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São Paulo | Orfanato Santa
Menefreda

DEPOIS DE UM TEMPO CONVERSANDO PARA DECIDIR QUE IRIA SER FEITO ⸻ O grupo resolveu permanecer no alto do morro, vigiando o orfanato até as pessoas que saíram do caminhão retornarem, o que obviamente demoraria.Joui sugeriu que eles revezassem para ficarem de vigia já que estava a noite, era bem tarde e tinham diversas pessoas dentro dentro orfanato, mas Helena seguiu que apenas ela ficasse, e assim eles poderiam tentar cochilo um pouco ou até mesmo revisar fatos do caso

A sua M4 estava pendurada do lado de seu corpo por sua bandoleira, preparada para ser utilizada caso necessário, mas tudo estava estranhamente tranquilo, mesmo tendo quase cinquenta pessoas próximas de onde o grupo estava.Ela olhou na direção do orfanato ainda vendo o caminhão parado na frente dele, iluminando as pessoas que saiam e entravam do orfanato.A figura daquele homem com as correntes não saia de sua cabeça

Era impossível ser ele, ele jamais se juntaria com ocultistas para sequestrar pessoas e utilizá-las em rituais, fora que ele estava morto a alguns anos.Ela fechou os olhos e suspirou dentro de sua máscara.Tudo era tão complicado para Helena, porque as coisas não podiam ser mais simples?Ela pegou a foto do orfanato de dentro do bolso de sua roupa e a olhou por alguns segundos.Todo mundo estava naquela foto, o padre Ronaldo, Arnaldo Fritz, a irmã Thelma, Dante, Lilian, Gal, Henri e até mesmo Anthony

Alguns eram como irmãos para Helena, enquanto outros, não passavam de figuras sombrias de seu passado, nas quais ela agradecia por estarem mortos, sem se importar com o pensamento obscuro.Ela deslizou o dedo indicador coberto por sua luva preta, por cima do rosto pequeno, de quando era criança na foto, ela não conseguia se lembrar muito bem de quando exatamente a foto foi tirada, mas algumas lembranças do dia vinham em sua cabeça

⸻ Você deveria descansar também ⸻ A voz de Arthur não a assustou, somente fez ela guardar a foto rapidamente, enquanto ele parou ao seu lado.Estava escuro, mas pelo tempo que ela passou naquela escuridão, a sua visão já tinha se acostumado ⸻ Dessa vez você não se assustou

Ela não respondeu o agente, apenas continuou olhando na direção do orfanato em silêncio

⸻ Sei que você não gosta de conversar, muito menos comigo, já que nós quase não nos falamos mas já que estamos trabalhando juntos, eu queria saber se eu posso..te perguntar uma coisa ⸻ Ela sabia que provavelmente iria se arrepender daquilo, mesmo assim, ela balançou a cabeça positivamente para o agente ⸻Certo, na base, antes de nós chegarmos a sala do Veríssimo mais cedo, você correu na sala do Veríssimo como se tivesse..visto, alguma coisa ⸻ Ela o olhou séria ⸻ Longe de mim querer se meter na sua vida, mas você viu, ou tem visto alguma coisa estranha?

Ela encarou Arthur por um tempo.Como Arthur sabia que ela tinha visto alguma coisa?Ela de fato agiu de forma bem estranha quando correu até a sala de Veríssimo, mas não percebeu que tinha ficado tão óbvio que estava vendo alguma coisa dentro da sala do homem.A não ser que ele também estivesse vendo, mas como ela poderia ter certeza disso?

⸻ Se não quiser responder, tudo bem..

⸻ O que você tem visto? ⸻ Ela não conseguiu pensar em mais nada além disso.Arthur ficou calado por alguns segundos, provavelmente pensando no que dizer

⸻ Já tem algumas semanas que acontece ⸻ Ela o encarava enquanto Arthur revelava o que via ⸻ É um olho, amarelo que parece que..tá chorando, enquanto me observa pelos cantos, em frestas.A noite, eu escuto o som de goteira, e não durmo bem a muito tempo por conta delas ⸻ Ele a olhou

Era exatamente a mesma coisa

⸻ Sim ⸻ Ela respondeu, e Arthur assentiu repetidas vezes ⸻ Você..sabe, o que é essa..criatura?

⸻ Não, a Agatha e o senhor Veríssimo também não sabem de nada que se pareça com isso, mas o senhor Veríssimo disse que talvez, possa ter uma criatura observando a mim ⸻ Ela piscou algumas vezes ⸻ E agora, você também

⸻ Mais alguém tem visto essa criatura? ⸻ Arthur suspirou levemente cansado, e assentiu

⸻ Outras duas pessoas próximas de mim, uma é da equipe e a outra não

⸻ Quando eu estava na base, eu escutei aquele maldito som de goteira..eu olhei em meu redor, e quando olhei na direção do escritório do Veríssimo, encontrei o olho na frente da porta, me encarando.Eu ia na direção dele, mas ele bateu a porta e então eu corri 'pro escritório ⸻ Ela desviou o olhar, o voltando para o orfanato

⸻ Vamos torcer para que isso acabe ⸻ Arthur falou ⸻ Obrigada, por..falar a verdade, nós quase nem nos falamos

Ela ia responder alguma coisa ao agente, mas uma leve insegurança a tomou, e Helena apenas acenou com a cabeça sutilmente, dando as costas para o agente e começando novamente a sua ronda pelo local.Ela caminhou pelo perímetro do morro até às quatro da manhã, fazendo algumas pausas é claro de cinco a dez minutos, e quando o relógio marcava quatro e quinze da manhã, todos ficaram a postos com o caminhão começando a sair, com pessoas entrando nele, incluindo o homem com correntes prendendo as duas criaturas

⸻ É melhor a gente entrar, já está vazio agora ⸻ Todos concordaram, e deixando no topo do morro e van juntamente a moto de Helena, o grupo partiu na direção do orfanato, preparando seus equipamentos no percurso

Cada vez que se aproximavam do orfanato, um sentimento de nostalgia e medo crescia no interior de Helena, que conseguia evitar deixar aparente a sensação desconfortável ao se aproximar do prédio.Com todos já devidamente preparados e armados, o grupo começou a andar para adentrar o prédio ligando as lanternas de suas armas, já que a escuridão tomava o orfanato abandonado.Chegando na frente da escadaria que levava a entrada do orfanato, Dante parou o grupo

⸻ Gente, eu sei que vocês não confiam em mim, mas..eu queria fazer uma coisa 'pra descobrir se existe algum tipo de perigo se entrarmos aqui ⸻ Todos olharam para Dante

⸻ Que tipo de coisa Dante?

⸻ Eu consigo enxergar o paranormal ⸻ Todos fizeram algumas caras em confusão

⸻ Do que você precisa para isso? ⸻ Beatrice perguntou ao ocultista

⸻ Só de um telefone ⸻ Assim que Dante terminou de falar, Arthur estendeu ao loiro o seu celular, o entregando a Dante

⸻ Calma aí, você enxerga o paranormal? ⸻ Dante assentiu

⸻ Sim, quer dizer, vai que alguém possa ter colocado alguma coisa ou algum objeto, que possa nos afetar de alguma forma ⸻ Joui ficou em silêncio pensativo e curioso ao mesmo tempo

⸻ Certo ⸻ Kaiser disse ⸻ Eu confio em você, faça o que você sabe fazer

Dante se virou na direção do orfanato, e com uma de suas mãos segurando o celular de Arthur e a outra segurando o colar ao redor de seu pescoço, ele fecha os olhos, e quase que instantaneamente a tatuagem que o ocultista tinha em sua testa começa a brilhar em amarelo, assim como seus olhos.Dante fica dessa forma por algum tempo, até seus olhos e a tatuagem em sua testa voltar ao normal, e quando isso acontece ele se vira novamente ao grupo

⸻ Gente, tem muita energia paranormal aqui, especialmente do lado direito do orfanato ⸻ Ele apontou na direção que mencionou, devolvendo o celular a Arthur ⸻ Aqui na frente não tem nada mas eu aconselharia a gente a não se aproximar, pelo menos por enquanto

⸻ Certo, cuidado com as portas, quando for abrir elas ⸻ Joui olhou para Beatrice, provavelmente a lembrando de supostos acontecimentos anteriores

Todos voltaram a caminhar, adentrando finalmente o orfanato iluminando a área com suas lanternas.Helena estava quase que no fim do grupo, não muito atrás de Dante, mas ao lado de Arthur, uma posição boa para se ficar mas que provavelmente mudaria quando fosse ser iniciado um combate.Olhando para todos os lados, o grupo estava atento, e a leve neblina que pairava pelo ar somente aumentava o clima assustador do orfanato totalmente escuro, a não ser pelas lanternas dos agentes

Era quase impossível Helena não reconhecer a entrada, continuava parecida da mesma forma, os móveis somente estavam velhos e empoeirados e as paredes escuras pelo fogo que tomou o lugar a algum tempo mas continuavam quase o mesmo ambiente de antes, na época em que Helena ainda morava nele.Eles passaram pela entrada, caminhando aos poucos enquanto olhavam toda a sala, até vozes ecoaram pelo local silencioso fazendo todos pararem

⸻ Desliguem a lanterna ⸻ Joui falou baixo para o grupo

⸻ Nós não vamos enxergar nada ⸻ Kaiser retrucou

Joui fez um barulho com a boca para Kaiser ficar em silêncio, mas o agente continuou com sua lanterna ligada e acidentalmente apontou na direção da dupla encapuzada.Assim que o grupo olhou na direção das duas vozes, todos viram um homem e uma mulher, ambos encapuzados parecendo terem uma pistola guardada, mas não era isso que abriu a atenção de alguns dos agentes

Uma figura humanoide e ao mesmo tempo esquelética, repleta de textos em sua pele acinzentada e enrugada, está a servindo de brinquedo para o homem  e a mulher que empurravam a criatura, como se estivessem se divertindo fazendo aquilo, até que a criatura começou a falar algo incompreensível de início, mas enquanto ia repetindo a palavra com seu tom de voz aumentando, foi como um choque para Helena que tinha entendido parcialmente, em qual idioma as criaturas falavam

Aquilo era Sumério.Porque eles estavam falando sumério?

⸻ Que?Essa porra não parece estar estranha? ⸻ Ele deu mais um empurrão na criatura

⸻ Desde quando esses existidos fazem alguma coisa?Ele só ficam falando o nome deles ⸻ A mulher responde

⸻ Sim, eles estão mais agitados, eles nunca fazem nada..espera, você 'tá sentindo isso?Você está sentindo..que sensação é essa? ⸻ Ele parecia confuso, enquanto o grupo escutava a conversa da dupla atentamente.Evitando fazer barulho, Helena agora retirava de sua cintura, a sua pistola lentamente

⸻ Eu tô.. o que que tá acontecendo?Eles também estão sentindo isso?O que tá acontecendo..

Mais uma vez, o homem empurrou a criatura que deu passos para frente ficando agora com a sua cabeça inclinada para o alto, e em seguida os dois caminharam para a esquerda, ignorando completamente a luz da lanterna de Kaiser quase que em cima dos dois.Helena retirou lentamente a mão de sua pistola a colocando de novo em sua cintura de forma firme, voltando voltando segurar sua M4

⸻ Kaiser, como que eles não te viram? ⸻ Joui sussurrou alto o suficiente para os rostos integrantes do grupo escutarem

⸻ Eu não sei ⸻ Kaiser devolveu o sussurro

⸻ Gente, eu acho..que eles são cegos ⸻ Dante atraiu olhares ao mencionar aquela suposta característica na dupla.Fazia sentido os dois não perceberem a luz no rosto dos dois quando Kaiser apontou sua lanterna em suas direções ⸻ Quer dizer, se um feixe de luz é apontado diretamente 'pro meu rosto, eu iria perceber, principalmente nesse breu.Eles com certeza tem algum problema visual

⸻ Faz sentido, mas vocês viram o que aconteceu aqui, né? ⸻ Todos balançaram suas cabeças para Kaiser ⸻ Vamos continuar com cuidado

⸻ Vocês querem seguir eles? ⸻ Joui disse, olhando para alguns membros da equipe, incluindo Helena

⸻ Bem, eu vou seguir o conselho do Dante e não vou ir para a direita, é melhor seguir eles ⸻ Kaiser falou

⸻ Eu posso, ir na frente? ⸻ Helena perguntou em um sussurro, no qual provavelmente apenas Dante e Arthur escutaram, ainda sim com um pouco de dificuldade.Joiu fez uma cara confusa, não entendendo o que ela disse

⸻ Ir na frente ⸻ Arthur falou a Joui ⸻ Ela que ir na frente Joui

⸻ Silenciador ⸻ Ela tirou de um dos bolsos de sua roupa, um longo e acinzentado cano ⸻ Quanto menos barulho, melhor

⸻ Você tem razão ⸻ Helena trocou sua M4, a deixando pendurada ao lado de seu corpo, por sua pistola na qual equipou a sua lanterna e o silenciador, que reduziria bastante o som do tiro.Ela passou entre Dante, Beatrice, Kaiser e Joui, ficando literalmente na linha de frente

Ainda olhando ao redor da sala, duas entradas chamam a atenção do grupo, entradas essas que Helena sabia que dariam ao pátio interno do Orfanato e virando à sua esquerda na direção que a mulher e o homem foram minutos atrás, daria provavelmente a algumas salas e quartos.Seguindo a dupla juntamente a criatura que os seguia enquanto conversavam, Helena tinha sua arma apontada na direção dos dois enquanto caminhava

Ela não tinha total visão deles mesmo estando com uma lanterna já que os dois tinham andado uma boa parte do corredor, mas ela tinha noção de onde eles estavam, e tinha o seu dedo no gatilho para atirar caso necessário.O corredor era estreito, apenas duas pessoas cabiam por vez, mas Helena estava sozinha na frente, enquanto atrás dela estavam em duplas, Joui e Kaiser, Dante e Beatrice e por último Arthur, que não parecia ligar muito para sua posição, continuando atento

Depois de instantes seguindo o homem, a mulher e a criatura, os três parecem abrir uma porta no corredor empurrando a criatura para dentro da sala e em seguida a fechando.Caminhando mais a frente, uma porta pode ser vista pelos primeiros do grupo, que a cada vez que se aproximavam dela, podiam escutar o som de conversas conversas pouco abafadas

⸻ Qual é a chance das pessoas aí dentro também serem cegas? ⸻ Joui apontou com a sua espada em mãos para a porta ⸻ Não dá 'pra ver nenhuma luz vindo de dentro dela

⸻ Eu tenho outra teoria, talvez eles só consigam enxergar no escuro também ⸻ Dante sugeriu

Ignorando o grupo que conversava, Helena deu alguns passos a frente chegando na porta, ela girou a maçaneta e abrindo a porta lentamente, ela conseguiu ver através de uma fresta na porta mais outra criatura como aquela agora com uma aparência feminina e outro homem encapuzado sentado no sofá.Uma música alta preenchia os ouvidos de todos próximos dali, quase como um metal, e a lanterna de Helena não parecia incomodar nenhum daqueles homens dentro da sala

Olhando mais ao redor, ela viu o mesmo homem de alguns minutos atrás do lado direito da porta, e de pé, se diferenciando dos outros, ao abrir completamente a porta, um homem estava de pé, uma espécie de manta cobria seus ombros, e uma grande foice estava parada ao seu lado, como agora Helena estava mais perto, ela conseguiu ver os olhos deles.Todos estavam esbranquiçados, indicando que  eram de fato cegos

⸻ São quatro, da para pegar um de cada vez ⸻ Joui surgiu ao lado de Helena, que olhava os homens empurrando e chutando a criatura entre eles, claramente se divertindo enquanto faziam aquilo

⸻ Sem barulho ⸻ Helena olhou para Joui por alguns segundos e logo voltou o olhar para o quarteto dentro da sala

Ela mirou primeiramente sua pistola no homem do lado da porta, e calculando rapidamente a velocidade que teria teria dar esses tiros, ela apertou o gatilho com firmeza.O primeiro caiu diretamente morto no chão, o segundo, do sofá não teve tempo de reagir e então ela acertou o coração do homem, a mulher mulher lado dele gritou, mesmo não enxergando e Helena a acertou também mas antes que pudesse atirar no último, ela o perdeu de vista.Entrando na sala com cuidado, ela foi acompanhada de Joui, até escutar a voz masculina preencher seus ouvidos

⸻ Que que isso?!Quem é você!? ⸻ Ela olhou ao redor da sala o procurando procurando sua lanterna, até se virar para trás e dar de cara com ele, segurando a sua enorme foice

Helena ia atirar, mas uma das criaturas de dentro da sala apareceu ao seu lado e por puro reflexo, ela acertou uma delas.O tiro atravessou a criatura, e surpreendendo a todos na sala, ela começou a brilhar fortemente, seus olhos, sua boca e suas tatuagens, tudo brilhava em amarelo.A criatura rugiu as mesma palavras de antes, só que agora mais alto e partiu pra cima de Helena que só conseguiu dar um passo para trás antes dela derrubar a sua arma e tentar golpeá-la com um soco

Ela não conseguia ver ao certo o que acontecia, mas pode ver a equipe entrando na sala iniciando um combate com o homem da foice enquanto ela bloqueava todos os golpes da criatura que parecia ter sido ativada ao ter sido atingida pelo tiro de sua pistola silenciada.Ela empurrou a criatura, e sem outra opção, ela mirou a sua M4 na direção da criatura humanoide, e disparou três tiros, tiros esses que acertaram a cabeça dela, e quase que instantaneamente a fizeram cair no chão com uma parte de sua cabeça estourada, enquanto seu brilho se apagava e ela repetia as palavras em sumério cada vez mais baixo, até ela apagar completamente e parar de falar

Vendo que Joui lutava corpo a corpo com o homem da foice, ela pulou o sofá ao seu lado rapidamente e flanqueou o homem ficando em suas costas, na qual ela disparou um tiro, que parecia ter machucado o homem

⸻ Filha da puta! ⸻ Ele gritou, e em um salto, ele se afastou de Joui e Helena.Era um pouco difícil escutar pela música alta, mas na proximidade que eles estavam do homem, dava para escutar o que ele dizia ⸻ Finalmente vocês chegaram

Ao se virar a única coisa que ela viu foi a foice do homem se levantando em suas mãos e quando aí acertar uma parte de seu rosto, Kaiser empurrou a agente para o lado ficando na linha de ataque do homem, que o acertou em cheio.Ao ser empurrada, Helena encontrou Arthur que a parou a segurando

⸻ Você tá bem? ⸻ Arthur perguntou a agente, que o ignorou completamente se virou e mirou a arma na direção do homem, disparando outros dois tiros em sua cabeça que dessa vez foram certeiros, abrindo um buraco na cabeça dele

Kaiser que estava lutando com o homem e havia sido cortado pela sua foice olhou para Helena com um pouco de sangue respingando pelo tiro da agente

⸻ Bom tiro ⸻ Ela tirou o dedo do gatilho de sua arma

⸻ Não precisava ter me tirado da frente dele, eu sei me virar ⸻ Pela primeira vez, algo que Helena falou não tinha sido em um tom passiva-agressivo, e isso foi notado até mesmo por ela, que um pouco sem reação pelo seu tom suave abaixou a cabeça na tentativa de esconder seu rosto, enquanto procurava por sua pistola roubada minutos antes

⸻ Gente, as escritas dessas criaturas são estranhas ⸻ Dante falou, enquanto se aproximava de uma das criaturas que havia atacado Helena, mas que agora estava totalmente apagada apenas olhando para Dante ⸻ Algumas são frases de famosos, outras são filmes de terror, parece que eles estão tentando mudar a forma que essas criaturas pensam, com as memórias desses textos, pode ser algum tipo de ritual de mente

⸻ Eles tem salvação Dante? ⸻ Helena encontrou sua pistola silenciada próxima do sofá, ela a pegou e em seguida a guardou em suas costas novamente voltando a segurar sua M4

⸻ Não sei te dizer ⸻ Helena olhou ao seu redor com a lanterna de sua arma, tendo agora uma noção completa do que acontecia

Joui estava a frente de uma dessas criaturas, que parecia o encarar fixamente assim como Dante, e Beatrice que olhava a cena junto a Orpheu em seu ombro, Kaiser olhava a cena indiferente porém atento, Arthur estava logo atrás de Helena, e percebendo a presença do agente e se lembrando de sua pergunta minutos atrás, ela aproveitou a distração momentânea do grupo e deu dois passos para trás, indo para o lado do agente

⸻ Sim.Obrigado ⸻ Ela olhou para Arthur por alguns segundos que não entendeu muito bem, mas logo abriu um leve sorriso assentindo

Helena permaneceu ao lado dele apenas desviou o olhar, agora para o corpo morto da criatura que a atacou, deitado no chão

⸻ Eu..sinto muito que isso tenha acontecido com você ⸻ Helena olhou para Joui que cravou sua espada no estômago da criatura, que fez alguns sons guturais, antes de começar a brilhar assim como a que Helena matou minutos antes.Ele gritou, e quando ia desferir um soco em Joui que estava desprevenido, Helena dessa vez foi mais rápida acertando incontáveis tiros na cabeça da criatura, ignorando completamente o fato dela estar sem silenciador em sua M4

Todos olharam para o corpo da segunda criatura morta e em seguida para Helena

⸻ Meu deus ⸻ Joui disse olhando para Helena ⸻ Eu não sabia que isso ia acontecer, desculpem

⸻ Elas atacam, quando golpes são desferidos a elas.Como vocês viram obviamente⸻ Helena olhou para a última criatura restante, ao lado de Dante, que notando o olhar de Helena sob ela, se afastou.Helena sacou sua pistola silenciada mais uma vez e disparou na direção da criatura, que no primeiro tiro não caiu, mas no segundo sim

⸻ Kaiser, eu posso olhar sua ferida? ⸻ Dante perguntou para o agente

⸻ O que você quer fazer?

⸻ Apenas ver como você está, ver o seu ferimento no caso ⸻ Helena guardou pela segunda vez sua pistola

⸻ Você é médico? ⸻ Dante assentiu para Kaiser ⸻ 'Tá, pode olhar

O ocultista se aproximou de Kaiser, passando pelos corpos mortos das criaturas nas quais Helena matou a tiros.Enquanto o loiro avaliava o ferimento de Kaiser, Helena olhou para Beatrice, que no momento em que repousou o olhar sobre ela, notou que a agente novata já a olhava antes e isso fez ela desviar o olhar instantaneamente no momento que foi flagrada encarando Helena

⸻ Gente, no momento em que o cara da foice foi atacado ⸻ Joui apontou com o queixo para o corpo morto do homem ⸻ Ele disse finalmente vocês chegaram, e com todo esse barulho que nós fizemos aqui ⸻ Ele olhou rapidamente para Helena como um leve pedido de desculpas ⸻ Eu acredito que tenha mais pessoas esperando pela gente nos outros lugares

⸻ Vamos seguir caminho? ⸻ Todos concordaram, e novamente eles saíram de dentro da sala

Agora quem acompanhava Helena na liderança do grupo era Kaiser, que não tinha sua arma silenciada mas mesmo depois de todo o barulho que eles fizeram lutando contra os homens e as criaturas minutos atrás, um silenciador seria inútil.Logo atrás dos dois estava Arthur e Joui, e por último Beatrice e Dante, que agora carregava uma Glock de um dos homens mortos consigo, caminhando mais a frente no corredor, eles viraram à direita na continuação dele e no final dele, uma porta fechada estava ao lado de Kaiser e na frente dos dois escombros que impediam a passagem de quem tentasse passar por ali

Não foi necessário a dupla da frente falar nada, Kaiser colocou a mão na maçaneta e Helena ficou na frente da porta, e em uma contagem mental de alguns segundos, Kaiser girou a maçaneta e abriu a porta, fazendo Helena entrar nela diretamente senso seguida por ele e pelo resto do grupo.Ela mirou a lanterna para todos os lugares da sala, vendo parte por parte até ver que o lugar estava vazio, e identificar aquela sala, como um tipo de depósito com caixas empoeiradas, uma cama antiga, armários velhos e uma pia, bastante gasta

⸻ Alguém sabe o que é esse lugar? ⸻ Kaiser perguntou ⸻ Dante?Beatrice?

Helena percebeu que se respondesse aquilo ficaria na cara que ela já esteve ali, e por isso permaneceu calada, apenas observando como quem não quisesse nada, Beatrice, que com sua lanterna olhava para o armário

⸻ Esse era o quarto do zelador, Kaiser, sempre que ele vinha para o orfanato ele ficava aqui, a gente não vinha muito para cá ⸻ Ele olhou ao seu redor, empunhando sua Glock

⸻ Eu nunca vim para esse cômodo, mas parece que tem uma fresta atrás desse armário, acho que tem alguma coisa que talvez a gente deva checar ⸻ Beatrice disse

⸻ Okay, vamos lá⸻ Joui falou, enquanto Kaiser foi na direção da porta, parando no meio dela enquanto olhava para a direção em que todos vieram

Enquanto Joui, Dante e Beatrice tentavam retirar o armário de onde ele estava, Helena olhou mais adiante do quarto, não muito espaçoso, ela abriu alguns armários, olhou a cama e deu uma geral minuciosamente no quarto, até o trio conseguir empurrar o armário para a esquerda e então revelar uma passagem aparentemente quebrada para o que ao ser iluminado, parecia ser um banheiro

Dante, Joui e Beatrice entraram enquanto Kaiser e Arthur conversavam na porta e Helena parecia procurar qualquer coisa entre as caixas ou até mesmo em cima da cama.Vendo que não encontraria nada, ela se virou para trás encontrando Arthur, que parecia estar indo a chamar antes dela se virar

⸻ Eles já estão entrando ⸻ Helena seguiu Arthur, indo para dentro do banheiro, escuro e sujo


Mais uma interação desse futuro casal perfeito, e mais uma interação que eu fico bobinha escrevendo💗

Como vocês podem ver, as cenas de luta estão sendo parcialmente rápidas e modificadas, e isso é para não prolongar muito o capítulo e acabar o deixando sem graça

A Helena está começando a se soltar mais, falando mais e até mesmo conversando com o povo, ansiosa pra ver como vai ser quando ela e o Rubens se encontrarem em Calamidade KKKKKKKKKKK

XoXo yun <3
Até o próximo capítulo!

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