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O SORTEIO 

Na semana seguinte, obriguei Aspen a aparecer naquela casa da árvore. Com um pouco de trabalho, fiz uma cesta recheada de doces. Organizei os pratos, feliz da vida quando ouvi alguém subindo na árvore.

- Bu!

- Nossa, que susto, morri - Eu disse, em um tom recheado de sarcasmo. Ele me deu um beijo e se sentou no meu lado. Acendi uma vela.

- Nossa, eu nem consegui te contar sobre o dia da inscrição! Tive que...

- Ah já sei de tudo. Minhas irmãs não param de falar dessa besteira.Nem gaste sua saliva.

- De qualquer modo, não tenho muita chance Aspen.

- Mesmo assim, obrigado por se inscrever. Pelo menos você tentou.

- Pelo menos estou lucrando com esta porcaria - Soltei um suspiro - Mamãe prometeu me dar metade do dinheiro que eu ganhasse nas apresentações musicais. Um monte de famílias estão fazendo festas para as filhas, acreditando que elas serão escolhidas.

- Então passa a grana - Ele sacou a arma de brinquedo que escondia na cintura.

- Gastei nesses doces todos - Apontei para os pratos - Estão uma delícia.

Aspen arregalou os olhos e começou a engolir as coisas. Sorri, satisfeita por não estar envenenando o pobre garoto. Antes de assar os bolos, até amassei alguns comprimidos de vitaminas no meio da massa. Queria vê-lo forte e saudável para o nosso casamento.

- Gostei da surpresa - Ele lambia os dedos lambuzados de chocolate - Mas era eu quem devia estar cuidando de você.

- Faça-me o favor né Aspen. Sempre dei comida para você. Para de viadagem.

- Não é sério - Seu olhar ficou triste - Me sinto mal e é humilhante demais. Estou cansado.

- Quê? Então vai ser assim?

- Não sou um mendigo Americana. Sou um homem. Meu dever é cuidar de você.

Ele passou as mãos no cabelo ensebado, furioso da vida. No fundo eu estava adorando a discussão. Nunca havia brigado com ninguém fora da família.

- Eu te amo - Sussurrei.

Ele balançou a cabeça.

- Eu também te amo, América.

- Você não deveria ficar bravo. Faço isso porque gosto de você.

- Eu sei, eu sei - Desviou o olhar - Mas você merece coisa melhor.

- Tipo quem? Príncipe Maxon?

- É, qualquer um menos eu. Já era.

- Já era o quê?

- Nosso relacionamento.

- Ei, mas não íamos nos casar?

- Íamos. Acabou. The End - Ele se levantou e pegou a cesta .

- Ei, aonde tú vai?

- Embora, para a minha casa. Desculpe por te iludir Americana. Acabou.

- É sério isso? Ou tá querendo zuar com a minha cara? - Comecei a chorar. Ele me deu um olhar piedoso e me beijou. Depois começou a descer da árvore.

- Aspen, volta aqui por favor, vamos conversar. Você só está de TPM.

- Não vai dar certo Americana. Você é burra demais para entender.

- Mas eu escrevi duzentas páginas sobre o nosso plano de governo Aspen. O que vou fazer com aqueles papéis, sem você?

Não pude gritar, pois os vizinhos escutariam. Minha vida estava acabada. Ele havia ido embora.

***

Com o passar dos dias, minha família desconfiou que eu estava usando drogas. Estava na bad profunda e não queria sair da cama. Me segurei para não chorar mais, pois meu corpo já estava desidratado.

Na minha cabeça, Aspen ia voltar. Tava na cara que aquele drama todo era por culpa de seu machismo descontrolado. Com certeza uma das suas irmãs ganharia a coroa; estava no papo. Daríamos um golpe e instalaríamos nossa ditadura. Ele ia me pedir em casamento. Seríamos muito felizes. Finalmente eu poderia conhecer Harry Styles pessoalmente. Seria dona do mundo ao lado do meu rei Aspen.

Mas se ele resolvesse não voltar, estava perdendo. Iria dar o golpe sozinha. Ele seria o primeiro a ser exportado para o Alasca.

Faltavam alguns minutinhos para o Jornal Oficial começar e minha família estava animada ao redor do sofá. Me enrolei na coberta e preparei um chá. Sentei ao lado de minha mãe que estava com uma tigela enorme de pipoca.

- Me lembro quando a rainha Amberly foi escolhida. Ah, desde o ínicio sabia que seria ela!

- Para de ficar relembrando fatos de 1900 mãe - Bebi um gole de chá - Ninguém quer saber.

- Você participou do sorteio mamãe? - Perguntou Gerald.

- Não, eu era muito jovem. Mas foi bom, assim tive a oportunidade de conhecer seu pai - Ela disse, dando um sorriso e piscando.

Me enrolei mais na coberta e coloquei a xícara vazia nas mãos de May. Ela parecia não ter percebido.

- A rainha Amberly é muito diva. Quero ser igual a ela quando crescer - Disse ela entre suspiros.

- Coitada de você - Acrescentei - Mas acho que ela é uma boa rainha, no fundo.

O jornal começou e vidramos na pequena tela. O rei informou sobre alguns crimes e comentou um pouco sobre o roubo na casa do juíz.

Finalmente o mestre de cerimônias entrou e apresentou Gavril, que foi na direção da família real.

- Boa noite, Majestade - Ele disse ao rei.

- Gavril, é sempre um prazer vê-lo.

O rei parecia animado. Havia tomado Red Bull, com certeza.

- Animado?

- Oh sim. Ontem acompanhei o sorteio.

- Então Vossa Majestade já sabe quem são as escolhidas? - Perguntou Gavril.

- Só algumas, só algumas.

Gavril se virou para Maxon. Ele estava com um pirulito estilo chiquinha e o lambia com certo nervosismo.

- Que que tá olhando? - Ele perguntou - Não sei quem são as escolhidas. Saberei ao mesmo tempo que as pessoas em casa.

- Majestade - Ele começou olhando para a rainha - Algum conselho para as selecionadas?

- Tragam suas próprias toalhas de banho - Ela deu um sorriso sereno - E sejam vocês mesmas.

- Sábias palavras, minha rainha.

Gavril pegou algumas fichas em mãos e estava pronto para ler o nome das garotas. A seleção começava naquele exato momento.

- Senhorita Elayna Stoles, de Hansport, Três.

A foto da menina apareceu na tela. Tinha a cara da Gigi Haddid. Maxon abriu uma fileira de dentes.

- Senhorita Tuesday Keeper, de Waverly, Quatro.

Uma garota sardenta apareceu na tela. Não consegui associa-la a nenhuma famosa.

- Senhorita Fiona Castley, de Paloma, Três.

Era uma garota morena, super esquisita. Virei para minha mãe no sofá.

- Ela não parece um pouco...

- Senhorita America Singer, de Carolina, Cinco.

Voltei os olhos para a TV, em choque. Abri a boca, fechei a boca. Tirei casaco, botei casaco. Lá estava minha foto na tela, eu toda sorrisos, pensando que me casaria com Aspen.

Minha mãe gritou na minha orelha que nem uma cadela no cio. May quebrou o sofá, depois de pular e quebrou a xícara de chá, além de espalhar toda a pipoca no tapete. Gerald começou a fazer o moonwalk do Michael Jackson. Meu pai deu um sorrisinho por trás do livro.

O telefone tocou.

E não parou mais de tocar por dias. 

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