Ojos castaños

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Boa leitura 💚🍃

POV - Sina

Não sabia muito bem o que se passava ao meu redor, tudo parecia um pouco esquisito e estranho. Não sei explicar. A garota nova era legal, simpática, falava com todos. Me encantei pela maneira dela se expressar, mexia sempre as mãos como se fosse uma forma de explicar algo com elas. Encantadora.

Me sentei para ouvir o que Peter tinha para falar esta manhã, não prestando muito atenção em quase nada. Meus pensamentos se perdiam em uma realidade paralela. Comecei em uma manhã turbulenta e continuava da mesma forma.

Olhei para a morena ao meu lado que encarava o diretor na maior atenção possível. Seus olhos mal piscavam, as mãos no colo impaciente. Sabina usava várias pulseiras nos pulsos, a maioria era presente meu. A cada viagem que fazíamos com o grupo eu buscava comprar algo que lembrasse nós duas. Não tirava por nada, era um fato que me fazia sorrir ao lembrar.

- Ok, hoje quero ficar com os casais da peça de um lado e os da coreografia com a Camila. Sabina, Noah, Shivani e Bayler venham comigo - Revirei os olhos acordando para a realidade.

- Não faça essa carinha, já conversamos - Nos levantamos observando os grupos se separarem.

- Não gosto do Noah, isso não vai mudar. Aí dele se aproveitar de você - Sabina correu para me abraçar, deixando um beijinho no meu pescoço.

- Não vai, confia em mim ? - Segurei sua cintura, concordando - Então não vai acontecer nada.

- Tudo bem. Tenho que ensinar a novata os passos - Selei sua boca.

- Estou de olho em você senhorita. Carne nova, bonitinha, hum - Gargalhei a puxando pela cintura.

- Uma certa latina com a qual eu comecei a me envolver é muito ciumenta, tenho amor a minha vida.

- Ah sim claro - Sorri contra a sua boca iniciando um beijo.

- Vamos Saby não teste a paciência do Peter hoje, ele tá bem estressado - Noah estava praticamente colado em nós duas - Você poderia me beijar assim na peça né.

Bufei, era só o que me faltava. Sabina selou meus lábios pela última vez e se pôs a caminhar com o garoto. Observei os dois, em algum momento ele passou o braço por cima dos seus ombros a fazendo logo se afastar, distanciando.

Essa é minha garota

- Oi, Sina não é - A pequena Heyoon se aproximava lentamente.

- Oi sim, sou eu - Sorri simpática tentando evitar focar no sorriso lindo que ela tinha na boca.

- Desculpa, estava esperando vocês se separarem para vim falar contigo - Meu rosto esquentou. Precisava parar de agarrar Sabina pelo meio do palco na frente de todo mundo - Oh não fique com vergonha.

Deveria estar parecendo um pimentão na frente dela. Não entendia por quê meu corpo reagia dessa forma sempre quando estávamos próximas.

- Me desculpe, Sabina e eu...

- Você não deve explicações. Quero falar a respeito dos passos, me falaram que você é a melhor daqui - Outra vez meu rosto esquentou.

Sina você se tornou uma virgem e não percebeu.

- Oh sou uma das melhores, é verdade, confesso - Viro o rosto envergonhada colocando as mãos para trás.

- Podemos começar, o pessoal está fazendo a coreografia completa no outro lado mas não consigo acompanhar - Olhei para a mulher novamente sorrindo em compreensão.

Seguimos para um espaço livre onde não teria muita gente e coloquei uma música qualquer no meu celular. Se eu tivesse que ensinar tudo, tinha que começar do básico. Acredito que ela tenha jeito, não será complicado.

- Ok me mostra o que você sabe - Pedi, procurando ver como seu corpo movia conforme o ritmo. A música ecoava pelo ambiente.

Ela vestia um conjunto de calça e blusinha curta que combinava perfeitamente com sua pele. O cabelo liso brilhava com o seu caminhar onde fez questão de prender no alto da sua cabeça.

Não esperava que ela fosse ruim, pelo contrário ela parecia ter jeito para dançar. Mas a partir do momento em que ela começou a seguir o ritmo da música, minha boca abriu em surpresa.

Heyoon se movia com facilidade, quebrando o quadril, jogadas de cabelo e olhares certeiros. Ela fazia caras e bocas expressando o ritmo no qual dançava. Cruzei meus braços observando calada ela dançar.

Em um certo momento foi para o chão e fez movimentos circulares com a cintura esticando os braços para cima em uma sensualidade incrível. Percebi pela minha visão periférica que todos começaram a olhar, admirando a mulher.

Pensei em como eu poderia ajudar, não teria trabalho pelo o que estou vendo, ela sabia pegar passos complicados. Pedi para que Krystian se juntasse a ela e formasse uma dança em dupla, outra vez me surpreende.

Seus olhos desta vez focaram nos meus e pude sentir um certo arrepio na espinha tamanha intensidade. Ela sorriu ao ver minha reação, não entendia por que estava parecendo uma virgem na frente dela.

Suas mãos tocaram no ombro do rapaz e fez questão de virar de costas para mim e rebolar. Descendo pelo corpo de Krystian com uma facilidade incrível. Peguei pensando em certos movimentos como ela poderia ser na cama.

Mas que droga Sina.

Balancei a cabeça em negação para espantar os pensamentos impuros e prestei atenção na mulher. Com mais alguns movimentos ela finaliza abrindo as pernas no palco fazendo todos aplaudirem, inclusive eu.

- Nossa estou surpresa, você foi muito bem - Me aproximei ajudando a levantar - Peter exagerou quando disse que você precisava de ajuda.

- Danço bem, o complicado é aprender. Demoro bastante para aprender algo novo. Preciso ficar tentando várias vezes - Concordei.

- Pois podemos tentar o básico hoje, conforme você vai pegando coloco alguns novos, tudo bem ? - Ela respirava fundo buscando ar.

Peguei minha garrafa de água e ofereci, observando ela beber quase tudo. Aproveitei para reparar mais no seu físico, ela calçava um par de tênis branco com saltos que a deixava um pouco mais alta, seus olhos eram puxados, o nariz pequeno, a boca vermelha bem desenhada e um corpo divino comparado ao seu tamanho.

- Sina ? - Sai dos meus pensamentos me assustando - Podemos continuar?

Concordei recebendo a garrafa vazia. Percebi que o pessoal se juntou a nós, assim como Camila. Pensei por um momento pedir socorro para ela e deixar esse trabalho nas suas mãos, mas eu estaria indo contra uma decisão de Peter. Não queria problemas.

- Podemos começar com esse, consegue fazer ? - Fiz o movimento duas vezes sendo acompanhada pelos demais.

Heyoon tentou a primeira vez se atrapalhando mas conseguiu. Sorri ao ver sua reação diante do passo bem sucedido. Começou a pular batendo palmas. Adorável.

Fiz uma sequência esperando ela repetir lentamente. Não conseguia ver um lado ruim nela, era igual a qualquer outra pessoa que está aprendendo. Decidi ajudá-la com alguns movimentos e me posicionei atrás do seu corpo. Toquei nos seus pulsos delicados aplicando uma pressão somente para segurar.

- Assim, siga o meu movimento - Seus olhos estavam concentrados no nosso contato, pude sentir o cheiro do cabelo na minha frente.

Lentamente subi sua mão direita para logo descer e subir a outra, em um típico sobe desce parando no ar por alguns instantes. Tentei me concentrar, mas estava complicado. O pequeno corpo cabia perfeitamente naquele espaço, sua cabeça batia na minha boca e a cada movimento que fazíamos sentia sua bunda bater no meu quadril.

Complicated...

Repetimos esse movimento três vezes até eu me afastar e ver ela repetir sozinha. Sorri orgulhosa diante de um filho inteligente.

- Muito bem Heyoon, acho que podemos parar por hoje - Peguei a garrafinha caminhando para o bebedouro.

- Nossa, achei que seria mais difícil. Você é uma boa professora - Ela me acompanha.

- Não diga isso, ensino o que posso - Não tive coragem de encará-la, meu rosto provavelmente estaria vermelho outra vez. Enchia a garrafa, bebendo quase metade do líquido.

- Por que você fica vermelha quando te elogio ? - Direta, sem empecilho - Acho fofo.

Eu mesma não sabia explicar isso, era acostumada a receber elogios de várias mulheres desconhecidas e nenhuma me deixava desta forma. Parecia um cão indefeso na frente dela, uma completa contradição.

- É o meu charme - Brinquei procurando seus olhos desta vez.

- Percebi - Encaramos uma à outra em uma troca de olhar até então desconhecida por mim. Era um olhar castanho diferente do que eu estava acostumada a ver.

Achei estranho por algum momento. Uma saudade repentina surgiu dentro do peito.

- Achei você - Desvio o olhar para a voz da mulher que se aproximava - Te procurei por todo esse teatro.

Sabina sorria para mim fazendo um biquinho quando se aproximou. Achei fofo seu jeitinho dengoso abrindo os braços para abraçar o meu pescoço. Apertei sua cintura escondendo o rosto no cabelo negro que tanto amava.

Agora entendi a saudade repentina que senti.

- Terminaram ? - Sua pergunta veio abafada contra a minha pele.

- Sim, estávamos bebendo água - Pela primeira vez passei a me explicar para Sabina - Ela dança muito bem, você tinha que ver.

Sabina olhou em direção a pequena que encarava nossa interação sorrindo.

- Ouvi falar, todos só falam na novata que dança bem agora. Acho que você perdeu o posto de melhor dançarina amor - Fiz um careta.

- Sério ? - Heyoon começou a rir, em uma gargalhada gostosa de ouvir - Desculpa Sina.

- Sem problemas, mas ainda quero te desafiar para uma competição. Preciso ainda manter a reputação - Brinquei encostando em uma mesinha que tinha perto deixando Sabina entre as minhas pernas.

- Oh isso eu quero ver - A morena bateu palmas animada - Me conta Heyoon o que você faz além de dançar ?

- Canto também. Gosto de ler bastante. Me mudei faz pouco tempo precisava de um emprego temporário para me manter, então quando o meu agente informou que estavam precisando não pensei duas vezes. Adoro viajar e ter novas amizades é sempre bom - Ouvi tudo atentamente.

- Onde morava ? - Perguntei interessada.

- É óbvio não - Começamos a rir com a sua resposta. Além de linda, inteligente, boa dançarina, ela era engraçada.

- Bebê vamos, estou com fome - Concordei beijando seu rosto - Me deixa em casa, Any saiu mais cedo com a Shivani estou sem transporte.

- Achei que ficaria comigo outra vez - Fiz um biquinho recebendo seus lábios em um selinho.

- Queria muito mas tenho que ir na casa dos meus pais, provavelmente vou dormir por lá - Suspirei frustrada. Começava a me acostumar com a ideia dela junto comigo.

- Tudo bem então. Heyoon quer carona ? - A garota pareceu se assustar com a minha pergunta.

- Oh sim, se não for incômodo.

- Claro que não. Bebê pegue suas coisas te espero no carro - A morena concordou fazendo um caminho contrário ao meu.

- Onde mora ? - Caminhei junto com a mulher pegando minha bolsa.

- Na Av central. Espero que não seja muito longe para você, posso pegar um táxi.

- Não, claro que não. É pertinho do apartamento da Sabina - Saímos do teatro encontrando um grupo conversando.

- Já está com outra Sina, que mulher rápida meus amigos - E lá estava meu rosto vermelho outra vez - Meu Deus você ficou com vergonha, eu vivi para ver isso.

- Cala boca Krystian - Heyoon gargalhava ao meu lado. O som era contagiante - Sabina escuta você falar isso ela corta o que você chama de pinto.

O garoto arregalou os olhos colocando as mãos na frente do corpo. Bati na sua cabeça me despedindo continuando o meu caminho.

- Não querendo ser invasiva, mas vocês namoram ? - Cheguei no carro abrindo a porta do passageiro.

Pensei por algum momento o que poderia responder mas nada era justificável para o que eu e Sabina tínhamos. Ninguém acreditava também.

- Somos amigas antes de tudo, Saby e eu sempre fomos muito unidas. Tivemos uma aproximação recentemente - Respondi a verdade, não tinha porquê mentir.

- Entendi - Entramos no carro para esperar a morena - Vocês são lindas juntas, formam um belo casal.

Olhei pelo retrovisor seu rosto que encarava a janela ao seu lado. Abri os vidros para entrar um pouco de ar, respirando fundo.

Em outros tempos eu já teria pegado o seu contato ou feito ela minha aqui mesmo dentro do carro. Era muito difícil alguma mulher me negar, então eu sempre tinha o que queria. Mas agora estava tudo diferente, não me reconhecia.

- Você tem namorado ? - Perguntei baixo olhando para o lado.

- Não, não me relaciono com ninguém faz bastante tempo. Acho que surgiu um certo bloqueio depois do último relacionamento, não sei - Fiquei curiosa para saber o que aconteceu, iria perguntar quando Sabina entra no carro de repente.

- Pronto podemos ir - Olhei para a morena suspirando.

- Amor te deixo primeiro e depois a Heyoon ok. Fica melhor pois ela mora na avenida, eu teria que fazer um retorno enorme caso contrário - Ela se limita a concordar.

Dei partida no carro saindo do estacionamento. As duas iniciaram uma conversa banal sobre animais, comida e lugares que queriam conhecer. Me permite somente ouvir respondendo quando algo se dirigia a mim.

Em um momento toquei a perna da mulher ao meu lado fazendo um carinho. Por estar com uma calça rasgada, adentrei minha mão em um dos buracos e movi minhas mãos. Sem intenção alguma, somente um carinho gostoso na pele macia.

Sabina tocou minha mão retirando de onde estava e entrelaçando nossos dedos. Comecei a rir, talvez ela tenha entendido como uma provocação. Seguimos assim até o seu apartamento que logo ao chegar observei dois homens estranhos na entrada.

- Não vou te soltar aqui, é perigoso - Parei o carro, acionando o freio de mão.

- Sina tem porteiro eles não vão fazer nada - A impedi de sair desligando o carro.

- Mesmo assim, terá que passar por eles. Eu vou com você - Olhei para Heyoon no banco de trás buscando sua compreensão e logo o seu sorriso bonito apareceu.

- Ah meu Deus, tá tá. Bye Heyoon, até segunda, bom final de semana e foi um prazer te conhecer - Elas tentaram um abraço de mal jeito.

- Volto em alguns instantes - Falei saindo do carro.

Caminho para o outro lado, os homens agora encaravam-me e o carro parado na frente do prédio. Não estávamos sozinhas, havia muitas pessoas na rua, mas todas perdidas no seu mundo.

- Amor não precisa, sério. Jorge abre para mim rapidinho - Segurei na mão da morena caminhando. Ignorei sua fala.

- Até parece que vou te deixar sozinha, só não posso demorar muito. Heyoon ficou no carro - Passamos por eles que logo começaram a soltar piadinhas por estamos de mãos dadas.

- Ok agora estou com medo - Apressamos os passos chamando atenção do porteiro que logo abriu dando passagem - Nossa, nunca ouvi tanto absurdo em toda a minha vida.

- Não estamos seguras neste mundo meu amor. Infelizmente andar sozinha se tornou muito perigoso - A deixe próxima ao elevador beijando sua mão - Está entregue.

- Eu tenho uma princesa para me proteger. Obrigada por isso - Sabina passa os braços por meus ombros me fazendo apertar sua cintura.

Iniciamos um beijo lento carregado de saudade. Eu não a veria mais hoje me deixava triste pensar sobre. Apertei contra mim aprofundando o beijo. A morena move a cabeça para o lado me invadindo com a língua quente, que não pensei duas vezes em chupar.

Comecei a ficar animada com um simples beijo, como sempre. Ela tinha esse poder sobre mim. Recordo da outra mulher que estava no carro e aos poucos fui finalizando o contato.

- Preciso ir, te vejo amanhã ? - Joguei uma mecha de cabelo para trás da sua orelha grudando nossas testas.

- Uhum, te ligo - Abracei tentando ao máximo sentir o seu perfume.

Chamei o elevador saindo somente quando ela entrou e desapareceu da minha vista. Quase corri em direção ao carro, a pequena deveria estar com tédio por esperar.

- Desculpa pela demora - Entrei depressa a procurando.

- Tudo bem, eu entendo. Morro de medo de andar sozinha na rua - Concordei mais conformada.

- Você pode vir para frente se quiser - Ela sai sem nada falar caminhando para sentar no banco ao meu lado.

- Olha a loirinha, duas ao mesmo tempo. Tá podendo em - Ouvi um dos homens falar quando Heyoon entrou.

- Vá para a puta que te pariu sua desgraça - Dei partida no carro sentindo raiva.

Logo que o carro se moveu ouvi uma gargalhada ao meu lado. Olhei em direção ao som e a mulher ria descontroladamente com a mão na barriga. Acompanhei sem saber o motivo para estar rindo.

- Você parece um ursinho raivoso com toda essa carinha linda falando palavrão desse jeito - Fui pega de surpresa ficando vermelha pela décima vez.

Olhei para a mulher outra vez observando o seu riso morrer ao perceber o que falou. Balancei a cabeça gargalhando desta vez.

- Desculpa, Sina eu não queria te deixar desconfortável eu...

- Tudo bem Heyoon - O clima agora se tornou estranho. Não falamos mais nada o caminho inteiro.

Tentei ver o seu comentário como algo positivo e engraçado, tirava a ideia da cabeça que seria um flerte. Ela não parecia uma mulher que ficava com outras ou que dava em cima de qualquer um.

Heyoon me passava a impressão de uma pessoa certinha e que queria tudo na mais perfeita ordem. Seu rosto me transmitia calmaria, alguém lindo e simpático. Não conseguia ver maldade no seu coração apesar de a ter conhecido a pouco tempo.

- Pronto, entregue - Parei o carro em frente a um prédio azul que parecia bem caro ao meu ver. Posso estar enganada, ela também não aparentava luxo.

- Obrigada Sina e desculpa outra vez pelo comentário - Sorri.

- Não tem problemas Heyoon foi divertido - Ela sorriu se despedindo com um aceno.

Observei a mulher entrar no prédio a perdendo de vista. Parei para pensar por alguns instantes o que estava acontecendo na minha vida.

Ok eu era uma verdadeira mulherenga. Pegava qualquer mulher bonita que pudesse satisfazer o meu ego. Adorava uma boa foda e ainda uma boa festa. Mas sempre no meio disso tudo existia Sabina, que em nenhum momento saiu do meu lado.

Apesar de fazer muita burrada e chegar em casa caindo de bêbada, ela estava sempre comigo. Me ajudava em todas as ocasiões. Era amiga que todos queriam ter. Quando percebi que a queria como mulher no fundo tinha a certeza de que algo havia mudado.

Mas eu sabia que ela não gostava de me ver com outras mulheres. Percebi no seu olhar o quanto ela desgostava de todas. Nunca chegou para me impedir ou repreender mas sabia que ela se incomodava, até o momento em que se pôs na mesma posição de todas as outras.

Foi nesse momento que percebi que o limite estava ultrapassado a muito tempo. Não éramos mais somente amigas, tinha algo acontecendo. Tinha sentimento envolvido. Não conseguia por em palavras o que sentia mas de uma coisa era certo, Sabina é muito mais que uma amiga.

Sorri com esse fato, percebendo que sim pode funcionar. Peguei meu celular mandando uma mensagem para a mulher, afirmando que já estava com saudades. Sua resposta de imediato fez meu coração acelerar, ela também sentia.

Coloquei o carro em movimento querendo mais do que nunca que o dia de amanhã pudesse chegar logo. Sentia falta do calor, do beijo, do cheiro doce, da risada, da voz e dos olhos castanhos que tanto admirava.

Os meus olhos castanhos

...

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