Dayo ainda não podia sentir.

Não sentia o vento que bagunçava o seu cabelo, não sentia as mãos frias como gelo, não sentia o sol tocar em seu rosto.

Como viera parar em uma floresta?

Não se lembrava dos detalhes da transição, não se lembrava de muita coisa do lugar onde estava (e isso não era ruim, ele não queria lembrar o terror que passara), não se lembrava do rosto que tinha antes de voltar, não importava, ele poderia escolher qualquer um agora. Eles o haviam ensinado a mudar sua aparência para uma que fosse agradável de olhar, diferente da outra.

As únicas coisas que estavam claras para Dayo era que ele tinha de completar o ritual, ele tinha que achar o coração puro, que salvaria a sua alma.

Mesmo confuso, Dayo sabia do que tinha de fugir, ele podia sentir o frio na espinha com a aproximação dos seus perseguidores, mas enquanto ele ainda fosse translucido e invisível para todos, ele estaria bem.

Mas quando encontrasse o coração, quando começasse com a ligação, eles sentiriam o seu cheiro, eles sentiriam a vida roubada sendo devolvida a Dayo, eles sentiriam a sua volta ao mundo dos vivos e seria nessa hora que eles tentariam leva-lo de volta.  

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Notas finais

Bem, capítulo curtinho, mas com muitos mistérios.

Aproveitem a leitura!