Aula 3 - Culinária e aprender a amar.

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Derek sabia que ele deveria ter apresentado maior resistência em aceitar a oferta proposta por professor Stiles Stilinski. E por que isso? Não queria aparentar que estivesse contente por estar ao lado daquele que, de certa forma, se tornara o alvo de sua atenção nos últimos meses.

Sim, não podia negar que Derek se sentia de certa forma atraído pelo excêntrico docente. E isso seria culpa dele? Era impossível não notar Stiles com suas roupas Geeks, o seu tagarelar e sua estranha habilidade de se tornar o centro das atenções onde estivesse.

Derek ainda se recordava da Festa de Halloween a qual foi (obrigado) a participar. Como responsável por Isaac, ele deveria ajudar o seu sobrinho com a fantasia. Em teoria, ele também deveria se fantasiar, mas Derek Hale não iria se submeter a tal humilhação. Bem, era o que tinha planejado, mas não foi o que realmente aconteceu.

Isaac tinha optado por se fantasiar de algum personagem de desenho animado, (karuto, taruto, Derek realmente não se recordava muito bem). Ao chegar à escola, Derek percebeu que não era só os pais e as crianças que estavam influenciados pelo o espírito dos "doces e travessuras" típico daquela época do ano. O corpo docente da escola primária também aderiu a festa. E isso significava que Stiles...

Esqueceu a sua fantasia, tiozão? Derek se lembrou daquela pergunta, mas o que realmente ficou gravado em sua memória foi a imagem de Stiles Stilinski usando uma fantasia de chapeuzinho vermelho. Com direito a vestido (muito curto, alias), capuz vermelho, longas meias brancas e uma cesta cheia de guloseimas.

Derek não conseguiu emitir nenhuma palavra. Na verdade, ficara totalmente paralisado.

Eu tenho uma fantasia ideal para você! Viu? Agora combinamos...Tio, ops, ou devo dizer Lobão.

Uma máscara de lobo foi colocada na sua cara. Ocultado o rubor que dominava totalmente o seu rosto. Contudo, não escondeu a ereção que se formara em suas calças.

Essa experiência só comprovou o perigoso efeito que Stiles detinha sobre ele. Também indicava que deveria ter exibido maior resistência e, que pelo menos, ter relutado mais em seguir o animado professor para fora do supermercado. Ou ainda, ter feito algo para desconectar suas mãos. Sim, ainda estavam de mãos dadas!

– ... Então, como eu disse antes, temos que pegar o Príncipe Patolino.

– Como é?

– Derek, acho que você deve ter mesmo algum problema de audição.

– Príncipe Patolino está aqui? – Desta vez quem perguntou foi Isaac, com um semblante ansioso.

Derek já iria começar mais outro questionamento, mas foi interrompido por um assobiar de Stiles. Infelizmente para fazer isso o professor teve que desvencilhar a sua mão da grande mão do Hale.

Aliás, Derek deveria notar algumas coisas. Stiles carregava uma sacola em um dos ombros (onde colorara as suas compras) e no outro ombro tinha uma cesta estranhamente vazia. O Hale concluiu que aquilo deveria ser mais outra "esquisitice" de Stiles e que devia apenas aceitar...

– Ele está vindo. O Príncipe adoro papear com seus novos amigos, entende? Ele se acha o centro das atenções... Totalmente egocêntrico. E eu não podia levá-lo para dentro do supermercado, sabe? Tem uma placa logo na entrada: Proibido a entrada de cachorros e gatos. Sei que nada falaram sobre aves, mas eu imaginei que não seria adequado entrar no local com um pato... E o ambiente podia traumatizá-lo! Afinal, na seção de carne congelada, tem "primos" deles em oferta! Já imaginou o escândalo que o Príncipe faria? – Explicou Stilinski fazendo um gesto para o lago que era localizado ao lado do supermercado, onde vários patos e até mesmo cisnes, nadavam.

"Ele não pode estar falando sério..." Ponderou Derek, observando cético a cena. Entretanto, o ceticismo do Hale foi logo aniquilado com o som estridente de um quack.

Sim, um pato se aproximou com seu andar desengonçado. Atravessou o estacionamento do supermercado, saindo do mato que margeava o lago, e veio na direção de Stiles. Ao chegar ao lado do professor, emitiu um quack que podia ser muito bem interpretado como uma saudação.

– V-você tem mesmo um pato de estimação?

– Ohh! Que legal! Posso tocá-lo?

Derek e Isaac falaram ao mesmo tempo, fazendo Stiles sorrir de forma satisfeita.

– Estimação é uma palavra muito pomposa para se referir a posição do Príncipe na minha vida...

Quack!

O príncipe emitiu a sua opinião, além de estufar o peito e bater suas asas.

– Bem, por isso perguntei se você tinha algo contra a ter um Pato como companhia. Ele é bem comportado (quando quer). – Falou essa última sentença com rispidez para o pato que parecia ignorar tal observação.

– Eu... – Derek não sabia o que dizer, Stiles mais uma vez o surpreendia.

– Nós não importamos, não é mesmo Tio? – Isaac encarou o Hale mais velho com um olhar esperançoso.

Derek tinha que admitir que podia ver a mudança de comportamento de seu sobrinho. Com a morte dos seus pais, Isaac tinha se tornado recluso, pouco falava e muito menos expressava de outra forma suas vontades. Mesmo quando Derek cometia algum erro, o menino sequer se mostrava contrariado. Raramente chorava. Não fazia birra. Isso não podia ser normal...Contudo, com a presença de Stiles, Isaac se tornou um pouco mais "solto", ao ponto de acordar cedo ansioso para ir para escola e até mesmo conseguiu fazer alguns amigos.

– Eu não vejo nenhum problema em ter um pato como companhia, afinal, se já sei lidar com um Stiles, todo o resto deve ser moleza. – Revelou, fazendo Isaac soltar um gritinho de entusiasmo. Contudo, o interessante foi notar o rubor que se alastrou no rosto do professor.

– Isso foi uma piada? Derek Hale é capaz de fazer uma piada?

– Eu sou capaz de fazer muitas coisas. – Droga, estava flertando? Derek tentou se conter novamente, disfarçando a fala com um pigarro.

– Muitas coisas? Sei...Sendo que cozinhar não é uma delas. – Provocou Stiles.

– Bem, para isso terei um professor, não é mesmo?

Stiles deu um sorriso que abalou o coração do Hale mais velho, que novamente tentou disfarçar com mais um pigarro.

– Tio, você está dodói? Você está tossindo...

– Não, só é o frio...

– Seu rosto tá meio vermelho. – Notou, preocupado, Isaac.

– Como disse, o frio! Melhor irmos para casa...Stiles, você...

– Terá que me dar uma carona, Tiozão. – Stiles já tinha colocado o pato na cesta e o observava com expectativa.

– Venha. – Disse Derek com um sorriso, fazendo que o rubor no professor adquirisse tons mais profundos de vermelho.

~***~

Stiles não queria parecer muito atirado, ainda mais quando os braços a qual desejava se atirar eram os tentadores braços de Derek Hale. Havia certos fatores que deveria levar em consideração, como o fato de Derek ser o tio de seu aluno, ademais de que eles eram apenas conhecidos, não compartilhando uma ligação profunda a não ser a ligação estritamente profissional existente entre um professor e responsável pelo discente. Era só isso! Deveria ser só isso! 

– Venha. – O Hale falou aquilo com um sorriso que abalou os alicerces do "autocontrole" de Stiles. Fato que é que esses alicerces não eram lá muito seguros ou mesmo firmes. Em todo caso, Stiles quase saltou sobre o Derek, interpretado o venha em uma conotação mais sexual do que o simples aceite da carona sugerida por Stilinski minutos antes.

Stiles até deu alguns passos para frente, mas o quack do seu pato o fez recordar que ainda estavam no estacionamento do supermercado e não em alguma fantasia erótica.

– Sim. – Pigarreou – Vamos.

– Até o Stiles está tossindo...Vocês dois estão doentes! – Concluiu Isaac, ficando ainda mais preocupado.

– É o frio.

Para a surpresa de Stiles, sua fala foi sobreposta com a fala de Derek. Ambos tinham falado a mesma sentença.

Notando essa inconsciente sintonia fez com que os adultos compartilhassem uma sonora risada. Isaac os observou confuso e ainda apreensivo com a provável doença que os dois deveriam estar partilhando.

~***~

O apartamento se localizava em um bairro de classe alta e média alta, muito diferente bairro onde Stiles residia. Contudo, apesar da evidente finesa da região, havia um excesso de ostentação como se os enfeites de Natal e as luzes pisca-pisca fossem empregadas como uma forma de comprovação do status monetário do ocupante da residência. Era uma verdadeira batalha de luzes mais reluzentes e enfeites mais extravagante... Stiles estava começando a se sentir enjoado. Infelizmente não sentia nenhum pingo da caridade natalina emanando daqueles papais noeis dourados, renas de cristal, tão pouco dos presépios de natal com um Jesuses brancos e de olhos azuis, deitado em confortáveis manjedouras.

Derek estacionou a frente de um exuberante edifício.

– Então, seu chique edifício permite a entrada de patos, não é?

– Acho que o estatuto do condomínio nada se refere a criaturas plumosos como seres proibidos.

– E quanto pessoas que ganham um salário-mínimo ou menos?

Derek lançou um olhar para Stiles que claramente indicava que não estava a fim de discutir a questão...Ou que era bem possível que existisse uma cláusula no estatuto sobre o protocolo a ser seguido em relação a presença de Ralé no perímetro.

– Vamos. – Instruiu Derek a qual Stiles prontamente o seguiu.

~***~

Em contraste aos outros apartamentos e casas da região, o apartamento de Derek faltava o claro "espírito natalino capitalista" da estação. Não havia nenhum enfeite, na verdade, era tudo tão minimalista que Stiles chegou a pensar que Derek devia ter se mudado recentemente e tinha esquecido de desempacotar alguns moveis...

Tudo era no padrão preto e branco, tendo mais um ar formal de escritório do que um ar relaxante de um lar. O que salvava o austero ambiente era a presença de brinquedos, desenhos coloridos e roupas, aqui e acolá...Indicativo da presença de Isaac que quebrava o padrão sem-graça do apartamento.

– A cozinha é por aqui. – Indicou Derek, enquanto guiava Stiles para mais um ambiente frio e sem nenhuma personalidade do apartamento.

Derek parecia nervoso, olhava para os cantos, recolhendo peças de roupas (a maioria de Isaac) e tentando ocultar os vestígios de embalagens de comidas delivery e congeladas que recheavam a lata de lixo e as bancadas.

– Então... – Stiles concluiu que Derek precisava mesmo de ajuda, talvez indo pouco além do aprender cozinhar. Era evidente que o Hale mais velho detinha uma vida regrada (e sem graça, Stiles devia enfatizar) e que Isaac foi uma adição que abalou as estruturas do seu cotidiano. Ainda havia o fato disso tudo ocorrer devido um evento traumático envolvendo a morte da irmã mais velha de Derek...

– Então... – Repetiu Derek.

– Cadê o seu avental, senhor Hale? Meus alunos devem estar devidamente "protegidos" se querem aprender alguma coisa. Podemos nos lambuzar muito com... O ato de cozinhar. – Ele não quis dizer lambuzar! Stiles sentia que sua boca de alguma forma estava adquirindo consciência própria. E essa consciência claramente estava no cio.

– Sim. – Respondeu Derek depois de um certo delay (atraso).

– Também posso participar da aula? – Inqueriu Isaac, levantando a mão para pedir direito de fala, assim como fazia na escola.

– Bem, essa aula é meio exclusiva de adultos e... Alguém precisa tomar conta do Príncipe Patolino. – Falou isso deixando a sua cesta no chão e liberando o alvoroçado pato.

– Será que você seria capaz de tomar conta dele?

Isaac, com olhinhos brilhantes, assentiu com convicção.

– Ele não bica, não é? – Perguntou Derek, já usando um avental de cor preta e oferecendo outro de igual coloração para Stiles.

– Ele é da realeza... Não se comporta de forma tão rude com crianças. Agora, ele pode ter a tendência de deixar presentinhos (ou seja, fezes) aqui e acolá. Ele pensa que tal ato é um sinal de filantropia ou algo do tipo...Como oferecendo algo que veio dele fosse uma grande honra ou uma obra de caridade. Já tentei treiná-lo contra esses hábitos, fazer cocô só na caixinha de areia (como os gatos fazem!), mas você sabe como é a nobreza, não é? Quando um plebeu fala, eles nem ligam!

Derek assentiu, fingindo concordar com aquela linha de raciocínio. Pelo menos pode observar que o pato não parecia agressivo. Deixou que Isaac o acariciasse e até mesmo não ofereceu resistência quando o menino o carregou com o intuito de fazer um tour pelo apartamento.

– Bem... Então... – Agora estavam sozinhos, o Hale ficou subitamente mais tímido. Stiles o achou muito fofo. Teve que se controlar para não apertar as bochechas do homem mais velho e dizer cuti-cuti...

– Vamos, Tiozão... – Sorriu Stilinski – Hora de sua primeira lição de como fazer uma torta salgada de legumes! Cadê seu caderno para anotar os ingredientes?

– Você não disse que...

– Vamos, vamos, estudante! Vá buscar o caderno. Nada de enrolar em minha aula!

Derek rosnou, sim definitivamente ele emitiu um resmungo que muito se assemelhava a um rosnado. Mais isso não diminuiu a sua fofura, pelo menos era essa a opinião de Stiles.

~***~

Derek ficou surpreso como a "aula" de desenvolveu de forma tão natural. Stiles realmente tinha o dom da didática. Em pouco tempo, ele conseguiu colocar a torta no forno sem causar um grande desastre (como normalmente acontecia quando tentava cozinhar). Tinha que concordar que a receita não parecia muito difícil e, como Stiles enfatizou, o recheio poderia variar de forma quase que infinita. Sem dúvida, poderia usar dessa receita para produzir algumas refeições para Isaac. Algo que não fosse pré-pronto ou oriundo de algum restaurante fast food..

– Viu? Não foi tão difícil!

– De fato, não foi.

– Ei, não pareça tão surpreso! Até parece que você não confiava nas minhas habilidades... – Stiles fez um fofo biquinho.

– É para eu ser honesto ou mentir de forma educada?

– Outra piada? Nossa, Hale...Você já pensou em fazer um stand-up comedy?

Hale rolou os olhos com aquela resposta, mas não pode conter um sorriso que se formou em seus lábios.

– Stiles, eu tenho que agradecer...

– Não precisa, tiozão...Como disse, eu queria me desculpar por antes e...

– Não. – Derek tomou a iniciativa e colocou a sua mão sobre a mão do professor. O gesto poderia até ser romântico se não fosse pelo fato dele ainda estar usando luvas de forno, afinal minutos antes estava colocando a torta no forno.

– O que quero dizer... – Ele continuou falando – é que você ajudou muito... Principalmente em relação ao Isaac. Sei que tivemos um primeiro encontro ruim o que pode ter culminado em um certo grau de antipatia, mas não posso fechar os olhos quanto ao seu trabalho. Isaac começou a sorrir mais e até a falar mais...

Nisso seus olhos se voltaram para a sala, onde podia observar Isaac exibindo seus desenhos para o paciente pato de nome Príncipe Patolino.

– Quando eu o acolhi...Isaac nem falava, parecia mais um boneco do que uma criança. Ele não chorou no funeral de seus pais. Apesar de a noite ser sempre acometido de pesadelos, nesses momentos ele chora de tal forma que...Me parte o coração. Me senti, não, eu ainda me sinto um inútil em relação a ser o seu guardião. Como posso substituir o amor dos pais dele? Eu...Um cara sem vida social e que vive exclusivamente para o trabalho...Como eu... Como eu posso ajudar o meu sobrinho...Ele é minha única família e estou falhando...

– Ei. – Derek sentiu a mão de Stiles tocando o rosto. Stilinski estava afagando a sua bochecha, só depois notou que ele na verdade estava amparando as lágrimas que vertiam dos olhos do Hale.

– Desculpe.

– Não precisa se desculpar. E outra coisa, você não deve pensar que está substituindo os pais de Isaac. Isso é impossível...Cada ser humano é único a sua maneira, de modo que não podemos simplesmente trocar um por outro. Você deve amar Isaac como você já o ama, como um tio que ama o seu adorável sobrinho.

– Mas isso é o suficiente? – Sussurrou, não queria expor as suas inseguranças, mas a barreira que tinha construído para conter suas emoções estava ruindo. Isso tudo devido a presença de Stiles? Sem dúvida, o jovem professor era perigoso...

– Sim, é. – Garantiu Stiles – Não desprecie o seu amor. Tenho que certeza que como você ama Isaac, ele também o ama da mesma maneira.

– Eu...Não tenho tanta certeza disso...

– Tio? Você está bem? – Isaac havia entrado na cozinha, acompanhando pelo pato, e observou a cena com assombro.

– Eu sabia...Você estava dodói! – Acusou o menino, já retirando o casaco que usava para entregar ao tio – Vista isso e fique quentinho! Eu vou...Eu vou...Professor Stiles, me ensina a fazer chá? Sei que chá ajuda quando a pessoa está doente...Eu li em um livro uma vez!

Derek não estava esperando aquela atitude por parte do seu sobrinho. Ele realmente estava preocupado com ele? Um tio que o esqueceu (mais de uma vez) na porta da escola, que o alimenta com comida nada saudáveis, que não sabe nem dobrar as roupas da criança, que já confundiu sal com açúcar quando temperou os sucrilhos preferidos de Isaac... Como ele...

– Não chora, tio... – Isaac deu tapinhas carinhosos na perna do choroso Derek – Eu cuido de você.

Derek não conseguiu se conter e abraçou a criança. Talvez não tivesse falhado tanto quanto pensava. Talvez, Stiles estivesse certo... O amor compartilhado entre eles seria o suficiente para amenizar as cicatrizes da perda que ambos compartilhavam.

~***~

– Você gostou da torta? – Derek perguntou, com clara insegurança, para o sobrinho.

Depois de compartilharem um momento de pura emoção e mais outros tantos minutos tentando convencer a Isaac que Derek não estava dodói de verdade, eles finalmente tinham conseguindo apreciar o resultado a primeira aula culinária de Derek Hale.

– Está ótima. – Atestou o menino com a boca ainda cheia – Foi você mesmo que fez?

– Sim, foi o seu tio que fez. – Interveio Stiles antes que o Hale mais velho negasse o fato. Sim, a torta teve mais dedo de Stiles do que Derek em sua produção, mas isso podia ser omitido – Ele foi um ótimo aluno, consigo ver um futuro glorioso como um chef!

– Como o filme Ratatouille? – Inqueriu o menino.

– Exatamente como o filme. Não consegue ver que o seu tio daria um fofo ratinho chef?

Isaac riu, Derek os encarou confuso.

– Do que vocês estão falando? Rato? Ratatouille? O que uma coisa tem relação com a outra?

Stiles o fitou com descrença.

– Já sei que devo te dar outras aulas importantes em relação a desenhos animados...

– Outras aulas? Pretendo me dar mais aulas?

Stiles tentou não corar, mas sabia que estava falhando em controlar a fisiologia do seu corpo. Tinha total certeza que naquele momento devia estar vermelho tal como o mais maduro tomate.

– Se você quiser... – Falou timidamente, cutucando o seu pedaço de torta.

– Eu... – Derek parecia acometido da mesma timidez do professor – Acho que tenho muitas deficiências em termo de conhecimento em diversas áreas. Devido a esses meus lapsos, acho que é seria interessante ter um professor para me auxiliar nesse processo de aprendizagem...Para que assim eu seja um melhor Tio para o Isaac.

– Meu santo batman e todos os robins! – Exclamou Stiles, assustando Derek e Isaac (e fazendo seu pato emitir um sonoro quack) – Como alguém consegue ser tão sexy e fofo ao mesmo tempo? E falando assim todo formal...Eu...Eu...Você está me fazendo me apaixonar ainda mais! Eu nunca me senti assim por outra pessoa...Digo, não que tenha tido muitos namorados antes para se ter algo para comparação. Não encare isso como um pedido informal de namoro...Não.... Mas eu tivesse te pedindo em namoro o que diria? Digo, não! Esqueça tudo o que eu disse! Deve ser o efeito do...do...Brócolis na torta de legumes...Brócolis costumam dar alucinação quando comido em grande quantidade! Sabia?

Derek piscou várias vezes, tentando processar a súbita revelação feita por Stiles. Já Stilinski, por sua vez, sentiu mortificado. Sim, sua boca e mente tinham se rebelado! Acabou por falar coisas que não deviam sequer sair das fronteiras da imaginação. Sim, tinha uma queda, crush, paixonite ou qualquer outro termo a ser usado para expressar o quanto Stiles estava apaixonado por Derek Hale. Sendo que isso não devia passar de um reles sentimento platônico e nunca...Nunca deveria ter sido declaro em alto e bom tom, assim, do nada!

Tinha estragado tudo. Era por causa dessas loucuras que não tinha namorados.

Pegou um grande pedaço de torta salgada e enfiou na boca. Queria mesmo que os brócolis conferissem algum tipo de alucinação ou mesmo algum poder mágico para que escapasse de tão embaraçosa situação.

– Sim.

Derek falou e Stiles, com muita relutância, levantou o olhar para fitar um sorridente Hale.

– Eu diria sim.

– Hã? Sim ao o que?

– Stiles, você tem algum problema de audição, afinal...Fica perguntando algo que acabei de dizer momentos atrás. – Provocou o Hale, o que fez Stiles franzir o cenho, ainda mais confuso.

– Sim. – Repetiu Stiles ainda sem entender.

– Você fez uma pergunta.

– Se reparou, eu fiz várias perguntas. Sou tagarela a esse ponto...Faço tantas perguntas que eu mesmo esqueço a qual pergunta, especificamente, você se refere...

– Uma delas referia a um pedido de namor...

– Ah! – Exclamou Stiles – Oh...Você não quer dizer que...

– Acredito que deva ter alguma vantagem ser instruído por meu namorado.

– Isso não é uma piada, não é?

– Stiles, eu não sou tão bom comediante como você crê que eu seja... Estou falando sério.

Stiles soltou uma exclamação. E não foi só isso que fez...Agora que não tinha muitas restrições em ser "atirado", Stiles de fato se atirou sobre Derek Hale. Sim, ele saltou sobre a mesa em que estava sentados (Derek estava sentado a sua frente) e o beijou. Foi um beijo, meio atrapalhado, pois havia pratos caídos, um pedaço de torta salgada grudou em nas calças jeans de Stiles, sem falar do fato que não estavam em uma posição fisicamente desconfortável...Mas ambos não ligaram muito para isso. Continuavam se beijando como se a vida deles dependessem disso.

Isaac observava tudo aquilo com um misto de curiosidade e diversão. Nunca uma refeição foi tão animada quanto aquela. Por baixo da mesa, ele dava pedaços da torta para o pato que observava a cena consternado, emitindo quacks reprovativos.

Era como se dissesse...

Se controlem humanos plebeus, não na frente da criança!

~~Palavras da autora~~ 

Fim? Ainda estou pensando em fazer mais um pequeno capítulo do dia do natal em si, para fechar com chave de ouro.

Espero que tenham gostado da história.

Stiles e Derek são bem fofos de seus jeito.

E o Pato é um dos melhores personagens que já criei! 


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