PARTE 1 - Welcome To The Fire

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As luzes mudam, as cortinas se abrem e no palco uma mulher aparece com um sorriso educado. Sua pose exala graça e elegância; seu vestido de seda dourada desliza perfeitamente por suas curvas delicadas, caindo suavemente até o chão de mármore. Seu pescoço, orelhas e dedos, adornados por joias no valor de milhões.

- Boa noite, senhoras e senhores -  ela começa com uma voz melódica, sua pele brilhando como porcelana sob as luzes fracas, seu aroma de pêssego e baunilha se espalhando por todo o ambiente.

- Uma ômega - Jimin pensa desinteressado do sofá onde está sentado com uma perna cruzada sobre a outra. Seu pé suspenso balança para frente e para trás como o rabo de um gato antes do ataque, o queixo forte apoiado na mão esquerda enquanto ele observa a cena com uma expressão vazia.

- Esta noite, temos o prazer de recebê-los no primeiro leilão do ano. Para esta ocasião especial, selecionamos apenas as peças mais impressionantes e bonitas para vocês -  continua ela, abrindo um sorriso bajulador. 

Jimin suspira, entediado, cutucando as cutículas das unhas perfeitas enquanto ela fala sem parar com as bajulações mais enjoativas, do tipo que Jimin mais odeia. O salão é espaçoso, mas quase completamente escuro para esconder a identidade dos convidados; a maioria deles até usa máscaras para se disfarçar, provavelmente pessoas ricas fingindo estar do lado certo da lei e não querendo ser vistas em um leilão clandestino. 

Jimin, por outro lado, não tem nada a esconder. Além do terno caro que custa mais que a primeira joia que a ômega mostra, feito à mão para caber perfeitamente em seu corpo fortemente definido, e dos elegantes sapatos pretos que brilham tanto que refletem as poucas luzes do ambiente, seu rosto está nu. 

O cabelo escuro foi penteado para trás, apenas uma mecha preta caí teimosamente na testa alta. O queixo forte, a mandíbula bem definida, olhos felinos e maçãs do rosto salientes, fazem de Jimin o alfa perfeito, aquele que qualquer ômega morreria para ter. 

Mas sob a fachada perfeita, no fundo dos seus olhos escuros, reside um monstro. 

Park Jimin não é apenas dolorosamente bonito, mas também um assassino de sangue frio, filho único de Park Joon-ho e herdeiro da organização criminosa mais perigosa do país. 

- A próxima peça é este lindo anel de diamante negro -  o holofote ilumina a joia colocada em cima da seda aveludada - Este diamante tem 10 quilates como peça central, e a faixa é de ouro branco puro, escolhida para complementar e realçar a beleza dramática da pedra preciosa central. 

Qualquer um pensaria que esta é uma peça muito simples que você pode encontrar em qualquer joalheria. Mas então o ômega continua com um pequeno sorriso - Este anel foi feito em 1989 na 2nd Street Avenue 265. 

Imediatamente, uma mão é levantada. - 3 milhões - pronuncia uma voz masculina, sem sequer esperar pela oferta inicial. 

Jimin sorri com escárnio. Tão óbvio. 

- 3,5 milhões -  diz outro. 

Não é o anel em si que vale tanto, mas sim as informações contidas dentro das peças, que interessam às pessoas. Na verdade, não se trata de um leilão de joias, mas de uma forma exclusiva de enviar e receber comunicações que não poderiam ser repassadas de outra forma. Informações que podem mudar o rumo dos acontecimentos em todo o país. 

- 5 milhões -  Jimin levanta sua placa com a mão livre, enquanto a outra ainda apoia o queixo. Esse anel em particular não é relevante para ele, mas Jimin gosta de fazer pessoas estúpidas suarem. 

- 5,5 milhões -  diz rapidamente o mesmo homem, obviamente nervoso. 

- 8 milhões -  Jimin sorri quando o outro lado permanece em silêncio. 

- 8 milhões -  exclama a ômega impressionada - Alguém tem um lance mais alto?

Jimin pode ouvir o outro homem xingar baixinho e seu sorriso cresce ainda mais. 

- Dou-lhe uma, dou-lhe duas -  diz a leiloeira - ... vendido por 8 milhões! 

Um beta vestindo roupas escuras traz o anel em uma bandeja prateada e se inclina respeitosamente na direção de Jimin. A próxima peça já está sendo mostrada enquanto ele  muda de posição para pegar a joia, gesticulando com o queixo para um de seus guarda-costas cuidar do pagamento. 

Ele segura o anel com desinteresse, mudando de um lado para outro com a pontas dos dedos para observar a pedra negra captar a luz do ambiente. Jimin suspira entediado e desliza o anel em seu indicador, balançando a mão na frente do rosto para verificar o caimento. 

Ele então olha para a mesa lateral onde pode sentir os olhos do homem sobre ele e acena a mão com um sorriso brincalhão. 

Jimin pode ouvir a comoção, embora não consiga ver muita coisa na penumbra. O homem se levanta abruptamente, enquanto outros tentam faze-lo se sentar novamente. Esse é provavelmente um criminoso violento ansioso para matá-lo agora, mas honestamente, Jimin não está nem um pouco preocupado. 

Ele tem quatro alfas gigantes ao seu redor, que são treinados não apenas para matar, mas também para dar suas vidas para protegê-lo. Além disso, o próprio Jimin foi treinado durante toda a vida para ser rápido, para liderar e, é claro, para matar. Se for necessário, ele não vai hesitar.

- Tudo bem, agora vamos continuar com a próxima peça - a ômega anuncia, e Jimin assiste quando a luz do holofote brilha sobre um colar de esmeraldas incrustado com diamantes e rubis, bastante chamativo e obviamente caro. -  Este é um dos itens mais preciosos desta noite. A peça central é esta linda esmeralda trabalhada na Índia e não podemos deixar de mencionar os diamantes e rubis ao seu redor, que lhe conferem uma aparência única. 

Jimin acaricia seu queixo com o dedo, os olhos semicerrados colados no colar. 

- Esta peça deve durar até 3024, e quem sabe talvez até 7 anos depois disso -  ela brinca encantadoramente.

Bingo. Esse é o código que eles estão procurando. 3.02430.31. 

- Vamos começar com um lance inicial de 1 milhão. Temos uma oferta? 

- 4 milhões-  diz uma mulher atrás de Jimin. 

- 4,3 milhões - anuncia outra pessoa. 

- 6 milhões - Jimin levanta sua placa, com a expressão tão desinteressada como sempre. 

- 6 milhões! - exclama a leiloeira  - Alguém tem uma oferta maior?

- 10 milhões - grita o homem na mesa ao lado, e algumas pessoas ficam boquiabertas de surpresa. 

Jimin levanta uma sobrancelha. O homem claramente não tem tanto dinheiro, caso contrário teria feito um lance no anel que queria. Ele está fazendo isso apenas para desafiar Jimin. 

- 15 milhões - ele anuncia com um revirar de olhos. 

- 15 milhões! - a ômega sorri, seu perfume já doce, ficando ainda mais enjoativo com excitação. - Dou-lhe uma, dou-lhe duas...

- 20 milhões -  o homem se levanta vitorioso, e por um momento, Jimin considera retirar sua oferta e deixá-lo ganhar só para ver a expressão em seu rosto quando ele perceber o que acontece com as pessoas que não têm dinheiro para pagar pelos seus itens. 

Mas ele não pode. Dentro deste colar estão as coordenadas de um carregamento de armas e outros tipos de armamentos que serão vendidos não só para esta cidade, mas para todo o país. 

- 100 milhões - Jimin diz, e toda a sala fica tensa. 

- 1-100 milhões - a ômega tropeça nas palavras, claramente chocada - Dou-lhe uma, dou-lhe duas.

O homem rosna quanto se senta, seu cheiro de menta salpicado de raiva, fazendo Jimin torcer o nariz em desgosto. 

- Vendido! - ela anuncia, e Jimin não consegue evitar o sorriso arrogante se espalhando por seu rosto. 

Quando o colar finalmente chega às suas mãos, Jimin o analisa de todos os ângulos para ver se há algo aparente, mas a peça parece completamente limpa. Ele a coloca no bolso dentro do paletó e se levanta bem a tempo de seus homens finalizarem o pagamento, que é claro, todo feito em dinheiro, e a bolsa para armazenar essa quantia é tão grande e pesada que tem seu próprio guarda-costas específico.

- Vamos - diz ele, ajustando as lapelas e verificando o relógio de pulso. 

Ao contrário da crença comum, um leilão clandestino não é realizado em um edifício abandonado nos confins da cidade. Em vez disso, quando Jimin sai do salão escuro com uma mão no bolso da calça, ele se encontra em um luxuoso corredor de um dos hotéis 5 estrelas que pertencem à sua família. 

A matilha Park domina toda a cena do crime da zona leste da cidade. Liderada por um dos alfas mais cruéis que se conhece, Park Joon-ho, a matilha é responsável por fornecer drogas e armas para todo o país, gerando lucros superiores a bilhões. Mas não só isso, o bando também possui vários negócios legais que proporcionam empregos para milhares de pessoas, não pela bondade do coração de Park Joon-ho, mas para lavar dinheiro e contribuir para seus bens. 

Para ele, não há nada mais importante do que dinheiro e poder, e com metade do governo e da força policial na sua folha de pagamento, ele pode praticamente fazer o que quiser. A matilha Park basicamente governa a cidade, e é apenas uma questão de tempo até que Park Joon-ho suba as escadas para seu objetivo principal: ser a principal organização criminosa da Ásia.

- Espere aqui -  Jimin ordena quando eles param em frente a um banheiro. 

Os quatro homens ficam em posição em frente à porta enquanto Jimin entra. Ele rapidamente cuida de seus afazeres no banheiro e caminha até a pia de mármore para lavar as mãos. Seus olhos se levantam automaticamente e ele vê seu próprio reflexo no espelho. 

A pele imaculada de seu rosto, os olhos glaciais, frios como o sangue em suas veias, os lábios grossos e pálidos constantemente pressionados em uma linha tensa. Seu rosto não tem marcas, nem rugas ao redor dos olhos, não porque ele é jovem, mas porque ele nunca sorri.

Olhando para si mesmo agora, Jimin mal consegue reconhecer a criança que ele já foi um dia. Agora, ele quase não é mais humano. Todo o calor que ele já teve se foi para sempre. Mas não importa; esse é quem ele deve ser. É assim que um alfa deve parecer. 

Foi assim que seu pai o criou para ser. Forte, frio como aço, sem coração. 

Seus pensamentos são interrompidos pelo barulho alto da porta sendo batida contra a parede. 

Jimin vê pelo espelho uma rápida imagem de seus homens lutando do lado de fora antes que a porta se feche novamente. Dentro, um alfa com o mesmo cheiro de menta do homem na mesa ao lado está de pé com uma arma apontada diretamente para ele. 

- Me dá o anel - ele rosna, com o rosto distorcido de raiva, mas sua mão permanece firme quando ele segura o indicador do gatilho. 

Jimin suspira e termina de lavar as mãos, balançando-as levemente antes de pegar a toalha de papel ao lado da pia. Ele se enxuga sem pressa e joga o papel na lixeira antes de se virar para o homem. 

- O que? - ele pergunta só para ser irritante. 

- O anel -  o alfa repete com os dentes cerrados. - Dê para mim ou eu vou te matar. 

- Hmm - Jimin assente, inclinando a cabeça para o lado - Você sabe que é proibido matar dentro da área do leilão, certo? 

É isso mesmo, até os gangsters têm regras. Mas, aparentemente, esse homem estúpido não dá a mínima para elas. Ele provavelmente é relativamente novo na área, já que claramente não sabe para quem está apontando uma arma. 

Ele dá um passo mais perto, reduzindo a distância entre eles e apontando diretamente para a cabeça de Jimin com um sorriso lateral. - É por isso que estou te dando a chance de me dar primeiro. 

Jimin dá um tapinha no queixo com o indicador, fingindo pensar. - Por que eu sinto que você vai me matar de qualquer maneira?

O rosto do alfa se distorce ainda mais, seu cheiro fica mais forte quando ele estufa o peito, claramente tentando parecer intimidador. 

- Me dá logo, porra - ele rosna, usando sua voz de comando e chegando ainda mais perto. 

O lobo de Jimin se agita por dentro, claramente incomodado com a demonstração de agressividade do outro, mas Jimin apenas permanece calmo como sempre enquanto olha para cima para a ponta da arma que é pressionada contra sua testa. 

Ah, sim, ele já esteve aqui antes. E é sempre tão entediante. 

Ele estala a língua contra o céu da boca, seu lobo rosnando de satisfação pela luta que se aproxima. - É isso aqui que você quer? - Jimin balança a mão no ar, observando o alfa acompanhar o movimento do anel no seu indicador - Venha pegar então. - Ele sorri atrevido. 

O homem rosna, pressionando o gatilho. Mas ele é muito lento. Jimin atinge o braço alfa com a lateral da mão esquerda, com tanta força que ele pode ouvir um osso do outro quebrando, e a bala atinge o espelho atrás dele, espalhando cacos de vidro por todo o chão. 

Ele não espera o outro alfa se recuperar antes de chutar seu peito com força suficiente para que ele caia de costas, quebrando a porta de uma das cabines. 

Outra bala atinge o teto, espalhando destroços pelo banheiro, antes que a arma deslize de suas mãos trêmulas para o canto da parede. 

- Ah, vamos lá - Jimin reclama enquanto o homem tenta se levantar. - É tão fácil que nem tem graça.

O alfa se levanta em toda a sua altura, claramente mais alto e mais musculoso que Jimin, e o encara com olhos vermelhos. - Eu vou arrancar a porra da sua mão - ele cospe no chão e limpa a boca com as costas da mão. 

Jimin suspira tristemente. - Promessas, promessas. 

O alfa rosna do fundo de sua garganta enquanto se aproxima de Jimin com toda sua força. Ele obviamente não consegue controlar seu próprio lobo, sendo arrastado por emoções cruas e sem muito pensamento racional. É patético de se ver. 

Jimin o deixa acertar o primeiro soco só para ser legal, seu rosto virando para o lado quando o punho atinge sua bochecha direita com força, cortando o interior de sua boca e abrindo seu lábio inferior. Claro que dói, mas não é nada nem perto do que ele está acostumado. 

Jimin limpa o sangue dos lábios com a ponta dos dedos, rindo ao ver o líquido vermelho pegajoso na frente de seus olhos. - Olha só. Bom trabalho, cachorrinho - elogia. 

O cheiro do alfa aumenta com ódio e raiva, e ele levanta o punho para socar novamente. Desta vez, porém, Jimin se esquiva - Não, não - ele diz, deslizando rapidamente para trás do homem - Uma vez foi o suficiente.

Jimin o chuta bem no meio das omoplatas, e o alfa cai para a frente, apoiando as mãos na pia e tossindo sangue com a força do impacto. Jimin foi treinado em todas as artes marciais conhecidas pela humanidade; ele sabe exatamente onde e com que força acertar. 

Seu cheiro permanece o mesmo, chuva e petricor, quando ele puxa a cabeça do alfa para trás com força pelo cabelo curto, as veias de suas mãos se projetando com o esforço, fazendo o homem muito mais alto dobrar as costas em um ângulo estranho, grunhindo de dor. 

Jimin saca uma adaga que sempre leva no cinto, só para o caso de algo divertido acontecer, e pressiona a lâmina afiada na garganta do outro, desenhando uma pequena linha de sangue. - O que aquilo antes? Sobre arrancar minha mão? - ele pergunta docemente em seu ouvido. 

O alfa cerra os dentes, e antes que Jimin possa reagir, ele joga a cabeça para frente, enterrando a pele profundamente na lâmina, derramando sangue quente pelos dedos de Jimin, e jogando-o para trás com toda sua força, acertando Jimin no nariz com tanta força que ele vê pontos brancos em sua visão quando o osso quebra. 

Jimin dá um passo para trás por reflexo, e o alfa aproveita a oportunidade para se virar e dar um soco no rosto dele com toda a força que pode. Mas antes de seu punho pousar, Jimin se abaixa, apoiando as mãos no chão enquanto chuta com a perna visando o tornozelo do alfa para desequilibrá-lo. 

O homem cai para trás com um baque alto, e Jimin se lança para frente, sentando em seu peito e prendendo-o no chão,, desferindo um golpe após o outro no rosto do alfa. 

Jimin só consegue ver o vermelho enquanto continua socando e socando, e o corpo sob ele se contorce e tenta se libertar.  O outro alfa tenta revidar, mas claramente Jimin é mais forte. 

Os anéis em seus dedos ficam cobertos de sangue e alguns fios escapam de seu cabelo bem penteado. O rosto sob suas mãos fica amassado, o nariz quebra, um dente cai, as bochechas se abrem, mas Jimin não para. Seu alfa uiva por dentro enquanto ele domina o outro. 

- Controle-se - ele ouve a voz do pai no fundo de sua cabeça, - Um homem escravo de suas necessidades nada mais é do que um alvo ambulante inútil. É isso que você quer ser, Jiminie? Um pedaço de merda inútil? Mais do que você já é? 

A visão de Jimin clareia enquanto a risada provocadora ressoa em suas memórias. Ele olha para baixo e se inclina para trás, encarando as mãos cobertas de sangue. 

- Porra - ele suspira, levantando-se ao mesmo tempo em que seus guarda-costas entram no banheiro. 

- Senhor, você está bem? - um deles pergunta, e Jimin revira os olhos. 

- Apenas termine rapidamente e limpe tudo - ele aponta para o local destruído e o corpo ensanguentado caído no chão, - Estou indo embora.

Jimin não se preocupa em lavar as mãos. De que adianta, afinal, quando seu terno e seu rosto estão cobertos de sangue? Ele precisa de um banho. 

A dor em seu nariz distrai muito, e ele rapidamente agarra a ponte e coloca o osso de volta no lugar, caminhando com pés firmes até o carro preto que espera na frente. Felizmente, o lobby está vazio, apenas com a recepcionista que há muito está acostumada a ver cenas como essa. 

Mas, honestamente, ele não daria a mínima se houvesse mais alguém. 

Ele fecha a porta com um baque alto e rapidamente verifica o bolso para ter certeza de que o colar ainda está intacto. Jimin suspira de alívio ao ver que sim, e se recosta no banco enquanto o motorista manobra pelas ruas. 

Tanto esforço para ser sutil e rápido. 

Seu pai vai matá-lo.

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