Nota: a autora que aqui escreve está chorando horrores, desculpa. Foco no gif desse capítulo e imaginem ele na cena final e chorem comigo. Boa leitura, não me matem, amo vocês.

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3 de Abril, 22:13 PM, mansão Murdock

Colton sentiu-se como se estivesse caindo, uma longa queda do abismo. Não poderia ser Akemi, ele confiava nela, contou a verdade para ela e ela o retribuia assim? Cameron só podia estar errado.

- Tem certeza?

- Sim. - suspirou. - Um dos nossos informantes me avisou.

Colton não conseguia olhar para Cameron, não conseguia olhar para um ponto físico, estava atordoado demais. Até que viu Akemi descendo as escadas.

Respirou fundo, pegando toda a sua fúria e indo até ela, sem se importar em empurrar algumas pessoas que dançavam pelo salão. Ele tinha algo mais importante para fazer do que observar aquelas pessoas dançando.

(É assim que eu mostro meu amor)

Akemi chegou ao salão e caminhou de volta para ele. Ela deveria ter notado pelas feições dele que algo estava errado, no entanto, não notou e continuou como se nada tivesse acontecido.

Peterson e America ficariam no corredor do primeiro andar por mais um tempo, para não levantar suspeitas saindo junto de Akemi.

Rewind começou a tocar e Akemi sorriu, aquela música a fazia lembrar de Colton sempre que ouvia.

- Vamos dançar. - disse colocando as mãos nos braços dele.

- Não, Akemi. - quebrou o contato entre eles, puxando as mãos dela com força. - Não vamos dançar, muito menos ter qualquer outra coisa.

(Eu criei isso na minha mente, porque)

Ele despejou as palavras com tanta raiva que por um momento ela se assustou.

- O que aconteceu com você? - perguntou.

- O que aconteceu comigo? - jogou a cabeça para trás e gargalhou. - Eu deveria perguntar isso para você! Eu confiei em você, contei toda a verdade e o que você faz? Grampeia meu telefone!

(Eu culpo o meu transtorno de déficit de atenção, querida)

- Eu posso explicar! - gesticulou desesperada.

- Então explica, Akemi! - esbravejou. - Explica que eu quero ouvir. Vai! - gritou a última parte.

Ela abriu a boca e fechou, repetiu isso diversas vezes.

- Foi o que imaginei. - concluiu. - Você iria me entregar, não iria?

Ela poderia ter pensado em alguma desculpa, poderia ter colocado ele do seu lado com uma mentira, entretanto, preferiu a verdade.

A verdade mais dura, algumas vezes, é o silêncio.

- Me desculpe. - disse por final.

(É assim que um anjo morre)

- De que lado você está, Akemi? - passou as mãos pelo cabelo.

Colton não tinha a mínima ideia do que fazer.

- Do lado da justiça.

(Eu ponho a culpa no meu próprio orgulho doentio)

O olhou uma última vez e saiu.

Colton encarou a mulher que ele realmente gostava ir embora. Olhou para o topo da escada e viu America e Peterson.

Eles são um casal tão feliz, pensou, seria uma pena se alguém acabasse com isso.

Deu as costas e se afastou antes que eles pudessem notar sua presença ali.

Pegou o celular no bolso e ligou para a pessoa mais interessada na vida de Peterson Denovan.

- Presidente, eu sei onde o American Psycho está.

(Culpe o meu transtorno de déficit de atenção, querida)

Algumas vezes, a cura para um coração partido é partir outro coração, no caso dois. Mas cuidado! Essa cura é provisória.

~♡~

America e Peterson desceram as escadas, animados com a ideia de finalmente irem para casa e aproveitar a noite juntos, afinal, eles mereciam.

Saíram da mansão Murdock e foram até o carro, onde Hurley e Lauren já esperavam, prontos para descansar após toda essa adrenalina.

- Por que Akemi saiu com tanta pressa da festa e foi para casa de táxi? - Lauren questionou assim que eles entraram no carro.

- Não sei. - respondeu Peterson. - Vai ver é parte do plano dela de fugir da festa sem ter que dar explicações para Colton.

Lauren considerou a informação e não perguntou mais nada. Hurley deu partida no carro, agradecendo por tudo ter dado certo.

(Navegue!)

Peterson colocou o braço nos ombros de America e puxou sua garota para mais perto, trocaram um sorriso, felizes por tudo ter acabado.

(Navegue!)

Tudo ficaria bem agora.

E eles não poderiam estar mais enganados.

~♡~

3 de Abril, 22:34 PM, casa da família Foster

Depois de deixar Hurley em casa, Peterson tomou o volante. Não demorou muito para que chegassem em casa. Antes de entrarem, um dos seguranças disse para America que seus pais já haviam chegado e estavam descansando, o mesmo para Kloé.

Quando entraram, Lauren disse que iria para o quarto pois estava cansada, mas na verdade ela iria conversar com Josh por ligação como em todas as noites anteriores.

Peterson virou para America e a garota sorriu provocativa.

(Navegue!)

Se ele pudesse, pararia o tempo nesse exato momento por séculos.

Colocou os braços ao redor dela e ela aproximou o rosto, o beijando. Peterson colocou as mãos nas coxas de America e subiu para o quadril, depois foi até o topo das costas dela, começando a abrir o zíper do vestido branco que ela usava.

(Navegue!)

America cortou o beijo, sussurrando algo sobre os pais e sugerindo que fossem para o quarto dele, interrompendo assim que ele tirasse seu vestido.

Ele a levantou e ela passou as pernas ao redor dele, voltaram a se beijar e caminhar para o quarto. No corredor, ele a prendeu na parede e a beijou com mais força.

- É como a primeira vez. - America lembrou.

- Sim. - sorriu.

Quando chegaram no quarto, America o jogou na cama e sentou no quadril dele. Peterson segurou America como se ela pudesse simplesmente evaporar e o deixar sozinho.

(Talvez eu devesse chorar por ajuda)

Queria tirar a roupa dela e amá-la como nunca amou.

- Vamos nos casar. - America quebrou o beijo.

- O que? - perguntou abismado. - Você está estragando tudo, eu deveria perguntar isso!

(Talvez eu devesse me matar)

Ela revirou os olhos rindo.

- Estou falando sério. - fitou os olhos dele. - Vamos nos casar agora!

- Não temos aliança. - lembrou.

(Culpe o meu transtorno de déficit de atenção, querida)

- Não sei você, mas eu não preciso de aliança para saber que sou sua.

Se ela se aproximasse mais um pouco dele, poderia sentir seu coração batendo tão forte que nenhuma metáfora seria útil em uma comparação. Ela veria o efeito que tem sobre ele.

- America Foster, você me aceita como seu legítimo esposo e blá blá blá? - riu segurando as mãos dela.

- Sim, eu aceito. - Não conteu o sorriso. - E você, Peterson Denovan, me aceita como sua legítima esposa?

(Talvez eu seja de uma espécie diferente)

- Não precisa nem perguntar duas vezes. - balançou a cabeça.

- Eu, America Foster, recebo-te por meu esposo, Peterson Denovan, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das nossas vidas. - falou tão verdadeiramente que tudo o que ele quis foi abraçá-la e não soltar mais.

(Talvez eu não esteja ouvindo)

- Eu, Peterson Denovan, recebo-te por minha esposa, America Foster, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das nossas vidas. - repetiu e podia ver as lágrimas nos olhos dela.

(Então culpe o meu transtorno de déficit de atenção)

- Pode beijar a noiva. - aproximou o rosto do dele.

Fecharam os olhos e se aproximaram, mas antes que seus lábios se tocassem:

- POLÍCIA DE NOVA IORQUE! - a porta foi arrombada e vários policiais armados entraram, apontando as armas para ele. A família Foster estava logo atrás deles, horrorizados com a cena, ele só não sabia dizer se estavam assim pelos policiais ou por America estar com ele. - Levante e coloque as mãos na cabeça! - o policial ordenou.

(Navegue!)

Ele podia ver America sem reação ao lado dele, podia jurar que o coração dela tinha parado.

Ela apenas obedeceu, era tudo o que podia fazer. Levantou e colocou as mãos na cabeça, esperando ser algemado. Ele olhava para o chão, não tinha coragem de ver os olhos marejados de America, que antes eram de alegria, agora cheios de tristeza. Quando o policial começou a se aproximar, America jogou seu corpo contra o dele em um abraço.

(Navegue!)

- Não! - ela chorou. - Por favor, não! - implorou.

Peterson a abraçou tão forte quanto pôde. Sentia sua camisa molhada pelas lágrimas dela e ele também chorava tanto quanto ela. Podia sentir o coração dela contra o seu. Essa foi a pior parte.

(Navegue!)

Um dos policiais puxou America para longe dele enquanto ela chorava e o outro colocou as algemas.

- Você tem o direito de permanecer calado. - Colton Bouvier entrou no quarto seriamente. - Tudo o que dirá pode e será usado contra você no tribunal.

(Navegue!)

Ele foi arrastado para fora, mas antes deu uma boa olhada no francês. Se os olhos de Peterson soltasse raios, Colton estava morto.

(Navegue!)

Passou pela família Foster sem olhar para eles, continuou ouvindo os gritos desesperados de America e quis chorar mais e mais.

(Navegue!)

Chegando na sala, Lauren era segurada por um policial, ela também chorava e gritava tentando se soltar.

(Navegue!)

Virou o olhar para a porta e saiu da mansão Foster da mesma maneira que entrou: com a cabeça erguida, com uma paixão no peito e com a consciência limpa.

(Navegue comigo pro escuro)

(Navegue!) - Sail, AWOLNATION

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Nota: E esse foi o último capítulo! Foi um prazer fazer essa caminhada com vocês, o próximo é o epílogo e... TO BRINCANDO! Não acabou, não. Ainda tem mais vindo por aí.

Vocês podem brigar comigo pelo Twitter @halseynajou

Beijos!