Aventura de Ação: FAIX

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O ambiente estava imerso em uma penumbra quase total, iluminado apenas por um abajur de luz azulada, que emitia um brilho fraco e vacilante. A magia era a fonte de energia desse dispositivo, mas, naquela parte menos favorecida da cidade, o fornecimento de mana era escasso, obrigando seus habitantes a recorrerem a métodos mais primitivos como velas e o recém-introduzido uso da eletricidade. Esta, apesar de sua novidade, não gozava de popularidade, visto que a magia atendia à maioria das necessidades cotidianas.

"Próximo!" exclamou o homem, coçando sua barba grisalha com desdém, enquanto examinava a folha que segurava. Ele estava no processo de entrevistar candidatos para uma equipe de trabalho nada convencional, uma tarefa que, segundo ele, justificava o uso do ambiente sombrio, que, por sua vez, dificultava sua visão.

"Próximo!" repetiu, agora com uma nota de irritação em sua voz, impaciente com a demora. Ansiava por deixar aquele lugar, onde o cheiro de mofo e maré enchia o ar. Estava prestes a chamar pelo próximo candidato pela terceira vez quando a porta se abriu, mergulhando o recinto em escuridão total.

O abajur se apagou subitamente, para a surpresa e espanto do homem. "O que? Um apagão de mana?" murmurou, confuso.

"Peço desculpas, isso tende a acontecer quando estou por perto," disse uma voz, jovem e ligeiramente irritada, no escuro.

"Espere um momento... Eu tenho algo aqui," o homem murmurou, tateando em busca de uma lanterna mágica. Ao pronunciar uma palavra específica, esperava que a lanterna emitisse uma luz fraca, suficiente para iluminar o rosto do recém-chegado, mas sem sucesso.

"Isso não vai funcionar comigo por perto," a voz informou, claramente irritada.

"Incrível... Acabei de comprar isso!" o homem exclamou, nervoso.

"Use isto," a voz sugeriu, e uma chama surgiu flutuante, revelando finalmente aquele que falara. Era um jovem de pele morena, com cabelos escuros e olhos vibrantes de íris púrpura, semelhantes à cor da própria mana, segurando um isqueiro comum.

"Você tem velas?" o jovem perguntou impacientemente. O homem assentiu, ainda fascinado pela aparência do rapaz. Olhos púrpura eram raros, muitas vezes associados à magia. Mas era incomum um mago ou feiticeiro procurar emprego ali; tais indivíduos geralmente ocupavam posições de prestígio na sociedade.

A dúvida pairava na mente do homem enquanto entregava as velas ao jovem, que as acendeu com destreza e habilidade, revelando uma familiaridade íntima com a chama que dançava ao comando de seus dedos. "Você não faz uso da eletricidade?" A pergunta do rapaz soou mais como um desafio do que uma simples curiosidade, carregada de um ceticismo palpável.

O homem de barba grisalha, tirado de suas reflexões pela inquirição direta, respondeu de forma defensiva, atitude essa que brotava de um misto de surpresa e desagrado. "Eu... Bem, a estrutura desta casa deve possuir fiação elétrica, suponho. No entanto, eu não deposito minha confiança nessas tecnologias. Você sabia que a eletricidade pode ser a causa de incêndios? Ao contrário, a magia nos oferece um caminho mais seguro, mais... controlado."

Com um toque irônico, o jovem apontou para o abajur agora inerte, sua voz tingida de sarcasmo. "Ah, sim, 'segura'. Eu posso ver claramente," disse, enquanto seu dedo indicador brincava com a sombra do objeto apagado. "Não é como se a magia não tivesse sido a fonte de inúmeras pestes em nosso mundo, sem falar nas guerras e outros 'pequenos' inconvenientes."

O homem pigarreou, confrontado com a crítica não apenas à magia, mas indiretamente à sua própria postura. Ele teve que admitir, ao menos para si mesmo, a validade dos argumentos do rapaz. A magia, apesar de ter impulsionado a humanidade a novos patamares de desenvolvimento, também veio atrelada a um preço alto. Doenças mágicas se espalhavam como fogo selvagem, fomentadas pela contaminação e vazamentos de energia arcana, enquanto o uso bélico da magia inflamava conflitos com um potencial destrutivo sem precedentes.

Buscando retomar o controle da situação e direcionar a conversa para o propósito original de sua reunião, o homem limpou a garganta mais uma vez, sua voz assumindo um tom mais formal. "Bem, então... Acho que é hora de darmos início à entrevista, não é mesmo?" Com uma hesitação visível, ele se aventurou a perguntar sobre as informações básicas do jovem à sua frente. "Que tal começarmos com seu nome? Sua idade? E... ahm, seu gênero?" Seus olhos, agora cheios de uma curiosidade cautelosa, buscavam no rosto do jovem pistas que pudessem desvendar mais sobre a enigmática figura que talvez se tornasse parte de sua equipe.

"Isso é mesmo importante?" inquiriu o outro, uma expressão de desgosto distorcendo sua bela face.

"Bem, claro que é. Não tenho interesse em contratar alguém menor de idade," respondeu o homem, já demonstrando sinais de irritação.

"Tenho 20 anos, sou do gênero masculino e me chamo..." houve uma pausa, uma hesitação perceptível na voz do rapaz antes de prosseguir, "Me chamo Faix."

"Sem sobrenome?" O homem levantou uma das suas fartas sobrancelhas, surpreso.

"Creio que meu sobrenome não será de grande relevância para as tarefas que você tem em mente," Faix retrucou com um leve desdém.

"Se for contratado!" enfatizou o homem, colocando ênfase na condicional.

"Serei contratado," afirmou Faix, com um sorriso confiante e um quê de galante, instigando uma ponta de desconfiança no homem.

"Suponho que você seja humano..." a entrevista prosseguiu em um tom mais investigativo.

"Sim, embora haja quem diga que carrego sangue de demônio nas veias..." a voz de Faix ganhou um timbre mais sombrio, porém intrigante.

"Como é?" o homem perguntou, seu nervosismo palpável, apenas para ser recebido por uma risada relaxada de Faix.

"É uma brincadeira. Sou humano, embora possamos dizer que sou um tanto quanto 'internacional'. Parte da minha família é das ilhas ao sul, nos trópicos, os chamados latinos. A outra parte... vem das terras gélidas do norte," explicou Faix, sem oferecer muitos detalhes sobre sua árvore genealógica, mantendo um véu de mistério sobre sua origem.

"Suas características físicas e atributos..." o homem começou, preparando-se para anotar em seu caderno à luz de uma vela.

"Preciso mesmo descrever? Você pode ver por si mesmo, não?" Faix respondeu, um tom levemente provocativo em sua voz.

"Ah, meus olhos já não são mais o que eram na minha juventude. Que tal facilitar para este velho e me dar uma mão?" o homem retrucou com um misto de sarcasmo e sinceridade em sua voz.

"Parece que devo auxiliar os mais velhos e suas visões enfraquecidas," Faix respondeu com um piscar divertido, arrancando um resmungo do homem à sua frente.

Levantando-se, Faix revelou sua estatura e vestimentas com clareza. Vestia-se com elegância, em calças de linho de um tom escuro e um colete sobre uma camisa social azul-marinho, complementado por uma gravata verde-esmeralda e um sobretudo cinza. Sua aparência não era a de um simples plebeu, o que fez o homem ponderar novamente se Faix não pertenceria, afinal, à estirpe dos magos e feiticeiros, embora se abstivesse de comentar.

"Tenho um metro e setenta e cinco de altura, e peso cerca de sessenta quilos. Quanto aos atributos, bem, considero-me bastante amigável e atraente..."

"Convencido, talvez?" interrompeu o homem, um esboço de sorriso aparecendo em seus lábios.

"Ah, você me faz corar!" Faix riu, regressando ao seu assento.

"Quanto à sua educação e carreira?" perguntou o homem, virando a página de seu caderno e umedecendo a ponta da caneta com a língua.

"Se está perguntando se sei ler, escrever e fazer contas... Isso eu domino. Ninguém mencionou que deveria trazer diplomas ou certificados," disse Faix, um toque de pouco-caso em sua voz.

"Dependendo do nível educacional do candidato, podemos designá-lo para tarefas, vamos dizer, mais especializadas," esclareceu o homem.

"Creio que minhas habilidades vão, de fato, me encaminhar para algo especializado," Faix respondeu, ostentando um sorriso enigmático.

O homem franziu a testa e coçou o queixo peludo, ponderando sobre as palavras do rapaz.

"Considerando sua idade, presumo que não tenha uma carreira estabelecida? Profissão? Graduação? Aprendizado em algum ofício?"

Faix deu de ombros. "Tendo em vista o que sou, talvez me impeça de ter muitas opções de futuro. Quando era criança, sonhava em ser malabarista e fugir com o circo, acredita? Mas isso dificilmente seria um plano de carreira viável. Eles não me aceitariam, embora eu assegure ter a destreza e o equilíbrio necessários!" Ele falava com um ar tão sério que o homem ficou na dúvida se aquilo era uma brincadeira ou uma confissão genuína.

A cada momento, o homem percebia mais traços da personalidade única e das peculiaridades de Faix. O jovem era, no mínimo, excêntrico, carregando um passado que o vinculava à elite mágica daquele mundo, embora parecesse ter aversão a tal magia. Pelas roupas e maneirismos, Faix também parecia ter vivido uma vida confortável, possivelmente até sendo considerado mimado e arrogante. O homem ponderava terminar a entrevista ali mesmo, relutante em desperdiçar tempo com jovens nobres em busca de aventuras nos subúrbios. Contudo, as insinuações sutis de Faix e seu jeito intrigante faziam o homem hesitar... Havia algo de especial naquele garoto.

"Nas atividades que poderão ser solicitadas ao se juntar ao nosso grupo, certos requisitos são necessários. Por exemplo, você sabe lutar? Manejar armas? Está familiarizado com a morte?" indagou o homem, avaliando as competências de Faix.

"Respondendo a última pergunta: sim, já tentaram me assassinar várias vezes, se é o que quer saber. Portanto, estou, de certa forma, acostumado com esse tipo de situação," respondeu Faix, soltando um suspiro que transparecia um misto de tédio e resignação.

O homem o observou com uma desconfiança crescente. "Tentaram te matar? Espero que não esteja sendo procurado pela polícia ou algo do gênero..."

"E eu que pensava que este lugar..." Faix fez um gesto vago com a mão, abrangendo o quarto ao redor, "era o refúgio para os foras da lei em busca de um sustento."

O tom de Faix era jocoso, mas o homem sentiu a necessidade de esclarecer. "Nossa organização valoriza a discrição acima de tudo... Isso significa que nossos membros não devem atrair atenção indesejada, comprometendo assim a eficácia de nosso trabalho," explicou, seu tom denotando uma nervosismo latente.

Apoiando o cotovelo na mesa e o rosto na mão, Faix acenou com entendimento. "Compreendo, compreendo," ele concordou, antes de adicionar, "Mas não é a polícia que está no meu encalço, e não cometi nenhum crime, exceto talvez ter nascido."

"O que quer dizer com isso?" O homem sentiu-se obrigado a perguntar, as constantes insinuações começavam a exauri-lo.

"Por que não experimenta usar a arma escondida em seu casaco? Aquela no compartimento secreto do lado esquerdo," disse Faix, sem alterar sua postura relaxada, enquanto o homem sentia seu coração acelerar com a observação. Sim, ele escondia uma arma encantada, uma precaução para situações em que a entrevista pudesse tomar um rumo que exigisse medidas mais assertivas. No entanto, era algo que deveria permanecer imperceptível para qualquer um. Como Faix poderia saber de sua existência?

"Como v-você... C..." o homem gaguejou, olhando para o jovem à sua frente com uma nova percepção, não mais de curiosidade ou irritação, mas de cautela.

"Isso deve esclarecer as outras perguntas que você fez, sobre se sei lutar ou manejar armas..." Faix continuou, agora levantando-se de sua cadeira.

"Ei, fique onde está!" o homem ordenou ao ver Faix avançar em sua direção, caminhando pelo recinto escassamente iluminado por velas. Se gritasse, seus companheiros, que guardavam a porta de entrada daquela casa, viriam em seu socorro, mas Faix estava tão perto que talvez não chegassem a tempo. Talvez tivesse baixado a guarda por causa do comportamento peculiar daquele garoto, mas seus anos naquele ambiente não o permitiam ficar lento ou indefeso diante de uma ameaça.

"Vamos, pegue sua arma!" Faix instigou, dando mais um passo em sua direção.

Ele relutava em fazê-lo. Aquela arma era reservada para situações extremas, mas lá estava ele, diante de um jovem que poderia ser um feiticeiro capaz de desintegrá-lo com um simples gesto.

O homem enfiou a mão no compartimento oculto e retirou uma adaga, que emitia um brilho fraco e púrpura, reminiscente de uma chama. A adaga, adornada com joias e com uma lâmina da cor da noite sem estrelas, era um presente de seu chefe, uma peça encantada projetada para liberar um veneno letal ao tocar na pele de um inimigo.

"Eu realmente não quero ter que usar isso..." ele disse, empunhando a lâmina e apontando-a para o jovem, que parecia não se impressionar com a arma.

"Use!" Faix desafiou, aproximando-se do homem, que, nervoso e em pânico, atacou o rapaz com a adaga. Ele sentiu a lâmina perfurar o braço de Faix, que tropeçou para trás com a lâmina ainda cravada no membro.

"Oh! Céus..." o homem exclamou. Raramente usara aquela lâmina, mas nas ocasiões em que o fizera, teve de testemunhar a agonia da vítima, vendo seu corpo escurecer como carvão em chamas e depois apodrecer diante de seus olhos. Era por isso que hesitava em usá-la. Por que Faix o havia forçado a tal ato?

O homem observou, aguardando o desfecho que acreditava ser inevitável, mas, ao contrário do esperado, Faix apenas cambaleou até a cadeira onde antes se sentava, retirou a adaga de seu braço e a cravou sobre a mesa. Nenhum sinal de dor ou agonia se manifestou. Contrariando toda lógica, Faix parecia relativamente bem, salvo pelo ferimento no braço que ele agora segurava.

"Impossível..." murmurou o homem, com os olhos arregalados de surpresa.

"Pois é, interessante, não é?" Faix manteve o tom jocoso, apesar da gravidade do momento.

"Você deveria estar morto!" O homem voltou seu olhar para a adaga e notou uma transformação peculiar. A lâmina, antes envolta em uma chama púrpura, agora exibia a coloração metálica comum de uma faca qualquer; a aura mágica havia desaparecido.

"Está quebrada?" perguntou ele, incrédulo.

"Que coincidência, não? Primeiro o abajur, depois sua lanterna, e agora a adaga... Você realmente não tem sorte," Faix comentou com sarcasmo.

"Não foram coincidências..." O homem encarou Faix com uma nova compreensão. "Você fez isso... Você mesmo disse que essas coisas tendem a acontecer ao seu redor!"

"Bom observar que você lembra. Estou quase te contratando por isso," Faix brincou, retirando a adaga da mesa e girando-a entre seus dedos com habilidade.

O homem ignorou a provocação e sentou-se do lado oposto da mesa, mantendo os olhos fixos no jovem à sua frente.

"Você é um Nulo," ele finalmente concluiu.

"Demorou para juntar os pontos, né?" Faix sorriu, seus olhos de cor de mana brilhando suavemente na penumbra do ambiente. A revelação deixou o homem perplexo.

Nulos são indivíduos raros e incomuns neste mundo, desprovidos da capacidade de usar magia. Até aí, poderiam ser considerados apenas mais um de muitos, já que poucos possuem o dom de manipular a energia arcana, o que elevou esses poucos a uma elite dominante. No entanto, os Nulos vão além de sua incapacidade; eles neutralizam a magia. Nenhum feitiço, encantamento ou maldição tem efeito sobre eles. Objetos magicamente imbuídos perdem seus poderes em sua presença, e maldições desvanecem aos seus pés. Sua existência é vista como uma aberração, temida e muitas vezes perseguida pela classe mágica. Caçados e até mesmo submetidos a experimentos, os Nulos são envoltos em mistério e controvérsia.

Mas ali estava um, diante do homem, vivo, sorridente e aparentemente indiferente ao medo e à perseguição que sua espécie enfrenta.

"Eu nunca... Quero dizer..." o homem hesitou, sem saber exatamente como reagir. Observou as anotações que havia feito durante a entrevista, percebendo quão irrelevantes pareciam diante da singularidade da situação. Certamente, ele não esperava entrevistar um ser tão raro quanto um Nulo.

De forma súbita, Faix lançou a adaga, que cortou o ar e se cravou na parede atrás do entrevistador. Distante do Nulo, o objeto começou a recuperar suas características originais; a chama púrpura voltou a envolvê-la, e uma luz cintilante se somou à iluminação proporcionada pelas velas no ambiente.

"Vejo que causo certo efeito nas pessoas. Surpresa, às vezes medo, e alguns até me pedem um autógrafo. Em qual dessas categorias você se encaixa? Espero que seja a dos autógrafos, porque pratiquei bastante para aperfeiçoar minha assinatura..." Faix comentou, já retirando uma caneta do bolso de seu colete. O homem notou que o braço, antes lesionado, parecia estar intacto; a camisa rasgada revelava pele morena sem sinais de corte ou perfuração.

"Ah, não é que eu seja imune a cortes, balas ou coisas assim..." Faix esclareceu, percebendo o olhar do homem em seu braço anteriormente ferido. "É só que eu me curo rapidamente... Uma vantagem, considerando que não posso recorrer a uma poção ou buscar auxílio de um druida."

"Eu..." o homem tentou retomar o controle da situação, lembrando-se de que ainda estavam em uma entrevista. "Por que você veio até aqui?"

"Bem, vamos dizer que estou buscando expandir meus horizontes. E, de certa forma, tentando me afastar de um relacionamento tóxico com minha família. Eles estão, digamos, um tanto quanto empenhados em me eliminar, literalmente, considerando que são magos renomados. Ter um Nulo na família não ajuda muito na reputação, sabe? O marketing definitivamente não é favorável."

O homem assentiu lentamente e fez mais algumas anotações em seu caderno.

"E então? Vai me contratar?" Faix perguntou, agora com um vislumbre de preocupação em sua expressão.

O homem emitiu um pigarro enfático e folheou suas anotações cuidadosamente. "Como mencionei anteriormente, nossa organização prefere evitar atrair atenção. Empregar um Nulo pode parecer contraproducente aos nossos objetivos..."

A expressão de Faix escureceu, adquirindo um ar tristonho. Por um momento, ele se assemelhou a uma criança contrariada. No entanto, o homem ainda tinha mais a dizer. "Contudo, é amplamente reconhecido que os Nulos possuem a habilidade de se manterem ocultos. Afinal, as histórias infantis frequentemente os retratam nas sombras, aguardando o momento perfeito para confrontar a princesa bruxa ou derrotar o príncipe feiticeiro..."

"Essas são representações terrivelmente imprecisas dos Nulos na mídia," Faix interrompeu, franzindo os lábios em desaprovação.

"Creio que meus superiores ficarão entusiasmados em contar com um Nulo em nossa equipe," o homem concluiu, um sorriso brotando em seus lábios ao testemunhar o semblante de Faix se iluminar novamente.

De fato, essa seria a primeira vez que contratariam um mercenário que demonstrava tamanha euforia ao mergulhar nos subterrâneos do mundo do crime.

"E quanto ao autógrafo..." o homem sugeriu, indicando seu caderno. Faix prontamente pegou a caneta e elaborou uma assinatura tão rebuscada e teatral que deixou o homem impressionado. Sem dúvida, Faix se provaria uma adição valiosa à equipe.


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