𝟮𝟲. 𝗛𝗘𝗔𝗩𝗘𝗡 𝗔𝗡𝗗 𝗛𝗘𝗟𝗟

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Azriel tinha certeza absoluta de que aquele momento provavelmente ficaria repetindo em sua mente por um longo tempo. Ele amava a risada de Gwyneth, mas aquele gemido... Aquele som que ficava ecoando em sua cabeça, seria sua perdição. Ela seria sua perdição. E o encantador nunca esteve tão grato em estar perdido, em poder se perder naquele cheiro inebriante, naquele gosto magnífico que ela detinha no meio de suas pernas, no tremor do seu corpo enquanto ela chegava no ápice do prazer.

E ele estava tão honrado de poder ajudá-la a descobrir tudo relacionado ao próprio prazer, e Azriel deixaria Gwyneth o usá-lo para aquilo com um sorriso no rosto, e vê-la satisfeita era o suficiente para ele, ver as bochechas brancas vermelhas, o corpo cansado dela e a respiração descompassada, poderia facilmente entrar no topo da sua lista de prioridades do dia.

No momento, Gwyn estava em silêncio, os olhos fechados, o peito subindo e descendo pesadamente, como se ainda se recuperasse da onda de prazer que a atingiu há alguns minutos atrás. Mesmo parecendo relaxada, Azriel sabia que algo a incomodava, e aquilo fez com que ele se sentasse na cama, preocupado.

— Gwyn, você está bem? — perguntou, o tom da voz um pouco mais baixo que o normal. — O que aconteceu? Te machuquei?

Ele engoliu em seco sentindo um outro tipo de desespero que ele estava conhecendo há pouco tempo.

— O quê? Não, Az, não é nada disso. — Ela abriu os olhos, se apressando a esclarecer. Gwyneth tocou em sua mão, apertando de leve. — Foi perfeito... Foi melhor que tudo que eu já senti ou imaginei.

O rosto da sacerdotisa tomou uma coloração avermelhada, dessa vez por conta da vergonha em admitir aquilo, mesmo com o sorriso tranquilo no rosto. O encantador deixou os lábios se repuxarem para cima.

— Mesmo assim, você parece incomodada com algo. — chegou mais perto dela, voltando a se deitar. Seus dedos correram em direção ao cabelo acobreado que caía em cima de seu olho. — O que foi?

Gwyn entortou a boca, como se pensasse se devia ou não falar. Azriel olhou para aqueles olhos azuis como o mar, tentando de alguma forma encorajá-la, mas Gwyn apenas exalou um longo suspiro desviando os olhos para o teto.

— Não é nada. — Ela voltou a olhar para o encantador, uma pausa antes de entreabrir os lábios. — Pode ficar aqui essa noite?

Por um momento, ele congelou, absorvendo as palavras de Gwyn. Mesmo depois de tudo que estavam compartilhando, ele ainda ficava surpreso quando a sacerdotisa dizia algo do tipo.

— Claro. — respondeu, sorrindo de leve. — Essa noite e todas as outras que você quiser.

Gwyneth riu fraco e Azriel inclinou para depositar um beijo leve nos lábios da sacerdotisa, antes de se levantar. Ele esticou o corpo e as asas, Gwyn se ajeitou na cama, o encarando. Aqueles olhos brilhantes correram pelo o corpo do encantador e Azriel sentiu como se sua pele estivesse queimando sob o tecido do couro. De repente, o traje parecia mais apertado do que realmente era quando a sacerdotisa subiu seus olhos para os dele.

— Não olhe para mim desse jeito... — Azriel engoliu em seco, respirando fundo.

— Por quê? — Gwyn sorriu. As coxas ainda amostra e o centro tampado pelo vestido. As sombras passaram por ali, acariciando a pele exposta da sacerdotisa e fazendo a saia balançar. Mesmo ele sabendo que não havia nada tapando sua intimidade, além do tecido do vestido. — Eu realmente gosto de olhar para você, Encantador.

A voz dela tomou seus sentidos, e ele precisou se segurar para não subir em cima dela novamente. Ele precisava de um banho, gelado de preferência, qualquer coisa que fizesse seu pau parar de latejar contra a calça.

Suspirou, tentando se recompor.

— Preciso tomar um banho. — disse o encantador. — Vou para o meu quarto e volto daqui alguns minutos.

— Pode usar o meu banheiro. — Gwyn ajeitou os cabelos. — Eu vou depois de você.

Azriel avaliou a situação. No seu quarto ele poderia dar um jeito de aliviar aquela vontade incontrolável que havia se acumulado no meio de suas pernas, sem constrangê-la, até porque estaria no próprio banheiro.

Mas, ao invés disso, apenas concordou.

Ele caminhou em direção ao banheiro, fechando a porta atrás dele em seguida, já encontrando uma banheira cheia que exalava um aroma delicioso de alfazema e camomila. A Casa aparentemente havia decidido mimá-lo um pouco também, mas ele meio que sabia que aquilo provavelmente era obra de Gwyneth.

— Bom, muito obrigada. — Azriel olhou para o teto da Casa, em uma tentativa de fazê-la escutá-lo. — E me desculpe pelo vaso naquela noite.

Azriel pôde jurar que sentiu o ambiente esquentar como se a Casa estivesse dizendo que o perdoava. Ele começou a desafivelar as fivelas em volta de seu torso, se desfazendo do couro. Entrou na banheira em seguida, sentindo seus músculos relaxarem imediatamente.



𓆩*𓆪



Azriel iria precisar agradecer a Casa mais vezes, se aquilo fizesse ele receber banhos igual aqueles todos os dias. E ele tinha certeza que esse nem se comparava aos que as meninas recebiam.

Ele estava agora na cama de Gwyneth, as costas e as asas apoiadas na cabeceira, alguns travesseiros apoiados debaixo da lombar, enquanto a sacerdotisa se banhava. A Casa havia deixado uma muda de roupa para ele na bancada da pia, uma calça e uma blusa de algodão. Azriel fechou os olhos por alguns segundos, se sentindo relaxado o suficiente para dormir, e aquilo era uma novidade para ele, já que normalmente a dificuldade em dormir era algo constante em sua vida.

O encantador voltou a abrir os olhos, virando o rosto em direção a cômoda ao lado da cama de Gwyneth, notando o livro que ele a viu lendo na biblioteca particular. Ele sorriu de leve, antes de pegar o livro e abri-lo, folheando suas páginas.

Parou em uma passagem que havia chamado sua atenção, passando os olhos de forma despretensiosa. Uma risada fraca escapou de seus lábios, ao mesmo tempo que sentiu suas orbes saltarem relativamente. Bom... Ele realmente não esperava que o livro fosse tão explícito, mas deveria ter imaginado já que Cassian sempre falava sobre as "obscenidades" que Nestha lia.

Quando escutou a porta do banheiro abrir, e o vapor quente adentrar no quarto, ele fechou o livro rapidamente, voltando a colocá-lo em cima da cômoda, como se não tivesse acabado de ler algumas frases bastante indecentes.

— Tenho certeza que a Casa...

Azriel começou a dizer, mas parou subitamente engasgando em meio suas palavras quando seus olhos se voltaram para a sacerdotisa. Gwyneth vestia uma camisola em um tom claro de azul, mais curta do que aquelas que ele já havia visto, a peça era rendada na região dos seios e caía em um tecido parecido com seda na saia curta.

Ele entreabriu a boca, tentando se lembrar do que estava prestes a dizer, mas era como se seus pensamentos tivessem se transformado em um nevoeiro.

O rosto de Gwyn ficou vermelho, enquanto ela caminhava em direção a cama, mesmo assim ela ainda se atreveu a dizer:

— O que foi? Você me disse para vestir um pijama.

— Isso é um pijama? — Azriel a seguiu com o olhar, a voz tão grave que até mesmo ele se chocou um pouco com o tom. — Isso é um instrumento de tortura, Gwyneth.

Ela se deitou de bruços, abraçando o travesseiro, o tecido da camisola subindo um pouco mais do que devia, revelando parte da peça íntima da mesma cor da camisola, que tampava sua intimidade e modelava aquela... Aquela bunda que algum dia seria o motivo da sua morte.

Pela Mãe, o que aquela mulher estava fazendo com ele?

Azriel se forçou a fechar a boca e engolir em seco, antes que inundasse o quarto com a saliva que escorreria de seus lábios. Respirou fundo, sentindo seu corpo formigar, dando sinais de que a queria novamente, como se fosse impossível ter o suficiente dela por uma noite. Tentando controlar o rugido que corria em suas veias como um poder primitivo.

— Isso é um pijama. — Ela abriu os olhos, ele subiu os dele até os dela.

— E você pretende dormir com ele do meu lado? — O encantador se ajeitou, a encarando com uma sobrancelha erguida.

— É para isso que pijamas foram feitos, não? — Gwyn sorriu de leve. — Para dormir.

— Bom, estou começando a duvidar disso. — Azriel se inclinou em sua direção. — Esse parece ter sido feito para me matar.

— Nem tudo gira em torno de você, Encantador. — Gwyneth riu fraco, pegando as cobertas e a colocando nos pés. — Estamos no verão, além disso, você parece uma máquina enorme de calor.

— Como quer que eu não fique quente com você usando isso do meu lado? — Azriel bufou, ainda não conseguindo desviar os olhos das pernas longas de Gwyneth. — E você ainda quer que eu durma?

— Você devia parar de reclamar e fechar os olhos, Azriel. — Gwyn riu fraco, ajeitando o corpo e fechando os olhos novamente. A Casa diminuiu as luzes feéricas, e aquilo fez com que o Mestre-Espião trincasse o maxilar.

— Você devia parar de reclamar... — repetiu as palavras de Gwyn em meio a um resmungo, deitando seu corpo na cama. — Inferno de camisola.

Ele murmurou, pegando a colcha e bufando enquanto se virava de lado, ajeitando as asas de uma maneira confortável. Escutou a risada baixa de Gwyneth e revirou os olhos, ela pagaria por aquela provocação, e por deixá-lo acordado a noite inteira pensando naquela porra de pedaço de pano que ela chamava de pijama.

Azriel tateou pela sua cintura, a segurando firme e puxando-a até colar seus corpos.

— Quer usar essa camisola do meu lado então vai ter que sentir o que ela faz comigo pelo o resto da noite. — O encantador sussurrou, travando a mandíbula.

Sua mão espalmou no abdômen da sacerdotisa, alinhando-os o suficiente para que Gwyneth sentisse o volume rígido e persistente que sua calça escondia. A valquíria suspirou, ajeitando o corpo e fazendo com que sua bunda se esfregasse de leve contra ele.

Azriel respirou fundo, o maxilar tão travado que ele podia jurar que quebraria em algum momento. Respirou fundo, engolindo a saliva que se acumulou na sua boca.

Ela estava brincando com fogo agindo daquela maneira.

— Gwyneth... Pare com isso. — rosnou, sentindo aquele latejar insistente no meio de suas pernas impedindo que ele raciocinasse direito.

— Com o quê? — Azriel conseguia sentir o tom falso de inocência em sua voz.

Gwyn fez de novo, se esfregando contra ele fingindo que ajeitava o corpo na cama. Ele grunhiu com a sensação, o sangue praticamente se transformando em desejo límpido e puro, correndo pelas suas veias como fogo primitivo, fazendo com que ele apertasse a coxa de Gwyneth com força.

— Ah, com isso? — A sacerdotisa relaxou os músculos. — Desculpe, foi sem querer.

— Você não vai querer me provocar, Gwyn. — Azriel sussurrou, sua mão que estava parada no abdômen de Gwyn desceu mais alguns centímetros. — Eu não costumo levar muitas coisas na brincadeira, caso tenha esquecido.

Ela se virou de frente para ele, desvencilhando do seu toque, o rosto de Gwyn era um mistério quando ela tocou em seu peito, o fazendo se deitar de costas. Ela continuou se apoiando nele, os olhos descendo pelo seu rosto, depois seu peito, depois no volume no meio de suas pernas. Azriel puxou o ar, tentando se segurar.

— Me diga como eu posso te ajudar...

Gwyneth sussurrou. Ele enrijeceu, as palavras de Gwyneth entrando no seu ouvido e se apropriando de seu corpo, fazendo com que ele se arrepiasse. Mas Azriel negou com a cabeça, franzindo o cenho.

— O quê?

— Me ensine. — Seus lábios chegaram mais perto dele, e só aquilo o fez perder o fôlego. — Me diga o que você gosta, em como eu posso te ajudar para que você também se sinta satisfeito.

— Gwyn, eu já estou satisfeito. — Ele tocou a mão que ainda se apoiava no seu peito. — Não pense nisso, não tente apressar as coisas porque está se sentindo na obrigação de me agradar.

— Não me sinto na obrigação. — negou com a cabeça. — Eu só quero fazer você se sentir tão bem quanto eu me sinto.

— E você acha que faz o quê quando goza nos meus dedos, ou quando seu corpo treme quando estou te tocando, ou quando você deixa esses sons maravilhosos escapar dos seus lábios? — Gwyn fechou os olhos, suspirando. — Eu poderia gozar só de ver você gozando, Gwyneth. Fazer você se sentir bem já é prazer o suficiente para mim.

— Mas não para mim. — Ela abriu os olhos, algo diferente brilhando neles, um tipo de determinação que ele nunca havia visto. — Eu quero fazer você gozar...

Que a Mãe tivesse piedade dele.

Azriel fechou os olhos com aquelas palavras, um grunhido arranhando sua garganta, sentindo seu pau pulsar na calça. Gwyn pareceu notar o quanto aquilo tinha o afetado, pois montou no seu colo, em cima de seu abdômen, o encarando com um desejo e uma coragem que o fez escapar o fôlego em surpresa.

A sacerdotisa se inclinou até chegar mais perto de seus lábios.

— Me diga, Azriel. — murmurou. — Me diga o que você gosta, de como você gosta.

O encantador engoliu em seco, sentindo a mão de Gwyn descer até a barra de sua camisa, os dedos tocando o "v" que seus músculos formavam no final de seu abdômen.

— Você gosta quando eu faço isso? — Ela elevou um pouco o quadril, voltando a se sentar na rigidez tapada apenas pelo tecido da calça.

Azriel arfou, descendo os olhos para onde seu corpos se colavam, a camisola curta não conseguindo tapar a visão da calcinha úmida de Gwyn molhando de leve o tecido da sua calça, bem onde o seu pau pulsava descontroladamente. Ele deixou um ruído escapar quando Gwyn se movimentou em cima dele.

— Gosta?

— Sim. — Ele respondeu em meio a um gemido quando ela se esfregou novamente, jogando a cabeça para trás. — Para caralho.

Gwyn se inclinou em seu colo, colando seus lábios em um beijo rápido, pois os dirigiu para o pescoço em seguida, lambendo-o e o mordiscando, enquanto continuava com os movimentos do quadril. Azriel deslizou as mãos para as duas coxas expostas, descendo uma de suas mãos até a bunda de Gwyneth, apertando-a.

Ela desceu os beijos molhados, chegando até a base do seu pescoço, fazendo-o gemer, o som saindo rouco e grave. Os dedos esguios de Gwyn deslizaram para dentro da sua camisa, passando as unhas de leve nos músculos rígidos. Azriel movimentou o próprio quadril em resposta, apertando a coxa da sacerdotisa mais fortemente.

Gwyn puxou sua camisa para cima, revelando parte do seu abdômen. Ela continuou empurrando o tecido e Azriel levantou o tronco por alguns segundos, ajudando a tirar o resto da camisa que escondia seu peitoral, ela se prendeu nas asas antes de ser largada no chão.

Gwyneth voltou a empurrá-lo até estar com as costas nos travesseiros. Sentiu sua respiração pesar quando Gwyn o encarou como se ele fosse sua presa favorita, pronta para atacá-lo. Seu pau arquejou quando ela voltou a descer os beijos pelo seu pescoço, deslizando os lábios molhados até o seu peitoral, enquanto a mão explorava seu abdômen e a barra de sua calça.

Ele iria entrar em combustão a qualquer momento.

A sacerdotisa se abaixou mais um pouco, deixando beijos pelos gomos em sua barriga. Azriel perdia o fôlego toda vez que sentia o toque quente de seus lábios naquela região, grunhindo como se estivesse contendo algum tipo de besta primitiva dentro do corpo.

— Gosta disso? — A voz sedutora de Gwyneth invadiu seus ouvidos.

— Porra, Gwyn. — O encantador travou o maxilar quando ela deslizou a língua hesitante pelo seu abdômen, fazendo com que ele abrisse os olhos para encarar a cena.

A mão de Gwyneth passeou pelo corpo dele até chegar no braço do Mestre-Espião, pegando seu pulso e o levando até o volume em suas calças. Ele arquejou em surpresa, olhando para Gwyn com o rosto estampado no mais puro choque.

A mão da sacerdotisa cobriu parte da dele, fazendo ele engolir em seco.

— Me mostre. — sussurrou. — Me mostre como você faz, me mostre o que eu devo fazer.

Azriel quase gemeu quando Gwyn movimentou a sua mão, fazendo com que a dele debaixo dela se movimentasse também. Ela levou os olhos até o dele, um sorriso de lado carregado de malícia surgiu em seus lábios.

— Se toque para mim, Azriel... — Ela murmurou, fazendo com que ele fechasse os olhos. — Me ensine.

A mão de Gwyneth o guiou até dentro de sua calça, e ele não conteve o rosnado que saiu de sua garganta quando ela o fez tocar o próprio pau, envolvendo a mão pela base.

— Cacete... — xingou baixinho, sentindo a mão de Gwyn se mover para que ele se movesse.

— Faça, Azriel. — A voz dela saiu mais firme, até um pouco autoritária se não estivesse enganado.

E bastou isso para ele deslizasse a mão por toda extensão, deixando aquele pré líquido se acumular na ponta, enquanto ele sentia os dedos de Gwyn apertarem sua mão, como se quisesse o acompanhar. O encantador jogou a cabeça para trás, deixando que ela se encostasse na cabeceira, enquanto sua mente viajava para os lugares mais sujos possíveis.

A outra mão da sacerdotisa passeava pelo seu corpo, arranhando de leve seus músculos. Sua respiração se tornou mais ofegante, enquanto tentava raciocinar que a mão de Gwyneth estava a centímetros de distância do seu pau, que se ele tirasse a mão seria a dela que deslizaria pela sua extensão. E ele não imaginou que acharia aquilo tão gostoso igual estava achando.

— Você se toca pensando em mim, Encantador? — A voz de Gwyn soou como música para seus ouvidos.

— Sim. — respondeu, sorrindo maliciosamente. — Em você e nessa boca maldita.

Ela o fez passar a mão lentamente da base até o topo, pressionando sua mão com mais força. Azriel não conteve o gemido gutural que saiu de seu peito, fazendo com que ele segurasse o lençol com força debaixo dele. Gwyn voltou a guiá-lo em movimentos mais rápidos e intensos.

— É assim que você gosta? — Ela voltou os olhos grandes para ele.

— Sim. — Azriel levou a sua outra mão para dentro da calça, apoiando em cima da de Gwyneth. — Desse jeito...

Ele a fez rodar a mão adicionando pressão o suficiente, consequentemente, levando ele fazer o mesmo com a outra embaixo dela, aumentando a velocidade do movimento e depois diminuindo. Quando ele percebeu que ela pegou o ritmo ele soltou a mão em cima da sua, deixando que ela voltasse a guiá-lo. Gwyneth mordeu os lábios, levando os olhos para a calça do encantador.

As sombras se acumularam nas pernas de Gwyn, subindo pelo corpo da sacerdotisa e parando na lateral de seu pescoço, fazendo ela arrepiar e conter um gemido.

— Você quer ver? — Azriel perguntou em meio a um fôlego perdido, enquanto continuava os movimentos, a mão de Gwyneth o apertando por cima.

Ela pareceu hesitar por um momento, os olhos voltando para os dele. Mas, a curiosidade em seu olhar parecia falar mais alto do que qualquer medo que pairava ali. Ela desceu os olhos novamente, mordendo os lábios.

Azriel fechou os olhos por um momento, sentindo seu pau pulsar descontroladamente. Ele não conseguia lidar quando aquele desejo ficava tão estampado no rosto de Gwyn, em como ela o olhava como se ele fosse a última vez que o olharia, como se fosse capaz de abocanhá-lo a qualquer momento.

— Sim. — respondeu em um impulso de coragem, engolindo em seco. — Eu quero ver.

O encantador procurou por algum sinal de vacilo naquelas palavras, mas a voz de Gwyn estava firme. Ele a deu um tempo para que ela o detesse se quisesse, mas quando não fez aquilo, Azriel apenas desceu os dedos até a barra da própria calça, levantando um pouco o quadril, com Gwyneth ainda sentada em suas pernas.

Ele puxou a calça um pouco, a mão ainda trabalhando na própria extensão, enquanto Gwyneth o acompanhava. Ele levou os olhos para Gwyn, que encarava o seu pau agora exposto envolvido pelas suas mãos com os lábios entreabertos e os olhos levemente saltados. Azriel procurou pelo arrependimento em seus olhos, pelo desconforto, mas não havia nada além de surpresa e... curiosidade.

E o encantador estava começando a perceber que não teria mais nem um pingo de sanidade em sua mente se ela continuasse o encarando daquela forma. Ele voltou a movimentar a mão, Gwyn continuou o encarando, a respiração se tornando mais ofegante.

Ele pressionou a mão, da base até a cabeça, envolvendo-a com as mãos e depois descendo com lentidão, antes de voltar para os movimentos mais rápidos e intensos, os olhos de Gwyneth ainda vidrados em todos os passos, o que o fez gemer em resposta.

A valquíria molhou os lábios e voltou os olhos para o rosto de Azriel, o encarando com tanta lascívia que ele fechou os olhos, sentindo aquela onda de prazer tomar conta de seu corpo. Ele aumentou a velocidade dos movimentos, a mão de Gwyn ainda o acompanhando e o apertando sempre que Azriel grunhia ou arfava.

Ela saiu de cima das suas pernas, apenas para se sentar em cima do "v" de seus músculos, tirando a mão de cima da dele.

— Continue... — Ela sussurrou, enquanto se inclinava em sua direção e abocanhava seus lábios em um beijo intenso.

Azriel liberou a passagem no mesmo momento, sentindo a língua da sacerdotisa invadir sua boca e procurar pela dele. O encantador aumentou a intensidade dos movimentos da sua mão, sentindo-a encostar de leve no tecido da camisola de Gwyn, fazendo-o arfar em resposta.

E quando suas línguas se tocaram, em um beijo intenso e lento, Azriel sentiu aquela sensação conhecida se formar no seu baixo-ventre, sentiu seus músculos enrijecerem, o que o fez parar subitamente. Ele partiu o beijo e retirou a mão da sua extensão, Gwyn pareceu confusa por um momento.

O encantador apenas levou a mão até mais perto do rosto da sacerdotisa.

— Cuspa.

— O quê? — franziu o cenho.

— Você escutou.

Ela levou os olhos azuis até ele, como se perguntasse se ele estava realmente falando sério, mas ao invés de perguntar, Gwyneth o obedeceu e babou em sua mão. Azriel sorriu de lado, antes de levar a mão novamente até o pau que arquejava em tesão.

Grunhiu, sentindo-o bem mais escorregadio agora, facilitando os movimentos mais rápidos, os quais ele voltou a fazer. Ele jogou sua cabeça para trás gemendo baixo e rouco com a sensação que voltou a tomar conta do seu corpo.

Gwyn voltou a beijá-lo com uma necessidade descontrolada, o que fez Azriel morder o lábio inferior da sacerdotisa, arrancando um gemido dela. Aquele som o fez aumentar a intensidade da mão, sentindo os músculos se enrijecerem de novo, enquanto o coração acelerava contra o peito que subia e descia rapidamente.

Os olhos da sacerdotisa grudaram nos dele, ela o beijou novamente, e o encantador não teve tempo para se preparar quando os dedos de Gwyn passaram de leve pela membrana interior da sua asa direita. Ele estremeceu, impulsionando o quadril em resposta, sua mão pressionando ainda mais o próprio pau, enquanto um rosnado escapava de seus lábios.

— Faça de novo. — pediu em meio a um gemido.

Gwyneth sorriu, antes de passar os dedos perto de um dos ossos finos da asa. Azriel mordeu os lábios tentando focar em continuar os movimentos da sua mão no mesmo ritmo de antes. Ela partiu para parte externa, perto do espinho que ficava na ponta, deslizando-a por toda extensão.

— Assim?

— Deuses! — Ele exclamou, sua mão livre apertando com força a coxa de Gwyn, arrancando um ruído de prazer dela.

Xingou, os movimentos de sua mão completamente descontrolados, enquanto Gwyneth arrastava os dedos pela sua asa, apertando e pressionando, fazendo-o ver estrelas. Azriel abocanhou os lábios de Gwyn quando sentiu seu pau pulsar como nunca, tentando evitar o rugido gutural que escapava de seus lábios.

— Gwyn...

Ela deslizou a mão mais uma vez, e aquilo foi o suficiente para que ele explodisse. Um gemido longo, rouco e quase animalesco escapou de seu peito e tomou seus lábios, fazendo com que ele jogasse a cabeça para trás e arfasse, enquanto sentia seu líquido escorrer pela própria mão que o tapava para que ele não saísse fazendo uma bagunça desnecessária.

Seu corpo arquejou, enquanto os espasmos musculares tomavam conta de todo o seu ser. Ele se sentiu relaxado, aquele alívio intenso percorrendo todas as partes do seu corpo, o fazendo puxar o ar, tentando recuperar o fôlego perdido.

Gwyneth tirou os dedos da sua asa, e Azriel usou sua mão limpa para subir sua calça. A sacerdotisa, que ainda estava sentada em seu abdômen, encarou a mão do encantador que ainda estava suja do alívio do Mestre-Espião.

Ele estava se preparando para dizer que precisava limpá-la, quando Gwyneth o olhou com aqueles olhos azuis regados de desejo e disse:

— Posso te provar?

Ele pôde jurar que sentiu sua alma sair do seu corpo por alguns segundos. Nem nos seus sonhos mais indecentes ele imaginou que Gwyneth o pediria aquilo. E como ele dificilmente conseguia negar alguma coisa para ela, ele apenas sorriu perversamente em resposta.

Sua outra mão foi em direção ao queixo da sacerdotisa, o apertando de leve e fazendo com que ela continuasse mantendo o contato visual com ele.

— Abra a boca.

Os olhos de Gwyneth escureceram em uma lascívia quase palpável. O sorriso do encantador se intensificou quando ela o obedeceu, sem hesitar, com aquelas orbes de safira não tão mais inocentes quanto antes.

Azriel levou os dois dedos até a boca de Gwyn, e quase rosnou quando ela fechou os lábios em volta deles. A sacerdotisa continuou o olhando, enquanto chupava os dedos de Azriel, os limpando. Ele mordeu os lábios, observando-a fechar os olhos como se fosse uma sobremesa deliciosa.

Quando ela voltou a abrir os olhos, retirando os dedos de Azriel da boca, ele não conseguiu conter o ruído que escapou de seus lábios, sentindo endurecer novamente.

— O que falei sobre me olhar desse jeito? — disse o Mestre-Espião, apertando os dedos no seu queixo.

Gwyn sorriu de lado, um sorriso tão felino e predatório que Azriel precisou se acalmar para não recomeçar tudo novamente. Ele apertou suas bochechas com os dedos, puxando-a para um beijo nem um pouco delicado.

Suas línguas se encontraram, envolvendo uma a outra em um beijo intenso e desesperado, fazendo com que ele sentisse o próprio gosto eternizado na língua da sacerdotisa, e Azriel precisou cortar o beijo para que não arrancasse a roupa de Gwyneth, para que não rasgasse aquela camisola impiedosa do seu corpo e passasse a língua por cada centímetro da pele da valquíria.

— Você realmente se tornou uma criaturinha perversa, não é mesmo, Berdara?

— E a culpa é inteiramente sua. — Ela respirou fundo, como se também precisasse se acalmar.

— Blasfêmia. — Azriel se fingiu ofendido. — Eu só faço o que você me pede para fazer, Gwyneth.

Ele sorriu malicioso, virando Gwyn no colchão, a deixando embaixo do seu corpo. O encantador beijou cada canto de seu rosto, antes de se afastar e dizer:

— Agora, vá colocar um pijama de verdade, ou eu não deixarei você dormir.

Gwyneth riu, rolando os olhos. E aquele som fez suas sombras dançarem em volta dos dois, os cobrindo por alguns segundos, antes de se enrolarem no cabelo da sacerdotisa.



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Acordou no dia seguinte com um raio de sol batendo no seu rosto. Franziu o cenho, botando a mão na frente do rosto para impedir que a claridade o atingisse tão fortemente. Azriel respirou fundo, se esticando e abrindo os olhos.

Uma noite bem dormida. Um milagre que possuía nome e sobrenome.

Notou falta de um peso na cama e percebeu que Gwyneth não estava ali, mesmo assim, ele pôde jurar que sua bochecha ainda estava quente, como se alguém tivesse tocado ali há pouco tempo. Ele se levantou, pegando a camisa no chão e caminhando até o banheiro, a vestindo enquanto se dirigia até o outro cômodo.

Ele tomou um banho rápido e gelado, para acordá-lo, afinal, hoje o dia seria intenso, com o baile de Beron naquela noite. Sabia que já de manhã ele precisaria ir até a Casa do Rio para alinhar o resto das coisas.

Quando saiu da banheira, a Casa havia deixado uma muda de couro na bancada da pia. Ele agradeceu silenciosamente, vestindo as peças com rapidez, saindo do banheiro logo em seguida.

Pegou Reveladora da Verdade que estava ao lado da cama de Gwyneth e a colocou no compartimento da coxa, antes de caminhar em direção à porta do quarto. Saiu do quarto, andando pelos corredores com uma calma anormal fluindo em seu corpo.

Encontrou Nestha no caminho, vestindo calças e uma blusa leve devido ao calor daquela manhã. Ela o olhou, um sorriso um tanto quanto malicioso em seus lábios, Azriel rolou os olhos antes de alcançar a amiga e caminhar do seu lado.

— Bom dia, Az. — Nestha continuou sorrindo. — Dormiu bem?

— Bom dia, Nes. — respondeu Azriel. — Dormi, e você, dormiu bem?

Nestha riu fraco. Concordando com a cabeça.

— Sim, dormi perfeitamente bem. — Eles chegaram até o corredor da sala. — Você por acaso viu Cassian? Ele saiu mais cedo do quarto hoje.

— Provavelmente já deve estar na Casa do Rio. — Azriel deu de ombros.

Mas, antes que Nestha pudesse responder ela escutou um "aí" vindo da sala de jantar. Um "aí" que pertencia a Cassian, sem dúvida nenhuma. Os dois franziram o cenho, escutando o General reclamar novamente.

Continuaram caminhando até chegar na sala, parando subitamente ao ver a silhueta de Cassian e Gwyn. A sacerdotisa estava sentada na parte mais alta do sofá, entre as asas de Cassian, que estavam abertas possibilitando que Gwyneth mexesse no cabelo dele. A valquíria tinha parte dos cabelos do General na mão, enquanto trançava a lateral da cabeça de Cass.

— Se você ficar quieto não vai doer. — Gwyneth o xingou, puxando mais alguns fios e os trançando também.

— Aí. — Cassian reclamou de novo, fazendo uma careta. — Eu estou quieto!

— O que está acontecendo aqui? — Nestha reprimiu uma risada, cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha em direção aos dois.

Gwyn desviou os olhos focados dos cabelos negros de Cassian e os dirigiu até os dois, que estavam parados no arco observando a cena. Cass deu de ombros, fazendo outra careta quando os dedos da sacerdotisa voltaram a trabalhar.

— Eu reclamei que meu cabelo estava impossível hoje e Gwyneth ofereceu para trançá-lo e eu estranhamente aceitei a proposta. — respondeu o General.

Nestha riu, Azriel fez o mesmo enquanto negava com a cabeça. Gwyn levou os olhos até ele, sorrindo largamente, aquele sorriso que iluminava qualquer ambiente e a deixava mais bonita do que já era.

— Não mexa a cabeça. — A sacerdotisa repreendeu o amigo quando ele virou o rosto em direção a parceira, como se pedisse socorro. Nes apenas deu de ombros.

— Se você conseguir domar esse cabelo então você é uma profissional, Gwyn. — Nestha se sentou ao lado do marido.

O irmão voltou o olhar para Azriel, tentando ao máximo não mover a cabeça e irritar a valquíria que estava puxando mais alguns fios de cabelo. Por mais doloroso que estivesse sendo, Gwyneth estava fazendo um bom trabalho, e Cassian estava ficando bonito com o penteado.

— Preciso que busque Emerie. — disse Cassian. — Ela já deve estar esperando.

— Certo. — Azriel concordou com a cabeça. — Vou buscá-la e já volto, assim podemos descer para a Casa do Rio.

O General concordou com a cabeça, mas recebeu um beliscão de Gwyn em resposta, fazendo com que ele levasse a mão até o local.

— Aí!

— Ah, vocês illyrianos são mesmo bebês sensíveis. — Nestha riu, revirando os olhos com o drama de Cassian. — Melhor não deixar que seus inimigos descubram que o seu ponto fraco é o cabelo ou teremos que cortá-lo.

Cassian resmungou, antes de voltar a encostar as costas no sofá, deixando que Gwyn acabasse o trabalho a qual ela estava muito concentrada. Azriel acumulou suas sombras, piscando para a sacerdotisa que desviou os olhos dos fios negros de Cassian para olhá-lo, antes de atravessar para o acampamento para buscar Emerie.



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Os cinco adentraram na enorme mansão de Rhysand e Feyre. Gwyn e Emerie não paravam de olhar para os detalhes da casa, já que era a primeira vez que pisavam ali. Rhysand estava fazendo as reuniões na Casa do Vento por conta da praticidade para Emerie e Gwyneth, mas as duas valquírias disseram que não se importavam com o local. E para Rhysand e Feyre acabava sendo mais fácil fazê-las ali na própria casa já que Nyx estava completando apenas três meses, e ainda era pequeno demais.

— Quantas casas Rhysand têm? — Emerie perguntou assoviando quando viu o enorme lustre da entrada.

— Algumas dezenas. — Cassian respondeu fechando a porta.

Emerie riu, seguindo os amigos. Gwyn estava ao lado de Azriel, ainda observando o local e as diversas pinturas de Feyre, sorrindo fraco com algumas. O encantador continuou a guiando até a sala onde Rhysand, Feyre, Morrigan, Amren e Varian tomavam café. Rhysand estava em pé, ninando um Nyx desperto, enquanto sua Grã-Senhora aproveitava uma panqueca com frutas e calda. E Feyre parecia demorar a engolir de propósito, o que fez Azriel rir fraco.

— Vocês chegaram. — A Archeron mais nova sorriu, comendo mais um pedaço de panqueca. — Ótimo!

Eles se cumprimentaram, sentando em seguida.

— Podem comer, e depois nos preocupamos em discutir as novas informações. — disse Rhys, passando a mão nos cabelos negros de Nyx.

— Deixe eu ficar um pouco com ele. — Nestha se levantou, indo em direção ao sobrinho, sorrindo para o pequeno. — Vá comer também.

Aquela hesitação que parecia fluir de Rhysand quando se tratava de Nestha não existia mais, o que fez com que ele desse o bebê para a cunhada sem preocupações. Ainda era um pouco estranho vê-los agir daquela maneira, mas Azriel conseguia sentir a gratidão de Rhys por Nestha, aquela gratidão que vinha do reconhecimento de que se não fosse por ela, nem Feyre e Nyx estariam aqui, e consequentemente ele também não estaria.

O Grão-Senhor parecia finalmente estar em paz com o passado de Nestha e de Feyre, assim como as duas pareciam estar também. O sorriso leve no rosto de sua Grã-Senhora ao ver a irmã brincar com o filho parecia dizer exatamente isso.

— Pode chamar Elain e Lucien? Eles estão no jardim. — Ela perguntou para Cassian, o General apenas concordou com a cabeça, antes de sair em direção às portas de vidro abertas.

— O emissário abriu a boca? — Morrigan perguntou para ele, enquanto cortava um pão.

Azriel concordou com a cabeça, os episódios nos calabouços o atingindo como nunca.

— Sim, mas vamos esperar todos chegarem para que eu possa explicar. — O Mestre-Espião respirou fundo, bebericando um xícara de café.

Elain e Lucien entraram momentos depois, a Archeron do meio limpava as mãos e Lucien segurava uma cesta para a parceira, cheia dos mais variados tipos de flores. Todos notaram a presença dos dois, e ambos cumprimentaram os que haviam chegado depois, antes de se sentar na enorme mesa.

— Quero plantar algumas delas na Mansão dos Exilados. — Elain se explicou para a irmã. — E não consigo encontrar essas no mundo humano, o jardim de lá está horrível.

Reclamou, a voz baixa com a intenção de se explicar apenas para Feyre, que sorriu e concordou, dizendo que ela poderia pegar qualquer muda que quisesse. Quando o silêncio voltou a se instalar todos eles voltaram o rosto para o Mestre-Espião.

Gwyneth apertou sua perna de leve por debaixo da mesa, como se dissesse que estava ali e o incentivasse, como se ela já soubesse que a notícia era pior do que imaginavam.

— Vallahan se aliou a Beron. — Se ajeitou na cadeira. — Assim como Montesere e Rask.

Azriel escutou Cassian xingar baixinho, fechando os olhos e respirando fundo, a mão grande indo em direção a testa.

— Eu devia ter esperado isso. — Morrigan bufou, jogando um guardanapo de pano em cima da mesa. — Como fui estúpida... Eles provavelmente também estavam me observando.

O rosto de Rhysand e Feyre eram uma incógnita.

— Não vamos nos precipitar. — Rhysand se virou para a prima. — O que mais, Azriel?

— A Corte Primaveril também se aliou a Beron.

Lucien pareceu chocado, os olhos se perderam na parede em sua frente. E Feyre parecia procurar alguma forma de confortar o filho de Helion com os olhos.

— Como? Achei que Tamlin estava desaparecido. — perguntou, engolindo em seco.

— Filho da puta...

Cassian murmurou, e atrás dele Azriel conseguiu perceber as narinas de Nestha se dilatando de leve. O encantador respirou fundo antes de continuar a explicar:

— Ele está sendo controlado. — O cômodo ficou em silêncio. — Beron está controlando ele e diversos outros soldados. O exército de Tamlin está comprometido.

— Como? — O rosto de Rhysand empalideceu. — Como Beron está controlando as pessoas?

— Com aquelas criaturas, os Ardamors. — Azriel encostou na cadeira, exalando um longo suspiro. — Não sei como funciona, mas parte da essência deles é inserida no corpo. A única coisa que sei é que Vallahan cedeu um pedaço do território para que Beron pudesse criar as criaturas.

— Acha que eles sabem que estão se aliando a Koschei, na verdade? — Emerie perguntou. — Acha que todos esses aliados de Beron sabem para quem ele está trabalhando?

— Não. — Azriel respondeu. — Acho que Beron está escondendo bem suas intenções. Por enquanto, as Cortes sabem apenas que ele estava se movimentando a favor da guerra com as Rainhas Mortais, mas duvido que saibam de verdade o que está por trás.

O ar aparentou ficar mais pesado. 

— Temos que ficar de olho em Illyria. — O encantador voltou os olhos para os irmãos. — Também precisam da pedra no topo de Ramiel para algo, além disso, Beron o intimou a levar mais três criaturas e aquelas que eu vi, pareciam mais fortes.

— Tomem cuidado. — Morrigan voltou os olhos para os Grã-Senhores. — Essa noite... Tomem cuidado. Sei que estamos nos preparando há quase um mês, mas não sabemos o que podemos esperar, o que Beron está tramando.

— Eu sei. — Rhysand respondeu, os olhos violetas agora desviando na direção da segunda no comando.

— Se Beron e Koschei já possuem essa quantidade de aliados, podemos imaginar que ele provavelmente já estão juntando forças para a batalha. Varian disse que não teve mais nenhum sinal de soldados da Outonal espreitando o mar de Adriata, sinal de que não obtiveram resultado com a espada.

Varian concordou. Os olhos prateados de Amren encontraram os de Nestha.

— O que nos leva a você, menina. — A feérica entortou a boca. — Você e Elain são as únicas Grã-Feéricas feitas pelo Caldeirão. Se Beron já possui conhecimento dos Tesouros, então provavelmente irá atrás de vocês. Koschei já interceptou Elain e você foi atacada em Adriata.

Amren voltou a olhar para Rhysand.

— Acho que vão tentar algo em relação a ela hoje, então fiquem espertos. — Ela se virou para Nes. — E use qualquer coisa que ainda tiver do seu poder aí dentro, menina.

A Archeron mais velha apenas concordou com a cabeça, enquanto deixava Nyx enrolar a mãozinha no seu dedo. O rosto de Nes era um mistério, mas mesmo assim, Azriel pôde jurar que enxergou aquelas faíscas prateadas nos olhos azuis acinzentados da cunhada.

— Deveria tentar entrar em contato com Drakon e Miryam. — Feyre murmurou, olhando para o parceiro. — Para avisá-los e pedir que lutem ao nosso lado se precisar.

— Iremos precisar. — Morrigan corrigiu. — Iremos precisar de qualquer força a mais... Ou, estamos perdidos.

Azriel desviou os olhos para o seu sobrinho no colo de Nestha, tentando não demonstrar preocupação em seu rosto. Como iriam de frente para a batalha com Nyx? Como poderiam deixar que aquilo acontecesse? Como poderiam deixar que ele conhecesse a guerra antes mesmo de dar seus primeiros passos?

Ele suspirou engolindo em seco e voltando o olhar para a mesa, sentiu um calor em sua perna e desviou os olhos para a sacerdotisa sentada ao seu lado. Ela também tinha um sorriso triste no rosto, mas seus olhos pareciam dizer: Juntos. Estamos todos juntos. E se der errado continuaremos juntos.

Azriel curvou os lábios levemente para cima, procurando sua mão por debaixo da mesa, entrelaçando seus dedos com força, deixando o polegar fazer um carinho sutil nas costas da mão da valquíria.

Eu e você. Ele levou os olhos castanhos para ela, e Gwyn aparentou entender, pois apertou sua mão de leve.

Eu e você.

Foi o que ela pareceu responder. 



NOSSA SENHORA COMO QUE PODE DOIS GOSTOSOS DESSES SE PEGANDO E EU NÃO ESTANDO NO MEIO?? QUE MUNDO É ESSE TÃO CRUEL QUE A GENTE VIVE? O pobi do Azriel quase morrendo e a Gwyn toda serelepe nesse capítulo, amamos muito ver!

Não vou gastar muito tempo aqui, então só passando para perguntar se vocês gostaram do capítulo, se estão se preparando mentalmente para os próximos ? RS 

E se gostaram já sabem né? Comentem bastante e curtam também, isso ajuda a história a crescer e também me motiva muuito a continuar! 

É isso amores, muito obrigada pelo carinho de sempre. Sou muito grata por todo esse amor que vocês demonstram pela história e realmente as vezes não acredito que essa quantidade de pessoas gostam do que eu escrevo. Muito obrigada por tudo! Amo vocêssss <3 

PS: Desculpa qualquer errinho, semana de prova por aqui e não to raciocinando direito antes de revisar :/ 

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