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Quando terminei de descer o último degrau da escada, todas as garotas estavam me fitando com expressões mortais. Marlee abriu um meio sorriso quando me viu e Silvia fez um sinal para que eu me aproximasse.

- America - Disse ela num tom seco  - Após o café, me espere para que possamos conversar.

- Tudo bem.

Ela se virou para as garotas.

- Tudo bem senhoritas, todas para o Grande Salão!

Todas começaram caminhar e foi aí que vi Celeste.

Ela caminhava graciosamente ao lado de suas amiguinhas e quando reparou em mim, abriu um sorriso aberto e maldoso.

- Ah mais eu vou acabar com essa menina - Caminhei em direção a ela, mas Marlee me segurou.

- America, não suje mais suas mãos - Ela sacudiu meus ombros - Não que suas mãos estejam sujas, mas você entendeu o recadinho, né?

- Na verdade não.

- Esqueça - Ela me puxou quando começou a caminhar - Só peço que não coloque mais lenha nessa fogueira.

- Mas é tão injusto! Foi Celeste quem pintou o cabelo da menina!

- Eu sei, e estou arquitetando um plano em relação a isso. Você só sai desse palácio sobre o meu cadáver.

Uau. Fiquei feliz. Duas pessoas me protegendo a todo custo... E eu pensando que ninguém se importava comigo!


***


- Pois bem senhorita America, o rei quer vê-la.

Abri a boca.

- O quê???

- Ele quer saber dos motivos pelos quais a senhorita fez aquilo no cabelo de uma adversária - Prosseguiu Silvia.

- Ué, isso é simples... Por que ela é uma adversária? - Perguntei e me dei conta do qua havia dito - Não que eu tenha feito qualquer coisa com ela!

Silvia soltou um assobio.

- As coisas estão feias pro seu lado filha.

Eu era uma idiota. Não tão idiota quanto Cat Valentine de Sam & Cat, mas mesmo assim. Continuava sendo uma grande idiota.

Ela me guiou até o escritório do rei. Arregalei os olhos quando ela me deixou de frente a porta e foi embora. Meu Deus, pensei enquanto me dividia entre três pensamentos para escapar daquela situação:

1. Matar Tuesday e Celeste;

2. Matar a mim mesma.

3. Calçar meu melhor tênis de corrida, pegar minha garrafinha de água e dar o fora desse palácio.

4. Tentar explicar e enfrentar tudo de cabeça erguida.

Claro, a opção quatro estava totalmente fora de cogitação, até porque ninguém acreditava em ditadorores (ancestrais nos deram essas más reputações) e também porque acabei trazendo meu tênis de corrida escondido na mala, para algum caso emergencial. Ele tinha molas duplas além de ser antiderrapante, o que me daria uma grande e vantajosa vantagem contra os guardas do palácio e suas lanças afiadas.

Mas pensando por outro lado...Bem, explicar tudo era uma opção atraente. Isso se o rei me desse alguma oportunidade de explicar. Durante anos ouvi horrores sobre os métodos de tortura que o próprio provocava nas suas vítimas. Um homem chamado Aladin (não confuda com o do desenho) foi torturado dolorosamente por acessórios bizarros que o rei esconde na gaveta de sua grande mesa. Segundo boatos, um carinha chamado Taylor Lautner (não confudir com ator de crepúsculo) acabou morrendo após se afundar em sua própria tristeza. O rei ficou lá na frente dele falando em alto e bom som todos os pecados nos quais ele confessou para o padre. Diga-se de passagem que o padre não era o padre, mas sim um guarda do palácio.

Sim, essas lendas me deixam com calafrios nos pés. É o bastante para que eu considere totalmente a opção 3 (que por acaso acho que você já esqueceu, role a tela para acima para ler novamente).

Fiquei lá meia hora encarando aquela porta de madeira clássica e velha até que dei de ombros e resolvi abri-la. 

- Demorou a abrir, senhorita America - Uma voz grossa e amplificada falou de algum lugar daquele escritório. De fato, eu não podia ver nada: As luzes estavam todas apagadas e uma fumaça flutuava acima do chão. Entrei no cômodo crente que estava dentro de um filme de terror.

- Q-quem é? - Perguntei entrando e a porta de repente se fechou num estrondo deixando tudo escuro.

- Seu pior pesadelo - Sussurrou com obscuridade - Eu sei o que você fez no verão passado!!!

- Ah nem vem que eu não fiz nada não - Disse e me lembrei que estava com meu Iphone. Liguei sua lanterna - Sou formada em PLL cara, nem tente me grupar.

- O que é grupar??? - A voz misteriosa indagou.

- Significa enganar, burlar, blefar..... Vem cá, tú não conhece o dicionário informal não?

- Mais respeito com um integrante da família real menina!

- Oh, me desculpe.

De repente as luzes se acenderam. Fui praticamente cegada pela grandiosidade daquele ambiente. Uma enorme mesa. Livros e mais livros na parede. Um gramofone num canto. Tudo era tão bonito e charmoso.

- America, America ... - O rei surgiu de um canto da parede e começou a caminhar em minha direção. Uma canção de ninar que meu pai cantava para mim quando pequena tomou conta da minha mente.

Quieta, quietinha
Se não o bicho vai pegar
Papai foi trabalhar, mamãe foi cozinhar
E você não vai escapar
Talvez escape, mas só se ficar quietinha
Seja boazinha, não diga nadinha
Fique quietinha, fique quietinha

Isso, eu teria que me manter em silêncio ou as coisas não iriam acabar bem. Se ele me desse oportunidade de me defender,okay, se não... me ferrei!

Não se eu o matasse primeiro.

Ele ficou tão perto de mim, que eu conseguia sentir o leve aroma de sua loção corporal Johnson's Baby. O velhote achava que se rejuvenescia usando produtos de bebê.

- Tsc tsc tsc. America Singer, quer usar algum argumento em favor de sua defesa?

- Não fui eu! - Gritei e ele começou a gargalhar como se eu tivesse contado uma piada.

- Todos dizem isso, mas vou te dar mais uma chance - Ele arqueou uma sombrancelha - Um argumento?

- É.... - Tentei pensar em alguma coisa mas nada vinha a minha mente - Acho que não.

- Foi o que eu pensei - Ele abriu um sorriso que poderia explicar tantas coisas, mas não explicou nada - Sente-se.

Ele caminhou até seu trono atrás da grande mesa e eu me sentei em uma das cadeirinhas de dobrar, aquelas que a gente sempre vê num boteco. Digamos que eu caí uma três vezes antes de sentar adequadamente, pois toda hora que eu inventava de pousar meu traseiro naquilo, a cadeira dobrava me fazendo ir de cara no chão. Só posso te dizer uma coisa: Quando derrubar a monarquia, pode ter certeza que as cadeiras só vão ser de plástico. Plástico.

O rei colocou seus óculos de leitura (que mais se pareciam com um fundo de garrafa) e começou a folhear uns papéis e eu pensei que ele estava assinando minha demissão....peraí .....isso aqui não é nenhum tipo de emprego não! Hum, talvez ele estivesse mandando a papelada para....

Toc toc. Toc toc.

- Mas que inferno! - O rei gritou furioso. Levantei uma mão hesitante.

- É... quer que eu abra a porta para a Majestade? - Me prontifiquei. Sabe, apesar de estar quase a ponto de ser chutada, ainda sim sou uma pessoa bastante prestativa. Isso se deve aos anos dando uma de Cinderela em casa.

Mais uma vez cometi uma pequenina gafe. Me levantei da cadeira dobrável, pisei na barra do meu vestido, tropeceí e acabei em cima de um dos lustres (não sei como, mas sim eu fui parar lá). Talvez eu seja de alguma linhagem de grandes macacos, que mesmo sob pressão conseguem se pendurar em galhos de uma árvore.
O rei pareceu não ter notado meu mais novo show (graças a Deus, senão estaria ainda mais ferrada) e eu tratei de dar um pulo até o chão. Acabei caindo em estilo cambalhota e acabei de frente a porta!!

Mas daí quando estava prestes a abri-la, alguém de fora a abriu antes de mim e ela acertou em cheio meu precioso e delicado nariz.

- Ai meu Deus America!! Te machuquei? - Marlee se agachou para me analisar com uma expressão tenebrosa.

- Estou bem - Disse enquanto expirava para tentar conter o sangue jorrando no nariz. Fiz isso no meu primeiro dia no acampamento de verão na terceira série. Bom, as instrutoras acabaram me levando para casa, pela falta de higiene com o ato. Não sei se você sabe, mas o nariz e a boca são ligados um com o outro. Espero que tenha entendido, porque não posso te explicar a coisa toda com clareza.

- Mas o que está acontecendo por aqui? - O rei se levantou nos encarando. Marlee me ajudou a se levantar e arrumou o vestido amarelo. Os dois se aproximaram e deram cabeçadas. Balancei a cabeça com uma provável careta.

- Majestade, eu só queria lhe dar um aviso - Ela olhou de relance para mim - America só vai sair desse palácio sob meu cadáver.

O rei ficou parado por alguns instantes nos encarando e eu quis me encolher. Em seguida dando de ombros, acabou pegando um rifle pendurado em uma das paredes e mirou em Marlee. Comecei a gritar em plenos pulmões.

- Foi você quem disse - Comentou o rei enquanto ainda mirava a arma na minha melhor amiga. Pela sua expressão ela parecia em choque. Ela levantou as duas mãos como um assaltante em rendição.

- Eu... eu só estava brincando! Pois bem, faça o que quiser com ela!

Arregalei os olhos.

- Marlee!!!

- O que eu posso fazer? - Ela caminhou até a porta e a abriu - Até em breve Majestade.

O rei assentiu satisfeito com a cabeça. Depois a abaixou o rifle.

- Sua amiguinha é bastante corajosa... ou eu posso chama-la de ex amiga?

- Ex amiga - Murmurei enquanto cruzava os braços. Estar a ponto de ser chutada e ser traída por sua amiga é um golpe e tanto!

- Pois bem senhorita America - Ele limpou a garganta - Estarei enviando uns papéis para o príncipe e quando ele os assinar, a senhorita está oficialmente fora da Seleção.

- Mas...mas não há nenhuma chance de eu ficar? Posso contatar meu advogado?

- Você tem um?

- Ah... não. Bom, se você considerar Tom Cruise... Ouvi dizer que ele faz um bicos.

Ele começou a rir.

- Senhorita America, você tem um ótimo senso de humor - Ele caminhou até a mesa e voltou com um saquinho de plástico recheado de doces.

- O que é isso? - Perguntei enquanto ele bufava.

- É um prêmio de consolação para todas as garotas eliminadas - Ele esticou o saquinho para mim - Aproveite todo o açúcar e não se esqueça de escovar os dentes mais tarde.

- Bom - Fiquei encarando o saquinho de doce com certa amargura - Okay, era só isso então? Já posso ir para meu quarto?

- Está dispensada senhorita America.
Enquanto caminhava pelo corridor, as lágrimas começaram a caír e eu acabei lançando aquele saquinho em um guarda que me encarou com horror. Acabei desmanchando todo o meu cabelo e rasguei partes do meu vestido. Estava sentindo a simples e favelada America se apossando novamente de mim.

Entrei no quarto com um plano em mente: iria até a biblioteca xerocar todas as páginas de todos os livros que Maxon havia me dado. Assim, mesmo que eu estivesse de volta em casa, poderia destruír aquela família miserável.

Quando finalmente estava no andar das Selecionadas,voltando para meu quarto, esbarrei com Kriss.

- Oh, tudo bem com você America?

- Tanto faz - Disse enquanto caminhava para o quarto. Ela me seguiu.

- Fiquei preocupada America. Sei que você não fez nada com o cabelo de Tuesday.

Parei de andar.

- Verdade?

- Mas é claro, sei que você não seria capaz de algo tão maquiavélico.

- Não sei não.. a última vez que alguém me disse algo parecido acabou me traíndo.

- Não sou uma traidora America. Quero ser sua amiga.

- Sério?

- Ahã. Olha só, temos muito em comum: Objetivos, inteligência, a vontade enorme de esganar Celeste...

Acabei concordando com a cabeça. É, acho que tínhamos bastante coisas em comum.

- Mas eu vou embora e....

Ela colocou as duas mãos na cintura.
- Ah vamos lá America! No final do poço sempre há uma luz!!

- Não entendi muito....Tudo bem vai - Estiquei uma mão, mas ela foi mais intimista e me deu um abraço.

- Você vai ver, vamos nos dar muito bem! É o que essa competição precisava!

Concordei com um sorrisinho. Todos não tinham noção o perigo que estavam correndo.

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