Willians

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Depois de todo aquele horror, as coisas pareciam ter acalmado. Ainda frente a janela, Dominik uma forte chuva, que embatia contra o vidro. Viu-se um relâmpago iluminar o céu, e o trovão dois segundos depois. Estava perto.

- Kennedy. - o loiro humedeceu os lábios. - O teu nome é Kennedy certo?

- Sim. Kennedy Monrrow.

Dominik teve a sensação de já ter ouvido o nome dela em qualquer lugar anteriormente.

- Precisas de dormir.

Kennedy olhou para ele. Estava serio e com um olhar sério na janela. Ela envolveu os seus braços na cintura dele como dizendo "Não".

- A sério, vai dormir. Deves estar cansada.

Na verdade ela estava completamente esgotada. Com todos aqueles acontecimentos, e especialmente por a dor que tinha perna a dar-lhe pequenas tonturas. Ela acenou e Dominik pegou-a ao colo e deitou-a devagar na cama. A visibilidade era péssima e a temperatura descera cerca de 10 graus. Dom tapou-a com a mesma manta que antes e depois deitou-se junto dela. Ele decidiu ficar alguns centímetros afastado mas Kennedy rapidamente o puxou para perto dela. Numa posição meio deitado, meio sentado, Dominik tinha no seu peito a cabeça de Kennedy. Conseguia sentir o cheiro do seu cabelo. Parecia um perfume com flores exóticas e que ele não conseguia diferenciar. Kennedy olhou para ele e dois sorriram levemente. Dom começou a mexer-lhe no cabelo, o que a fez arrepiar. Ela sentiu uma sensação de segurança e conforto que a muito não sentia. O seu toque era suave e lento. Ela fechou os olhos e suspirou, e depois adormeceu. Mas quando estava num sonho calmo e tranquilo, o passado invadiu-a.

Jefferson e Sarah Willians saíram da casa milionária e elegante de nada mais e nada menos que do Sr. Presidente. Atrás do casal, um pequeno garotinho de quatro anos os seguia, a cantar e aos pulos. Kennedy Monrrow desviou por uns segundos os olhos deles e olhou para a pasta castanha que estava no banco do copiloto. Abriu a mesma e comprovou se as três fotos que la estavam correspondiam às pessoas que estavam no passeio da frente.

As fotografias eram de alguns meses atras, ou talvez de um ano, mas não havia muita diferença. As três fotos eram da família. No informe de Jefferson dizia a sua altura, cor do cabelo, cor dos olhos, e a idade - 33 anos.

No informe de Sarah a mesma coisa, com diferença dos 29 anos.

Jefferson tinha um terno preto, uma camisa branca, uma gravata preta e os sapatos muito bem engraxados. Abriu o PORSCHE preto e branco de cinco portas com a chave automática e o carro fez uma espécie de bip-bip. Sarah, que levava um elegante vestido preto simples. Parecia uma mulher de negócios, assim como o seu marido.

A mulher abriu a porta esquerda traseira do carro e chamou o filho, que entrou junto com um boneco de peluche castanho claro. Ela demorou um pouco menos de um minuto a apertar a cadeira de segurança do filho e depois entrou à frente e sentou-se ao lado do condutor. Kennedy pensou o fácil que seria colocar uma bomba no carro, mas isso daria muito nas vistas, especialmente em frente da casa do Presidente, e para além disso não era esse o plano. Assim que o PORSCHE arrancou Kennedy contou mentalmente quinze segundos e depois arrancou o BMW preto.

Ela seguiu-os com cautela, revendo mentalmente o plano uma e outra vez. Depois de curvas e curvas, entraram num dos bairros mais caros de Manhattan. Deixou o PORSCHE seguir o seu caminho e parou duas casas mais a baixo. Em breve o sol se esconderia e seria esse a hora do ataque. Kennedy olhou em volta, parecia que não havia ninguém por ali. Todas as casas era gigantes, caras e elegantes. A casa dos Willians, apesar de ela não ter muitas vistas de onde estava sabia que era uma das melhores daquele bairro. Ela também tinha uma fotografia com os planos da casa na pasta castanha. Suspirou duas vezes e levou as mãos ao cabelo. Olhou atentamente a família a sair do carro e a entrar na casa. Pegou no telemóvel que estava junto da pasta. Esperou, o homem atendeu ao segundo toque.

- Chefe?...Sim eles já entraram... esta tudo a correr conforme o planeado... Entendido.

Deligou e voltou a por o telemóvel no banco. Ela olhou para o sol, não tardaria muito em escurecer. Entretanto pôs a radio, onde passava uma musica de country antiga.

Quando escureceu, Kennedy sentiu um friozinho percorrer-lhe as costas. Olhou em volta e comprovou que não havia ninguém. Ela virou-se para trás e pegou na arma que estava no chão. Abriu a porta e meteu-a no cos das calças, na parte de trás. Ajustou o polo para que não se notasse nenhum vulto e dirigiu-se à casa. Enquanto andava tirou o elástico do pulso direito e apertou o cabelo num rabo de cabalo. Ela usava agora o cabelo preto. Não era muito difícil mudar de identidade, fazia falta apenas um bom tinte para o cabelo e óculos de sol. Perto da casa, Kennedy olhou em volta, não havia ninguém.

Um letreiro dourado dizia: 129 - Mansão dos Willians.

Pôs o pé direito na vedação e saltou para dentro sem grande dificuldade. Cheirava-lhe a relva molhada e acabada de cortar. Via-se alguma iluminação em diferentes zonas da casa. Tentou manter-se na zona mais escura para não ser vista. Andou até ver a porta da garagem do lado de trás da casa e depois foi a correr até ela. Tirou um pequeno papel branco do interior do polo e colocou-o na fechadura. Depois tirou do bolso uma pequena caixa preta com um par de fios de diferentes cores e meteu o papel la dentro. Esperou cinco segundos até a luzinha verde se iluminar e tirou de lá uma cópia da chave acabada de fazer.

Ela própria se perguntava como a tecnologia americana estava tão avançada, ao ponto de ser tão complexa e eficiente. Escondeu a caixa no meio de uma planta que estava junto dela e abriu a porta, mas apenas o necessário para ela poder entrar. Tentou manter a respiração calma e rezou por que não saltasse nenhuma alarma. Entrou e não se preocupou por fechar a porta pois cada segundo era importante. A garagem não estava muito iluminada mas via-se o suficiente. No meio estava o PORSCHE preto e branco e do lado direito podiam-se ver algumas bicicletas e caixas de ferramentas. Viu a porta em frente do carro, uma porta de metal moderna e dirigiu-se até ela, mas parou assim que ouviu passos.

Ela calculou que a distância entre ela e aporta era um metro e quarenta, o que lhe dava exatamente trinta e dois segundos até a pessoa entrar. Deitou-se no chão e arrastou-se até debaixo do carro. "Ainda tenho quinze segundos". Levantou as mãos e prendeu-as a uns fios do motor. Procurou buracos ou alguma coisa onde pudesse por os pés.

"Sete segundos".

O seu pé entrou numa espécie de espaço entre o motor e o depósito de gasolina. Nos últimos três segundos ela suspirou e pediu a Deus que não demorasse muito a sair da garagem. A porta abriu-se e o Senhor Jefferson entrou, de feto de treino das ADIDAS.

Ela contava mentalmente o tempo: Vinte e nove minutos e dois segundos.

Aquilo parecia não ter fim. Ela já sentia os braços doridos. O SR. Willians acabou de mexer na bicicleta e pousou o pequeno martelo no chão. Pegou numa toalha branca e limpou algumas gotas de suor que lhe corriam pelo pescoço. Começou a assobiar e no momento em que Kennedy viu as sapatilhas NIKE do homem a dirigiu-se a porta, ele parou.

"Jurava que tinha fechado a porta" disse ele. Kennedy fechou os olhos e rangeu os dentes. Respirou fundo duas vezes, ela não se permitia entrar em pânico. O pai de família murmurou qualquer coisa como "deve ser um problema do sistema qualquer" e foi-se embora. Ela esperou cinco segundos e deixou-se cair no chão. Agitou os braços doridos e massageou-os. Humedeceu os lábios. Era suposto a missão já estar acabada. Kennedy fechou os olhos e concluiu que o melhor a fazer era atuar só depois de eles irem dormir. Não estava nos planos mas "Nem sempre os planos correm como planeamos, querida Kenny". Ela abanou a cabeça afastando as lembranças.

Cerca de duas horas depois as luzes estavam apagadas e ela calculou que estavam a dormir. Ela sentia o cansaço acumulado nas suas costas. Saiu debaixo do carro e foi até a porta. Abriu-a lentamente e esperou para ver se ouvia algum barulho. Nada. A porta dava acesso diretamente a cozinha. Olhou para o relógio de prata que tinha no pulso. Passava da meia-noite. Visualizou na sua mente o plano da casa. Se agora estava na cozinha, o salão ficava à direita e o corredor à esquerda. Andou e foi pelo corredor, com um tapete vermelho elegante e com fotos de família nas paredes.

Agora o quarto da criança ficava à direita, na segunda porta à direita estava o quarto de convidados. Olhou para a esquerda. Na primeira porta estava o quarto dos senhores Willians, e no segundo o escritório de Jefferson. Dirigiu-se à segunda porta com o cuidado de não tocar em nada. Rodou a maçaneta mas esta não cedeu. Estava fechada. Aquilo não estava nos planos. Mentalizou de novo o plano da casa. Havia outra entrada para o escritório pelo quarto dos senhores Willians. Foi até ele e espreitou lá para dentro. Viu os dois vultos na cama com a respiração calma. Kennedy podia sentir uma pequena gota de suor a descer por o seu rosto, limpo-a com as costas da mão. Deu um primeiro passo e ela encolheu-se assim que a madeira rangeu debaixo do seu pé. Engoliu em seco e ordenou ao seu corpo que se acalmasse. Começou de novo a andar evitando algumas peças de roupa que estavam espalhadas pelo chão. Olhou para a parede. Havia duas portas. Uma delas devia ser a casa de banho privada e outra o escritório. Aquilo não estava nos planos, por isso ela achou desnecessário ver aquelas duas portas. A porta da direita ou da esquerda?

Ela sentia-se como se estivesse num filme de terror, e que quando abrisse a porta um grande tigre saltaria para cima dela. Mordeu o lábio.

Direita.

Pós a mão à volta da maçaneta, agora só faltava rezar para que tivesse escolhido bem. Abriu a porta e espreitou lá para dentro. Apesar da grande escuridão não viu nenhuma sanita nem banheira. Em vez disso podia ver-se uma secretária com papeis por todos os lados. Entrou e suspirou. Fechou a porta atrás dela e foi então que se amaldiçoou por ter deixado a lanterna no carro. Tirou o pequeno telemóvel da bolsa do polo e iluminou o caminho. Não dava muita luz mas já era alguma coisa. Olhou em volta e perguntou-se onde estaria o portátil. Viu-o junto de uns papéis numa cadeira. Foi até lá, iluminando o caminho com o NOKIA moderno. Ela pegou no objeto cinzento com uma maça mordida no meio e colocou-o na mesa, desviando uma cadeira vermelha giratória. Esperou um pouco para ver se ouvia algum barulho. Como não ouviu nada, abriu o computador e rapidamente o ecrã de alta qualidade se iluminou à sua frente. Procurou a pasta que dizia Casa Branca enquanto tirava a PENDRIVE preta do bolso das calças de ganga pretas e enfiou-o no respetivo lugar. Encontrou a pasta e abriu-a. Continha centenas de fotografias, arquivos e documentos. Copiou a pasta para a sua PENDRIVE que emitiu uma luzinha azul sinalizando que estava a ser utilizada. Viu à sua frente um quadradinho azul que indicava como ia a transferência.

30%

Abriu outras pastas, procurou mais documentos ou fotos que também pudessem pertencer à outra pasta. Nada.

A transferência estava agora em 76%. Fosse o que fosse que aquela pasta continha ia custar-lhe a vida aos senhores Willians. "Transferência completada" anunciou o computador. Foi ao sistema central do computador e procurou a basa de dados. Carregou nas teclas durante uns segundos, fazendo o computador apagar todos os dado que tinha. Em breve ninguém teria provas de nada.

Tudo seria apagado, porque era assim que o mundo vivia. Tinha de ser assim.

Tirou o PENDRIVE e guardou-o novamente no mesmo sítio.

O computador anunciou que o sistema estava limpo e pronto para ser utilizado. Tinha sido completamente reformatado. Tirou um pequeno frasquinho do bolso de trás das calças e despejou o spay no portátil. Aquilo iria limpar as suas impressões digitais. Saiu do escritório e voltou ao quarto do casal. Dormiam tao calmamente. Tentou não pensar muito. Ela não gostava de pensar nestas coisas, em como ficarão as suas famílias, abatidas e tristes. Ao fim e ao cabo, todos tínhamos sentimentos. Abanou a cabeça, ela não se ia permitir pensar nisso. Tirou o objeto do cós das calças, amarrou-se e tirou outro objeto do interior do polo com uma forma cilíndrica. Um silenciador, ela não queria acordar os vizinhos. Colocou-o na boca da arma de 9mm e rodou-a até ficar bem apertada. Apontou a arma aos dois vultos. Não se conseguia ver quem era quem mas ela questionou-se sobre quem deveria morrer primeiro. Jefferson? Ou Sarah? Fechou os olhos. As mãos começavam-lhe a tremer. Ela podia ser um monstro, uma assassina cruel mas... era humana.

"Desculpa, Deus. Sei que vou ir ao Inferno na mesma mas eu preciso fazer isto, é o meu dever. Jonny, avozinho espero que estejas aí em cima com os anjos como tu." Ela apertou a arma com mais força. "E pai, espero que estejas a arder no Inferno e que estejas a sofrer tanto como me fizeste sofrer a mim."

Ela apertou o gatilho, e logo a seguir de novo. Agora os senhores Willians estavam mortos. Os documentos estavam na sua PENDRIVE.

Missão cumprida.

Kennedy passou a mão pelo cabelo, desmontou a arma e voltou a esconde-la no cós das calças. Virou-se pronta para sair, mas o seu coração parou por algumas milésimas de segundos. O pequeno menino estava à entrada do quarto junto da porta. Os olhos verdes brilhavam e a sua cara estava molhada devido às lágrimas. O corpo imóvel dele, paralisado pelo horror. Ele deixou cair o ursinho de pelúcia no chão. Vestia um pijama azul com dinossauros e com letras grandes mas numa caligrafia elegante a tinta preta estava "Tommy".



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O que acharam babies???

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w all love, k.

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