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Quando acordei na manhã seguinte, me senti totalmente a fim de praticar alguns exercícios físicos. Aproveitei que nenhuma criada estava no quarto e coloquei Shake It Off no rádio enquanto fingia correr em uma esteira imaginária. Não sei como aconteceu, mas acabei perdendo o controle do meu saudável exercício recomendado por especialistas e caí de bunda no chão. E foi neste exato momento em que Lucy resolveu aparecer.

- O que a senhorita está fazendo no chão? - Indagou ela e eu não respondi. - Oh não me diga que está com aquela coisa das pernas de novo?

- Não - Respondi enquanto me levantava e fazia uns movimentos de balé que aprendi em meu breve período na Escola de Dança que frequentei anos atrás. A música trocou para Chained To The Rhythm da Katy Perry. Ótima escolha, pensei, enquanto tentava parar meus pés que não paravam de dar piruetas - Me ajude aqui Lucy!

Lucy finalmente conseguiu me parar pulando em cima de mim e imobilizando os meus pés. Soltei um suspiro enquanto desligava o rádio.

- É quase impossível controlar meus pés quando essa música toca.

- Esse single é um hinão.

- Pois é. Então o que aconteceu?

- Bom, a Silvia está chamando todas as Selecionadas para o salão das mulheres. A rainha Amberly vai fazer um pronunciamento.

- Okay, mas tenho que me arrumar antes - Disse enquanto retirava um vestido rosa bebê do meu closet. Lucy me esperou tomar um breve banho de espuma para arrumar meu cabelo e minha maquiagem. Sua expressão se iluminou com o resultado.

- Está perfeita - Ela fitou com um sorrisão - Bem diferente daqueles looks de palhaça que a senhorita costuma usar.

- Isso é um insulto?

Lucy arregalou seus olhos verdes.

- Não, de maneira alguma!

- De qualquer maneira não ligo. Meu humor hoje é rosa.

- E isso é algo bom?

- Tá brincando? É ótimo! Veja só, eu não estou com vontade nenhuma de socar Celeste.

- Já é um progresso....

Desci as escadas junto a outras Selecionadas me sentindo calma e feliz. Marlee se juntou a mim com sua típica expressão esperançosa.

- O que ouve com você ontem? Não te vi mais no jardim.

- Subi para o quarto.

- Você já sabia que ia perder?

- O que disse?

- Nada. Todas passaram naquela prova. Bom, com excessão de você e Celeste.

- SÓ CALA A BOCA!!! - Alguém gritou e me virei rapidamente. Era Celeste empurrando Tiny Lee em direção à escadaria. Ela parecia cansada. E revoltada. Dava para deduzir pelo seu vestido preto e maquiagem carregada da mesma cor. Seus lábios estavam coloridos com um batom vermelho sangue.

- Celeste, não é minha culpa se você não vai curtir o show do Ed Sheeran.

- MAS VOCÊ VAI PARTICIPAR, ENTÃO DÁ NO MESMO!!!

Tiny Lee desviou o olhar e então apontou para mim.

- E o que você diz da America, ein? Ela é culpada pelas suas notas baixas.

- Ei, isso é mentira!!! - Caminhei em direção a ela - O verdadeiro culpado é o príncipe Maxon!

- AQUELA SUA DANÇA FOI HORRÍVEL! FOI VOCÊ QUEM ESTRAGOU NOSSA APRESENTAÇÃO!!

- Ah se enxerga Celeste, meus passos de break são demais. Sua dança estranha foi que acabou com tudo!
Garotas se aglomeraram em volta de nós e Marlee tentava me puxar para fora.

- Não vale a pena America, vamos!

-  VOCÊ É UMA FRACASSADA!

- Disse a outra - Retruquei. Várias garotas soltaram assobios auditivos.

- VOCÊ É HORRÍVEL! MAL SABE ESCOLHER UM VESTIDO DECENTE!

- Falou a exagerada.

- America - Marlee quase chorava - Vamos para o salão das mu....

- E ESSA SUA AMIGUINHA, EIN? COM ESSA CARINHA E ESSE VESTIDO PODE ATÉ SE PASSAR POR SANTA, MAS EU SEI A VERDADEIRA VADIA QUE É!!!

Marlee soltou meu braço e encarou Celeste com uma frieza impressionante.

- Olha a que ponto você chegou Celeste - Disse Marlee - Uma moça tão bonita se rebaixando a tal nível.

- VAI TE CATAR!!!

Marlee balaçou a cabeça com dor na expressão.

- Antes de qualquer coisa, se enxergue - E ela me puxou finalmente para longe deixando uma Celeste raivosa, soltando espuma pelos lábios. Quando chegamos ao salão das mulheres e nos sentamos em uma das inúmeras cadeiras organizadas em fileiras, puxei delicadamente a manga do vestido de Marlee.

- Você é ótima naquilo.

Ela abriu um sorriso gentil.

- Obrigada. A gente aprende com o tempo.

Quinze minutos depois, quando todas as Selecionas  (Incluíndo a raivosa Celeste) adentraram o salão e tomaram seus lugares, a rainha Amberly surgiu em seu vestido chique e ar cativante. Silvia estava ao seu lado com sua típica prancheta em mãos.

- Queridas senhoritas de Ilhéa, primeiramente quero desejar-lhes um bom dia.

- Bom dia Vossa Majestade - Todas repetiram entediadas.

- Em segundo, queria fazer um breve comunicado antes do café da manhã.

- É sobre a merenda de hoje? - Alguém perguntou.

A rainha esboçou uma careta.

- Não querida. Tem a ver com meu querido filho, príncipe Maxon.

- Ele sofreu um acidente de carro, seguido de parada cardíaca e foi levado ao hospital, mas faleceu em tentivas de reanimação? - Outra perguntou.

- Não.... Maxon foi internado e deverá ficar fora por alguns dias.

- Yuuuuuuuupiiiii - Gritei alegradamente e todas as garotas me fitaram - Quero dizer.... Ahhhhhhhhh....

Todas voltaram a fitar a rainha.

- E como ele não está nem controlando o que come, eu, rainha Amberly decidi tomar uma decisão: Todas as selecionadas vão participar do concerto musical!!

Ninguém gritou, pulou ou fez algo do tipo. Até porque as únicas que não haviam passado na prova eram Celeste e eu. E Celeste estava irritada demais para ficar feliz por alguma coisa. Eu estava feliz de fato, mas minha euforia só iria acabar por trazer a atenção errada (isso soou tão português de Portugal, masok). Então tratei de manter minha compostura.

- A majestade está querendo nos dizer que o príncipe Maxon não vai participar dos preparativos nem dos concertos? - Alguém perguntou.

- Não querida.

- Só mais uma perguntinha: O príncipe vai sobreviver? Afinal, a gente quer saber quem foi a escolhida antes dela ficar viúva.

- Maxon não vai morrer espero .... Ah qual é o seu nome querida?

- Carlona.

- Oh sim querida Carlona. Então, é isso.

- Muito obrigada pelos exclarecimentos, Vossa Alteza.

A voz de Carlona era tão estranha que quando ela finalmente parou de tagarelar Marlee e eu balbuciamos um graças a Deus. Era a mistura exata de qualquer esquilo do alvin e os esquilos, com Minnie Mouse. O resultado não ficava bom. Mesmo.

Então quando finalmente fomos tomar café, terminamos de tomar café e escovamos nossos dentes naquele dia pela terceira vez, Silvia nos deu sua aula aguardada (só que não!) de etiqueta.

- Quero que antes de mais nada, as senhoritas aprendam a dar cabeçadas quando um integrante da família real está por perto.

- Nem pensar - Balbuciei. Foi quando Tom Cruise adentrou o salão me salvando de todas aquelas baboseiras.

- Me desculpe Silvia, mas são ordens do.... hum, rei. America Singer não participará desta aula.

- Yuuuupiiii - Não podia esconder minha felicidade então corri ao encontro de Tom Cruise e ele me guiou formalmente para o lugar para onde estávamos indo, do qual eu não fazia a mínima idéia.

De repente começamos a subir a escadaria até estarmos no terceiro andar. Maxon estava enconstado em uma estátua de um anjo nu. Segurei a risada.

- Está entregue Vossa Majestade - Tom fez uma reverência tradicional e eu fiquei aliviada por ele não tentar lhe dar uma cabeçada. Cabeçadas estão muito populares ultimamente.

- Obrigado Tom. Talvez eu lhe convide para o jantar mais tarde.

- Fritas e Hambúrguer? - Sugeriu Tom enquanto caminhava para longe. Maxon assentiu.

- Só se tiver Coca.

- Fechado. Até mais, America.

- Tchauzinho Tom - Me virei para Maxon - Então? Essa vai ser a hora que você vai me levar a tal torre?

- Sim, mas antes tenho que te contar sobre o resultado daquela aposta.

- Então, pode passar meus jeans senhor perdedor.

- Eu não pensaria assim. Sabia que ela acabou não chorando?

- O quê? Você deve ter boicotado então.

- Está duvidando? Ela escreveu uma carta - Ele me entregou um envelope - Abra mais tarde e ela esclarecerá todas as suas dúvidas.

- Blá blá blá - Murmurei - Isso quer dizer que terei que dar aquela andada com você?

- Uhum - Murmurou de volta enquanto colocava algo na boca - Deus, esses cicletes são demais.

- Aonde os encontrou? - Perguntei enquanto encarava seus dentes mastigando com furor a goma de mascar, igual uma vaca mastigava capim. Só que Maxon era um bocado mais elegante.

- No quarto de Marlon. Apesar dele ser um completo babaca, devo confessar que ele tem o maior estoque de doces de toda a Ilhéa.

- Eu não comeria nada vindo do quarto dele. Os doces podem ser contagiosos.

- Essa é vigésima sétima goma de mascar que estou saboreando.

O encarei por míseros segundos. Ele parecia normal: Seus óculos de grau ainda não haviam se quebrado e ele vestia um jeans velho e uma blusa dos Rolling Stones. Se não o conhecesse, pensaria que ele era apenas mais um americano comum com ar intelectual mais ao mesmo tempo sexy.

Assenti timidamente e ele acabou me dando um trident de canela que aceitei meio hesitante.

Se algum sintoma de Marlon penetrou meu organismo, não senti.

***

- Cara, a gente não tá no caminho errado não?

- Tenho absoluta certeza que estamos no caminho correto, America - Respondeu Maxon enquanto me guiava pelo lance (enorme) de escadas. Parei um pouco enconstado na parede enquanto tentava normalizar minha respiração. Fala sério, parecia que estavámos escalando o topo do Everest!

- Tem alguma coisinha pra comer aí? - Passei a mão na minha barriga que roncava audiotivamente, parecendo mais uma erupção catastrófica de um vulcão ativo - Não vou aguentar subir mais nenhum degrau se não colocar algo na boca.

Maxon parou também se virando para mim.

- Bom, eu só tenho uma barrinha de cereal e uma bala super duradora - Ele tirou a bala do bolso e analisou o papel - Aqui diz que ela dura até 5 horas. Além de ser do sabor morango.

- Eu quero a barrinha - Falei - É de que sabor?

- Pele de crocodilo e mel.

- Então me passa aí - Fiz um gesto com a mão. Maxon fez uma careta emburrada.

- Mas esse é meu sabor preferido de barrinha! Tem certeza que não quer a bala? - Ele abriu um sorriso - Já disse que é de morango?

- Já sim. Mas não estou interessada.

Ele bufou pegando a barrinha do bolso e dando para mim. Abri o plástico sem delicadeza e mordi a metade de uma vez, o que ou te contar, foi bastante. Ela é uma barra econônica, então seu comprimento é de 30 centímetros.

Fiquei com pena de Maxon que olhava para a barra como um cachorrinho que havia perdido um brinquedo, e estendi o restante da barra para ele. Automaticamente um sorriso em agradecimento preencheu seus lábios.

- Vai... vai dar a metade para mim?

- Só pega e cala a boca, antes que eu me arrependa - Murmurei.

Ele me olhou emocionado.

- Obrigado!

Voltamos a subir as escadas até finalmente nos deparmos com a construção mais antiga e aterrorizante daquele palácio. Aquela com certeza era a torre da qual Rihanna havia me contado.
Relâmpagos a cercavam o lugar e o dia parecia ter dado lugar a noite. Não querendo ocultar o fato que tudo estava uma ventania só; parecia que o lugar estava confudindo esta história com Frankenstein ou Harry Potter.

- Ai meu Deus, vamos morrer!!

- Só faz parte do cenário America - Maxon tentou me tranquilizar enquanto se agarrava em uma parede. Fiz o mesmo, mas não enxergava nada pelo cabelo batendo no meu rosto.

- Maxon, quero lhe dar uma coisa antes de nós morrermos!

- O quê?

- É que eu não tive coragem e pensei que depois que eu fiz aquilo de....

- Pode dizer com mais clareza, America?

- É que - Tentei soprar o cabelo do meu rosto - É o sabãozinho de gambá que ia dar para você e para Tom ontem! Mas como Charlie apareceu, fiquei com medo que ele ficasse ... você sabe, ressentido. Por isso não dei.

O vento parou de repente fazendo nós dois pararmos no chão. Precisamente Maxon  bem em cima de mim.

- Você queria me dar um sabão? De gambá?

- Ah... - O encarei fazendo uma careta - Sei que não é o melhor dos presentes mas....

- Tá brincando? - Ele abriu o sorriso - Sempre quis um sabão de gambá!

- Sério?

- Sério.

Então ficamos alguns segundos nos encarando mas acabei por comentar que Maxon estava me machucando nos lados com aquelas suas botas de montaria, então ele se levantou constrangido enquanto tentava desfazer o clima com uma limpada na garganta. Me levantei também, limpando meu vestido rosa (que agora parecia mais uma coisa marrom) e ajeitei meu cabelão que provavelmente estava no topo do seu volume.

- Está preparada? - Maxon olhou de relance para mim, enquanto tirava uma chave do bolso para destrancar a porta.

- Para saber de uns podres? Meu filho, pra isso eu sempre estou preparada.

Então ele abriu a porta.


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