Poderia engavetar e
Trancar a chave
E a segredo
O sonho
Da noite passada
Poderia fingir
Esquecimento
Mas, não poderia
Esconder esse,
Esse amor
Por trás
Não poderia
Tudo me pareceu
Tão, tão real
Que surpreedi-me
Ao perceber
Creio que minha
Imaginação venha
Pregando-me peças

Amor, amor
Esse
Amor esse
Que luzindo
Enradia diferente
Em tantas cores
E, também
Em placidez
Um tantinho
Nebulosa
Só que
Plácida
Sim, está é a
Palavra

Plácido amor
De silêncio
Não constrangedor
De brisa calma
Até
De solidão gostosa
É melodia
Mas é silenciosa
Não esperaria
Ter agradado
Meu exigente
Coração
Antes

Porém,
Poderia tê-lo
Temido
Mas não
Ele tem me
Surpreendido
Mas, medo?
Não, não
Fostes dos bons,
Bons sustos

Ainda assim,
Me alegro
Me contento
Me acalmo
E amorneço
O frio inóspito
De minh'alma

Só não posso
Nem poderia
Talvez, não
Poderei
Esconder,
Esquecer,
Quardar
Esse amor

Tenho mantido
Com gratidão
E uma estranha,
A esperança
E também
Com uns risos
E sorrisos
Amor e
Felicidade
Que a muitos
Bagunçam
Já a mim,
Vêm confundindo,
Simultaneamente,
Arrumando
A desordem
Quem diria?!

Por isso,
E por, muito, muito,
Muito mais
Eu não
Posso engavetá-lo
Apenas amá-lo
Em silêncio

Só, não vou
Por hoje
Pelos próximos
Meses
Adentrar
Esses conflitos
Emocionais
Quase que não
São meus
Que vou?
Por que vou
Lidar?
Não, não
Vou!

Março de 2024