Sim, consigo. Mas estão apenas os dois homens, a mulher não está com eles. — Falou e sentiu a adrenalina correr assim que percebeu os homens se movendo, indo em direção ao carro.

— Eles estão indo aí. — Avisou a Chishiya.

— Ok, venha aqui.

Desligando o aparelho, Misaki seguiu até próximo ao carro. Escondida atrás de um latão de lixo, ela percebeu ambos os homens entrando no carro.

— Cadê a mulher? — Perguntou Aikyo, ligando o Walkie-talkie novamente.

— Não importa agora.

— Como assim não importa? — Aikyo questionou alterada, assim que o carro começou a se mexer. De repente ela sentiu que aquilo não era só sobre localizar a praia.

— Vamos. — Foi o que ela ouviu de resposta assim que o carro começou a se mover.

Aikyo saiu de onde estava escondida, assim como Chishiya. Porém ambos não chegaram muito longe quando um som de tiro passou perto demais pelo ouvido da morena.

Foi então que o caos começou.

Ao olhar para trás, ela percebeu a mulher de cabelos longos que faltava com uma arma na mão. Ela tinha um sorriso cínico, como quem havia errado o tiro de propósito.

Muito rápido, o carro que até então ia para frente, deu ré, quase batendo em Chishiya, que desviou de forma ágil.

Ambos os homens que estavam dentro do carro, saíram de lá. O homem com um porte maior foi para cima do loiro, mas Misaki não teve tempo de ver o que acontecia e muito menos de se importar, pois rapidamente o homem de vários piercings foi para cima da morena.

Ele a agarrou pelo pescoço, colocando a arma que segurava em sua cabeça.

Rapidamente, incorporou tudo que seu avô havia lhe ensinado e conseguiu jogar a arma longe, mesmo que uma sequência de tiros ouvesse sido disparada.

Uma rápida luta corporal acontecia entre os dois, quando ela viu Chishiya tirar um taser da jaqueta e acertar o homem. Foi só aí que lembrou que também estava levando sua adaga na bota.

Em um segundo engraçado, ela percebeu que tanto si quanto Chishiya eram muito mentirosos.

De forma rápida, ela conseguiu tirar a adaga da bota e acertar o abdômen do rapaz, girando para ter certeza de causar um estrago. Assim que o homem caiu, ela pegou sua adaga e levantou para correr até o loiro.

Porém diferente de tudo que achou que ia acontecer, assim que ela chegou perto de Chishiya tudo que ele fez foi pegar o walkie-talkie que ela havia derrubado no chão e a entregar. — Leve isso. — Ele disse antes de a empurrar em direção ao homem de maior porte.

Em segundos, lhe ocorreu a realização do que havia acontecido.

Chishiya não queria saber onde e o que era a praia. Ele queria que alguém descobrisse por ele.

Ele fez questão de ser visto pelos jogadores, para que eles os descobrissem.

Chishiya queria que ela fosse levada.

Porém, tão rápido quanto teve sua realização ela agiu.

Ela agarrou na jaqueta do loiro antes que ele corresse e passou a adaga de forma superficial por seu abdômen, o fazendo se desequilibrar. Assim que ele se desequilibrou ela o jogou em cima do homem de maior porte que já tinha se levantado e tentou agarrar os dois.

Porém antes que pensasse, uma explosão completamente sem sentido aconteceu e tudo que Aikyo fez foi correr para longe, ainda desnorteada com o barulho alto que ela ouviu tão próximo de si.

"Filho da puta!"  Foi o que Aikyo pensou assim que conseguiu parar para respirar.

Tudo bem que ela esperava que em algum momento Chishiya a passaria para trás, mas não imaginava que seria assim.

Com a adrenalina abaixando, ela finalmente percebeu sangue em seu ombro esquerdo, retirando sua jaqueta, Aikyo percebeu o ferimentos de um tiro.

Parecia ter passado de raspão, provavelmente um dos tiros que o homem de piercings disparou enquanto lutavam.

Apertando o ferimento com a blusa, ela se sentou no chão, extremamente cansada.

A mulher até pensou em voltar para tentar localizar o carro e o loiro, mas no momento estava com zero empatia do que fariam com Chishiya. E também existe a possibilidade de ele ter conseguido escapar na explosão.

O homem foi esperto até demais. Ele sabia que Aikyo não cairia nessa se ele a mandasse seguir o carro sozinha.

Chishiya estava lá e se arriscou para conseguir fazer com que a mulher acreditasse nas suas intenções. Tudo que ela conseguia sentir era ódio. Mesmo que a dura percepção de que ela estava sozinha novamente tenha chegado com um soco.

Mas ela não queria chorar agora.

(3338 palavras)

_________________________________________

Ai ai esse Chishiya né...

Enfim, eu quero deixar uma nota bem importante aqui. Eu tentei retratar ao longo dos capítulos (esse e os que virão a seguir), da forma mais fiel que consegui, a personalidade do Chishiya. Sim ele vai mudar, mas por enquanto ele continua sendo o cara vazio e "poucas ideias" kakakakak. Não esperem um desenvolvimento romântico agora.

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