Capítulo 13 - Distração inconveniente

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Arthur sabia que não seria uma boa ideia aquele passeio quando Lady Catelyn sugeriu, mas foi mesmo assim e ficou feliz ao ver Ben e Mel mesmo que tivesse de vê-la de longe, entretanto ainda tinha um pressentimento ruim que foi confirmado assim que sentiram o vento quente roçar seus rostos e logo depois subitamente se tornar uma brisa gélida, então eles souberam, Arthur olhou para Ben que confirmou suas suspeitas, discretamente olharam para a floresta, a visão era perturbadora, pois eles podiam ver os olhos, se soubessem para onde olhar como eles sabiam, era possível ver os olhos entre os galhos com movimentos quase imperceptíveis.

Calmamente levantaram-se indo em direção aos seus cavalos, Arthur olhou preocupado para Melanie e Lady Catelyn que deviam estar afastadas pelo menos uns trinta metros, mesmo assim nada fez, tinha que esperar e confiar em Melanie. Não passou nem trinta segundos e Lady Catelyn levantou-se fingindo estar com frio e acenou graciosamente para Arthur que sorrindo acenou de volta.

Rápido.

Ela teria de vir o mais rápido possível ao passo que teria de ser dolorosamente lento para não alertá-los. Notando que Melanie continuava sentada no mesmo lugar Arthur se angustiou, se eles decidirem atacar naquele momento ela não teria tempo de fugir.

Todos ali fingiam sorrisos e despreocupação, por um instante maravilhoso pareceu que daria certo, entretanto, não foi isso que aconteceu, Melanie finalmente se levantou, Lady Catelyn estava a uns cinco metros agora, já perto o suficiente Arthur podia ver o medo em seu rosto, foi nesse momento que tudo deu errado e sentiu que eles iriam atacar, não daria tempo, Arthur teria de decidir entre ajudar Lady Catelyn e correr até Melanie, felizmente não teve que escolher, em um movimento familiar Arthur viu Melanie erguer os braços e seus atacantes serem entrelaçados por galhos que os impediam de avançar.

Assim que conseguiu atrasá-los Mel correu em disparada em sua direção segurando as saias que voavam com a velocidade, em uma visão que chegava a ser deslumbrante numa outra ocasião. Percebendo a precipitação Lady Catelyn correu os últimos metros quase indo ao chão, Arthur conseguiu pegá-la antes que caísse e em um movimento rápido a ergueu colocando-a sobre a sela, depois subiu segurando as rédeas.

Esperou, não queria ir sem eles, olhando para Melanie viu seu olhar decidido o mandando ir embora, ele foi indo contra a sua vontade, não olhou para trás, somente queria chegar rápido o suficiente ao castelo para poder voltar para ela.

Com um misto de dor e confusão que nunca havia sentindo, Arthur seguia rápido em direção ao castelo. Quando estava próximo o suficiente acenou freneticamente para as sentinelas que ali estavam em observação, eles logo entenderem e se colocaram em movimentação se preparando para o ataque.

Atravessou os portões como uma bala, mesmo sob os protestos de Lady Catelyn que se equilibrava precariamente quase caindo do cavalo, mesmo assim não desacelerou, ao invés disso forçou Dama a ir ainda mais rápido, odiava fazê-la correr dessa forma, mas era preciso.

Chegou ao castelo em tempo recorde, saltou já se virando para ajudar Lady Catelyn descer, assim que a colocou no chão já queria subir em sua égua e voltar para ação, mas ela não deixou.

"Arthur por favor, não me deixe aqui sozinha."

"Não se preocupe, aqui você estará em segurança, entre no castelo e encontre algum criado que a leve as salas secretas, lá ficará bem."

"Arthur, por favor."

Ele não queria ceder, aquilo somente o atrasaria, com um suspiro irritado cedeu, sabia que levaria mais tempo discutindo o assunto do que a levando logo de uma vez, além disso também já aproveitaria para avisar aos irmãos e ao pai.

Correndo quase a arrastando a suas costas, Arthur entrou no castelo a procura do primeiro criado que encontrasse, viu então a ama de Elizabeth com ela vindo em sua direção.

"Arthur, você já voltou, eu..."

Se dirigindo a ama, falou rápido em um fôlego só, não queira assustar Lize, mas não tinha tempo.

"Estamos sob ataque, leve-as direto as salas protegidas."

A ama assentiu, já segurando o braço de Elizabeth que se desvencilhou correndo até Arthur o abraçando, ela não precisava dizer nada, ele abaixou beijou sua testa e a entregou para a ama, Lady Catelyn as seguiu, pela primeira vez sem protestos.

Adentrando um pouco mais no castelo encontrou outros que logo mandou avisar a todos, não teria tempo de encontrar os irmãos e o pai para avisá-los pessoalmente, tinha de voltar para ajudar. Quando estava saindo esbarrou com Dario que vinha pelo corredor oposto.

"Dario, rápido precisam de nós no portão. Estamos sob ataque."

Dario o seguiu sem fazer nenhum questionamento desnecessário, os dois correram apressados, Arthur indo em direção a Dama e Dario disparou para o estábulo para montar em Sereno. Assim que subiu já viu o irmão indo rápido para o portão e seguiu-o apressado.

No meio do caminho Melanie seguia apressada para o castelo, seu vestido estava sujo de terra, rasgado em algumas partes e sangue manchava sua manga, Arthur desacelerou assim que a viu deixando Dario seguir apressado, sentia-se culpado por deixá-la antes, queria descer e ampará-la, tomá-la em seus braços e não permitir que nenhum mal voltasse a lhe afligir, entretanto não pôde fazê-lo, Melanie o olhou como que dizendo que estava tudo bem e com um gesto mando-o ir embora novamente atrás de Dario. Mesmo contrariado pela segunda vez, Arthur cedeu e foi, mas não antes de lhe dirigir um olhar que dizia muito, muito mais do que as palavras que ele se impedia de pronunciar.

Avançou pelas ruas, olhou para trás para vê-la uma última vez, depois se concentrou no seu objetivo a frente. Não demorou e Arthur já podia ver a grande movimentação de soldados ao redor do portão, localizou Ben impaciente coordenando soldados no chão, enquanto Dario assumiu seu posto com os arqueiros em cima dos grandes muros, no centro perto de Dario estava o pai, continuou olhando ao redor por um tempo, a procura de Dom, mas não o viu em lugar algum.

Arthur desceu, acariciou o pescoço de Dama e seguiu para falar com o pai, acenou assim que passou por Ben subindo as escadas do muro, de cima ele podia observar a posição dos saxões e achou a imagem um tanto intrigante, com o pensamento em mente seguiu até o pai.

"Arthur meu filho, soube que você estava na clareira junto com Ben, Melanie e Lady Catelyn quando ouve o ataque, estão todos bem?"

O pai perguntou preocupado como sempre. Por um momento Arthur lembrou da visão do vestido rasgado de Melanie e do sangue na manga.

"Sim, Melanie e Lady Catelyn já se encontram no castelo nas salas protegidas."

"Bom."

"E quanto a Dom? Eu não o vi por aqui."

Dario respondeu.

"Sim, ele devia estar no campo de treinamento, Ben pediu para irem chamá-lo, ele deve ter passado para ver como Marion está, pois já faz um tempo, ele já deveria estar aqui."

Arthur aquiesceu, encarando o exército inimigo com uma expressão questionadora.

"Sim, isso também está me perturbando."

Comentou o pai.

"Eles não estão atacando, quero dizer, parecem estar somente chamando atenção, não são, de fato, uma ameaça."

Completou Dario. Arthur concordou ainda encarando o exército notando pela primeira vez um declive estranho no terreno onde os homens pareciam estar mais baixos do que outros.

"O que é aquilo? Eles fizeram uma vala na terra?"

Dario sorriu divertido.

"Oh não, isso foi cortesia de Melanie, parece que quando ela e Ben estavam vindo não ia dar tempo de fechar o portão antes deles passarem em segurança, então quando estavam se aproximando ela criou esta vala bem na frente da primeira fileira fazendo dezenas de homens irem ao chão, dizem que foi uma cena fascinante de observar."

De fato, Arthur estava sorrindo também agora, mas logo o sorriso se dissipou ao notar uma mudança no exército saxão, todos afastaram um passo para trás, somente um homem ficou à frente, ergueu uma espada e apontou a lâmina na direção do muro, direto para onde o Rei se encontrava, como se soubesse exatamente, logo depois, com um sorriso o homem alinhou a espada na direção do seu próprio pescoço e fingiu cortá-lo, logo depois o exército todo virou-se e correu em direção a floresta, o que desconcertou a todos que observavam.

"Somente vieram nos ameaçar? Mas o que significa..."

Dario parou no meio da frase, na verdade parecia que todos sentiram o mesmo aperto no peito que Arthur sentiu, um aperto tão grande que o sufocou, pois no segundo que o Rei se virou em direção ao castelo, ao mesmo tempo que Dario terminava seu comentário, no segundo antes de ouvirem, Arthur já sabia que era tarde demais, pois um sino soava as suas costas, um sino vindo da direção do castelo, um sino vindo do castelo, um sino que somente havia sido tocado em poucas ocasiões e em nenhuma dessas Arthur tinha presenciado e mesmo assim sabia que aquele som vinha daquele sino e sabia o que ele significava.

O castelo havia sido invadido.

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