Preparativos

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Boa leitura 💚🍃

POV - Sina

- Fiquei um bom tempo sem ter contato com mais ninguém, depois daquele dia. Esperei você me pedir fidelidade mas não aconteceu, cheguei a pensar algumas besteiras e voltei a beber - Aperto seu corpo nu em cima do meu - Quando vi, estava de volta aquela vida mas com um certo conforto de que te teria algumas vezes.

- Eu tinha medo Sina ainda tenho um pouco para falar a verdade - A morena fala contra o meu pescoço.

Estávamos conversando sobre o que aconteceu na nossa primeira vez depois de termos feito amor durante toda a tarde. Sabina se deitou sobre o meu corpo e relaxou quase dormindo outra vez.

Mas a revelação de mais cedo não me deixava fechar os olhos por estar me sentindo nas nuvens. Sei que de qualquer maneira fui sua primeira, por ser uma mulher, mas saber que jamais outra pessoa a tocou me deixava anestesiada.

- Todas que eu ficava era depois de festas, depois de ter bebido horrores. Eu evitava fazer oral, já não gostava de fazer e depois que te tive não quis saber de mais nenhum outro - Sabina levanta a cabeça me olhando - Você era a única que eu ficava sóbria.

- Sério ? - Faço um som com a boca retirando seu cabelo do rosto.

- De fato tudo mudou, mas precisamos passar dois anos sem falar o que sentimos, sendo que eu podia estar assim com você a mais tempo - Fiz uma carinha triste recebendo suas mãos no meu rosto.

- O importante é estarmos aqui. E que estamos namorando e que eu tenho a mulher mais linda nos meus braços - Começo a rir puxando seu corpo mais para cima.

- A latina que eu namoro é mais linda. Tem o melhor gosto do mundo. A pele tão quente que me queima inteira e pouco me importo com isso - Beijo seu pescoço apertando sua cintura - E sempre quando faço isso, ela solta um gemido rouco contra a minha boca.

Aperto sua bunda com força separando as duas nádegas e como sempre a morena gemeu segurando o meu pescoço.

- Eu amo esse som também - Procuro sua boca chupando o lábio inferior.

Iniciamos um beijo apertando o corpo uma da outra. Subi minhas mãos para apertar os dois seios durinhos, gemendo quando ela passa a rebolar em cima de mim.

- Meninas ? - Ouvimos Any chamar - Estão acordadas ?

- Não pare - Falei baixo descendo minhas mãos novamente para a sua cintura e ajudando nos seus movimentos - Sim Any.

- Meu Deus Sina - Sorri chupando o pescoço que já estava todo marcado.

Sabina aumenta a velocidade buscando apoio nos meus seios praticamente sentando em cima de mim. Beijei sua boca tentando abafar o gemido que ela soltava.

- Pedimos comida - Any ainda estava na porta. Iria responder mas a morena desce um pouco e toca meu sexo diretamente, em um contato molhado. Não pude evitar o gemido - Estão me ouvindo ?

- Sim....- Joguei minha cabeça para trás apertando sua bunda novamente, colando nossos sexos - Estamos indo.

Sabina começou a rir, rebolando, me provocando. Procurei sua boca calando o gemido manhoso que veio acompanhado de um orgasmo. A morena me acompanha apertando forte meus seios.

Sentia meu rosto esquentar, uma ardência em certas partes do corpo por causa das unhas que me arranhava. O meu orgasmo molhava a cama fazendo apertar a carne da mulher com força.

- Fica toda vermelha, nunca soube lidar com o fato de me ter rebolando em cima de você. Mal começo e você já goza - Respiro fundo relaxando o corpo, ela também tinha gostado de sentir minha pele pegajosa.

- Não me julgue, fica difícil segurar olhe para tudo isso - Olhei para o seu rosto suado, a boca vermelha que acompanhava um sorriso maldoso, o cabelo estava uma verdadeira bagunça.

Desci o olhar, percorrendo seu pescoço marcado, com alguns chupões e aranhão, os seios um pouco vermelho ao redor assim como o abdômen e o sexo depilado ainda se esfregava em mim, marcando todo o meu quadril.

Maldita latina

- Vai ficar olhando ? - Suas mãos segura meu rosto levantando - Suas mãos nunca estiveram tão quietas.

- Não faça isso amor, as meninas estão esperando - Aperto suas coxas, querendo muito ficar com ela ali pelo resto da noite.

- Está preocupada com as meninas ou não aguenta mais ? - Atrevida.

Rapidamente beijo sua boca puxando sua cintura para cima com força fazendo suas pernas passar pelo meu tronco, sentando no meu abdômen. Aprofundo o beijo chupando sua língua, buscando um apoio para me sentar na cama sentindo suas mãos segurarem meus cabelos.

- Acho que você não deveria ter dito isso - Mordo seu pescoço migrando minhas mãos para o sexo quente penetrando. Forte, com força, fazendo a morena soltar um gemido alto pelo contato repentino - Vamos ver quem aguenta mais meu bem.

Sabina sorriu depois do susto passando a quicar nos meus dedos. Que droga de mulher, me tinha nas mãos com tão pouco.

- Eu sabia, você não resisti a uma provocação - Beijo sua boca movendo os dedos.

Transformando o resto daquele dia em uma lembrança gostosa e quente. Bom, pelo menos era o que eu achava.

...

– Estou indo tomar banho, não aguento esse calor - Acredito que passava da meia noite. Depois das provocações e várias seções seguidas de sexo, enfim resolvemos ir comer para tentar dormir.

Me levantei da cama, se separando dela pela primeira vez desde a hora que cheguei. Sabina parecia um pouco dependente depois do que aconteceu, não me soltava e evitava ficar sozinha por muito tempo.

– Volte logo - Ouvi seu grito enquanto entrava no banheiro. Tomei um banho tranquilo ouvindo a televisão ser ligada. Estava para sair e procurar alguma roupa quando de repente ouvi um grito.

– Sinaaa - Corri imediatamente encontrando a morena encolhida em cima da cama com as mãos nas orelhas.

Na televisão passava uma discussão de um casal, nada do que uma briga normal de um filme. Mas Sabina parecia com medo, os olhos estavam fechados com força.

Gatilho.

Fiquei um pouco sem reação no início observando seu corpo tremer. Até o momento que ela chamou meu nome outra vez e corri para abraçá-la, abaixando o volume do aparelho. Suas mãos saíram das orelhas para abraçar meu corpo, apertando com uma força tremenda.

– Estou aqui, estou aqui - Fiquei assustada diante do que eu estava presenciando. A morena tremia como se estivesse vendo a coisa mais horrível do mundo - Calma meu amor.

Sabina respira fundo no meu pescoço buscando parar de tremer. Apertei seu corpo não importando por ainda está molhada.

Parei para pensar sobre o que acontecia, a reação da mulher diante da cena. Ela tomou as dores da mulher, podia ver que a atriz chorava e colocava a mão no peito enquanto discutia. Seu rosto vermelho tamanho esforço fazia para argumentar. Enquanto ele tinha uma pose agressiva, falava sempre mais alto. Isso deve ter lembrado o que aconteceu hoje mais cedo, trazendo lembranças ruins à tona.

Comecei um cafuné no seu cabelo a puxando para mim, tentando fazer seu corpo parar de tremer.

Se isso ficar recorrente, Sabina acabou de adquirir um trauma.

O que está sentindo ? - Pergunto baixinho.

Medo, pavor. Ele quase bateu nela. Amor por favor faz parar - Como imaginava.

– Xiuu é somente um filme, respire. Não vou sair daqui.

Não deixe ele se aproximar outra vez por favor, não deixa. Ele foi horrível, me machucou - Estranho, não tinha marcas no seu corpo.

Sabina começa a chorar, soluçando contra o meu pescoço. Pensei que ela estava assim por causa da discussão com o seu pai. Posso imaginar o quanto pode ter sido dolorido suas palavras, mas não vi nenhum machucado.

– Do que está falando meu bem, eu não entendo - Sabina se aperta mais contra mim - Seu pai te machucou ?

– Não, não fisicamente. Mas...o outro sim - Beijo sua cabeça levando uma das mãos para o seu pescoço. Queria ver os meus olhos castanhos. Sabina me encara derramando lágrimas grossas - Achei que tinha esquecido e superado isso. Mas depois de hoje, depois de todas aquelas mentiras muitas memórias voltaram e...

– Não me diga que...- Não consegui pronunciar a palavra, o que se passava na minha cabeça era o que de mais sujo poderia acontecer.

– Não, ele não chegou a fazer, você me salvou, você foi meu anjo naquele dia - Não podia acreditar - Não sei o que poderia ter acontecido se...

Não deixo ela terminar puxando seu rosto para esconder no meu pescoço outra vez. Fechei meus olhos sentindo raiva, sentindo ódio daquele cafajeste.

Por favor, não me deixa sozinha amor. Eu preciso de você - Foi o suficiente para me fazer derramar em lágrimas.

Agora entendia o seu comportamento naquela época, não querendo que eu saísse de perto. Passei a dormir mais na casa dela do que na minha, acordando na madrugada com sussurros e gritos que quase nunca entendia o que significava. Cheguei a achar que era por causa da traição.

– Meu amor olha pra mim - Busco seus olhos outra vez percebendo o choro parar.

Odiava tanto o fato de vê-la assim, me doía o peito saber que ela está sofrendo. Que alguém foi capaz de machucar. Acreditava sempre que o meu papel na vida de Sabina seria proteger, desde criança eu era a responsável por deixá-la bem.

Sabina me olha segurando minhas mãos que estava no seu rosto. A encarei por um bom tempo transmitindo um olhar compreensível e seguro. Depois beijo sua testa, a fazendo suspirar, descendo para o nariz, beijando os dois olhos e terminando na boca em um selinho longo.

– Jamais te deixei, não vai ser agora que isso vai acontecer, está bem. Não vai ser seu pai ou outra pessoa capaz de me separar da minha latina, do meu amor quente - Selo sua boca a fazendo sorrir - Lamento muito pelo o que aconteceu, se tivesse me dito no mesmo dia teria quebrado a cara daquele miserável. Agora compreendo suas atitudes, seu jeito comigo, o quanto você grudou em mim buscando minha proteção. Nem mesmo seus próprios pais foram capazes disso.

Eu só tinha você, só tenho você - Meu ódio crescia. Sua voz não passava de sussurros.

– Queria muito ter o poder de tirar essas lembranças da sua cabeça, fazer você esquecer para sempre. Me escute, você tem a mim e as meninas ok, não está sozinha - Ela concorda fechando os olhos - Lembra o que eu falava para você quando tinha pesadelos ?

– Que não passava de um sonho ruim e que a minha super Sina vai estar sempre me protegendo - Começamos a rir, recordando.

– Agora sou a super namorada que estará aqui sempre com você. Se estiver com medo ou ter uma lembrança ruim, quero que me ligue ou chame uma das meninas para conversar, não deixe essas lembranças te assombrar está bem ? Vamos passar por isso juntas.

– Eu te amo, obrigada - Beijo sua boca, encaixando os lábios.

– Também te amo, nada vai acontecer - Abraço, trazendo sua cabeça para deitar no meu peito.

Foi difícil dormir esta noite, acredito que tenha pegado no sono por causa da exaustão, por outro lado eu teria passado a madrugada velando seu sono. Ela não teve pesadelos mas ficou agarrada a mim durante toda a noite.

Agora mais do que nunca eu não poderia sair do seu lado.

...

No dia seguinte chegamos às quatro no teatro encontrando Camila conversando com Diarra e Heyoon. Sabina encara a cena percebendo que as duas receberam uma caixa grande.

- Melhor você ir lá amor - Beijo sua mão.

– Será algo grave ? - Não parecia, Camila estava calma.

– Não acho, quer que eu vá com você ? - Ela concorda me puxando. Nos aproximamos encontrando o sorriso de Camila ao ver nós duas.

– Olá minha dançarina, está pronta ? - Sabina olha para mim que dou de ombros. Também não entendi.

– Pronta para o que ? - Percebi que um pessoal dançava de um lado e outro grupo ensinava os novatos.

– Esqueceu que temos ensaio para a sua belíssima apresentação ? - Arregalo os olhos, tinha me esquecido consequentemente Sabina também.

– Nossa Camila que susto, claro que estou. Começamos hoje ? - A outra mulher sorri se afastando um pouco para pegar uma caixa nas mãos.

– Sim e será em uma sala específica, somente eu, você e as outras duas meninas - Camila entrega a caixa a morena - Sua roupa.

Sabina abre a caixa devagar encontrando uma lingerie junto de mais alguns acessórios. Coloquei a mão na boca diante do que via, era belíssimo o conjunto, no tamanho certo.

– Gostou ? - Sabina me encara e começa a gargalhar. Rindo provavelmente da minha cara de boba - Boa sorte Sina.

– É belíssimo - Comecei a imaginar minha namorada com aquela roupa, vestindo somente aquilo para logo tirar - Sina ?

– Oi - Me assusto fazendo as mulheres sorrirem.

Provavelmente não vai sobrar ninguém vivo depois desta apresentação.

– Estava explicando às meninas alguns passos e como vestir, terão que ter cuidado para não cair do salto ou se atrapalhar com a cadeira - Sabina concorda - Estarei na sala, espero as três daqui a cinco minutos.

Camila se retira caminhando para a saída do teatro. A morena me encara sorrindo malicioso, acompanho querendo que chegasse logo o dia da apresentação.

– Está nervosa Sabina ? Eu estou tremendo - Heyoon fala.

– Muito, irão usar lingerie também ? - Tentei abrir a caixa para ver melhor a peça mas a morena não deixou - Não, agora só no dia da apresentação.

– Sim, só mudamos a cor - Bufei, revirando os olhos.

Cruzo os braços vendo as mulheres conversarem. Não tinha muito o que fazer hoje além de aperfeiçoar os passos, como nos últimos dias estava ensinando a pequena, deu para fixar bastante tudo.

– Amor estou indo ok - Sabina beija meu rosto.

– Vai ficar bem ? - Pergunto preocupada, não queria que ela tivesse outro surto.

– Sim, estarei com as meninas - Concordo vendo se afastar. Sinto alguém se aproximando passando o braço por meus ombros.

– Te desejo forças desde já loirinha - Respiro fundo, vou precisar mesmo.

– Krys, não vou aguentar ver essa mulher vestida somente aquilo dançando em cima de uma cadeira - O garoto gargalhou caminhando para mais perto do grupo.

– Nem você e nem qualquer pessoa que irá ver. Soube que os ingressos estão quase acabando - Olhei para o garoto surpresa.

– Sério ? Meu Deus.

– Chamo isso de sucesso, mesmo sem ter estreia - De fato. Sempre fomos muito acolhidos por todo o estado e por onde passava. Sempre com ingressos esgotados, recorde de público e cheio de lugares para ir.

Percebi que os novatos ensaiavam os mesmos passos que passei para Heyoon. Joalin a loirinha menor dançava bem, tinha mais movimento sobre o corpo, igual o rapaz. A outra loira não tinha muito jeito, porém se esforçava. Olhei para o seu rosto que parecia não gostar muito do que estava fazendo.

– Desde que vocês chegaram de mãos dadas ela está com essa cara. Acho que ela gosta de alguma de vocês - Olhei para Krys.

– Está louco garoto, a gente mal se viu ou conversou - Savannah durante um passo olhou para mim mudando a expressão que tinha antes.

– Sinto o cheiro de couro de longe, minha amiga. Apesar da outra parecer que gosta mais do babado - Suspiro, era só o que faltava - Acho melhor você se benzer. Ter uma latina com ciúmes não deve ser nada bom.

– Você nem imagina, às vezes penso que ela é capaz de tudo estando com aquela pose durona. Mas incrivelmente linda, como pode ? - Recordei de certos momentos, adorava vê-la daquele jeito apesar de sentir medo ao mesmo tempo.

– Sina Deinert você está ferrada, nunca te vi tão cadelinha por alguém - Droga.

Até onde eu seria capaz de ir pela a mulher que estava namorando ?

....

POV - Narrador

Dia da apresentação.

– Pessoal estão todos aqui ? - Peter pergunta olhando para os jovens presentes. Todos concordam levantando a mão.

Faltavam algumas horas para a estreia e todos estavam nervosos de certa forma. As meninas começaram os primeiros preparativos para troca de roupa e maquiagem e os meninos dançavam a cada tempo livre. O nosso casal curtia uma a outra, prestando atenção no que o diretor falava.

– Ok, prestem atenção. Faltam exatamente duas horas para a estréia. Preciso que todos estejam prontos quinze minutos antes para caso precise ajustar roupa, cabelo essas coisas. Sabina e Noah como ensaiamos ok, façam aquele público começar amando vocês e depois mostrar a verdade por trás do casal. Depois entramos com a coreografia para expressar os sentimentos do Léo e logo depois a das três meninas para expressar os sentimentos da Maria. Todos sabem isso de cor não é ?

Todos concordam outra vez olhando uns para os outros. A ansiedade tomava conta de cada um, sentindo aquela tensão antecipada, querendo que tudo saia perfeito.

– Perfeito. Bebam água, vão ao banheiro e o mais importante: se alimentem. Não quero ninguém desmaiando em cima do palco. Os camarim estão para aquele lado separado por gênero. Todas as roupas e maquiagem já estão lá com os nomes de cada um. Boa sorte pessoal.

– A gente vai namorar um pouquinho antes de ir se arrumar, não é ? Para acalmar mais a ansiedade, ouvi falar que ajuda - Sina puxou a morena para trás se afastando do grupo.

– Ah sim, onde ouviu isso ? - A morena passa os braços por cima do outro da outra mulher sentindo beijos no pescoço.

Um pouco distante duas mulheres observavam o casal, buscando uma forma de colocar o plano em ação.

– Elas não se desgrudam, fica difícil assim.

– Podemos chegar como quem não quer nada. Somos novatas e não conhecemos nada aqui - As duas se encaram quando Sina afasta mais Sabina para longe.

A loira parecia sentir que algo estava para acontecer.

– Onde vamos ? - Sabina sorri sendo abraçada por trás.

– Comer, Peter falou para se alimentar - A morena entrelaça as mãos, relaxando o corpo.

Até o momento atual Sabina não teve nenhum pesadelo referente ao dia da discussão ou lembranças ruins que poderia lhe atormentar. Buscou dormir com a namorada todos os dias para garantir que nada de ruim fosse acontecer.

– Hey, Sina, espera - Heyoon corria em direção às duas mulheres.

– Oi pequena - A mulher encara a mais baixa, sorrindo do seu estado - Respira.

– Estava atrás de você, tivemos um probleminha estão te chamando no salão - Sina ficou confusa, até agora pouco estava no local e parecia tudo normal.

– Somente a mim ? - A loira se certifica olhando para Sabina.

– Sim - Heyoon se limita a falar, cansada pela corrida.

– Tudo bem. Amor você vai na frente ou me espera ? - Sabina lamentou, não queria ficar sozinha.

– Espero você aqui, não demore - Onde estavam era próximo a saída, podia ver uma porta e um grande corredor.

– Não demoro - Selando a boca da outra mulher Sina corre de volta ao salão com Heyoon.

Enquanto isso, Sabina se escora na parede cruzando os braços. Procurou o celular pelo bolso da calça que vestia mas não encontra, suspirando frustrada diante de não ter nada para fazer.

O lugar não estava vazio, porém não tinha muita gente. Somente alguns funcionários que passavam de um lado para o outro, pegando algum material para logo sumir da sua vista.

Iria atrás de Sina quando de repente escuta vozes. Não conseguia entender mas parecia um casal discutindo. O seu calcanhar de Aquiles, bem próximo de onde estava.

De repente sua vista fica turva, sentindo as mãos geladas e escorregadias. Seu corpo começou a tremer e logo o pavor que tanto temia lhe atingiu novamente.

– Não, aqui não - A morena se senta no chão colocando a mão nas orelhas para espantar qualquer som.

– Sabina eu estava te procurando, Peter quer...o que houve? - A mulher se aproxima ao ver o estado da outra - Você está pálida.

– Está ouvindo essa discussão ? Quem está brigando ? - Buscou ouvir o que a morena argumentava mas não escuta nada, achou a oportunidade perfeita para concluir o que havia planejado.

– Você não gosta ? - Sabina negou querendo a namorada por perto.

– Chame a Sina por favor.

– Vem vou te levar até ela - E dizendo isso Sabina se levanta de cabeça baixa ainda ouvindo a discussão que parecia mais alto a cada passo que dava.

Mal sabe ela que a outra mulher a levava para outro caminho, um caminho desconhecido até mesmo pela morena que conhece todo o espaço.

O som diminui fazendo a mulher levantar a cabeça e olhar para onde estava indo. Estranhou, não conhecia aquele corredor.

– Onde vamos ? - Sentia dois abraços no seu corpo guiando para uma sala.

– Sina está aqui com o pessoal, acho que ela esqueceu de você. Vem.

Sina nunca a esqueceria

– Não, onde estamos indo ? Não conheço esse lugar - A mulher abre a porta empurrando o corpo de Sabina para dentro de uma sala escura, que parecia uma espécie de depósito - Hey, o que está fazendo ?

– Salvando sua vida - Dizendo isso a mulher fecha a porta, sorrindo orgulhosa pelo trabalho bem feito.

– Abre a porta sua louca, temos apresentação daqui a pouco. Socorro - Forçando o trinco a morena começa a chorar, tentando imaginar como sairia dali - Sina.

Aos poucos começou a ouvir as vozes outra vez, que parecia se aproximar de onde estava. Sabina chorava sentindo medo do que estava acontecendo, sentindo medo por provavelmente não conseguir se apresentar, sentindo medo de morrer ali mesmo sem ter pelo menos se despedido.

– Não, Sinaaaa, socorro. Não por favor não - A garota se senta no chão abraçando os joelhos com força, sentindo seu corpo tremer.

No outro lado Sina corria de volta ao encontro da morena, encontrando o lugar vazio. Achou estranho procurando pelos arredores para onde ela deveria ter ido.

– Sabina ? - Chamou não ouvindo uma resposta. Caminha para a rua, olhando de longe de via o corpo da mulher na lanchonete próxima porém nada também - Cadê você meu amor ?

Sina se desespera pegando o celular no bolso, viu que faltava uma hora e meia para a apresentação. Discou o número da namorada xingando quando cai na caixa postal.

– Sabina ? - Chama outra vez, mas a morena não escuta por estar tampando os ouvidos querendo que as vozes que estava na sua cabeça fossem embora.

Se fosse para morrer de medo queria muito ter visto o amor da sua vida pela última vez.

....

Ops

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