6- A UTOPIA

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— Aí. — Arisu reclamou, afastando o braço, enquanto Aikyo limpava o corte que ali estava.

— Ah, pelo amor de Deus Arisu. Não vou conseguir dar um jeito nesse corte se você se afasta cada vez que eu encosto o algodão. — Misaki reclamou, largando o algodão sujo em uma vasilha de metal.

Eles estavam no sofá. Karube havia levado uma facada não muito preocupante e ela já havia cuidado disso. Também tinha refeito o curativo da perna queimada de Chōta, que apresentava melhoras. Agora era a vez de Arisu, que tinha um corte no braço não muito fundo.

— Desculpa. É que dói. — Ele segurou seu próprio braço e fechou os olhos.

Misaki voltou a limpar a ferida dele, agora com outro algodão. Arisu tinha os olhos fechados em uma expressão de dor engraçada.

— Não reclama não, o Karube levou uma facada e o Chōta está com a perna queimada. — Ela retirou o algodão e pegou uma gaze e uma pomada.

Arisu não disse nada enquanto ela fazia o curativo. Karube desceu as escadas e riu da expressão do homem.

Quando ela terminou o que estava fazendo, deixou os dois na sala, subindo para seu quarto.

Ela tirou o boné que estava um pouco sujo de sangue e deixou em cima da mesa de seu quarto. Em seguida ela foi em direção ao banheiro, colocando as mãos no bolso de sua jaqueta.

Porém assim que fez isso, ela sentiu algo no bolso. A mulher tirou o que parecia ser um papel e percebeu que não era nada mais nada menos do que o mapa que ela usava e não via a meses.

Desde que havia acontecido o incidente da praia, ela não tinha mais visto o seu mapa, que tinha ficado com Chishiya no momento que ele foi levado.

Se sentiu muito surpresa. Ao abrir o mapa ela viu que havia uma alteração. Com uma caneta roxa, havia um ponto marcado.

Ela realmente não sabia o que pensar. Aquele mapa estava com Chishiya, o que lhe fazia pensar que ele havia posto aquilo em seu bolso. Mas quando diabos ele fez isso que ela não sentiu? E o que era essa marcação no mapa?

Misaki deixou o mapa em cima da mesa do lado de seu boné e entrou no banheiro para se limpar, ainda pensando no mapa que havia encontrado.

Ela foi dormir, com uma hipótese na cabeça. E se aquele ponto marcado no mapa fosse a praia?

Parecia a única explicação plausível para si.

Já de manhã, era o dia que o visto de Chōta e Shibuki venceria, eles se preparavam para mais um jogo no fim do dia quando Karube contou-lhes o que havia descoberto no jogo da noite anterior.

Ele contou para os quatro que, ele ouviu alguém chamando um jogador que havia morrido de volta para a "praia" por um Walkie-talkie e que isso havia o intrigado. O aparelho estava com ele, inclusive.

Karube levantou o questionamento do que seria essa tal praia e logo eles começaram a discutir.

— Eu sei um pouco sobre. — Misaki que até então não havia falado nada, se pronunciou, chamando a total atenção de todos ali.

— Como assim? — Perguntou Karube de forma séria.

— Eu tô' aqui a muito tempo, já reparei que essa praia é algum tipo de organização dos jogadores. Os jogadores correspondentes dessa organização tem uma pulseira. É tudo que eu sei. — Ela disse relaxada, não mencionando Chishiya nem o mapa por enquanto.

— A única coisa que eu sei, é que eu vou chegar a essa praia. Custe o que custar. — Karube disse parecendo muito determinado.

Essa conversa que eles tiveram e a determinação de Karube fez Misaki se forçar a tomar a decisão que estava enrolando um pouco para tomar.

Ela subiu de volta para o seu quarto, pegou uma folha A4 e algumas de suas canetas. Ela abriu o mapa que havia guardado e começou a transferir algumas coisas do mapa para a folha.

A mulher demorou um pouco no processo e quando terminou. Shibuki já estava a chamando para irem comer antes do jogo. Com o pequeno tempo de convivência, ela havia aprendido que Shibuki não era tão intolerável quanto pensava.

Depois que comeram, Aikyo retornou para seu quarto e decidiu arrumar suas coisas.

Colocando tudo que precisava em uma mochila grande e pegando os itens do acampamento, ela deu uma última olhada para seu quarto antes de descer para a sala.

Lá, estavam Arisu e Shibuki conversando na sacada. O movimento de Aikyo chamou a atenção dos dois.

— O que está fazendo? Não vai jogar com a gente? — Shibuki questionou, se aproximando da mulher.

— Eu preciso falar com você. — Misaki se dirigiu a Arisu, ignorando Shibuki e começando a andar até a cozinha. Arisu a seguiu.

— O que são aquelas mochilas? — Questionou Arisu, logo que eles chegaram na cozinha e ela fechou a porta.

— Eu não vou jogar esse jogo com vocês. Preciso fazer uma coisa, que não vou arriscar levando vocês junto. — Aikyo começou a explicar e Arisu a interrompeu.

— Como assim arriscar a gente? — O homem parecia afobado.

— Eu conheço alguém, que não é muito confiável. Ele me entregou um mapa de onde pode ser a praia. Eu quero ver se é verdade, mas eu não confio nele nem na minha própria dedução o suficiente. Eu posso estar errada. — Misaki se aproximou de Arisu, tirando do bolso a cópia do mapa que havia feito.

— Toma. — Ela entregou o mapa a Arisu, que abriu o analisando. — Essa aqui é a suposta localização da praia. — Aikyo apontou no mapa. — Eu estou entregando isso para você porque eu confio que você vai fazer um uso responsável disso.

— Uau. — Ele disse ainda meio perdido.— Obrigado. Não só pelo mapa mais por tudo que você fez pela gente.

— Está tudo bem. Eu tava' precisando fazer caridade mesmo. — Ela e Arisu riram. — Depois do jogo, vocês podem voltar a usar minha casa, não tem problema.

Arisu confirmou com a cabeça agradecendo mais uma vez e dobrou o mapa, o deixando no bolso de sua bermuda.

Havia um motivo pelo qual Aikyo havia entregado o mapa para Arisu. Ele era, de todos ali, quem ela tinha mais fé que se tornaria alguém muito experiente, além de que ela confiava, pelo menos um pouco, essa localização na mão de Arisu.

Após o diálogo, Aikyo e Arisu foram até a sala, onde agora estavam Karube, Chōta e Shibuki.

— Você não vai com a gente? — Perguntou Chōta, que parecia meio cabisbaixo.

— Não. Eu preciso... fazer uma coisa. — Ela disse, pegando suas mochilas. — Mas eu já expliquei para Arisu. Vocês podem voltar aqui depois do jogo e usar tudo que precisarem. Acho que nos vemos por ai.

A realidade era que Misaki Aikyo não queria ir embora. Mesmo que não se sentisse parte do grupo de amigos, ela havia encontrado pessoas que a mulher se importava pelo menos um pouco. Que haviam feito esses poucos dias mais divertidos.

Mas ela precisava fazer isso, porque ela já estava se apegando mais do que o aceitável para si e também porque não queria que morressem indo junto com ela. Aikyo esperava que pelo menos ficassem bem, mas ela não podia dar para trás agora.

Ela se despediu dos quatro, até mesmo de Shibuki. Aikyo desejou boa sorte e ouviu alguns agradecimentos antes de finalmente sair da casa.

A mulher sentia algo pesado sobre si. Ela queria dizer que era porque estava deixando pessoas que ela estava aprendendo a se importar, mas não era isso.

Ela já estava por conta própria novamente e só podia esperar que eles ficassem bem. Organizando seus pensamentos, ela começou a se preparar para desprender-se dos quatro.

Agora estava na hora de voltar a agir por si só e do modo mais egoísta que havia em si.

Ela parou em um dos pontos que havia marcado no mapa mais cedo. Era bom ter ele de volta.

Aikyo passou a noite tranquila de certa forma. Porém em algum momento da noite, ela acordou se sentindo muito mal. Misaki saiu correndo da barraca e se debruçou no chão, onde vomitou tudo que havia comido no dia.

Ela não sabia o que havia levado ela a vomitar durante a noite, mas Aikyo sabia que havia algo de errado com sua saúde. Porém, ela não sentiu mais essa vontade durante o dia.

Ela acordou muito tarde, pode ver pela posição do sol, mesmo que estivesse chovendo. A chuva estava forte demais para que ela saísse de onde se localizava, então como estava sem guarda-chuva, teve que esperar um bom tempo até que a chuva diminuísse para que ela pudesse sair.

Misaki passou o dia inteiro na barraca debaixo de um totoldo de uma velha construção.

O dia em si foi meio depressivo. Ela claramente estava mal acostumada com o barulho que os quatro faziam em sua casa. Pelo menos ela tinha seu fone de ouvido.

Como ficou sem fazer nada grande parte do dia por conta da chuva, ela ficou pensando se valia mesmo a pena ir até a praia.

Ela deixou Airsu, Karube, Chōta e Shibuki para trás para ir até lá, descobrir o que era e talvez ganhar algumas respostas. Mas isso era mesmo importante? Ela queria mesmo respostas? Ela teriam essas respostas?

Eram muitos questionamentos, mas no fim ela decidiu que iria sim para a praia. Ela precisava de uma motivação que não fosse jogar para não morrer.

No dia seguinte, ainda chovia um pouco e o tempo estava fechado. De qualquer forma, já era possível que ela se locomovesse.

Misaki andou por vários quilômetros seguindo o mapa, parou algumas vezes para se alimentar e tomar água. Em uma das lojas que ela viu, ela achou uma bicicleta. Até pensou em usá-la, mas estava com bagagens demais e isso provavelmente a daria dor nas costas.

Quando a noite já havia caído, Misaki havia chegado de frente para um edifício grande, que possivelmente era um hotel anteriormente. As luzes estavam acesas, mas não era uma arena. O que significava que eles tinham energia por conta própria.

Ela parou um pouco, admirando o local. Estava frio e chovia um pouco, parte desses respingos caiam sobre ela e o vento gelado a fazia tremer. De qualquer forma, era uma boa visão.

Porém, sua tranquilidade não durou muito. Quebrando o silêncio ela sentiu alguém se movimentar atrás dela, mas ela não foi rápida o suficiente. Quando viu já havia sido golpeada e agora Misaki estava desmaiada.

Quando Aikyo acordou, ela não abriu os olhos de primeira. A mulher captou alguns passos em volta dela e havia uma luz muito forte vindo de algum lugar. Ela abriu os olhos.

— Ela acordou. — Uma mulher alta e de cabelos escuros disse com um sorriso gentil. — Bom dia.

Ela se viu em uma sala, que parecia ser de escritório, mas era grande. Ela estava sentada em uma cadeira, porém não estava amarrada.

Além da mulher que a havia recepcionado, Aikyo viu mais um homem de óculos e uma mulher ao seu lado. Essa última ela reconheceu como Ann.

Ela fixou seus olhos na mulher, muito perdida com o reencontro.

— Nossa milícia encontrou você por aqui, acharam que poderia ser uma ameaça. — Ann se pronunciou.

— Mas pelo visto, você é conhecida aqui de certa forma. — O homem de óculos olhou para Ann. — Nós pedimos desculpa pela abordagem brutal.

Foi só aí que Aikyo se tocou onde estava. Ela havia sido capturada enquanto observava o que ela achava que era a praia, o que significava que ela estava dentro. Misaki não deixou de reparar que todos eles estavam com roupas de banho.

— Aqui é a praia? — Ela usou sua voz pela primeira vez e percebeu que sua garganta estava dolorida.

— Seja bem-vinda à praia, a nossa utopia. — Um homem de cabelos longos e também roupas de banho entrou na sala estendendo os braços abertos para os lados.

— Utopia? — Questionou Misaki com a voz falhando.

— Exatamente. — Ele confirmou se aproximando. — Agora posso lhe perguntar o que fazia as nossas margens?

— Eu ouvi que teriam respostas aqui. — Disse omitindo sua curiosidade.

— E estavam certos, nós temos as respostas. Se quiser elas, vai ter que me seguir. — Assim que ele disse, Aikyo se levantou e seguiu o homem por um corredor não muito extenso, até chegar em uma sala onde havia um grande desenho de várias cartas de baralho. A maioria delas com um "X" em cima.

Aikyo reparou que Ann e a mulher que a recepcionou, os seguiram.

O homem começou a tirar um bolo de cartas do bolso que ela reconheceu como as suas cartas. — Todas as cartas dos jogadores pertencem à praia. — Ele disse, mostrando as cartas de Misaki para a mesma.

— Como é? — Perguntou Aikyo indignada. — Por quê?

— Nós somos uma organização. O objetivo da praia é coletar todas as cartas do baralho para que alguém possa voltar para o nosso mundo original. — Ele começou a olhar seu bolo de cartas. — E devo dizer que, suas cartas são pra lá de interessantes. Você contribuiu bastante.

— Pera aí, eu não concordei com isso. Não te dei minhas cartas. — Aikyo protestou.

— Apartir do momento que você nos procurou, já aceitou nossos termos. — Ele parou de olhar o bolo de cartas. — Sou o chapeleiro, inclusive.

— Aikyo. — A mulher se apresentou com uma cara de poucos amigos.

— Eu quero respostas. O que é tudo isso? — Ela apontou para as cartas desenhadas na parede.

— Como eu disse, os jogadores aqui jogam com um único objetivo: conquistar todas as cartas do baralho. — Disse com um sorriso. — Assim que conseguirmos todas as cartas do baralho, poderemos mandar uma pessoa para fora desse país e assim sucessivamente. Chegará um dia que todos poderão sair daqui!

— E quem garante que isso vai acontecer? Que se juntarmos todas as cartas do baralho alguém vai poder sair desse mundo? — Aikyo perguntou, cruzando os braços.

— Posso dizer que minhas fontes são confiáveis. — O chapeleiro disse e pegou suas cartas novamente. — Os jogadores que mais contribuem com cartas, ganham uma promoção. Vou pensar em algo para você, suas cartas são impressionantes.

O homem realmente parecia impressionado, porém Aikyo não estava gostando nada daquilo. Queria suas cartas de volta.

— Agora vamos para a parte legal. — Ele bateu a mão na mesa da sala. — Aqui você pode fazer o que bem entender. Pode usar drogas, pode beber e fazer sexo com quem quiser, aproveitar a vida ao máximo que puder, mas, deve usar roupas de banho como todos nós.

— Por que isso? — Perguntou em relação as roupas de banho.

— Ninguém esconde armas em roupas de banho. — Ele respondeu ao questionamento.

— A fechadura dos quartos tem cola e apenas pessoas autorizadas podem portar armas. Aqui você não pode esconder nada de ninguém. — O chapeleiro continuou.

— O Combustível é usado para gerar eletricidade e chuva é usada como suprimento de água. Temos tudo que os jogadores precisam. — Ann disse.

— E mais uma última regra, antes que Ann te guie até o seu quarto... — Ele pausou a fala e olhou diretamente nos olhos de Aikyo. — Morte aos traidores.

Com isso, ele se virou e Ann encostou a mão no braço dela, fazendo um sinal com a cabeça para que a seguisse.

Ann seguiu quieta e séria por todo o caminho, Aikyo reparou algumas pessoas pelos corredores. O lugar parecia bem lotado, mesmo que fosse enorme.

— Aqui. — Ela sinalizou uma porta para Aikyo.

Antes de Ann se virar para ir embora. Aikyo disse: — Não tenho roupas de banho.

— A gente sabe. Recolhemos suas coisas. Tem roupas suas nas gavetas e alguns biquínis que providenciamos. — Ann disse, ainda de forma séria.

Ela ia se virar novamente, porém Misaki finalmente criou coragem para falar o que queria falar.

— Obrigada. — Ela disse e Ann sorriu, antes de acenar com a cabeça e ir embora.

Ambas sabiam do que estavam falando e Misaki sentiu-se leve após fazer o que queria fazer.

Ela entrou no quarto, observando o local. Era grande, tinha uma cama de casal no meio, um banheiro, uma mesinha e um guarda roupa. O quarto era pouco decorado, mas havia uma sacada.

Ela foi até a sacada de onde ouviu uma música alta vindo de lá. Olhou para baixo e viu uma piscina enorme, com diversas pessoas lá. Estava lotado e havia pessoas comendo, dançado e nadando.

Realmente as pessoas pareciam aproveitando a vida ao máximo. Aikyo gostou disso, mesmo que não estivesse tão no clima.

Na verdade ela não estava no clima de nada desde que chegou nesse país.

Aikyo foi até o banheiro e abriu o chuveiro, vendo que realmente tinha uma boa água dali. Resolveu pegar algumas roupas e tomar banho.

Abrindo a gaveta, ela viu que realmente haviam dois biquínis diferentes ali, que eram bem do seu tamanho. Ela pegou um biquini branco, um boné da mesma cor e um short verde.

Depois de tomar banho ela decidiu sair do quarto para ver o que aquele lugar tinha a proporcionar.

Ela começou reconhecendo que o lugar era realmente grande, descendo dos andares dos quartos. Ela pode ver um restaurante e algumas lojinhas, também haviam piscinas e várias salas diferentes.

O local era gigante. Ela decidiu ir para a piscina. Ao chegar lá, ela se sentou em uma das cadeiras de praia, observando as pessoas e curtindo um pouco da música.

Um tempo depois, uma mulher de dreads se sentou na cadeira que estava vazia ao seu lado. Ela não deu atenção, mas se virou quando ouviu a mulher dizer "Oi".

Aikyo viu que a mulher falava consigo. — Oi. — Ela respondeu e voltou a olhar para as pessoas.

— Você é Aikyo, não é? — Ela perguntou, mordendo seu doce.

— Sou. E você é? — Ela perguntou, levantando uma sombrancelha.

— Kuina. — Disse com um sorriso.

— Desculpa, mas como você sabe quem eu sou? —  Perguntou, se virando totalmente para Kuina.

— Na verdade eu não sabia. Só que Chishiya me contou que você estava aqui e eu deduzi pelas características. — Ela voltou a morder seu doce.

— Chishiya? — Aikyo indagou.

— É, ele comentou de você. Ele é um dos executivos da praia e meu amigo... eu acho. — Kuina explicou.

— Caramba. Como ele fez isso tão rápido?

— Se tornar executivo?

— Sim. Digo, não faz tanto tempo que ele está na praia. — Ela explicou e Kuina saiu de sua espreguiçadeira, se sentando na de Aikyo, ao seu lado.

— É verdade, faz alguns meses, mas ele contribuiu com muitas cartas. E tem o jeitinho dele também. — Assim que terminou de dizer, ela pareceu distraída com outra coisa. — Ei, tá' com fome?

Assim que ela perguntou, Aikyo percebeu que sim, estava com um pouco de fome. Ela confirmou com a cabeça para Kuina e a mulher pegou em sua mão.

— Tem uma batata frita ótima naquele balcão. — Ela levantou e começou a puxar Aikyo pela mão, como se fossem velhas amigas.

Aikyo riu da espontaneidade da garota.

— Ei Abby, vê uma porção de batata frita. — Pediu para a mulher atrás do balcão.

— Como eles fazem isso aqui? — Perguntou Aikyo, tentando coletar informações sobre a praia e Kuina se demonstrou confusa.

— A batata frita?

— Não, não. É que eles oferecem comida pra todo mundo de graça, realmente a organização tem que ser muito bem feita. — Explicou para Kuina.

— Na verdade não é de graça não. A gente paga com as cartas. — Ela respondeu e Aikyo amargamente concordou.

As duas continuaram a conversar quando a porção chegou. Aikyo deu o braço a torcer para Kuina e disse que a batata era incrivelmente ótima. Misaki se sentiu bem confortável com Kuina, ela era uma mulher muito agradável e que fez seu tempo valer a pena.

— Você é amigável demais pra ser amiga do Chishiya. — Aikyo disse rindo, enquanto elas voltaram para a área da piscina.

— Ah, você também é amiga dele. — Kuina disse e Aikyo revirou os olhos.

— Não sou não. — Ela respondeu.

— Pelo menos eu acho que ele te considera amiga. Do jeito dele, mas considera. — Kuina disse e Aikyo riu, decidindo não prolongar o assunto.

Aikyo chegou a conclusão que Kuina seria boa para manter por perto. Ela era extremamente amigável e Misaki não queria ficar sozinha nessa utopia, não parecia bom. O lugar ia cair em algum momento. Pelo menos era o que parecia.

Porém Aikyo também não julgou Kuina cem por cento apenas com essas conversas que tiveram, ela ainda não podia definir se a mulher era ou não, confiável.

Quando Kuina quis que ela entrasse na piscina, ela viu aquilo como um ótimo momento para voltar para o quarto.

Ela se despediu da mulher, que a chamou para ir em uma festa no período da noite, alegando que sempre tem alguma. Aikyo foi em direção ao quarto, se sentindo um pouco tonta.

Ela não estava passando muito bem. Parou um pouco para respirar, antes de seguir o caminho e ir em direção ao seu quarto.

Quando abriu a porta, levou um susto ao ver Chishiya sentado em sua cama. — Caramba, garoto. — Ela disse colocando a mão no peito.

— Então você achou a praia... — Disse de forma calma, como se não tivesse invadido o quarto alheio.

(3504 palavras)

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