Eu ainda sou um ser humano

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  ~Pov Elizabeth ~

A minha cabeça ainda se encontrava no acontecimento de ontem na escola e desde então, eu me fazia milhares de perguntas e nenhuma delas eu tinha a capacidade de responder, o que me fazia sentir raiva de mim mesma. Por que eu não acabei com ele quando tive chances? Merda de pensamentos.

  Levantei irritada e fui no banheiro fazer as minhas higiene e logo me vestir. Coloquei uma blusa preta, uma saia midi xadrez preto e branco, um cinco preto e um coturno curto preto também. Arrumei os meus cabelos deixando os mesmo soltos e passei um rímel e logo depois fiz um delineado.
  Eu estava pronta para mais um dia naquele merda de escola, mas eu também estava pronta para todas as vinganças que eu havia planejado. Era só executar.

-Acho que a Verônica come o próprio veneno quando vê você. -Diz o Cole rindo, me fazendo revirar os olhos.

-Eu não tenho culpa se ela perdeu toda a atenção dela. -Digo dando de ombros e saindo para a rua com o mesmo.

-É, e com isso fez os babacas dos meninos ficarem dando em cima de você. -Diz o Cole revirando os olhos.

-Não tenho culpa. -Digo dando de ombros e vendo o mesmo bufar por conta do meu sarcasmo.

[...]

  Quando eu havia chegado na escola, eu estava um pouco atrasada mas mesmo assim havia algumas pessoas ainda ali na frente, e alguns eram um grupo de jogadores de basquete e outro o da Verônica. O que me fez perceber que a minha teoria estava certa: Ela estava engolindo o próprio veneno e por mais que tentasse chamar toda a atenção pra ela, já era tarde.  Eu havia roubado dela.

Mas como o esperado, eu sabia que ela viria me provocar e tentar chamar atenção, e assim que eu peguei algumas coisas no meu armário, a mesma já estava parada na minha frente.

-Você não tem nada mais importante para fazer do que encher o meu saco? -Pergunto irritada.

-E você realmente acha que vai conquistar a fama nessa escola? -Pergunta ela rindo, me fazendo perceber que a risada dela junto com a da Cherry, era de irritar até mesmo um bebê.

-Eu não estou fazendo nada, mas não pode me culpar se nem mesmo você se garante aqui. -Digo dando de ombros. -Você sempre gostou de toda atenção e também de se vitimizar, mas acho que agora perdeu tudo isso.

-Eu vou acabar com você. -Vejo a mesma falar irritada e cruzar os braços. -Você vai me pagar Elizabeth, e isso não vai sair barato.

-Boa sorte, vadia. -Digo sorrindo. -Toda atenção que você possuía, agora é apenas minha.

[...]

   Logo eu já estava em casa também, e com isso, eu precisei ficar ouvindo a minha mãe falar sobre um evento que a empresa terá para ter mais sócios, mas que no fundo, também havia ligação com os Smith, como tudo que acontece nesse casa e nessa família.
  O Cole por ser mais velho, e segundo os meus pais, o mais responsável, ele precisa ficar dentro dos assuntos de negócios, porém eles não permitem que ele fique totalmente por dentro, assim como eu, eu não sei metade do que acontece nessa merda.

-Já deu para entender que o Cole é o mais responsável. -Digo irritada com a minha mãe estar toda hora repetindo, como se eu fosse uma retardada que não entendi ou como uma forma de me alfinetar, como todo dia. -Precisa ficar afirmando isso toda hora?

-Elizabeth, você é responsável, mas não chega aos pés do seu irmão. -Diz a minha mãe rindo. -Olha pra você, você de veste como se todo dia fosse um dia horrível, você não da a mínima importância para os negócios de família e somente estraga a nossa reputação.

-Eu não tenho culpa se vocês dois não se garantem e usam os filhos como cobaias. -Digo irritada, vendo a minha mãe se levantar da mesa.

-Olha o jeito como você se refere a mim e ao seu pai. -Diz ela irritada. -Acha que eu vou deixar que qualquer pessoa estrague a nossa reputação e faça com que o mundo dos negócios admirem os idiotas dos Smith? Não somos perdedores, Elizabeth.

-Não foi isso que ela -

-O assunto não é com você, é com a sua irmã. -Diz a mesma irritada, lançando um olhar feroz pro Cole. -E a partir de hoje, você está proibida de sair para qualquer lugar que não seja a escola, assim você fica longe de sujar a nossa reputação.

-Eu não vou ficar presa dentro dessa casa com vocês.

-Você vai. -Escuto a minha mãe levantar a voz. -E se quiser sair, o seu irmão irá junto, assim ele evitará que você se meta em confusões que podem colocar em risco a imagem da nossa família.

-Idiotas. -Retruco irritada, dando as costas e subindo as escadas, logo entrando dentro do meu quarto e batendo a porta com força.

  •••

A Maia me convidou para uma festa que seria na casa do Luke, e na minha cabeça o Cole iria ir, mas a mesma me certificou que ele e o Luke não são próximos ao ponto disso.
  A minha mãe não teria domínio sobre mim e muito menos colocaria regras em mim, e como eu estava supostamente "proibida" de sair de casa, eu usaria o jeito que eu sempre usei: sairia pela janela.

Logo fui tomar banho e me trocar para por o meu plano de fuga em ação, queria que tudo fosse fácil como é pular a janela.
Vesti uma blusa curta cinza, uma saia de cintura alta preta e um all star preto. Arrumei os meus cabelos, deixando os mesmos soltos e fiz uma maquiagem leve, apenas colocando um rímel e fazendo um delineado, logo passando um hidratante labial.
  A casa esta em um silêncio total, e depois do vexame da minha mãe, o Cole havia ido para a casa do Sweet Pie, provavelmente para beberem juntos e usarem drogas, se é que eles já não estavam fazendo isso a mais tempo.

  Assim que eu me aproximei da janela, eu já pude avisar a Maia e o Foca lá em baixo. Os mesmo me ajudaram a descer e logo fomos para a festa na casa do Luke.

-Se o Cole descobrir que eu ajudei você a fugir, Beth, eu vou estar literalmente fudido. -Diz o Foca num tom preocupado.

-Eu achei que você iria ir para a casa do Sweet Pie, como o idiota do meu irmão. -Digo séria, vendo o mesmo negar.

-Eu dei uma desculpa e aceitei o convite da Maia. -Diz ele rindo, logo dando de ombros.

[...]

  A casa do Luke tinha um espaço que poderia dar para muitas pessoas, porém aquilo estava apertado e quase sem espaço. No quintal, onde tinha a piscina, várias pessoas estavam bebendo em volta dela e logo pulando dentro da mesma. E dentro da casa, todo mundo bebia e uns se pegavam.
  Mas os meus olhos foram dar ao encontro dos olhos da Verônica, o que significava que ao invés de eu tentar esquecer as merdas que aconteceram hoje, eu teria que aturar a filhote de cobra ali também.

O Foca nos entregou um copo com vodca pura, segundo ele era para dar um gás a diversão, mas por mim, eu beberia a garrafa inteira, para dar um gás a minha vida.

-Cadê o Cole? -Vejo o Jonah se aproximando de nós.

-Ele ficou ajudando o Sweet Pie com algumas coisas. -Diz o Foca sorrindo, logo levando o copo a boca para tentar conter a risada.

[...]

  Nós fomos dançar e já havíamos bebidos vários tipos de bebidas e misturas, o que já estava deixando todos naquela casa um pouco inconsciente.
Eu sei que os problemas não vão se resolver se eu pegar uma garrafa de vodca e empinar o líquido garganta a baixo, mas pelo menos ela me ajudaria a esquecer das merdas que a minha mãe nem menos tem o cuidado de jogar na minha cara.
   Eu e a Maia decidimos entrar em uma competição que estava tendo ali, para ver quem conseguia beber a vodca com alguma outra mistura de bebida que ninguém sabia o que era de fato, e continuar de pé.
  Era um copo grande, então eu e a Maia brindamos e colocamos o copo nas nossas bocas, bebendo o que quer que estivesse ali dentro. Eu fui a primeira a terminar, mas o mundo já estava girando e as pessoas pareciam que estavam flutuando sobre o ar.

Eu senti o meu estômago inteiro embrulhar e tudo que eu via começar a flutuar, o que me fez correr para o banheiro e por tudo que eu havia bebido para fora, pelo menos alguma coisa.

-Pelo jeito alguém não aguentou o que tinha dentro do copo, como parecia. 

-Sai fora Reggie. -Digo revirando os olhos e lavando a boca com água e um pouco de pasta de dente.

-Ah, não sabia que o banheiro da casa do Luke era somente para uso seu. -Diz o mesmo rindo sarcástico.

-Não enche, cara. -Digo passando pelo mesmo, mas sentindo que eu não aguentaria muito tempo em pé, seja lá o que tinha naquela merda de copo, conseguiu realmente me fuder.

-Você precisa de ajuda? -Pergunta o mesmo ficando na minha frente, me fazendo perder o resto de paciência que eu tinha, ou seja lá como eu deveria chamar isso.

-Eu não preciso da sua ajuda. -Digo revirando os olhos. -Volta para a festa e para as garotas sem cérebros que ficam com você.

-Credo, você poderia ficar mais gentil quando leva um porre. -Vejo o mesmo revirar os olhos.

-Eu não vou ser gentil com você e muito menos com mais algum Smith. -Digo passando pelo mesmo e tentando chegar no local onde tinha as escadas.

-Beth, espera. -Diz o mesmo vindo na minha direção. -Deixa eu ajudar você?

-Eu já disse que não preciso da sua ajuda, Reggie. -Digo irritada. -Para de tentar bancar o gentil comigo, e depois esfregar na minha cara que eu não tive condições de me virar sozinha e pedi sua ajuda.

-Tanto faz. -Diz ele revirando os olhos e pegando no meu braço, colocando-o sobre os ombros dele e segurando na minha mão, logo pondo o braço dele em volta da minha cintura, e me ajudando a caminhar.

-Para de tentar me ajudar. -Digo tentando me soltar dele, mas percebendo que era inútil, por não ter mais forças. -Eu não-

-Cala a boca Beth. -Diz o mesmo me olhando irritado. -Eu posso odiar você e a gente ter essa discórdia de família, mas mesmo assim eu ainda sou um ser humano e não ia deixar uma garota bêbada numa festa cheia de babacas bêbados e drogados.

-Eu sei me virar sozinha. -Digo irritada, vendo o mesmo respirar fundo para não desistir de me ajudar.

-Do jeito que você está Beth, você bebe qualquer merda que te oferecerem. -Diz ele sério. -Deixa eu te ajudar antes que eu te solte no chão.

-Idiota. -Digo revirando os olhos e vendo o mesmo voltar a me ajudar a caminhar, me fazendo sentir um sorrisinho do mesmo e algo dentro de mim acontecer, ou talvez se acender... 

[...]

Se eu estivesse somente bêbada, teria sido mais fácil descer as escadas e chegar no carro do Reggie, que quanto mais ele me ajudava a caminhar, mas longe ele parecia estar.
  Eu não faço ideia do que tinha dentro do copo, e por isso eu bebi, justamente por imaginar que era algo forte e que me derrubaria, e por isso eu o fiz.

O babaca do Smith me ajudou a entrar dentro do carro dele, logo entrando do outro lado e dando a partida. Talvez eu tivesse que me redimir e aceitar a ajuda dele do jeito certo, porque por mais que eu o odeie, ele ainda estava me ajudando, me tirando daquela festa estúpida e me tirando de perto das bebidas que a essa altura nem faziam mais sentido o que eram e qual era o nome.
  Assim que ele estacionou o carro na frente da minha casa, o mesmo me ajudou a descer e estava me ajudando a chegar próxima da porta, quando eu lembrei que eu havia fugido e não poderia entrar por ali.

-Eu não posso entrar por aqui. -Digo olhando para o mesmo que parecia confuso e mais perdido que eu. -A minha mãe me proibiu de sair, então eu sai pela minha janela.

-Quando eu acho que tem alguma porcentagem de juízo dentro dessa sua cabeça, eu me lembro que eu to ajudando uma Gillies. -Diz o mesmo rindo, me fazendo empurrar o mesmo e quem quase caiu, foi eu.  -Vem, eu te ajudo a entrar pro seu quarto. -Diz o mesmo me puxando delicadamente para voltar a caminhar, se direcionando para a direção do meu quarto.

-Reggie, vai embora logo. -Digo irritada. -Eu sei me virar sozinha e sair, eu sempre dou um jeito.

-Eu falei que ia te ajudar, cala a boca e deixa eu fazer isso, antes que eu te deixe aqui fora. -Diz ele revirando os olhos.

-Babaca. -Digo revirando os olhos e vendo o mesmo posicionar a escada na minha janela. -Não tem -

-Quanto mais você falar ou tentar dar uma de estressadinha, pior vai ser pra você. -Diz ele me olhando irritado. -Confia em mim, eu não vou derrubar você.

-Você é um Smith, Reggie, quer que eu confie em você? -Pergunto irritada.

-Eu não to aqui como um Smith, eu to aqui como uma pessoa normal que tá tentando ajudar uma  filhinha de papai a entrar para dentro do quarto antes de ter a merda descoberta. -Diz ele me olhando estressado. -Quer que eu tente desenhar ou já fui claro?

-Mas que inferno. -Digo revirando os olhos e vendo o mesmo se dar por vencido.  Parabéns Elizabeth, por ser tão idiota.

O mesmo subiu na escada e me estendeu a mão, por um segundo eu pensei se deveria aceitar, mas era o único jeito mesmo. O mesmo me ajudou a subir sem que eu caísse no chão e acabasse levando ele junto. Assim que chegamos na janela do meu quarto, o mesmo abriu e entrou para dentro, me puxando e me fazendo entrar junto com ele.

-Vê se da próxima vez você não bebe qualquer droga de bebida que colocarem na sua frente. -Diz o mesmo sério.

-Pode deixar que eu vou beber mais. -Digo sarcástica, vendo o mesmo perder a paciência. -É brincadeira, mas eu vou acabar com você.

-A bebida tá fazendo efeito mesmo. -Diz ele rindo. -Eu vou acabar com vocês primeiro.

-Eu estou aqui como uma pessoa normal e não como um Smith. -Digo relembrando o mesmo do que havia dito a minutos atrás.

-Mas o Smith voltou. -Diz ele dando de ombros me fazendo revirar os olhos. -Vê se fica longe de encrencas. -Diz o mesmo me olhando e logo se aproximando da janela para sair.

-Reggie. -Digo fazendo o mesmo parar e me olhar sério, fazendo com que um silêncio se instalasse ali. -Obrigada.

-Por mais que você seja uma Gillies, eu não iria deixar você ficar lá bêbada com aqueles babacas por perto, quando precisava de ajuda.

-Mas não vai achando que porque eu cedi a isso, eu não vou deixar de acabar com você. -Digo rindo, vendo o mesmo rir.

-Ficar muito perto de uma Gillies é se sentir perdedor. -Diz ele rindo, me fazendo mostrar o dedo do meio. -Beth, mas sem estar falando como um Smith, mas como uma pessoa normal como qualquer outra, não tenta descontar tudo que acontece em bebidas ou qualquer outra coisa, não vai resolver nada quando estiver sóbria novamente.

-Eu não quero concelhos agora. -Digo irritada, vendo o mesmo revirar os olhos. -Mas foi por descuido, se isso importa.

-Ou pode ter sido para ter a minha ajuda. -Diz ele sorrindo malicioso. -Eu sei que nem você resiste -

-Vai embora, antes que eu te derrube dessa janela e você caia direto no chão. -Digo irritada, vendo o mesmo rir e pisar na escada.

-Talvez um banho gelado ajude e um remédio pra dor também. -Diz ele me olhando sério, logo descendo as escadas e entrando dentro do carro e saindo dali.

Eu odeio ter que admitir que se não fosse pela ajuda do Reggie, mais uma vez, eu estava encrencada demais. Eu odeio admitir que a ajuda dele foi útil e que por duas vezes ele me ajudou antes mesmo de eu causar um vexame e agora dessa, de piorar tudo.

  Talvez realmente dentro desse babaca e Smith, existe um garoto que se preocupa de verdade, independente da rivalidade que ele tenha com a outra pessoa.

Talvez não existe somente esse badboy, filhinho de papai e sangue puro de Smith, mas exista alguém bom de verdade.
Não estou dizendo que eu estou aceitando ele só porque ele me ajudou, eu saberia me virar sozinha. E isso não acaba com o ódio por ele, mas só hoje foi um trégua, o resto dos outros dias, é guerra novamente.









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Espero que tenham gostado!

Estou pensando em postar todos os sábados e alguns dias da semana, o que acham?

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