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O USURPADOR E PERNAS X 


Acordei com o barulho de paneladas e deduzi que as criadas já estavam ali, no meu quarto. Me espreguicei fazendo variados tipo de bocejo enquanto alongava meus braços, pernas, pescoço e cabelos (acredite se quiser, cabelos precisam ser exercitados). Anne Frank puxou rapidamente as cortinas e quase a repreendi por me deixar cega pelo brilho do sol. Mas optei por deixar em off, já que a coitada cantava We Are The Champions e essa era minha música predileta do Queen.

We are the champions, my friends!!

Eu não conseguiria me mover. De fato, meninas normais tem aqueles dias, ao contrário de mim que tem aquelas manhãs. Quando eu ficava muito ansiosa, minhas pernas se cruzavam em um perfeito "X" (como a capa do álbum do Ed Sheeran), o que me fazia automaticamente ir de cara no chão. Por isso precisaria da cadeira de rodas. Era impossível se locomover antes do meio dia, mesmo se tentasse. Sempre me sentia bem melhor depois de uma boa refeição.

- Senhorita, está acordada?

- Nãããããão - grunhi do travesseiro.

Mary Jay, Lucy Hale e Anne Frank riram do meu grunhido e eu tive vontade de me levantar e dar na cara delas, o que seria praticamente impossível. Minhas pernas se cruzariam e eu caíria na frente delas, o que só contribuiria para mais gargalhadas.

- Vocês vão ter que buscar uma cadeira de rodas - Falei.

- Por que? - Perguntou Lucy - Para você? Para quê?!

- Sem perguntas e mais ação - Bati palmas - Se quiser que eu não as odeie, é melhor me trazerem a cadeira.

- Acho que há uma lá no banheiro - Disse Mary Jay - Vou buscá-la.

Questões de segundos depois, eu estava sendo colocada numa cadeira de rodas e com ajuda das criadas fui vestida com um pouco de dificuldade. Parecia que eu iria tomar banho só depois das 12 horas.

As três olharam para minha camisola suja de terra, mas resolveram não dizer nada. Ainda bem, porque não iria responder nenhuma perguntinha. Elas me arrumaram com vontade e entusiasmo, tanto que exageraram na maquiagem. Parecia que estava prestes a pular carnaval, mas não importava, aliás a coisa toda contribuía. Tudo o que incomodasse a familía real, eu faria.

Descemos para a sala de jantar com Silvia. Claro, não sem antes ter que esperar uma eternidade por Celeste e Tiny que se achavam gloriosas o bastante para demorarem mais de três horas se arrumando. Acho que se deixassem, elas passariam o dia todo se emperiquetando.

Marlee me viu com a cadeira de rodas e veio imediatamente na minha direção. Uma das fãs do Shawn Mendes me fez uma careta e eu tratei de mostrar a língua.

- America, o que houve? Por que está nisso? Alguma coisa aconteceu? Você está bem?

Quantas perguntas! Eu não conseguia processar tudo de uma vez, por isso só soltei um:

- Depois das doze.

Ela assentiu com a cabeça. Parecia que a minha falta de explicações havia explicado tudo.

Bom, depois que Celeste e Tiny finalmente apareceram com seus vestidos chiques, descemos para a sala de jantar para o café da manhã. Perguntei a Silvia porque uma família como a família real tinha uma sala de jantar, mas não uma de café da manhã e ela falou que achava melhor eu calar a boca.

Todas desceram as escadas graciosamente e por um momento esqueci que minhas pernas não estavam me ajudando naquela manhã. O que vou te falar, foi tarde demais, pois num piscar de olhos a cadeira descia a escada numa velocidade tão incrível que era impossível se agarrar em alguma coisa, como o corrimão. Em uma tentativa de salvar minha própria vida, me agarrei a saia de alguma selecionada que estava adiantada na escadaria, mas acabei só por fazer ela rasgar uma parte de seu vestido, além da coitada ter caído com saltos de trinta centímetros.

- Sua idiota! - Ela gritou - Silvia, meu vestido!!!

Silvia não estava prestando atenção na garota, mas em mim, já com um dos rádios da babá eletrônica em mãos. Senti Marlee e outras meninas (menos Celeste que estava checando seu reflexo no chão) me olhavam com preocupação e horror nas expressões. Virei para elas e dei um tchauzinho quando vi uma luz branca e fui raptada pelos céus. Minha vida a partir daquele momento seria ao lado de um coro de anjos com suas cornetas e tudo mais.

Balancei a cabeça confusa quando olhei para os dois homens que me seguravam. Não sabia que no céu havia guardas como os do palácio. Bem, quem-quer-que-fosse que estivesse no comando daquilo, era uma pessoa muito da hora (ninguém usa mais essa expressão mais sempre tive vontade de dizer). Tinha um ótimo gosto, aliás.

- Senhorita America Singer - Disse um dos guardas disse me olhando com bastante atenção - Você está bem?

- Melhor agora - Disse entre suspiros - Aquele guarda era parecido demais com aquele ator, o Tom Cruise. Sem dúvidas, eu estava no paraíso mesmo.

- É... posso carregá-la até a sala de jantar? A senhorita parece estar impossibilitada de caminhar.

- Pode me carregar para todos os lugares que você... - Balancei a cabeça - Peraí, tú disse sala de jantar?

- Sim, é para onde as seleciondas estão indo para o café da manhã.

Senti a decepção tomar conta de mim.

- Você quer dizer que... você quer dizer que eu não estou no céu?

Ele parecia segurar a risada.

- Céu?

- Esquece - Bufei - Mas então, a parte de me levar até a sala de jantar ainda está de pé?

- Acho que...

Silvia se aproximou puxando minha cadeira para ela.

- Tudo bem rapazes, esta é minha função. Descansar.

Os dois guardas se afastaram quase que imediatamente, me deixando ali tristonha com uma adulta de mal humor.

- Meu Deus America - Disse Marlee enquanto apalpava todas as partes do meu rosto - Você quase mata a gente de tanto susto!

- Não foi nada gente - Bufei - Aliás, minha ansiedade deu lugar a uma decepção profunda. Acho que já posso andar, mas por segurança alguém pode ficar aqui de frente a mim para que eu não me esborrache no chão?

- Isso é um favor? - Ashley perguntou.

- É.

- Vou ganhar reconhecimento internacional e o príncipe vai ficar sabendo?

- Claro - Menti.

- Então acho que posso ajudar - Disse - O que faço?

- É só ficar de frente a mim.

Seu rosto se iluminou.

- Isso parece ser bem mais fácil do que pensei!

Tentei me levantar da cadeira e dei um passinho enquanto Ashley olhava com cautela para os meus pés. Dei mais dois e quando dei por mim, eu já estava correndo em círculos em volta dela - como a Alice do filme animado corria com aqueles animais na praia para secar suas roupas.

Pensando bem, eu tinha muitas semelhanças com Alice. Semelhanças até demais.

- Estou viva! - gritei - Estou andando!

Celeste revirou os olhos.

- Que showzinho... realmente conseguiu chamar a atenção de todos!

- Também acho! - Completou a fã do Shawn Mendes.

- Quer chamar a atenção? - Gritou Tiny - Pendura uma melancia no pescoço, ou corta esse cabelão!

- Quietas! - Censurou Silvia - Bom de todo modo, fui informada que a sala de jantar foi invadida por uma bomba nuclear e está temporariamente inacessível. Iremos para o Grande Salão.

Todas fizeram fila indiana e eu fiquei por último de frente a Marlee.

- Não ligue para elas, América - Sibilou ela - Elas estão querendo apenas te atingir.

- Elas deveriam se sentir mal por brincar com o problema dos outros - Falei - Não é culpa minha ter pernas que glorifiquem a capa do Ed Sheeran.

- Também acho - Respondeu ela.

O Grande Salão estava preenchido com mesas individuais, cada uma com pratos, copos e talheres. Não havia nomes gravados em nenhuma, então tratei de pegar as mãos de Marlee e Ashley e puxá-las para se sentarem comigo.

Não havia nenhum sinal de comida ali e pensei em pegar as talheres e protestar, mas no último segundo descartei a opção. Já havia chamado atenção o suficiente com o lance da cadeira de rodas e o noticiário do dia anterior. Se eu quisesse descobrir qualquer coisa sobre a família real, era melhor permanecer discreta.

- Não é divertido usar todas essas jóias? - Ashley não parava de sorrir.

- Hmm - Avaliei a figura - Elas parecem ser muito pesadas. Decidi colocar o peso todo na maquiagem.

- Elas são pesadas mesmo! Mas não ia perder a chance. Quem sabe por quanto tempo vamos ficar aqui?

Que doida. Ashley sempre se comportou com confiança, desde o começo. Era no mínimo estranho ela duvidar de si mesma.

- Mas tipo, você não acha que vai ganhar? - Perguntei.

- Eu acho que ela vai ganhar - Falou Marlee. Ashley abriu um sorriso radiante.

- Eu também acho que vou ganhar - Disse Ashley - Mas é falta de educação dizer isso!

Eu comecei a rir com a inocência de Ashley. Se ela achava que o príncipe gostava de garotas que mantinham sua caligrafia da pré escola, ela estava redondamente enganada.

Minhas gargalhadas semelhantes a sons de uma hiena, chamaram atenção de Silvia, que me olhou severamente e disse:

- Tsc tsc. Uma dama nunca ergue a voz, além de um leve suspiro.

- Alguém pediu sua opinião ? - Perguntei,  desafiante. Marlee e Ashley me olharam assustadas - Vocês pediram a opinião da Silvia, meninas?

- Não - Disseram amendontradas.

- Eu também não - Me levantei da mesa, não sem antes bater no meu prato e fazê-lo voar numa distância considerável e vê-lo se espatifando todo no chão - Meninas, alguém aqui pediu a opinião da Silvia?

Todas pararam suas conversas paralelas e me fitaram.

- Não - Responderam em coro.

- Eu sim - Uma garota levantou o braço e Silvia me ergueu uma sombrancelha - Bom, pensando bem, acho que foi ela quem deu sua opinião. E sem permissão.

A equipe de filmagem que estava ali em um canto, começou a observar Silvia com curiosidade e ela foi rápida em mudar de assunto, voltando ao salão com uma expressão decidida.

- Olá mais uma vez, senhoritas. Espero que tenham dormido bem porque a partir de agora não vão mais. Hoje vocês começarão com o trabalho. Ensinarei a vocês etiqueta e comportamento. - Disse olhando para mim - Por favor, saibam que qualquer - Olhou para mim novamente - mau comportamento da parte de vocês, será relatado a família real.

Ferrou com F de filha da mãe.

- Sei que parece cruel, mas aqui não é nenhum joguinho. É um reality show sério. Nada dessas merdinhas sem qualidade. Alguém desta sala se tornará a princesa de Ilhéa.

- Jesus, Maria e José - Sussurrou Marlee e eu pensei como a expressão se encaixava perfeitamente com a situação.

Houve uma batida na porta e dois guardas (incluído Tom Cruise) apareceram interrompendo nosso momento regrinhas-com-Silvia o que me deixou levemente aliviada. Nunca consegui processar mais de três palavras por vez.

Os guardas abriram caminho então o príncipe Maxon, vestindo seus trajes patrocinados pela C&A adentrou o salão com um ar nobre e imponente.

- Bom dia, senhoritas - Cumprimentou numa voz que me convenceu totalmente do contrário.

Pareceu que todas as garotas haviam deletado as regrinhas chatas de Silvia, pois o alvoroço foi tão estridente que me obrigou a tapar meus ouvidos. Parecia que eu estava num concerto do Rock In Rio.

- Alteza. - Silvia se aproximou dele e deu uma cabeçada.

- Olá minha... quer dizer, Silvia. Estou atrapalhando? Gostaria muito de me apresentar a estas lindas jovens.

Automaticamente meu lado Sherlock Holmes deu sinal de vida e estreitei tanto meus olhos em demonstração de suspeitabilidade e desconfiança, que acredito que fiquei parecida com algum oriental.

Pensei em três coisas ao constatar aquela figura real.

A primeira foi: Bastante suspeito.

A segunda foi: Estou com fome!

A terceira foi: Bastante supeito! (mas ainda sim com muita fome).

- Absolutamente - Silvia respondeu lhe dando uma cabeçada extra.

O príncipe Maxon correu os olhos pelo salão e se deparou comigo. Nossos olhares se encontraram por um instante e ele fez uma careta. Ele não parecia nada com M-maxx. Era isso ou eu América Singer, a estupenda babá, filha, irmã, empregada e patrulheira nas horas vagas, estivesse sofrendo de Alzheimer.

Tinha um grande plano em mente: ia encurralá-lo e descobrir uns podres. O problema era como e quando iria fazer isso.

E eu não havia caído naquele papo de variação, então desistir - para meu lado Sherlock Holmes - estava fora de cogitação.

- Senhoritas, se não lhes incomodar porque no fundo eu espero estar conseguido isso, chamarei uma por uma para um bate-papo brevíssimo. Nada daqueles programas bestas de namoro que passam naquele canal que todo mundo conhece, mas algo bem mais leve - Ele deu uma piscadela - Até porque eu não pretendo beijar ninguém hoje.

Não consegui entender nem a metade de suas palavras, mas uma garota se levantou de sua cadeira e saiu correndo do salão gritando "que horror", o que me deixou tentada a ter o mesmo ponto de vista.

- Menos uma - O falso Maxon deu de ombros e colocou um pirulito na boca - Okay, vamos começar logo com essa bagaça.

Ele se inclinou em direção a uma garota e os dois deram cabeçadas. Logo foram a um dos sofás postos as paredes e se sentaram. Os dois conversaram por uns dois minutos e se levantaram. Fizeram o ritual das cabeçadas novamente e ela se dirigiu ao seu lugar novamente com uma expressão iluminada no rosto. O processo se repetiu com uma outra garota. As conversas eram breves e pelo o que pude observar as garotas saíam entre risinhos.

- O que será que ele quer saber? - Perguntou Marlee praticamente acabando com suas unhas.

- Sei lá. Talvez a lista de atores mais gostosos de Hollywood. Tenho certeza que Tom Cruise deve estar na lista - Olhei para um guarda em especial.

Ashley seguiu meu olhar.

- Ora ora, aquele cara é muito parecido com o Tom Cruise! Que tal fletarmos com ele?

- O quê? - Marlee fez uma careta.

- Querida, sei que estamos competindo para um homem em especial - Ela deu uma bisbilhotada nele novamente - Mas não seria nenhum pecado olhar um pouquinho para outro.

Nossa, Ashley era uma bela de uma atriz. Agora estava enxergando sua verdadeira face.

- Isso está contra as leis! - Marlee retrucou e eu voltei a olhar para ela. Parecia que eu estava acompanhando um jogo de ping pong ao vivo.

- Ah - Tentei intervir - Na verdade não mais. Editei aquela página da Wikipédia...

Ela pareceu estar em dúvida, mas segundos depois abriu um sorriso.

- Tudo bem!

Estava pensando em como nos aproximaríamos de um guarda real sem chamar atenção, quando a vez de Marlee bater um papinho com Maxon chegou. Ela voltou minutos depois com o mesmo sorrisinho das outras meninas.

- Esqueçam sobre Tom Cruise! Eu sou mais Maxon Chaveiro.

Quase dei um peteleco na sua cabeça, mas seria em vão. Minha melhor amiga havia sofrido uma lavagem celebral daquele paquerador ambulante. Pobre Marlee!

Era a minha vez de encarar aquele sofá então fiz uma breve oração ao deus dos investigadores e pedi que ele me desse qualquer sinal que provava o que eu já estava desconfiando. Que Maxon da TV e o Maxon do jardim eram pessoas totalmente distintas.

Maxon se levantou quando cheguei ao sofá e se inclinou para ler meu broche.

- América, certo?

- Aham. E você? Maxon, certo? - Disse para provocar. Meu plano era irritá-lo e torturá-lo até que ele soltasse a verdade. Eu era ótima em pressionar as pessoas.

- Você deveria saber - Disse me olhando de alto a baixo - Querida.

Ele soou querida num tom totalmente depreciativo.

- Tanto faz, querido. Não se lembra do nosso segredinho?

Ele se inclinou confuso.

- Segredinho? Que segredinho?

Ahá!

- Não se lembra do nosso encontro no jardim? - Perguntei chorosa - Seu show do Drake e o grande sonho?

- Drake? Quem é Drake? - Ele balançou a cabeça colocando uma de suas mãos sobre as minhas - Querida, tente me explicar isso direito ou então eu...

Comecei chorar e soluçar alto apenas por encenação, o que chamou atenção de algumas selecionadas, incluíndo Marlee que me bisbilhotava com preocupação. Silvia olhou de relance para nós dois, mas não fez nada, voltando a se concentrar em uma prancheta.

- Não acredito que você não se lembra! - Soltei entre os soluços - Não posso acreditar nisso...

- Olha - Ele olhou para os lados e depois para mim - Não estou muito... bem hoje, sabe, esquecendo detalhezinhos e tal... Pode refrescar minha memória, querida?

Engoli o choro e tentei soar o nariz nos babados do vestido, mas sem sucesso. Maxon fez uma leve careta e tirou um pequeno lenço do bolso da calça.

- Acho que seria bem melhor limpar com isso - Ele me deu o lenço - E por favor, tente não se aproximar muito de mim. Tenho um compromisso amanhã e não quero ficar resfriado.

- Tudo bem - Respondi enquanto soava o nariz com força. Acho que comecei a irritar o falso Maxon pois ele não poupava em demostrar caretas de desgosto e asco, principalmente quando pousei o pequeno quadrado de pano na mesinha de centro.

- Fala sério - Ele se dividiu entre olhar para mim e o lenço - Sua mãe não te deu educação não?

- Não - Respondi enquanto fingia estar tossindo. Vou te falar, sou uma ótima atriz.

- Oh meu Deus - Ele balançou a cabeça frustado - Pode me contar logo o que aconteceu entre nós dois ontem? Ou vai ficar aí, transmitindo suas doenças pra mim?

- Você não se lembra mesmo? - Voltei a ficar chorosa - Não se lembra de nadinha?

Maxon balançou a cabeça em negativo.

- Nada.

- O problema é que - Me contorci um pouco - Não posso contar para ninguém, prometi a você.

Ele suspirou com raiva. Parecia que eu estava finalmente perto do meu objetivo.

- Nem para mim, que a fiz jurar que não contaria?

- Bom - Dei de ombros - Ontem você não mencionou nada em abrir a boca só para você. Foi só todo mundo. E todo mundo infelizmente incluí a Alteza.

Ele soltou algumas palavras de baixo escalão em um murmuro raivoso e eu arregalei os olhos.

Havia o pegado.

Integrantes da família real não têm conhecimento de palavrões. Nem de que gordura trans faz mal para a saúde.

- Palavrões - Ergui uma sombrancelha - ORA ORA ORA!!!

Ele ficou estático de repente.

- Eu? - Ele apontou para si mesmo - Eu disse palavrão?

- Ah, nem me venha com essa dissimulação - Estreitei os olhos - Ouvi o que ouvi e você não vai me convencer com desculpinhas.

Ele desviou o olhar do meu e pude notar que estava se encolhendo.

- Olha - Pegou um pirulito do bolso e começou a tirar a embalagem - Não quero falar mais com a senhorita, simplesmente.

- O quê?

Ele levantou o dedo indicador como se tivesse lembrado de algo.

- Aliás, acho que irei te dispensar...

Balancei a cabeça tomada por uma confiança arrematedora.

- Ah meu filho, mas não vai nem se o papa pedir - Dei de ombros - Bom, pelo menos eu não iria se fosse você. Acabei de descobrir um segredinho seu e acho que não é nenhum segredinho qualquer.

Ele parou de lamber o pirulito e me encarou com um olhar de descrença.

- Você não faria isso...

- Com certeza eu faria - Peguei o pirulito da sua mão e joguei no chão. Ele ficou sacudindo os ombros como uma criança, seguidas vezes.

- Bom, de qualquer forma falar palavrão não é nem uma coisa abominável. Todo mundo solta alguns de vez em quando.

- Não estou falando disso, seu idiota - Me levantei graciosamente - Só espero que seja inteligente o suficiente para que não me dispense, assim sem mais ou menos.

- Sua.. sua... - Ele se contorceu no sofá - Agrhh!!

Dei um aceninho com as mãos e caminhei de volta a mesa na qual estava dividindo com Ashley e Marlee. Se aquele usurpador era inteligente o suficiente, com certeza pensaria duas vezes antes de me expulsar daquele palácio.

E digamos que já descobri algo bem revelante sobre a família real. Acho que os cidadãos dr Ilhéa gostariam de saber que o príncipe da Seleção era um sósia nada semelhante ao original Maxon. 

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