Here To Stay

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16 de janeiro, 9:10 AM, sala de interrogatórios.

Colton Bouvier andava de um lado para o outro, fumando seu cigarro e fazendo perguntas para Hurley.

- Então, quer dizer que não ajudou Denovan a fugir? - questionou, novamente.

- É o que estou tentando dizer faz uns... - olhou para o relógio no pulso e voltou a encarar o francês. - quinze minutos.

- Pardon, monsieur Ortiz, mas o que estava fazendo na hora que Peterson Denovan escapou?

Hurley Ortiz respirou fundo, tentando manter-se controlado ao ponto de não querer virar a mesa de ferro e atirar no francês. Cameron, o assistente de Colton, observava o interrogatório atentamente, fazendo anotações no notebook, o que deixava Hurley mais irritado.

- Passei algum tempo em meu apartamento e depois saí para encontrar alguém. - respondeu, tentando parecer calmo.

- E esse alguém seria...? - incentivou o homem a continuar, ficando interessado.

- Uma garota que conheci em um bar. - deu de ombros.

Colton respirou fundo, se apoiando na mesa. Cansou de bancar o bom policial, estava na hora de mostrar quem realmente era e o que queria.

- Monsieur Ortiz, se fosse você, não colocaria a mão no fogo por Peterson Denovan. - o encarou no fundo dos olhos com firmeza, falando cada palavra lentamente. - Também diria a ele que será pego mais cedo ou mais tarde, não trabalho sozinho, tenho agentes espalhados por Nova Iorque inteira.

Hurley ficou mais furioso ainda com as palavras do francês. Isso era uma ameaça? Ele queria jogar e Hurley e Peterson eram as peças. Queria prender Peterson a todo custo, nem que isso significasse levar Hurley junto, até porque parece que ele também queria isso. Pena que não tinha provas contra o advogado, então Hurley entrou na brincadeira do inspetor.

- Ele é apenas meu cliente. - relutou. - E acredite, eu até falaria, mas como não tenho contato com ele. - sorriu cínico, vendo a fúria de Bouvier.

Colton Bouvier era pior do que Hurley poderia imaginar. E agora tinha certeza: Peterson e ele estavam entrando em um jogo perigoso.

~*~

16 de janeiro, 16:45 PM, em um shopping movimentado.

- Você tem mesmo que andar como um mafioso? - America Foster parou e encarou Denovan, que se escondia em um óculos escuro e no capuz de seu casaco, como de costume.

- Como é que é? - parou de andar também e a fitou. - Repete.

- Tenho a leve impressão que não devo repetir. - sorriu, encolhendo os ombros e voltaram a andar.

America e Peterson não mencionaram mais o ocorrido da noite passada, ela ficou com ele até se acalmar e sorriu quando o viu pela manhã. Lauren e Denovan se encontram algumas vezes horas mais cedo, mas, Peterson se considerava fraco demais para observar a garota e ficar no mesmo cômodo que ela por muito tempo. E aparentemente, Lauren pensava o mesmo que o irmão, assim, o ignorando. Para Peterson, a rejeição de Lauren não estava sendo tão ruim, uma hora ou outra ele teria que aprender a seguir em frente e isso significava que ele teria que ficar no meio do caminho observando-a partir.

- Não vai me obrigar a entrar nessa loja, não é mesmo? - questionou, fitando a loja de lingeries.

- Fala sério! - America revirou os olhos por trás dos óculos Marc Jacobs. - Lá dentro tem tudo que vocês homens gostam, mulheres e roupa íntima. - voltou a caminhar.

- E desde quando você sabe o que eu gosto? - cruzou os braços.

- Desde que você me mostrou. - sorriu maliciosa e convencida.

Ele odiava quando a garota estava certa, algo que ocorria bastante durante suas conversas.

Os dois também não conversaram sobre como seria daqui para a frente depois daquela noite no carro. Bom, não falaram nada além de piadas sugestivas um com o outro. E de certa forma, sentiam que não precisavam conversar, tudo acontecia de forma natural, assim como a ajuda de America na noite passada. Denovan simplesmente não conseguia apagar a cena da sua mente. Estava aos prantos, chorando nos braços de America por causa de sua irmã. Odiava lembrar, se sentia fraco e impotente, porém, não conseguia evitar. Pelo menos pensar em America o fazia esquecer de Lauren por alguns míseros momentos.

Após entrarem na loja, America se afastou procurando o que queria e Peterson sentiu alguns olhares sobre si. America tinha razão, as mulheres eram gostosas, tanto as clientes quanto as atendentes.

- Procurando algo, amor? - uma ruiva se aproximou, tentando o seduzir.

- Pra falar a verdade, não. - respondeu ignorando a mulher e procurando America.

O rosto da empregada do local se transformou pela irritação de ter sido rejeitada e a pobre coitada não viu outra alternativa, então voltou para seu trabalho. Denovan prendeu o riso. Não dispensaria a mulher, se fosse outra ocasião, já que estava... acompanhado e trabalhando, claro, o trabalho era muito importante.

O celular que Hurley o entregou depois que fugiu começou a tocar e não precisou olhar o visor para saber quem era, já que só existia um número em sua lista.

- Hurley. - esperou o advogado falar o que era tão importante para ele o ligar.

- Denovan, você tem que fugir, e rápido. - a voz do outro lado da linha estava falha, assim como a respiração. - Colton Bouvier assumiu seu caso, estive com ele poucos minutos atrás. Por céus! Só Deus sabe como ele é bom no que faz.

- Hurley, não vou fugir, não agora. - sussurrou para que ninguém da loja ouvisse. - O que ele queria com você?

- Ele já sabe, Peterson. Ele já sabe de tudo! - esbravejou. - Já desconfia que ajudei a tirar você do sanatório, mas consegui dobrar ele dizendo que na hora estava com uma garota e ela pode confirmar caso ele peça e vai pedir, droga!

- O que vamos fazer? - questionou, sentindo a adrenalina percorrer por todo o seu ser.

Não podia ser pego, não agora.

- O que vamos fazer? - riu sarcástico. - O que você vai fazer, meu querido, é fugir essa noite.

- Hurley, eu... - o advogado não o deixou terminar.

- Droga, Peterson, não posso correr mais riscos! Eu sei que ele tentou grampear meu telefone e ele mesmo disse para avisar a você que não trabalha sozinho, tem agentes espalhados e sinceramente, não me surpreende. - sua voz era mais firme.

Peterson queria acreditar que a situação não era tão séria e que Hurley estava apenas exagerando, mas ele não estava.

- Sabe quantos casos esse homem já trabalhou? - continuou tentando convencer Peterson.

- Não, quantos? - perguntou sem interesse.

- Quarenta e nove. Agora adivinhe em quantos ele não conseguiu pegar o suspeito? - não esperou Denovan responder. - Nenhum! - gritou do outro lado. - Entenda que Lauren vai ficar bem, ela está com uma boa família, você sabe disso, já os conheceu. - suspirou.

- Eu sei. - fechou os olhos e respirou fundo.

- Espere... - o advogado se acalmou. - Se não é Lauren seu motivo para ficar, quem é?

Ele acertou Denovan em cheio.

Observou America de longe, absorta em suas compras.

"Admita, admita que ela é seu motivo para ficar. Admita que quer ficar para ouvir a risada dela todos os segundos possíveis, admita que quer ficar nos braços dela quando estiver aos pedaços, admita que quer continuar experimentando o prazer que ela te dá, admita que quer ficar e proteger ela do perigo que a ronda, admita que não quer fugir por causa dela. Não! Droga, definitivamente não! Não é isso que você quer, não quer ela. Okay, Peterson, agora negue com mais convicção, quem sabe você não acabe acreditando." - pensou.

Não podia transformar a vida da garota em um inferno, não podia se aproximar demais, no fim, um dos dois se apaixonaria, querendo ou não, e as coisas não acabariam bem.

- Para onde devo ir? - disse simplesmente, derrotado.

Ele acabou com o que nem chegou a começar.

~*~

16 de janeiro, 16:50 PM, em um galpão em uma parte deserta de Nova Iorque.

- Christopher entrou em contato? - o chefe soltou a fumaça do cigarro, se deixando relaxar.

- Não, senhor. - o jovem loiro respondeu.

O mais velho xingou alto em russo, levantando-se da sua poltrona e batendo a mão na mesa de seu escritório improvisado com fúria. Sabia que não deveria fazer negócios com esse tipo de gente.

- Eu quero o meu quadro! - gritou. - Sebastian!

O rapaz moreno saiu das sombras do galpão, ficando ao lado do outro jovem.

- O que quer fazer, senhor? - ele perguntou.

- Procure a garota. - deu as costas para os dois, voltando a fumar. - A filha do meio.

- O que faço com ela? - permaneceu sério.

- Mate-a. - soltou a fumaça mais uma vez. - Acho que nosso amigo Christopher precisa de um aviso.

~*~

16 de janeiro, 17:20 PM, estacionamento do shopping.

America Foster não sabia explicar o que aconteceu, mas o clima amigável entre ela e Derek parecia ter sumido assim que saíram da loja de lingeries. Não lembrava nada que tivesse feito que acabou o incomodando, então, o que estava acontecendo? Ele simplesmente passou a ignorar tudo que a garota falava, e depois, disse que não correria perigo em um lugar repleto de pessoas, sendo assim, esperaria America no carro.

America Foster andava pelo estacionamento no meio de uma tempestade, completamente irritada. Derek corria até ela com todas as suas forças, como se sua vida dependesse daquilo.

Olhou para a esquerda após ouvir um barulho e só assim se deu conta do motivo do desespero de Derek. Tinha uma arma apontada para ela e o homem que a usava não fazia questão de esconder seu rosto. Foster não sabia quantos segundos encarou os olhos do homem que a mataria, mas pareceu uma eternidade.

Ele atirou e a única coisa que pôde sentir foi seu corpo caindo no chão.

~*~

16 de janeiro, 18:09 PM, em um casebre qualquer.

Colton Bouvier e Cameron aceitaram o convite do homem para sentar. Colton não estava em um dos seus melhores dias após não conseguir arrancar nada de Hurley, mas apostava sua reputação que naquele casebre encontraria respostas e provas concretas sobre o advogado de Denovan.

- Jackson, meu bom e velho amigo. - o francês sorriu. - Espero que possa me ajudar.

Jackson montava documentos falsos, qualquer tipo de documentos que fugitivos ou adolescentes precisavam. Para ter a vitória que tinha em todos os seus casos era preciso Colton se meter com pessoas desse tipo. Ele dava dinheiro e elas davam informação

- Depende de quanto você tem. - retrucou, alongando os braços no sofá azul marinho.

- Mais do que você pode gastar. - devolveu e limpou a garganta. - Conhece esse homem? - mostrou uma foto de Hurley.

- Talvez. - sorriu sugestivo.

O francês jogou na mesinha de centro entre eles notas altas o suficiente para ele responder.

- E agora, conhece ele? - questionou novamente.

- Sim, me pediu para fazer alguns documentos falsos. - respondeu, sem interesse.

- Documentos falsos para ele? - perguntou e fitou Cameron que sorria satisfeito.

O homem apontou para a mesinha de centro com o olhar e Colton jogou mais notas.

- Não. - passou a mão no queixo. - Para um amigo dele.

- E como era a aparência desse amigo?

Estavam quase lá. Mais um pouco e poderia provar que Hurley foi um cúmplice, já que o garoto que desligou a cerca do sanatório dizia não ter falado pessoalmente com quem ofereceu tanto dinheiro para soltar o assassino.

O homem permaneceu calado e Colton respirou fundo, jogando mais dinheiro na mesa.

- Pelas fotos que ele trouxe era forte, loirl, olhos azuis. - deu de ombros. - Por que tudo isso?

- Esse homem é o American Psycho, um serial killer muito perigoso e Hurley é um cúmplice, preciso que me informe o nome que esse tal cara está usando.

- Derek Harrington.

~*~

16 de janeiro, 19:00 PM, casa da família Foster.

Espanto era pouco para definir a reação da família Foster ao ver Peterson entrando com uma America desmaiada e encharcada nos braços.

Céus, ele estava em pânico. Enquanto esperava America no carro, se perguntava mentalmente qual era seu problema. Ignorar a garota não ajudaria em nada, pelo contrário, pioraria mais ainda a situação, pois sabia que isso tornaria mais difícil quando fosse embora pela noite. Não conseguia admitir para si mesmo que queria ter a garota, que a queria só para ele. Isso estava pairando na sua mente desde a manhã após a noite da transa. Ela estava possivelmente bêbada e ele estava sem sexo por muito tempo, ou seja, combinação perfeita para um belo desastre. Sabia que só não admitia para si mesmo por causa da segurança de America. Ela não estaria segura tendo um caso com ele justamente quando o tal de Colton o caçava feito um animal. Ela nunca estaria segura com um... Assassino.

E foi assim que tudo ao redor pareceu parar quando viu a arma sendo sacada para America. Saiu do carro e correu com todas as suas forças. Aquela garota não poderia morrer, muito menos por sua culpa, já que a deixou sozinha. Foi tempo o suficiente para se jogar sobre ela, fazendo-a cair no chão com força total e a bala raspar pelas costas de Denovan.

O homem soltou a arma e começou a correr, mas Peterson foi mais rápido. Jogou o desconhecido no chão, se abaixando em seguida e começando a socar ele, sem se importar com a dor nas costas pelo tiro de raspão.

O estacionamento não tinha câmeras, ponto para Denovan!

Não pensava em nada específico enquanto socava o homem, tudo o que sentia era raiva. Tinha raiva do homem por tentar matar America, e raiva de si mesmo por ter deixado a garota sozinha. E por causa do seu egoísmo ela quase morreu. Quase... E isso o fez acordar e colocar sua consciência no lugar. Largou o homem e viu suas mãos repletas de sangue. Ele estava morto.

O assassino nunca sairia de dentro de Denovan, isso era certo.

Fechou os olhos com força, tentando manter-se firme. Ele era um sádico, não tinha mais motivos para matar, talvez nunca teve, sua vingança era algo de seu psicológico que não o deixava em paz. Seu descontrole era o culpado. Ele era um louco, não era?

Não demorou muito para ver a grande lixeira no fim do estacionamento, e também não demorou muito para jogar o corpo lá e voltar para America caída no chão. Colocou-a nos braços e fez o máximo para chegar o mais rápido possível.

Agora, estava sentado na cama pensando se fugiria ou não. Um médico conhecido da família cuidou de seu ferimento e viu se America estava bem. Ela estava, e agora descansava no seu quarto. Ele queria vê-la, mas não seria certo caso decidisse fugir. Queria ficar por ela, e queria fugir por ela também. Nenhuma das duas opções parecia ter um bom fim.

A porta foi aberta, dando espaço para uma Lauren tímida entrar.

Ele suspirou e ela fitou as próprias mãos.

- Obrigada. - encarou o irmão. - Por salvar America

Ela estava tão diferente. Claro, afinal não tinha mais sete anos e sim treze, mas, no fundo, era a sua garota. Sempre seria.

- Por que não contou para todos quem eu realmente sou?

A pergunta também não deixava sua mente, estava curioso. Afinal, ela poderia acabar com ele.

- Apesar de te odiar, eu também te amo. - sorriu. - Ameria quer ver você.

Lauren saiu do quarto e Denovan saiu também alguns minutos depois de pensar se deveria mesmo ir até America. Agora tinha mais certeza do que nunca de que tudo isso não daria certo.

(Isso é tudo que eu preciso)

(Olhos fechados, você é tudo que eu vejo)

Subiu as escadas e empurrou brevemente a porta já aberta.

(Acho que é difícil de acreditar)

(Eu tenho o mundo inteiro deitado ao meu lado)

E mais uma vez ela estava lá, como um anjo enviado para bagunçar e arrumar sua vida. Deitada com os olhos quase fechando por causa de algum calmante, o cabelo bagunçado e os lábios rosados quase secos. Droga, era isso que ele queria, era ela.

(Então você me puxa para perto)

(E você me afasta)

- Queria me ver? - perguntou receoso.

- Obrigada por salvar minha vida. - forçou um sorriso e ele se aproximou, sentando na beira na cama.

(Você encontrou um tolo e mostra)

- Toda a família já agradeceu. - fitou o chão, não queria olhar para ela, não sabendo a sua escolha. - E peço perdão por ter colocado sua segurança em risco.

(Que isso é mais que um lugar)

- Eu sei. - suspirou. - Queria que ouvisse de mim. - fechou os olhos. - Ainda dói? - ignorou as desculpas e abriu os olhos, logo encarando as costas do homem.

- Um pouco. - admitiu.

(Porque onde quer que nós vamos)

- Sabe, eu acho que começamos da maneira errada. - riu, tentando permanecer acordada.

(Você sabe que eu estou aqui para ficar)

- Você já disse isso quando me deu um fora. - fixou seu olhar divertido ao dela.

(Não me derrube)

- Eu sei, mas quero começar de uma maneira diferente. - respondeu convicta após ele desviar o olhar para o chão novamente.

(Acho que é difícil de acreditar)

(Quando eu acordar você ainda vai estar ao meu lado)

Sorriu ouvindo as palavras da garota, então virou e disse:

- Prazer - estendeu a mão. -, meu nome é Derek Harrington.

(E tudo o que eu realmente precisava era uma chance de ficar)

Ela riu mais uma vez com a atitude dele e sentou-se na cama, mais desperta.

- Eu sou America Foster. - o cumprimentou.

Hurley iria esperar demais no aeroporto.

Ele ficaria.

Peterson Denovan ficaria.

Ele ficaria por America Foster.

(Você está sempre aqui, você está sempre ao meu lado) - Here To Stay, Paradise Fears

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