5- ESPREITA

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VOLTAR PARA CASA teve seus benefícios na visão de Aikyo. Além de estar em um lugar familiar e de certa forma nostálgico, ela também teve seu reencontro com seus amados bonés e as fotos de seu quarto que estavam penduradas em um varal de fotos que sua mãe havia feito.

Além disso, Misaki se sentia muito mais sentimental desde que ela havia estado com Chishiya. Era como se socializar trouxesse seu lado sensível a tona.

Outra coisa que ela percebeu nesse curto período de tempo, observando a amizade dos três rapazes, que estavam com ela, foi que ela estava muito perdida.

Eles eram tão carregados de personalidade e vida. Ela sabia que não era nem um pouco dessa forma e isso a incomodava. Misaki não sabia dizer o exato motivo do porque isso a inquieta, pois ela é assim desde sempre. Mas não era hora para isso.

Apenas estava se irritando com o quanto ela não se conhecia e como ela parecia ler os outros muito melhor do que ela lia a si mesma.

De noite quando estava dormindo em sua cama depois de meses, ela acordou com batidas insistentes e aflituososas na porta.

Quando abriu, encontrou um Arisu com feições preocupadas e mexendo em suas próprias mãos de forma ansiosa. Ele disse que Chōta estava resmungando a noite inteira, e que ele acreditava ser por dor. O homem estava tão preocupado que comoveu Aikyo de certa forma, mesmo que ela não tivesse deixado explícito.

Karube e Arisu estavam constantemente preocupados com o amigo ferido, mesmo que não demonstrassem tanto na frente de Chōta. Ela percebia que havia um laço muito forte entre eles.

Era algo bonito.

Misaki sentia falta disso. Pois ela tinha isso. E perdeu.

Já pela manhã, algumas horas depois que já havia acalmado a dor de Chōta, Misaki saiu com Karube em busca de alguma comida que prestasse e que trouxesse um pouco mais de sustentabilidade.

Eles foram até um mercadinho próximo e em todo o caminho, Karube emcorajava Aikyo a falar mais e mais sobre o que ela sabia dos jogos e suas experiências.

— Qual seria a primeira coisa que você faria, se voltasse agora para o nosso mundo? — Karube perguntou em algum momento, na volta do mercado.

— Eu sinceramente não sei. — Havia tanta coisa para se fazer e ao mesmo tempo nada.

"Eu pediria a mão da mulher que eu amo" Misaki lembra da resposta de Karube.

A realidade era que essa pergunta deixou a mulher muito pensativa.

Se tudo isso tivesse acontecido a alguns meses atrás, Aikyo poderia listar um milhão de coisas que faria após sair deste inferno. Poderia até mesmo dar a mesma resposta que Karube. Dizer que pediria a mão de sua ex.

Mas agora, ela honestamente não tinha mais nada. Ela queria muito, muito mesmo poder dar um abraço em sua mãe. Mas ela sairia da cama para que Aikyo pudesse fazer isso?

Então ela tentava não pensar que na verdade estava lutando por outras pessoas e não por si mesma. Ela estava lutando por Mahina que morreu em seus braços e por sua mãe que morreu por dentro a muito tempo.

Era angustiante, dolorido e árduo demais. Viver por outras vidas era quase um fardo que Aikyo estava destinada a carregar pelo resto da vida.

Quanto tempo até ela começar a lutar por si? Mas como ela iria lutar por alguém que nem mesmo ela conhece direito?

"A vida é uma droga mesmo." Essa foi a conclusão que ela chegou.

— Temos comida! — Karube gritou assim que eles passaram pela porta principal.

Arisu desceu as escadas corrrendo e parecendo muito animado, enquanto Chōta vinha apoiado em Shibuki.

— Eu tô' morrendo de fome, cara. — Arisu disse com um grande sorriso no rosto.

—  A gente notou, viu. —  Chōta disse e recebeu um tapa "amigável" de Karube na cabeça, em forma de repreensão.

— Para de provocar. — Karube defendeu Arisu, mas fez uma careta assim que ele começou a tirar as coisas da sacola de forma grotesca.

— É, não dá pra te defender, Arisu. — Karube disse. — Parece que acabou de sair do manicômio.

Os três riram em um clima agradável, como se realmente não estivessem em um clima apocalíptico.

— Dá sim, a gente tava sem comer desde ontem. — Aikyo se manifestou pela primeira vez por pura vontade, enquanto distribuia os pratos na mesa com a ajuda de Shibuki.

Os cinco se sentaram para comer após tudo pronto, em um clima mais aconchegante do que parecia possível, devido às condições.

Todo mundo pareceu muito satisfeito assim que puseram a comida na boca.

— Hm, o que vocês duas faziam da vida? — Chōta perguntou para as duas mulheres sentadas do outro lado da mesa.

Aikyo olhou para Shibuki, como se passase o direito de resposta a ela.

— Eu... trabalhava em um escritório. — Respondeu de forma simplista enquanto Aikyo voltava a comer.

— Onde vocês estavam quando todo mundo sumiu? — Shibuki logo perguntou e Aikyo secretamente agradeceu que ela não precisou responder o que fazia da vida.

— No banheiro. — Respondeu Karube e Shibuki se mostrou confusa.

— A gente tava' conversando no mesmo cubículo. — Explicou Chōta, sorridente.

— Será que eu perdi alguma coisa aqui? — Shibuki perguntou olhando para os três rapazes e Aikyo prendeu a risada que veio com os pensamentos nada cândidos.

— E você? — Karube perguntou para Shibuki, com a expressão não tão amável.

Shibuki se sentiu perdida, Aikyo conseguiu ver apenas pela maneira que ela se mexeu na cadeira ao seu lado.

— Eu estava trabalhando... E você, Aikyo? — Shibuki jogou a pergunta para Misaki, essa percebendo que Shibuki não estava falando a verdade. Pelo menos era o que parecia os olhos da mulher.

— Eu tava' transando com a minha ex. — Aikyo respondeu de forma séria ao questionamento anterior, notando com certa diversão as expressões de todas passarem de calmas para muito surpresas ou envergonhadas.

Misaki se levantou calmamente, pegando o prato para levar até a cozinha. — Eu estou brincando com a cara de vocês. Estava comprando sorvete. — Ela riu de forma mais aberta desta vez, notando todos relaxarem um pouco e Arisu soltar uma risada levemente contagiante.

— Não acredito que você tem senso de humor. — Arisu disse e Aikyo piscou para ele, segundos antes de sair da sala de jantar.

O clima que estava na casa de Misaki durante a tarde era bem agradável, ela não lembrava de ter a casa tão cheia assim a muito tempo.

Quando caiu a noite, Aikyo notou que Karube e Arisu pareciam mais controlados, mesmo que estivessem prestes a enfrentar um jogo mortal. Ainda havia o nervosismo, é claro, mas eles pareciam estar lidando bem com isso. Arisu ainda parecia um pouco relutante.

Com a noite, também veio a descoberta que eles iriam participar de um jogo. Misaki não sabe quem contou a Chōta, mas o homem não parecia muito contente, embora tudo aparentasse estar bem.

Em resumo, o dia foi leve e considerado ótimo pela mulher, ela só esperava que o jogo tivesse um bom desfecho para terminar a noite de forma benévola para todos.

Assim que eles saíram da casa de Aikyo a procura de uma arena mais próxima, era como se a mulher tivesse assumido uma nova face. Arisu e Karube perceberam isso, mas não comentaram nada.

Depois de andar um pouco, Aikyo reconheceu uma arena com o nome "Edifício Toei Sendagaya". Era um prédio alto, e parecia que um jogo interessante aconteceria ali.

— Tem bastante gente. — Arisu comentou assim que entraram no prédio.

Aikyo se adiantou e foi até a mesa dos celulares, pegando um para si. Os dois seguiram logo atrás dela.

Assim que os três foram para um canto, Misaki teve que disfarçar a surpresa que sentiu ao analisar as pessoas e ver Chishiya ali, com o capuz sob o rosto e aparentemente ouvindo música.

Assim como no jogo do quarto, ambos se ignoraram.

"As inscrições estão encerradas.
Há quatorze participantes no total.
O jogo começará agora."

— Dá licença, vocês podem me dizer o que tá acontecendo aqui? Eu fui trazido pra cá', mas eu não sei o que está acontecendo. — Um garoto de boné falou, se aproximando de Arisu.

— É um jogo. — Arisu disse, mas foi interrompido por Karube, que disse algo mais perto do ouvido dele.

"Dificuldade: cinco de espadas."

— Esse é um jogo físico. — Começou um homem de chapéu a falar. — O que manda aqui é a força. Muito prazer, meu nome é Nitobe. — Ele estendeu a mão para Karube que recusou o aperto de mão.

Nitobe levou a mão para ser apertada por Arisu. Assim que Arisu levantou a mão para efetivar o aperto, Aikyo puxou o rapaz para trás.

— Para de tentar ser amigável, isso só vai te foder. — Ela disse de forma baixa para Arisu.

"Jogo: Símbolo
Regras: fugir e escapar da coisa."

Assim que foi dito isso, as pessoas em volta começaram a cochicar sobre o que seria a "coisa". De repente, Misaki sentiu um amargor em sua boca. Ela tinha certeza de que essa coisa era similar ao monstro de seu primeiro jogo.

— O que é a coisa? — Perguntou Arisu.

— Não faço ideia. — Respondeu Karube.

"Condições para vencer: descobrir o símbolo escondido em uma das salas do edifício dentro do tempo limite. Você vence o jogo quando toca no símbolo.

Tempo limite: vinte minutos.

Após vinte minutos, a bomba escondida no edifício irá explodir."

Para Aikyo, foi como se ela estivesse em seu primeiro jogo de novo. Ela não gostou da sensação.

Quando foi a "voz infernal" acabou seu monólogo, as pessoas começaram a se dividir no prédio para o início do jogo.

— Sigam para uma área que vocês considerarem segura. Eu encontro vocês daqui a pouco. — Disse Misaki em um tom baixo para apenas Arisu e Karube ouvirem.

— Onde você vai? — Perguntou Karube.

— Resolver uma coisa. — Ela respondeu, colocando seu capuz, antes de seguir em frente.

Ela esperou o elevador descer novamente, já que alguém já tinha usado. Assim que ele chegou, Aikyo clicou no botão do último andar, o sétimo, torcendo para que seu palpite estivesse certo.

Ao sair do elevador, ela viu que sim, ela estava certa. Chishiya estava ali, apoiado na mureta a sua frente.

Mesmo com o som claro do elevador sendo aberto, Chishiya não olhou para trás.

Devagar, Aikyo se aproximou e se apoiou no muro ao seu lado. — Oi. — Ela disse, sentindo o vento forte mexer em seu cabelo, mesmo que estivesse preso com o boné.

— E aí? — Respondeu suspirando, ainda olhando para frente. — Achou que eu tava' morto?

— Na verdade não. — Aikyo riu levemente. — Embora a ideia não fosse tão ruim. — Completou, em um tom leve de piada.

Chishiya riu de forma descontraída, ainda olhando para frente.

— Descobriu o que queria? Sobre a praia e essas coisas. — Misaki perguntou e Shuntarō finalmente olhou para ela.

"Dois minutos para o início do jogo."

— Sim, eu descobri. Muito obrigado pela facada, inclusive. — O tom do homem era de clara ironia.

— Queria que eu fizesse o quê? Você me enganou, estava apenas me defendendo.

Embora pelo diálogo parecesse que se desenrolaria uma discussão acalorada, não era nada do que aconteceria. Os dois estavam bem calmos falando sobre isso, quase como uma história de longos anos que viveram juntos.

— Tudo bem, eu mereci. — Ele riu, voltando a olhar para frente.

— Qual era o seu plano? Digo, duvido que você achava que ia conseguir escapar ileso. — Ela questionou, realmente interessada.

— A realidade é que as coisas não saíram como o exato planejado. Quando eu te entreguei o Walkie-talkie, era para a explosão ter acontecido, pra' que eu pudesse dar o fora. — Explicou calmamente. — Não foi o que aconteceu e o tiro saiu pela culatra. Quem usou a explosão pra escapar foi você.

— Então a explosão foi obra sua? — Aikyo perguntou rindo. Ela se questionou como não havia pensado nisso. Era a cara dele.

— Foi. — Deu um sorriso de canto. — Pensei que estaria brava.

— Eu fiquei, mas só na hora. No fim eu entendo. — Ela suspirou, olhando para Chishiya. — A praia é um lugar ruim?

— Você só vai saber se for até lá. — Respondeu.

Óbvio que esse seria o tipo de resposta que ele daria. Aikyo se questionou o porquê de ter feito a indagação.

"O jogo vai começar agora.
O tempo limite é vinte minutos.
Jogo iniciado."

O tempo começou a correr no celular, e Aikyo desencostou da mureta, olhando por todo o prédio e vendo que tinha uma visão espetacular dali, conseguia ver todos os andares.

Ela avistou Arisu e Karube com Nitobe na cola deles.

"A coisa está em ação"

Logo em seguida, um som de trombetas ecoou por todo o local silencioso.

— Quem são eles? — Chishiya apontou o dedo para onde estavam Arisu e Karube.

— Umas pessoas que eu estou ajudando.

— Não sabia que fazia caridade, Aikyo. — Disse, levantando o canto dos lábios, em um riso discreto.

— Às vezes eu faço.

No momento em que ela disse, tiros foram ouvidos. Aikyo confirmou sua hipótese. A coisa era como o monstro.

— Bom, te vejo por aí. — Disse Aikyo se virando para ir embora, vendo Chishiya dar um "Tchauzinho" com a mão.

Ela começou a olhar os outros andares a espreita. Desceu alguns antes de apoiar-se em uma parede e observar os outros jogadores, procurando pela sala do simbolo desesperados.

Era bom estar a espreita, observar antes de jogar de fato. Conhecer seus parceiros e inimigos.

Um tempo depois, Aikyo avisou Karube e Arisu com Nitobe novamente, os três indo para onde a coisa estava. Ela decidiu ir atrás deles.

Aikyo ouviu barulhos de tiro e apressou o passo em direção aos três. Logo ela viu eles descendo as escadas desesperados.

Assim que avistou os dois, Misaki puxou Karube e Arisu, deixando Nitobe continuar correndo escada a baixo. Ela os guiou até um vão na parede, onde se esconderam em uma posição desconfortável.

Os três ouviram a coisa descer as escadas e um tempo depois vários tiros sendo desparados. Com a respiração um pouco mais controlada agora, Aikyo se pronunciou. — Eu lembro de ter dito para vocês acharem um lugar seguro. — Disse em um tom de repreensão.

Dito isso, Aikyo saiu de onde estavam, Arisu e Karube saindo juntos. Os três se esconderam atrás de uma mureta, observando a coisa.

— E agora o que a gente faz? — Karube perguntou. — Vocês tem alguma ideia do que fazer para zerar o jogo?

— A gente não vai zerar o jogo com essa coisa nele. — Arisu se referiu a arma que o homem carregava. — Pensa você também. — Disse a Karube.

Os três se abaixaram assim que a coisa se virou para olhar na direção deles.

— A gente precisa analisar melhor. A coisa é um homem e tem um ponto fraco. — Susurrou Misaki.

Com isso, Arisu lentamente voltou a olhar para a coisa. — Ele não viu a gente. Ele não deve enxergar bem por conta da máscara. Esse é o ponto fraco dele! — Disse isso olhando para Aikyo, que ainda estava escondida.

— Ótimo, nós vamos usar isso. — Ela respondeu ofegante.

A mulher se sentiu perdida quando Arisu começou a correr e Karube o seguiu. Ela se levantou e correu atrás dos dois, Arisu logo começando a gritar.

— Pessoal, a coisa tá no piso dois! Ele enxerga mal por conta da máscara. — Gritava para os outros jogadores.

— Para com isso, você quer morrer? — Karube tentou pará-lo.

— A gente tem que se ajudar, para encontrar o símbolo juntos. — Continuou Arisu.

Era uma boa ideia, a mulher pensou, mas ela duvidava um pouco que alguém fosse responder.

Contrariando o que havia pensado, ouviu uma voz feminina gritar.  — A coisa tá pelo quarto piso do edifício central, quem tiver por ai, corre!

"Oito minutos para o fim do jogo. No momento, há oito sobreviventes"

Perto de onde eles estavam, uma sequência de tiros foi disparada. Indo até lá, os três repararam a coisa no andar de cima, tentando acertar o rapaz de boné do início do jogo que estava no andar de baixo.

Arisu foi lá para ajudá-lo, enquanto isso, um questionamento veio a mente de Aikyo "por qual motivo ele atirou de tão longe?"

Eles saíram de lá de perto, descendo as escadas.

— Vou acabar com aquela coisa. — Disse Karube.

O pensamento do porquê a coisa havia atirado de longe sendo que ele não fazia isso normalmemte, rodava na cabeça de Misaki. Ela tinha certeza que era lá onde estava o símbolo.

— Vai é? Ele tem uma metralhadora. — Advertiu Arisu.

— Tem, mas é só um humano. — Um homem de regata disse, aparecendo onde eles estavam. — Tem um metro e noventa de altura, tem grande porte e é destro. Também tem boa facilidade para atirar, devia ser ex-militar ou algo do tipo. — Inumerou.

— Eu consegui pegar. — Disse um homem, aparecendo com um extintor na mão e entregando para o anterior

Aikyo notou que ambos os homens tinham a pulseira da praia.

— Pegue esse extintor. — O homem entregou para Karube. — Nós vamos à caça.

O homem instruiu Aikyo e Arisu a procurar o símbolo e mesmo contra a vontade de Karube, ambos aceitaram se dividir.

Uma mulher que Aikyo havia reparado ser algum tipo de ginasta ou alpinista, desceu do andar de baixo, parando em cima da mureta. — Vi o quinto piso no bloco sul, e o sexto no leste, a gente se divide e procura o símbolo.

— Ainda não chequei o primeiro e o segundo. — Disse Arisu.

— Entendido, vou checar. — Assim, a mulher se jogou para baixo. Karube e Arisu preocupados foram olhar, mas Aikyo que já havia notado que a mulher era experiente apenas puxou Arisu e começou a andar.

— Não íamos nos separar? — Questionou Arisu enquanto ambos andavam de forma rápida.

— Eu acho que sei onde tá. — Ela disse e um pouco mais a frente, ela fez Arisu parar e olhar para a porta onde A Coisa havia atirado. — Por que você acha que ele atirou de tão longe?

Arisu parece ter pegado o raciocínio e ambos seguiram até a porta, onde encontraram Chishiya chegando pelo outro lado.

— Notaram a mesma coisa que eu? — Chishiya questionou e Aikyo confirmou.

Arisu colocou a mão na maçaneta para abrir a porta, porém, algo pareceu ter cruzado sua linha de pensamentos e ele parou.

— Você não vai abrir? — Questionou Chishiya.

— Por que a coisa perseguiu a gente? Podia ter esperado aqui. — Disse Arisu para os dois e essa fala alertou Aikyo, que passou a achar uma ideia terrível entrar ali sem saber o que havia dentro.

Mas era o único jeito.

— Acho que tem alguma coisa que a gente ainda não sabe. — Começou Chishiya, tirando o celular do bolso e mostrando o tempo restante. — Só que se você não abrir... — Deixou o fim da frase morrer.

"Três minutos para o fim do jogo"

Aikyo percebeu o que Chishiya estava fazendo ao induzir Arisu a abrir a porta, ela lançou um olhar de repreensão, porém não impediu Arisu de abrir a porta e entrar na frente de ambos.

Os três entraram devagar no cômodo todo escuro, todos ali estavam atentos a qualquer coisa quando Misaki, que era a última a entrar, sentiu seu pescoço queimar.

Ela sentiu que alguém olhava para ela e quando se virou para trás, a única coisa que ela pode fazer foi se abaixar, ao notar uma segunda coisa com uma metralhadora em mãos começar a atirar.

Chishiya foi rápido e tirou um taser do bolso, que Aikyo reconheceu como o mesmo do dia do incidente, e eletrocutou a coisa e a fazendo cair no chão.

Arisu e Aikyo se levantaram, ainda um pouco tontos com a rapidez que as coisas aconteceram.

— É sempre bom estar preparado. — Disse Chishiya, porém no instante seguinte, a coisa pareceu acordar e voltou a atirar nos três, errando por pouco.

No momento de adrenalina, os três se separaram e Aikyo e Chishiya correram para fora do quarto, fechando a porta e ainda ouvindo os barulhos de tiros.

— Mas que droga. — Aikyo deixou se frustrar, batendo a cabeça na porta.

— Alguém corre aqui! Sala 406, sala 406. Não dá pra zerar sozinho, precisamos de duas pessoas pra isso. — A voz de Arisu gritando de dentro da sala foi ouvida.

— Você tá falando sério? — Chishiya reclamou em um fio de voz, frustrado também.

"Tempo restante: um minuto."

— Mas que merda. — Aikyo se virou de forma rápida. — Sai da frente, Chishiya. — Ela empurrou o rapaz e entrou dentro da sala em um surto de coragem.

Shuntarō a seguiu e assim que entraram na sala, viram Arisu lutando contra a coisa que tentava o balear. Os dois desviaram de uma sequência de tiros que foram desferidos na direção deles.

— Alguém me ajuda! Por favor! — Eles ouviram Arisu gritar.

Aikyo tirou a adaga de sua bota e avançou para cima da coisa, livrando Arisu para que ele pudesse apertar o botão.

A coisa tentou acertar alguns tiros na barriga de Aikyo que foram desviados quando ela conseguiu acertar a cabeça da coisa.

Ela estava quase sendo enforcada quando de canto de olho ela percebeu a garota alpinista aparecendo. Ela e Arisu apertaram apertaram os símbolos e o jogo foi encerrado faltando um segundo para a bomba explodir.

No fim, a coisa tirou sua máscara, revelando ser uma mulher mais velha. Ela parecia perdida e tinha um olhar desesperado no rosto, um olhar de quem queria viver, de quem pedia misericórdia.

Aikyo desviou o rosto quando o colar no pescoço dela explodiu, a matando.

(3551 palavras)

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