003 ✓
ѕєgυи∂α-fєιяα
Chifuyu estava sentado em sua classe, ao lado de Baji e Takemichi. Faltavam menos de 30 minutos para a detenção iminente. O loiro observava discretamente a garota que estava sentada com as outras meninas, enquanto a aula transcorria livremente.
— Está observando a pessoa por quem tem afeição? — Baji percebeu o olhar do garoto de olhos esverdeados na loira.
— Miya e Fuyu estão em um relacionamento? — Takemichi repousou a cabeça na mesa, esticando os braços para fora da sala de aula. — Vocês formam um casal harmonioso.
— Nunca me interessaria por alguém como ela, ela não está no meu padrão. — O loiro revirou os olhos e assumiu uma expressão séria, voltando sua atenção ao caderno.
— Você consideraria se relacionar com ela, Chifuyu. — Baji cutucou o amigo. — Seu olhar revela um desejo, não é?
— Como é? — ele soltou uma risada. — Jamais pensaria nisso.
— Vocês só discutem sobre tópicos de natureza íntima. — Takemichi abriu seu caderno e começou a rabiscar algo.
— Você é o puritano aqui, um adolescente desprovido de qualquer pensamento. — Baji riu e olhou para Chifuyu. — Vamos lá, Matsuno, confesse.
— Confessar o quê? Estou apenas dizendo a verdade, nunca me interessaria por ela, e considero-a pouco atraente, entendeu?
— Tem certeza? No primeiro dia de aula você disse que ela era incrível, do início ao fim, não sei se você se recorda.
— Foi um comentário superficial, nunca me envolveria com aquela garota. — ele soltou uma risada alta.
— Muito bem, Matsuno. — ele soltou uma risada e ajustou os óculos no rosto.
— Matsuno, enquanto você e Miya estavam na direção conversando com a diretora, eu atribuí um trabalho em dupla para vocês. — o professor sorriu enquanto se sentava à mesa na frente. — E tive uma ideia brilhante.
— Posso ser parceiro do Baji? — ele manteve uma expressão neutra. — Seria uma dupla interessante.
— Não, Matsuno, você fará o trabalho com a Miya.
— Ah, não! — Miya bateu na mesa, chamando a atenção da sala. — Recuso-me a trabalhar com ele!
— Concordo. — Matsuno levantou-se, assim como Miya. — Não farei o trabalho com ela, não suporto nem olhar para ela, quanto mais apresentar um trabalho!
— Ambos, sentem-se. — ele ordenou, e eles obedeceram. — Estou fazendo isso para promover uma convivência mais harmoniosa entre vocês. Afinal, não é agradável ver adolescentes brigando constantemente, não é mesmo? Vocês são apenas dois adolescentes!
— Mas eu... — Miya olhou para a mesa, fazendo um bico nos lábios.
— Sem desculpas, Miya. Baji, por favor, entregue o trabalho para eles.
— Claro, professor.
O garoto, com um sorriso de canto, olhou para os rivais e caminhou até Miya, entregando-lhe uma folha que o professor havia deixado com Baji para entregar à dupla.
— Boa sorte, Kyoko. — ele acariciou seu cabelo. — Você vai precisar.
— Silencie, Keisuke. — Ela cruzou os braços, recostando-se na cadeira.
— Tenho uma profunda aversão por esta instituição de ensino, uma aversão inigualável. — Matsuno mantinha um braço cruzado sobre o peito e o outro apoiado em seu rosto.
— Contenha-se, amigo. Trata-se apenas de uma tarefa. — Draken sentou-se ao lado do garoto e colocou a mão em seu ombro. — Realize-a e pronto, compreendido?
— Mas eu não desejo fazê-la! — o garoto encarou Draken, seus olhos verdes denotavam uma certa irritação.
— Pare com isso, no fundo, sei que você tem admiração por ela. É impossível não se encantar, ela é uma jovem tão vivaz, seu cabelo é deslumbrante, já notou?
— Sim. — ele desviou o olhar para os próprios pés.
— O que mais lhe atrai nela? — Draken apoiou o rosto na mão. — Não se preocupe, não vou romantizar.
— Seus olhos. — ele olhou para o caderno. — Gosto dos olhos dela, eles são radiantes, especialmente quando ela usa aquelas lentes com estrelinhas. Seu olhar é encantador.
— Por que você admira os olhos dela?
— Em seus olhos cor de rosa, brilham estrelas, tão belos. Seu olhar revela o universo, uma magia pura, uma luz singela. — ele esboçou um sorriso tímido. —
— Uma vez, ela mencionou que admira seu cabelo. Disse que os fios loiros, semelhantes ao sol, são radiantes e belos. Em sua aura dourada, o mundo se aquece, um calor que emana, uma doçura que encanta.
— Ah, pare com isso. — ele soltou uma risada irônica. — Eu a desprezo e ela me despreza, você está inventando, eu sei muito bem que ela não disse isso, Draken. — Ele revirou os olhos e começou a guardar seu material.
— Muito bem, então cada um vive na ilusão que prefere. — Ele riu e se afastou de Baji.
— A ilusão é algo belo, acredite! — ele colocou a mochila no ombro, notando que faltavam menos de cinco minutos para o início da detenção. — Kyoko, vamos?
— Vá na frente, eu irei depois. — ela voltou a conversar com as amigas, entre risadas.
— Vamos logo, Miya. — ela olhou de relance para ele e suspirou, pegando sua mochila e se despedindo das amigas.
— Está com tanta pressa, querido? — ela revirou os olhos e saiu da sala, seguida por Chifuyu.
— Sim, estamos. Vamos logo. — ele saiu à frente dela, mas ao olhar para trás, viu-a virando em outro corredor. — Aonde está indo, droga?
— Estou indo buscar água! — ela desceu as escadas rapidamente. — Pode ir na frente se preferir.
Ela desceu as escadas, apressando-se até o refeitório. Ao entrar, avistou algumas pessoas lá. Caminhou calmamente entre elas e, ao chegar ao banheiro, deparou-se com Hanma, Kisaki e Osanai.
— Que surpresa agradável, Miya. — disse Osanai.
— Esqueça, se ela não liga nem para mim, imagine para você. — Hanma, fumando um cigarro, começou a se aproximar dela.
— Afaste-se de mim, estou enchendo minha garrafa. — Ela finalmente colocou a garrafinha debaixo da torneira e abriu-a.
— O que acha, Kyoko? Nenhuma chance de um beijo? — Ele segurou a loira pela cintura e a pressionou contra a parede. — Apenas um beijo?
— Solte-me, Shuji! — ela tentou empurrá-lo, mas foi em vão.
— Você é encantadora, Miya. Desde que entrou na escola, no 5º ano, estou profundamente apaixonado por você. Aquela timidez... eu estava prestes a me aproximar, mas adivinhe? Os garotos da Toman chegaram primeiro. — Ele acariciou o rosto da mais nova. — Mas você prefere a mim, não é?
— Hanma, por favor, me solte. — Ela falava entre dentes.
Ela não gostava de Hanma, nunca gostou dele, nem de sua amizade. Os garotos a alertaram sobre ele, assim como a maioria das pessoas.
Ele é do tipo que some depois de usar alguém, aproveita-se da garota e some, e se não some, causa problemas em sua vida. Apesar de ser possessivo ao ponto de abusar dela em alguma cabine aleatória do banheiro.
Ela olhou para ele e viu um sorriso malicioso em seu rosto, sentiu-se desamparada, olhou para a entrada do refeitório e não viu ninguém ali.
— Matsuno, pelo amor de Deus, faça alguma coisa útil! — Ela sussurrou para si mesma, arrancando risadas de Hanma e dos outros dois.
— Pedindo ajuda do namoradinho? — Kisaki disse, ajustando seus óculos.
— Coitadinha, ela nem imagina que ele deve estar comendo alguém em alguma sala por aí.
— Quem está fazendo isso? — a voz do loiro fez a garota abrir os olhos.
E mais uma vez naquele ano, lá estava ele, Matsuno, salvando-a das mãos de Shuji.
O garoto de cabelos loiros estava parado na porta, a mochila no ombro, a gravata solta, o cabelo levemente desalinhado devido à corrida até o banheiro.
Os olhos esmeraldas, destituídos de seu fulgor habitual, fitavam Hanma com uma expressão imperturbável, porém permeada de hostilidade e rancor.
— Por gentileza, entregue-a a mim, Hanma. — ele estende a mão, solicitando que o rapaz a libertasse.
— O cavalheiro veio em socorro de sua dama mais uma vez? — ele zomba.
— Sim, o namorado veio resgatar sua amada. Agora, por favor, entregue-a.
— Você é verdadeiramente um hipócrita. Está claro em seu olhar que é isso que ela deseja, não é, Miya?
— Observe a expressão de repulsa dela, Hanma. — Matsuno sorri.
Hanma revira os olhos e a solta. Você pega a garrafa e corre em direção a Matsuno, que revira os olhos e vira as costas, não por ele ser insuportável, mas porque estava envergonhada.
Apesar de todas as disputas, lá estava ele novamente, salvando-a das garras de um vilão e, ainda por cima, confirmou seu relacionamento.
— Vamos partir, Kyoko, uma detenção nos aguarda. — Ele se vira, gentilmente colocando a mão em sua cintura.
— Adeus, Kyoko, até a próxima! — Hanma acena para a garota.
— Se causar problemas para ela, estará enfrentando a Toman, Shuji. — Ele declara antes de deixar o refeitório com a loira, que mantinha a cabeça baixa.
— Obrigada, eu suponho. — Ela murmura baixinho.
— Decidiu me agradecer? — Ele sorri triunfante.
— Por favor, retire sua mão de minha cintura. — Ele obedece ao pedido dela. — Agradeço apenas porque você me salvou pela quinta vez neste mês.
— Estou apenas cumprindo com minha obrigação. — Ele abre a porta da sala de detenção para ela entrar, e à distância, eles observam o homem dormindo com um gibi sobre o rosto.
— Pelo menos não teremos muito o que fazer aqui. — Ela aponta para ele.
— Sim, ao menos isso. — Ele sorri, e então entram na sala, percebendo que estavam sozinhos ali.
﹒⿻﹒15/02/24
⪨﹒✶﹑Quinta-feira
✶﹑57%
﹏ 19:02
[ Não revisado ]
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro