Capitulo 6

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

Muitas horas de pesquisa, porém poucos resultados. Steve chegara a casa à oito horas e ainda não tinha desviado os olhos do dossiê nem por um segundo. O dossiê continha as mortes das vítimas, começando por o mais antigo de dois anos. Começou a sentir ardor nos olhos. Levantou-se e deitou algumas gotas de para aliviar a dor.

Sentia-se exausto e psicologicamente cansado. Já lera os documentos milhares de vezes. Sentou-se e fechou os olhos. "E se isto não servir para nada?" pensou.

Sabia que o assassino o rodeava. A sua mente parecia ter colapsado. Foi então que se apercebeu do quão cansado estava. Tinha que tentar dormir, talvez descobrisse alguma coisa nos seus pesadelos.

۞ ۞ ۞

Amanda caminhava pelas ruas cheias de pessoas a correr e a conversar pelo telemóvel. Eles ião e vinham com ar preocupado e cansado. O barulho das suas vozes mais o barulho dos motores dos carros deixavam-na atordoada. Sentia-se perdida apesar de saber exatamente na rua onde estava. Sabia exatamente quantas passos devia dar para cruzar à outra rua. Ia no passo 66 quando embateu contra alguém. Sabia que fora um homem pelo cheiro do seu perfume. Levava um terno, talvez preto e barato.

— É cega ou quê? — protestou ele.

Ela apenas lhe apontou o dedo do meio. Aquilo ainda doía. Algo fez esquecer a raiva e a dor por um momento. Apenas a alguns centímetros dela aguem tossia de uma maneira quase agoniante. Ouviu-se um fecho a ser aberto, e logo a seguir o som da bomba de ar a ser usada. Amanda ouviu o homem afastar-se com passos pesados. Sabia que com tanta gente a circular por ali o homem não suspeitaria dela. Mas e se os óculos escuros e quase opacos a denunciassem? Ou a sua maneira de andar quase embatendo contra tudo?

Tentou acalmar-se. Ela conhecia a rua, sabia o que havia e onde estava posicionado. Por isso suspirou e começou a seguir aquele homem.

۞ ۞ ۞

A tentativa de dormir não passou disso, uma tentativa falhada. Steve sentia-se péssimo e exausto. O toque do telemóvel pareceu explodir o seu cérebro. Ele atendeu sem sequer olhar para o ecrã.

— Vejo que recebeu a minha encomenda. — disse uma voz rouca.

Vastou aquela frase para o arrepiar. Aquele homem causava mais forte que a nicotina mais pura. Sentiu a garganta seca e as mãos molhadas.

— Que tenha um bom dia Steve.

— Não! Espere...— murmurou ele, mas o assassino já tinha desligado.

۞ ۞ ۞

Charles sentia os dedos adormecidos, juntamente com todo o seu corpo. Ainda vestia o terno preto, mas a sua mala de trabalho provavelmente havia caído no meio da neve. Perdida, tal como ele estava agora.

Apesar de não conseguir ver nada, conseguia sentir o cheiro forte a pinheiros. Nesse momento, algo o fez engasgar-se. Mas não conseguia tossir. Tentou abrir os olhos em pânico. Tateou os bolsos, tentando encontrar o telemóvel. Quase se sentiu no céu quando sentiu o objeto frio na sua mão. Às cegas, marcou o número de emergências e rezou para que o tivesse marcado corretamente.

Ligou para o 991, qual é a sua emergência?

Tentou abrir a boca e começar a gritar, pedindo ajuda. Mas nada saiu, a sua boca não se mexia. Em pânico, levou as mãos à boca e nesse momento quase desmaiou. Sentia como pequenas e finas linhas se cruzavam entre si. Descontrolado e invadido por um ataque de raiva, atirou com o telemóvel com força.

Tentou levantar-se, encostando-se no tronco da árvore e fazendo força. Começou a andar ainda sem ver nada, não sabia porque mas tinha a sensação que era melhor não saber porque não conseguia ver. Esticou os brações na tentativa de não embater contra nenhuma árvore. Estava a contar os passos, algo que ele achou estranho mas o que importava? Estava no sexto, ia dar o sétimo quando sentiu algo fazer um corte no seu dedo indicador.

Na sua mente, deu meia volta e começou a correr. Porém ali, não se conseguia mexer nem um centímetro. Era como se centenas de mãos o prendessem. Mas havia outra mão, uma suave e delicada que acariciava a sua face. Charles começou a sentir o sono crescer no seu interior. Tentou lutar por manter-se acordado, mas o perfume suave dela parecia estar a deixa-lo extasiado e sem capacidades de pensar em qualquer plano de fuga.

O último que Charles sentiu foram as mãos de porcelana, depois adormeceu profundamente.

۞ ۞ ۞

Steve encheu o copo com água e bebeu-o. Ele sabia que do que realmente precisava era de uma boa garrafa de whisky. Levou as mãos à cabeça.

Sentia como cada molécula do seu corpo se adaptava à loucura. Começou a tossir repentinamente como se estivesse a ser sufocado por uma presença invisível. Caiu de joelhos no chão e fechou os olhos com força. Aos poucos foi-se sentindo melhor. Engoliu em seco e pestanejou algumas vezes, e depois levantou-se e foi a cambalear para o quarto, detendo-se em frente do espelho.

Estava tão magro e pálido que parecia mesmo um morto ambulante. Tinha olheiras pronunciadas que davam ao rosto um ar doente. Sentou-se na cama e passou as duas mãos pelo cabelo. Após pensar um pouco, pegou no telemóvel e ligou para a sua antiga psicóloga, talvez aquela fosse a única maneira de manter a pouca saúde mental que lhe restava.

۞

Assim que saiu da clinica psicoterapeuta Steve não notou muita diferente. Ainda sentia o abismo dentro dele, mas pelo menos desabafara. O conselho que ela lhe dera fora simples: fazer coisas que o ajudassem a distrair-se. Ir para casa estava fora de questão. Estar fechado entre quatro paredes parecia dar-lhe claustrofobia.

Por isso decidiu entrar no carro e ir ao departamento. Assim que entrou cruzou-se com o comandante.

— Não devias estar em casa?

Steve encolheu os ombros, metendo as mãos nos bolsos.

— Tens novos casos à tua espera no teu escritório.

Ele deu meia volta e deixou-o sozinho. Entrou no escritório e sentou-se. Encarou o teto e deixou que a solidão o rodeasse. Suspirou e tirou um cigarro, a psicóloga dissera-lhe que fumar era uma maneira eficaz de reduzir a pressão sanguínea. Olhou para a mesa, vendo vários dossiês espalhados. Acendeu o cigarro e inalou o fumo, retendo-o até quase se engasgar e depois soltou-o.

Começou a ler as primeiras três linhas, e isso bastou para que a raiva o voltasse a consumir, atirou com os papéis dos documentos. Não passavam de casos de roubos e de contrabando de drogas. Passou a mão pelo rosto e voltou a inalar o fumo do cigarro.

Onde estava o seu assassino agora?

Steve soltou uma risada, gozando de si próprio por desejar que um assassino entrasse em contacto com ele. Afinal, quem quer ter uma conversa com um psicopata?

Mas se apercebera da presença na sala, pois assim que viu a sombra da loira o seu primeiro instinto foi deitar a mão à arma.

— Detetive Deperson. — murmurou a secretária. — O comandante mandou-me informa-lo que a investigação dos assassinatos estão oficialmente fechados.

Esperou alguns momentos, levando o cigarro de novo à boca até se sentir mais calmo. A loira fez uma cara de desculpas e saiu.

Depois de apagar o cigarro, estava claro o que Steve Deperson faria a seguir: demitir-se.







____

Meus babys, nao esqueçam de comentar e deixar o votinho. 

988 está de volta, com toda sua insanidade!

Muito muito muitooo obrigado pelas 940 visualizações eu mal acredito!



With all love, kath 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro