Fuga Vermelha

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O ar cheirava estática, como uma tempestade a se aproximar, a chuva caia leve, sendo soprada ao vento, molhando o que tocasse, era um tempo agourento, o tipo de tempo que fazia com que todos ficassem em suas casas, bem, nem todos.

Seus pés faziam um barulho de esmagamento a cada passo, era um som surdo que não podia ser ouvido devido ao forte vento, o cabelo grudava na testa debaixo do capuz que usava para esconder o rosto.

Eram tempos difíceis, tempos de repressão, não era bom ser visto na rua àquela hora, mas tinha um objetivo apesar de tudo, tinha de chegar rápido, era sua última chance de tentar cruzar a fronteira, não tinha mais nada a perder agora, todos se foram...

Parou para observar e ouvir, a rua estava deserta, por um momento temeu ter sido enganado, mas de repete ele estava lá, o sinal, uma pequena luzinha piscando na parede, se aproximou, e empurrou a parede falsa que se moveu, entrou rápido fechando a porta atrás de si, mergulhando na completa escuridão, não se importou, fazia muito tempo que seus medos eram maiores que do escuro.

Seguiu sem vacilar, sabia onde teria de ir, sabia até onde iria pela simples tentativa de liberdade, só o fato de poder sentir que seria livre já era suficiente para ele, então seguiu mesmo com as inseguranças.

O caminho não foi longo, logo chegou em um galpão, nele dezenas de perdidos como ele se encontravam, amontoados, maltratados, desolados, buscando um pequeno resquício de esperança vaga que aqueles homens podiam proporcionar.

Uma voz soou mais alta e aguda que as outras, todos ficaram em silêncio, esperando, qualquer que fosse a promessa, qualquer que fosse o preço a pagar, eles pagariam.

Não conseguiu entender muito bem do que se tratava o discurso, mas era algo como um banquete, parecia razoável, tentador, até um grito vir da multidão e tudo mergulhar no vermelho.

Sangue vertia do meio da multidão, ele pode ver as criaturas se levantando com as mandíbulas ensanguentadas.

Onde eu fui me meter!

O choque de não acreditar na situação o paralisou, tempo suficiente para o caos se alastrar no ambiente, foi arrastado e empurrado com a multidão que corria desesperada, jogado contra a porta escorregou e caiu em uma vala, os outros não pareciam vê-lo.

Um por um foram pegos, a multidão silenciou, ele não ousava respirar, tudo parecia estar acabado, passos se aproximavam de onde estava escondido, não conseguiria se mexer na vala nem que quisesse.

Uma mão surgiu agarrando sua blusa puxando com facilidade, a mulher com olhos tempestuosos e sangue nos lábios o encarou.

"Sortudo... o que acham pessoal? Temos um novo membro?"

Eles riram ao redor e foi o último som que ouviu antes de sentir a mordida e seu corpo ferver, como se seu sangue entrasse em ebulição e o queimasse de dentro para fora. 

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