NINE, Bad Faith

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IX, Má Fé
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐎 olhar de Mei procurou a se atentar a todos os mínimos detalhes da sala em que estava. Encostada na parede ao lado de Arisu, ela observou todos os executivos sentados em seus respectivos lugares ⸻ e não falhou ao notar uma cadeira vazia entre Chishiya e Ann.

Chishiya, já sentado na cadeira, acenou com a mão na direção de Arisu e Mei.

— É você. — Arisu murmurou espantado ao notar o loiro.

O olhar de Mei fixou-se por breves segundos na figura enigmática que era Chishiya Shuntaro. Mei não sabia se o que mais a intrigava era o sorriso de canto que estampava seu rosto sempre que estava tramando alguma coisa ou era o simples fato de parecer saber de absolutamente tudo.

E no final, a única coisa que sabia era que Chishiya entendia o jogo perfeitamente e usava todas as cartas a seu favor.

— Antes de começar, gostaria de anunciar a mais nova executiva da Praia! — Chapeleiro disse com um enorme sorriso e virou-se para Mei — Srta. Kugisaki, você colaborou bastante desde a sua chegada e conseguiu impressionar três dos nossos executivos em desafios diferentes, provando suas habilidades. E como Chishiya havia dito a você antes, acredito que estava desperdiçando todo esse talento fora da Praia e gostaria que você fizesse dele um belo uso sendo uma executiva.

— Ah… Obrigada? — Mei olhou incerta para Takeru — Eu acho…

— Bem, por favor, sente-se e seja bem vinda a sua primeira reunião como membro executivo oficial!

Mei desviou o olhar rapidamente para Chishiya antes de desencostar da parede e caminhar lentamente até a cadeira acolchoada vazia entre Chishiya e Ann.

— Dois de espadas, seis de espadas, quatro de ouros, dois de paus. — Mira aproximou-se com as cartas em mãos — Coletamos essas quatro. Ainda não encontramos nenhuma carta de figura.

— Se não existirem as de figura, só falta o dez de copas.

— Dez de copas. Nunca apareceu em um jogo.

— Se não aparecer, não podemos zerar.  — disse Ann — Talvez haja uma condição para aparecer. Como ser fora de Tóquio.

— Nunca foi encontrada uma arena de jogos fora de Tóquio. — Kuzuryu apoiou os cotovelos em cima da mesa, entrelaçando os dedos.

— Mas não investigamos tão longe ainda. — retrucou Ann.

— A estratégia não vai mudar. — Takeru interrompeu a pequena discussão — Vamos continuar investigando as arenas de jogos na cidade. Não deixem seus vistos vencerem e continuem atrás do dez de copas. Preciso renovar meu visto logo.

Mei sentiu uma leve mudança na atmosfera da sala com a última fala de Chapeleiro. De canto de olho, notou o sinal discreto de Aguni para Niragi e sem pensar duas vezes cutucou o pé se Chishiya com o próprio pé. Embora o loiro não tivesse demonstrado nenhuma reação, poucos segundos sentiu o pé do rapaz cutucar o seu novamente, como se afirmasse frente a comunicação silenciosa entre ambos.

— Com certeza há um jeito de ganhar mais dias no visto. — Disse Mira.

— É mesmo? — Takeru inclinou-se para frente, interessado na informação de Mira.

— Os jogos de copas te deixam brincar com os corações e sentimentos dos outros. Se levar quem não se importa em morrer, com certeza vai sobreviver. Inclusive no jogo de sete de copas que o Arisu zerou e até mesmo no oito de copas da nossa querida nova executiva, Kugisaki. A mesma coisa aconteceu, né? É um jogo que nem exige raciocínio.

— Como alguém que zerou um jogo de copas, você tem alguma dica, Arisu? — Takeru virou-se na direção do jovem rapaz — Ou quem sabe você, querida, não tenha uma estratégia! — Uma risada fraca saiu de seus lábios.

Mei sentiu um olhar penetrante em sua direção e surpreendeu-se ao se encontrar com um olhar desesperador de Arisu.

— Mas um jogo de copas apareceria assim tão fácil? — perguntou Ann — Além disso, não sabemos qual é o naipe até o fim das inscrições.

— Mas podemos deduzir baseados na probabilidade. — Comentou Kuzuryu.

— Não preciso de um método de investigação tão pretensioso. — A mão do Chapeleiro bateu contra a mesa antes de alcançar as cartas que se encontravam em sua frente. — Vou participar do próximo jogo. Seja de copas ou espadas. Com a minha taxa de vitória de 100% vou ganhar fácil! Vou participar dos jogos até o dez de copas aparecer! Está chegando o dia em que juntaremos todas as cartas e partiremos! Membros executivos, conto com vocês para supervisionarem as coisas por aqui. A reunião está encerrada!

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤA Kugisaki observou a suíte do hotel ao seu redor, bem semelhante ao que era denominado dela, apenas algumas obras de arte, mobílias e decoração se divergiam. Era a primeira vez de Mei em um quarto que não fosse o dela ou o de Kuina.

— Aguni certamente planeja algo contra o Chapeleiro. — Mei disse atenta em um dos quadros abstratos do quarto enquanto falava baixo, com medo de ser ouvida por qualquer pessoa que não fosse Chishiya.

— Achei que Kuina tinha te alertado sobre não se envolver com a milícia.

— Ela avisou… — Mei virou-se na direção de Chishiya — Apenas agi por impulso.

— Ao menos sua tática deu certo. — o loiro murmurou e se sentou na beirada da cama.

— Deu certo? — a biomédica olhou incerta para Chishiya.

— Arisu te protegeu de Niragi.

— Ele teria feito isso por qualquer pessoa.

— Como tem certeza?

— Apenas sei… — Mei deu de ombros — Enfim, espero que você já tenha algum plano, pelo visto Aguni está a bastante tempo planejando algo.

— Tenho algo em mente. — Chishiya murmurou.

— Envolve Arisu e a alpinista?

— Eles serão úteis. — o loiro disse olhando na direção de Mei. Seus olhos escuros captavam todos os movimentos feitos por Kugisaki, como se o campo magnético dela fosse tão forte e ele fosse um pequeno ímã sendo atraído com o menor esforço.

— Acredito que não irá contar seus planos, como sempre. — Mei sussurrou a última parte — Acho melhor eu ir, já está tarde.

— Planejo roubar as cartas. — dessa vez foi Chishiya quem falou baixo, com medo de ser ouvido.

Mei olhou estupefata para o loiro, que agora encontrava-se em sua frente com sua expressão neutra e as mãos dentro do moletom branco.

— Endoidou de vez? — o questionamento deixou os lábios de Kugisaki sem intenção — Você, melhor do que ninguém, sabe o que acontece quando tentam roubar as cartas ou escondê-las do Chapeleiro.

— Tenho 95% de certeza que o Chapeleiro não voltará com vida em qualquer jogo que participe. E sem ele, a milícia toma o poder, os executivos são obrigados a escolher o lado deles e há um colapso na ordem na Praia. Eu só preciso do momento certo e das pessoas certas nos lugares certos.

— Planeja uma armadilha para Arisu?

— Bem, tudo que se perde é um passo que se dá.

— Você é maluco. — um suspiro deixou os lábios de Mei.

— Você ainda pode recusar a oferta de ser minha aliada. — deu de ombros.

— Eu já disse que prefiro ser aliada do que inimiga. — Mei desviou o olhar, contudo Chishiya continuou a observá-la intensamente — Acho melhor eu ir, já está tarde.

— Nos vemos amanhã? — Chishiya xingou-se mentalmente ao perceber que a frase havia saído como uma pergunta e não uma afirmação.

— Uhum, até amanhã.

Mei passou por Chishiya, o deixando sozinho em sua suíte e pela primeira vez percebeu que o quarto do loiro ficava apenas duas suites distante da sua. A jovem pesquisadora se jogou de costas na cama após adentrar o quarto. Com seus pensamentos conturbados assemelhando-se a uma tempestade no mar impediu que Mei pudesse descansar. Contudo, no final da noite, tudo que rodava a cabeça de Kugisaki voltaram-se para o loiro encapuzado.

Talvez ela tivesse feito a escolha certa em ser aliada dele e por um breve momento ela se recordou da fala do desconhecido que havia matado no jogo da máfia.

"Você podia ter tentando salvar a vida daquela mulher, mas preferiu valorizar a sua."

A história se repetiria quando Chishiya colocasse seu plano em ação e Mei percebeu que talvez ela nunca tivesse sido, de fato, uma pessoa boa.

E agora ela agiria de má-fé.

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Amy's Notes  ✶   por favor não se esqueçam de interagir, comentar e votar ! tudo isso me ajuda a saber se estão gostando da história e me motiva a trazer mais para vocês && não sejam leitores fantasmas.

renedoll © 2023

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