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N.A: Olá! Sei que é chato começar uma leitura com uma nota, mas eu queria muito fazer uma pergunta e ter a certeza de que vocês a leram.

PERGUNTA: Estou planejando pegar outro livro pra adaptar para o lado humorístico, como esse. Qual obra você desejaria ver no meu perfil? Deixa a tua sugestão aqui.

Muito obrigada pela sugestão e tenha uma ótima leitura!

ps: me desculpem pela demora, fiquei sem net durante esses dias.

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DESPEDIDAS & REENCONTROS




Não houve um jantar formal naquela noite. Todas as Selecionadas foram mantidas nos esconderijos até que a situação lá fora com os rebeldes fosse contida.

Kriss colocou sua arma no chão com cuidado e fora algemada em seguida por Tom Cruise. Sua expressão era peculiar. Apesar do plano maligno de se apossar do Palácio - que convenhamos, foi um belo de um fracasso -, ela ainda mantinha um sorriso maníaco no rosto.

Após Silvia ter lhe arrancado informações sobre o paradeiro de Maxon e o Rei, ela foi levada sem cerimônias diretamente para as profundezas do calabouço.

Marlee que também estava algemada e escondida num esconderijo
teve o mesmo destino.

Meu coração se apertou com aquilo.

- Esta foi uma noite meio tortuosa - Silvia disse para mim e Carlona (as únicas Selecionadas que sobraram)  no único lugar no qual não foi destruído pelos rebeldes: o escritório do rei. - Os rebeldes que atacaram o palácio foram presos. O Príncipe e o Rei estão a caminho. Acho podemos voltar a nossa programação normalmente.

- Mas e a Celeste? - Questionou Carlona roendo as unhas - E o castigo de America por ter planejado derrubar a monarquia? E a prisão do guarda Aspen?

- Celeste passa bem - A rainha se intrometeu na conversa enquanto provava uma taça de mousse sentada mesa do rei - Fui vê-la na ala médica e graças a Deus ela só está com ferimentos na cabeça. Nada de sequelas cerebrais como você, senhorita Carlona.

Carlona assentiu com um sorriso iluminado em seu rosto.

- Sobre a America, todo mundo aqui sabe que ela é a personagem principal e seria nada a ver ela ser presa - Silvia explicou e todos concordaram - Já o guarda Aspen será afastado de seu cargo por tempo indeterminado.

Minutos depois, ganhamos pratos de isopor e talheres de plástico, enquanto o chef nos servia com uma gororoba atraente, porém na qual não consegui ingerir.

Eu não conseguia comer sabendo que Marlee estava presa num lugar frio, escuro e cheio de bichos - bichos nos quais eu já estava super acostumada. E o fato de que Maxon quase foi morto por Kriss, mas já estava retornando ao palacio não melhorava em cem por cento meu humor.

Alguns minutos depois, Anne Frank surgiu na sala com as roupas trocadas e duas malas nas mãos.

- Meninas, não sei se isso é um momento apropriado para isto, mas enfim, eu voltarei a Milão.

Eu me levantei do chão.

- O quê? Mas você nem ficou tanto tempo assim!

- Senhorita America, sei que você me ama, mas o palácio não é exatamente meu lugar. Você sabe que eu adoro criar, inovar, fazer essas coisas de estilista. E depois desse ocorrido - ela pontou em direção ao corredor do terceiro andar que estava com várias janelas estilhaçadas - Eu vou dar o fora daqui.

A rainha deu um olhar preocupado à ela.

- Mas menina, meu marido estava planejando te dar uma medalha de honra! Não vai esperar ele voltar?

- Aquele corrupto? - Anne fez uma careta - Não quero nada vindo dele nem pintado de ouro! Bom, acho que é isso. Tchauzinho.

Todo mundo se despediu num tom monótono, menos Carlona que fazia sua voz fina demais se sobressair mais que as outras.

Quando ela deu as costas, fui atrás dela.

- Anne Frank, volta aqui! - Gritei sentindo um pouco do meu mundo desmonar. Poxa, fomos atacados por rebeldes, minha melhor amiga foi pra prisão e Maxon quase foi morto. Agora Anne Frank iria embora? A vida não estava exatamente um mar de rosas pra mim.

Anne Frank virou a cabeça e me olhou. Aquela garota havia mudado tanto, mas eu sabia que ela sempre seria a mesma Anne que eu conheci na primeira vez que estive no palácio. Amorosa, útil e sincera. Desde o dia que ela concordou em colocar aquele macarrão com molho na cabeça eu soube que ela era especial. Afinal, não é qualquer pessoa que sacrifica seu cabelo preto sedoso com cola permanente.

- Senhorita America, por favor, volte para o escritório.

- Não, quer dizer, é claro que eu vou voltar - Ela me deu um olhar confuso - Mas só vai ser depois de dizer que você é uma garora muito muito especial. - Me aproximei dela e disse em tom de segredo - Não conta pra Lucy e a Mary, mas você tem as melhores criações.

Ela soltou uma risadinha.

- Bem, obrigada, apesar de achar que elas sabem que você gosta mais das minhas roupas. Elas falaram isso hoje, pela manhã.

- Falando nelas, você sabem onde elas estão? Eu não as vi nos esconderijos.

- Mary está com um leve corte acima da sombrancelha esquerda, graças a um vidro quebrado que foi no rosto dela, mas passa super bem no seu quarto. Já Lucy resolveu sair para visitar o pessoal do elenco de PLL minutos antes do ataque e nem sabe o que aconteceu por aqui.

Suspirei em alívio. Se tivesse acontecido algo de grave com elas, eu não sei se iria sobreviver pra contar história amanhã.

- Ah Anne, por favor não vai agora...

- Senhorita America, prometo voltar quando você se casar, o que acha?

- Mas eu não vou me casar! - ela me deu um olhar duvidoso - Pelo menos não aceitei!

- Ok, então a gente se vê qualquer dia por aí. Você tem meu número, podemos conversar pelo FaceTime. 

- Tudo bem - Me aproximei dela e lhe dei um abraço apertado - Você é maravilhosa, não se esqueça disso.

- Mesmo depois daquele do presente horrível que eu te dei? - Indagou ela - Cara, você que é incrivel.

Meus olhos já estavam marejados de lágrimas quando ela se separou de mim e voltou a fechar as mãos em torno das malas.

- Até mais, Senhorita America.

- Até mais Anne Frank.

***

Por volta das onze da noite, Silvia ordenou que nós fôssemos para nossos quartos. Voltei pro meu a passos lentos me sentindo vazia, triste e imponente. Pensar que Marlee estava lá embaixo no calabouço me fazia chorar e consequentemente produzir aqueles ronquinhos de porcos.

Tomei um banho rápido e vesti meu pijama. Silvia havia afirmado que o Maxon e o pai dele voltariam em breve, mas não entrou em muitos detalhes sobre isso.

Por isso, depois de trocar mensagens com May que já estava sabendo do caos ocorrido no palácio e garantir a ela que estava tudo bem, calcei minhas pantufas de pele de gambá e dei passos discretos até o terceiro andar.

O quarto de Maxon estava o mesmo desde a última vez que entrei, porém sem a sua presença ele ficava completamente sem graça. Os tubos com experimentos químicos eram apenas tubos, não mágica; o pula pula não era mais que pés de ferro com um tecido elástico no meio.

Com a ausência de Maxon, tudo ali voltava a ter sua função limitada.

Me sentei em uma das bordas da cama e liguei o abajur. Algumas polaroids estavam coladas no papel de parede e era incrível saber que Maxon também mandava bem na fotografia. Se tudo desse errado, ele poderia trabalhar na Vogue.

Arranquei uma na qual surpreendetemente eu aparecia. Era daquele dia, das tortas. Eu estava com um garfo com torta no ar enquanto Charlie Chaplin estava rindo. Apesar de tentar ajeitar minha juba cor de fogo naquele dia, ela não ficou exatamente do jeito que eu queria. Mas naquela fotografia até que não parecia estar tão ruim, como eu achava.

Suspirei e me encostei na cabeceira da cama, me sentindo esgotada.

Fiquei assim por vários minutos e  estava quase entrando na terra dos sonhos, quando a porta produziu um barulho me assustando.

- Maxon? - Questionei dando um pulo da cama e ajeitando meu cabelo. Se não fosse ele, provavelmente era a boneca Anabelle ou algum outro demônio.

Céus, tenho que parar de assistir filmes de terror.

- Pode também me chamar de M-maxx. Esqueceu que eu quero ser um rapper?

Ele apertou o interruptor e eu pude ver com clareza que não era nenhuma Anabelle. Era apenas o Príncipe Maxon. Ou M-maxx para os mais íntimos.

E apesar de ele estar com uma expressão cansada não se parecia nada com um espírito obsessivo, o que já era um grande alívio.

Corri em direção a ele e me joguei contra o seu corpo num abraço super-hiper-mega apertado. Ai meu Deus, como era bom tê-lo de volta!

Ele ficou sem ação por um momento mas depois retribuiu o abraço com quase a mesma intensidade que o meu.

- O que faz por aqui? - Questionou depois de nos separmos - Todas as Selecionadas devem estar dormindo agora.

- Eu não conseguiria dormir sabendo que você não estava aqui no palácio, são e salvo! - Sussurrei  - E o que o nos passamos hoje por aqui...

- Fiquei sabendo - Maxon me deu um olhar sério - Kriss Ambers parecia uma garota tão inocente! E eu pensando que se alguma de vocês fosse se rebelar essa seria a Celeste!

- E eu?

Ele caminhou até sua geladeira e tirou de lá uma garrafinha de água.

- America, sei que você tinha em mente esse plano maluco pra derrubar a Monarquia, mas de verdade? - Ele deu um gole na água - Eu sei que você não iria proseguir com ele até o fim.

- Então está tentando me dizer que eu não tenho capacidade?

- Claro que não! Apenas comentando que você é boa demais pra essas coisas.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Maxon achava que eu era boazinha? Eu a que planejava acabar com a família real e exportar todos para o Alasca?

Era óbvio que com aquele tumulto todo ele havia se esquecido de tomar seu remédio.

Olhei para sua roupa, toda amarrotada.

- Vocês foram um pouco judiados né?

- Digamos que fui pego de surpresa. Estava lá fora no jardim, tentando descobrir os horários em que os grilos costumavam sair de suas tocas pra te contar, porém alguém jogou um saco preto no meu rosto e eu entrei em pânico.

- Eu sinto muito...

- Tudo bem, o pior já passou. - Ele fez uma pausa para terminar de beber sua água - Também fiquei sabendo que o guarda Aspen tentou te beijar. Se tivesse me contado sobre isso antes, eu teria tomado as devidas providências.

Olhei diretamente para ele.

- Maxon, Aspen era meu namorado.

- O QUÊ?!

- Não agora, mas quando eu não fazia parte da Seleção. Ele terminou comigo na casinha da árvore do nosso jardim por seu machismo incontrolável. Depois resolvemos nos unir novamente para prosseguir com aquele meu plano idiota.

- E por que diabos você está me contando isso?

- Por que eu queria ser honesta com você. - Respirei fundo - Se vamos selar um compromisso, não quero mentir para você.

- Selar um compromisso? - Ele me deu um olhar curioso - Então está querendo dizer que quer se casar comigo?

- Acho que não há mais que um Maxon por aqui, certo?

Ele abriu um sorriso enorme.

- Não mais.

Maxon se aproximou de mim e colocou uma mecha incontrolável da minha juba atrás da minha orelha.

- Você tem certeza?

- Maxon, essa noite foi horrível, com minha amiga sendo presa e uma garota que já foi minha amiga te sequestrando. Eu poderia ter muitas incertezas depois desses ocorridos, mas tudo contribuíu para que eu te dissesse sim. - Fiz uma pausa - Tenho mais que certeza em dizer que eu aceito em ser sua esposa.

- E eu tenho certeza absoluta que meu coração não pertece a ninguém além de você America, minha querida.

- O que eu disse com essa coisa de querida? - Coloquei as mãos nos quadris, sentindo aquela America do primeiro dia no palácio se apossar novamente de mim, como um espírito-demoníaco-maníaco-obsessivo.

- Oh me desculpe, velhos hábitos. Agora, a pergunta que vale um milhão de dólares: você deixaria eu te beijar?

- Que pergunta Maxon! - Dou risada - Você deveria ter me beijado desde que entrou por aquela porta, seu bobo.

Ele sorriu ainda mais em resposta e dividiu o olhar entre meus olhos e minha boca. Eu estava sentindo meu corpo estremecer, implorando para que ele fosse rápido com aquilo, mas ao mesmo tempo pedindo que fosse lento o suficiente para durar mais.

Foi naquele momento que eu percebi que estava parecendo aquelas personagens submissas de certos livros.

- Maxon...

- O que foi?

- Descreva em três palavras sua experiência em ser sequestrado. - Pedi. Ele franziu a testa.

- É sério?

Concordei com a cabeça.

- Assustadora, sufocadora e  claustrofóbica.

Silvia havia dito mais cedo que Maxon e o rei haviam sido levados até um aeroporto clandestino presos num porta malas.

Eu nem queria pensar muito naquilo.

- Por que você queria saber disso? - Ele passou a mão sobre o cabelo parecendo estar confuso. Tentei sorrir.

- Apenas quero me certificar de que eu serei durona o suficiente pra evitar que você não sinta nada dessas coisas de novo.

Maxon me olhou de um jeito engraçado.

- Então você está querendo dizer que será tipo um guarda real? Pra mim?

- Acho que depois da posição de esposa eu serei isso sim - Dei de ombros - E agora quero o meu beijo.

Maxon não esperou mais depois isso e me beijou de um modo leve e muito, muito apaixonado. Meu Deus, como eu precisava daquilo.

Na verdade eu precisava de muitas coisas como um plano de celular e tirar Marlee daquele porão escuro.

Mas aquilo estava mais que bom por ora.

Estava até quase perfeito.

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