Eu penso em você nas segundas, durante a aula de inglês, seus lábios se movendo e dizendo qualquer frase em inglês que me faria fechar os olhos, suspirar e sorrir; eu penso em você nas terças, durante as aulas de literatura: Brontë, Byron e Shakespeare, e depois nas aulas de redação, imaginando a sua inspiração; eu penso em você nas quartas, durante todas as aulas - principalmente biologia, a minha aula favorita, te imagino tanto durante ela que seria capaz de tocar o seu corpo e dizer o nome de cada osso ou músculo -, você fica tão perto e tão longe; eu penso em você nas quintas, durante a aula daquele professor chato, seja arte, filosofia ou sociologia - por você eu viraria Van Gogh se pudesse desenhar a curva do seu sorriso em que sempre me perco, faria Marx virar romântico e Durkheim trocar o fato social por o que sinto por você; eu penso em você nas sextas, durante as aulas de matemática, pois prefiro me aninhar entre os seus braços do que em logaritmos, escalas e gráficos; eu penso em você nos sábados e nos domingos, durante seja lá qual for a matéria que eu esteja estudando, porque tudo me leva a você. Eu penso em você, e assim sucessivamente.