Backseat Serenade

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Nota: na foto do cap o cara realmente é como eu imagino o Peterson/Derek, mas a menina não.

***

14 de janeiro, 7:00 AM, em um bairro pobre de Nova Iorque.

Liberdade é agir com seu livre arbítrio, de acordo com a sua própria vontade. É a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é poder.

Peterson Denovan deixou-se relaxar pela água extremamente quente e agradeceu em silêncio por estar fora daquele lugar. Após pular a cerca e estreitar-se por entre a floresta, enquanto os policiais o procuravam por trilhas distintas, Denovan para tentar combater o frio que se alastrava no tempo em que esperava Hurley o buscar, passou a recordar o motivo de estar ali. Ela. Tudo se resumia até ela, tudo se resumia em sua irmã. Começou com ela e terminaria com ela.

Abaixou o olhar para seu pulso e viu o nome da garota, da sua garota. Lauren Denovan. Bufou alto e desligou o chuveiro. Não iria se apressar sentindo algo, qualquer sentimento que seja. Se aprendeu lições ao decorrer da vida uma das mais importantes foi: sentimentos só atrapalham e te fazem criar expectativa. Talvez a garota nunca o perdoasse, talvez a garota que Hurley achou nem fosse a sua irmã, então não existem motivos para sentir algo, não agora.

Secou o corpo e saiu do pequeno e imundo banheiro da casa abandonada com apenas a toalha na cintura, e foi até o espelho que era grande o suficiente para ver boa parte do seu corpo. Virou a cabeça para a esquerda, para a direita, e em seguida para cima e depois para baixo. Passou a mão pela barba rala e fitou os próprios olhos com lentes em uma cor verde tão escura que chegava a ser quase castanho, olhou para o cabelo pintado em um tom escuro e suspirou. Não gostava da sua aparência para não ser pego. Sim, estava irreconhecível, contudo, preferia seu cabelo loiro e seus olhos azuis. Fora que, definitivamente não estava pronto para ir até a casa da família Foster.

Passou a língua pelos lábios, devolvendo um pouco de umidade para eles e observou o quarto da pequena casa em um bairro sujo de Nova Iorque repleto de drogados. Toda a casa cheirava a mofo - apesar de o quarto cheirar agora a uma mistura de mofo e perfume masculino - e as teias de aranha eram incontáveis junto de toda a poeira. Se sentia na sarjeta, e para falar a verdade, realmente estava.

Hurley entrou no quarto sem bater e Denovan revirou os olhos, irritado. Sem delongas, o advogado perguntou:

- Então, qual nome vai querer na sua nova identidade? - o ruivo sorriu, parecendo contente.

- Derek Harrington. - Denovan respondeu, ríspido.

Um fato sobre Peterson Denovan e muitas outras pessoas: não tinha o mínimo de paciência para ficar perto de pessoas contentes. Quando se deixam sucumbir por completo pelo sofrimento, esquecem o que é felicidade e tudo o que resta para essas pessoas é a dor.

Hurley o fitou, como se perguntasse sobre sua certeza em relação a isso. Denovan deixou seus músculos rígidos e pareceu parar de respirar por um momento. Hurley encarou o chão, entendendo o recado e logo saiu. Sabiam quem era Derek Harrington e como ele morreu levando uma parte de Peterson consigo. E ele tinha certeza que era o nome desejado, apesar de que isso e nem nada mais o traria de volta.

~*~

14 de janeiro, 7:32 AM, Sanatório Mightly.

O policial de meia idade andava de um lado para o outro, e sua parceira pensou que ele já poderia ter aberto uma cratera no chão. O antigo quarto de Peterson Denovan no local estava repleto de homens e alguns cachorros, sentados tranquilamente enquanto maioria dos presentes conversavam entre si tentando buscar uma saída lógica para tudo aquilo enquanto o diretor do sanatório não chegava.

- Incrível como um homem só pode passar por cima de tantos policiais. - uma gargalhada de escárnio ecoou pela porta do quarto de número vinte e três. - Desculpem, meus senhores, mas isso faz os cidadãos americanos pensarem que vocês todos são inúteis. - o sotaque francês era óbvio e todos na sala conheciam o homem que emanava o cheiro de uma boa colônia francesa. - E me desculpem novamente, mas estou começando a pensar que realmente são inúteis para esse caso.

Colton Bouvier, um inspetor francês que ficou mundialmente conhecido após descobrir a identidade do serial killer francês "Le Purificateur" que tentava purificar prostitutas, e depois por desvendar casos em todo o mundo, da Alemanha para a Itália, da Itália para a África, entre muitos outros. Nenhum assassino era eficaz o bastante contra o francês, e demonstrava muito bem isso em seu sorriso, era um homem cheio de duas coisas: perfume e orgulho de si.

O policial Tyron Shepherd não tardou em ir até o inspetor e o cumprimentar, que segurou a mão de Shepherd com o nariz empinado e a boca fechada em uma linha reta, seus olhos cinzas encaravam qualquer parte insignificante do pequeno quarto. Tyron pensou na quantidade de gel que ele gastava nos cabelos negros e brilhantes. Tudo no homem mostrava o quanto não queria estar ali, mas o reconhecimento por prender o American Psycho... ah, nenhum orgulho no mundo poderia impedir.

- Senhor, Bouvier. - Shepherd abaixou a cabeça, como se fizesse uma reverencia e a sua parceira, Akemi Konishi, revirou os olhos, cruzando os braços.

- Presumo que seja o policial Shepherd. - pousou o dedo indicador na boca. - E essa deve ser sua parceira, mademoiselle Konishi. - sua voz soou casual, quase como uma paquera. - Seus pais são originalmente do Japão e se mudaram para Paris, não é mesmo ?

- Oui, monsieur. - tentou soar casual como ele, mas com um sorriso claramente forçado.

Ele sorriu sem se afetar e adentrou mais no quarto.

- O presidente me deu mais algumas informações além do que eu já sabia e me surpreende o fato de terem alegado insanidade. - seu olhar passou por cada detalhe mínimo daquele local. - Ainda mais, por nunca terem arrancado dele o motivo do crime.

- Era um louco cheio de devaneios. - Shepherd abanou a cabeça, sem dar atenção. - Não haviam motivos para entrar mais ainda no caso.

- Você tem filhos e uma esposa, monsieur Shepherd ? - o francês direcionou seus olhos clínicos para o homem rechonchudo.

- Sim... - respondeu, cauteloso e colocando as mãos no cinco da sua farda.

- Então, me diga, se Peterson Denovan matasse seus filhos e sua esposa, não iria querer um motivo ? - todos na sala esperavam a resposta de Tyron. - Não é preciso responder. - deu as costas para o homem e voltou a procurar por algo.

O francês abaixou-se e viu um papel amassado no canto da sala. Questionou-se internamente no motivo pelo qual nenhum dos homens pensou em pegar o papel. E agora, assistiam seu trabalho minuciosamente. Tirou as luvas do bolso do paletó impecável, e pegou o papel, o abrindo em seguida e encontrando a caligrafia rápida e invejável de Denovan. Sorriu. Tinha que admitir: o homem era esperto.

"Este é o lugar onde você vem para implorar

Por nascer e por tirar

Os campos mortíferos de fogo para um congresso de corvos

Isto é o que eu faço, eu te dou um pesadelo.

Atenciosamente, American Psycho."

O inspetor leu em voz alta e todos pareceram paralisar.

- O que isso quer dizer? - Akemi questionou o que todos queriam saber, se aproximando de Bouvier.

- É o que vamos descobrir. - Arqueou a sobrancelha e sorriu para a mulher, a fazendo revirar os olhos e dar as costas para ele.

- O rapaz que controla o sistema elétrico foi chantageado por algum conhecido de Denovan, o apagão e o fogo na cozinha que fizeram com que todos os guardas abandonassem seus postos foram causados por ele. - Patrick Martin, o diretor do sanatório, entrou rapidamente com a respiração descompassada e encarando Colton. - Deram a ele o terço do que recebia aqui. - o homem bufou após voltar ao normal. - Como se arriscar a segurança de todos os americanos valesse tudo isso.

- O garoto será preso como cúmplice e se tiver um bom advogado, será liberado com uma gorda fiança, então, de qualquer forma ele não vai ficar com o dinheiro. - Bouvier não deu atenção. - Denovan quer nos atiçar. - Cameron, guarde isto. - estendeu o braço com o bilhete para um jovem rapaz moreno de óculos que ninguém ao menos notou a presença, era seu fiel ajudante.

O rapaz pegou o pedaço de papel das mãos do francês e Shepherd tentou protestar sobre Colton estar tomando o caso para si e tudo que o inspetor fez foi o olhar com escárnio e falar:

- Pardon, monsieur Shepherd. - fingiu culpa. - O presidente americano deixou o caso em minhas mãos. - sorriu orgulhoso e suspirou. - Excusez-moi, eu tenho um assassino para capturar.

E saiu sussurrando um "À bientôt" para a senhorita Konishi, levando Cameron consigo.

~*~

14 de janeiro, 16:46 PM, Casa da família Foster.

Peterson Denovan não sabia muito sobre quadros, mas sabia o bastante para reconhecer que os quadros do corredor dos Foster's eram autênticos. Caminhava tranquilamente pelos corredores até o escritório de Christopher Foster, tão sereno que nem parecia um assassino mundialmente procurado em proporções épicas.

Seus olhos bateram em uma fotografia de toda a família, e no meio estava ela, a sua garota, a sua irmãzinha. A irmã de sete anos que fora envolvida em toda a conturbação de Peterson após a morte dos pais e terem de ir morar com um pai adotivo, a mesma irmã que já vira Peterson matando. A irmã que fugiu com medo dele, o fazendo ser descoberto por todos os seus crimes. E era sua garota, a garota que tanto procurava.

Desviou os olhos para o teto e respirou fundo, precisaria de forças para fazer isso.

Ignorou a sensação de medo e ansiedade que começava a tomar seu ser e voltou a andar até o local indicado por uma das empregadas.

A mansão Foster era maior do que ele imaginava, com enormes portões de ferro, vigilância vinte e quatro horas, tanto por câmeras em todo o terreno, como por seguranças. A área era enorme, então eles tinham um vasto e belo gramado com um cachorro que sabia como aproveitar e correu para os braços de Peterson quando o mesmo chegou, que riu acariciando o animal. O interior da mansão era cheio de ouro e diamante, os tapetes com certeza eram de outro país, os papéis de parede se superavam desde a sala até os corredores, os lustres eram deslumbrantes, assim como toda a casa.

Christopher Foster era um milionário e estava sendo ameaçado por alguns contrabandistas, então, graças a isso, Peterson teria um emprego, seria o segurança da filha do meio, America Foster, assim se aproximaria de Lauren até poder tirar sua garotinha de lá.

Denovan esperava encontrar a irmã correndo por aqueles corredores ou simplesmente andando habituada, mas ele não a encontrou, o que foi bom, pois ele não estava nada pronto para falar com ela. Chegando finalmente na porta do escritório, parou e bateu duas vezes seguidas na porta, escutando um "pode entrar" do outro lado.

Se o pouco que viu da casa era maravilhoso, o escritório era mais ainda. Tinha um charme incomum. Era elegante, sério e casual. Um tapete com estampas antigas cobria boa parte do chão, além da mesa cheia de papéis e canetas, o computador, um telefone e um retrato de família, no centro da sala. Encostado na parede havia um sofá preto junto de uma mesinha com uma caixa polida de charutos e um cinzeiro, o papel de parede era até a metade xadrez, em dois tons de marrom. Atrás da mesa principal se encontrava uma passagem para uma varanda com vista espetacular e em cada lado, prateleiras com fotos. Tentou buscar sua irmã rapidamente em algumas, mas a mão de Christopher indicando uma das duas cadeiras estofadas na frente da mesa o atrapalhou.

- Então, rapaz... - O homem sentou-se, assim como ele. - Como se chama?

O escritório era elegante assim como o dono. Christopher tinha cabelos negros e olhos azuis, seus trajes mostravam seriedade e o quanto deveriam ser caros, e mesmo estando de paletó, Peterson Denovan se sentiu inferior.

Sorriu, quase falando seu nome verdadeiro, e enfim respondeu:

- Derek Harrington. - tentou mostrar-se confiante. - Aqui está o meu currículo. - estendeu o braço com os papeis de seu falso currículo montado por Hurley.

O mais velho pegou os papéis e os jogou sobre vários outros. Denovan o observou surpreso.

- Senhor Harrington, tive ótimas recomendações suas e não me importo com currículo, me importo com a segurança da minha filha. - disse com a voz grave e em seguida relaxou na sua cadeira. - E claro... - continuou. - se tem músculos o suficiente para tal. - olhou a forma física de Peterson e riu com o mais novo acompanhando com humor. - Então, acha que pode proteger America?

- Creio que sim, senhor.

~*~

14 de janeiro, 23:58 PM, Boate Sex Drunk.

Peterson Denovan desceu do carro disponibilizado por Christopher, caminhou até a boate com uma fila consideravelmente grande e passou de cabeça erguida por todos, enquanto algumas garotas o encaravam como prostitutas sedentas por sexo. Mostrou a entrada VIP para o segurança e entrou na boate Sex Drunk. Segundo Christopher, America estaria lá com algumas amigas, mesmo sabendo que poderia ser perigoso. Denovan a observaria e impediria que qualquer coisa acontecesse para a garota.

Era como qualquer boate da área rica, com espaço amplo, diversas luzes, e o que mais o interessava: um bar repleto de opções. Pediu uma bebida que não demorou a chegar, assim como America Foster, sentando ao seu lado no balcão do bar. Talvez não tivesse que olhar a garota tão de longe. Ela sussurrou algo com raiva e ele observou toda a garota discretamente, levando o copo até a boca. Ela tinha longos fios loiros que Peterson podia jurar reluzir, olhos esmeralda que pareciam poder arrancar a verdade de dentro de uma pessoa, o nariz era pequeno e levemente achatado, sua boca era rosada, assim como as maçãs de seu rosto, e o corpo... céus! A garota era uma deusa, ou melhor, parecia um anjo.

- Dia difícil? - Denovan finalmente falou, ainda encarando algumas curvas do corpo da garota.

Ela virou a cabeça para ele e o fitou de baixo para cima, como se estivesse perguntando se falaria com ele, no final, ela apenas suspirou e respondeu:

- Alguns caras simplesmente não entendem que não são o homem que eu procuro. - o barman a serviu com alguma bebida e Denovan pensou no que responder, mas estava tentado o bastante para fazer uma pergunta lógica.

- E qual é o homem que você procura?

A garota despejou a bebida em sua boca e girou no banco, ficando de frente para o homem e o estudando de maneira sugestiva. Levantou-se e pousou as mãos nas pernas de Peterson.

- Forte... - passou as mãos pelos braços de Denovan. - sedutor... - deslizou a mão esquerda até o peitoral do homem, passando a mão por baixo de sua blusa. - inteligente... - sua mão direita acariciava o rosto dele. - E com atitude.

Esse foi o ápice da pequena conversa entre os dois. Ele levantou e cravou suas mãos na cintura de America, a fez sentar novamente e a garota abriu um pouco as pernas, para ele encaixar-se a ela e logo pressionaram seus lábios com urgência.

Ela estava bêbada e era a filha de seu chefe, mas Peterson era um homem sem escrúpulos e homens sem escrúpulos não deixam uma oportunidade passar, ainda mais quando essa oportunidade se chama America Foster.

Após o beijo os dois só lembraram de passar correndo por todos, falarem seus nomes entre risos e irem até o carro em que Peterson estava. America nem ao menos percebeu que era um dos carros do pai, estava ocupada demais para isso. Agora, Derek Harrington penetrava America Foster, não se importando se era errado ou não, a garota pediu por isso e não estava a machucando, pelo contrário. Cada estocada era um novo gemido de America, o que deixava Peterson louco e faminto por mais. Estava faminto pelos lábios dela, pelos olhos verdes selvagens, pelos seios e céus! Estava faminto por tudo e todo o prazer que aquela garota poderia lhe proporcionar.

Encarou os cabelos bagunçados de America, chegando ao limite e jogando sua cabeça para trás. Deixou um gemido escapar, alto demais, como um uivo e Foster sorriu, entorpecida o suficiente para tentar se mover.

- Parece que fizemos uma serenata no banco de trás. - riu novamente, fazendo menção para a música do All Time Low.

Denovan se deu ao prazer de rir e estranhou aquilo, não a piada de America, e sim o fato de conseguir sorrir e isso o fez gargalhar mais ainda junto dela.

A garota o proporcionou prazer de um tamanho inesquecível e algo o fazia pensar que America Foster bagunçaria sua vida, ainda mais após essa noite.

Se ela era um anjo, ele era o demônio e de algo não duvidava: ela o faria conhecer um pequeno pedaço do céu cada vez mais até ter o paraíso todo para si.

Serenata no banco traseiro, furacão estonteante

Oh Deus, estou cansado de dormir sozinho

Você é salgada como um dia de verão

Beije para a dor ir embora - Backseat Serenade, All Time Low

***

FAQ (perguntas frequentes):

1. Quais os dias de postagem? Sexta e/ou sábado.

2. O livro será postado até o final? Sim.

3. Como você imagina o Peterson? O elenco de American está disponível, então podem ver.

4. Poderia ler meu livro? Me mande uma inbox ou publique no meu perfil.

5. Como posso falar com você fora do wattpad? Twitter: halsIeycoIors / tumblr: aproximamos.

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