Day of The Departed - Morro x Turqueza

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

Quem está atrasada porque esqueceu de postar?? Euzinha!!
Então como bônus coloquei esse sketch da Turqueza e do Morro que fiz uns dias atrás :D
Essa é minha oneshot de Halloween/Dia dos Mortos (que tá pronta desde o começo de outubro...)
Não sei se alguém lembra de mim ou se liga pra minha oc, mas que seja... Aproveitem!!

Shipp: Turqueza x Morro

Notas: espero que não esteja tão meloso quanto tenho a impressão de estar... Nem tão exagerado kkkkkk

[3ª pessoa]

Dia dos Mortos.
Um dia para honrar aqueles já falecidos e aproveitar o tempo restante com os que ainda estão presentes.

Mas e se você já for um dos habitantes do Reino dos Mortos?

Morro estava sentado sobre uma pedra, num lugar afastado de onde a maior parte dos fantasmas costumava ficar. Em sua mão, segurava firmemente uma foto colorida com as bordas já gastas.

No papel ligeiramente amassado estavam duas pessoas sorridentes; esse sorriso, porém, não chegava até os olhos.
Morro estava do lado direito, sua pele verde-transparente indicando sua passagem pelo Reino Maldito. Abraçada a ele estava uma garota humana, com as bochechas rosadas e os olhos cheios de lágrimas por escorrer. Ela tinha cabelos castanhos um pouco cacheados, que chegavam até o meio de suas costas.

Com o polegar, Morro acariciou a foto pela milésima vez naquele dia.
Sentia tanta saudade que queria poder voltar no tempo e fazer as coisas serem diferentes. Infelizmente, isso não era possível, e ele sabia que merecia um castigo muito pior por tudo que havia feito durante seu tempo em Ninjago.

Tão preso em suas lembranças de uma felicidade que não achava merecer, não escutou os passos que aproximavam-se por trás dele.

— Não sabia que você conhecia essa menina. — Falou calmamente uma voz feminina, assim que a pessoa a quem esta pertencia parou ao seu lado.

Com o susto, a expressão do garoto passou de dor e saudade, à surpresa, até que finalmente suas feições transmitiam apenas cansaço e tristeza.

— Oi, Harumi. Precisa de alguma coisa? — Ele perguntou, dirigindo-se a menina de longos cabelos brancos que estava parada ao seu lado. Não se deu ao trabalho de olhar para ela, nem de guardar a foto.

— Não... Mas reparei que você parecia meio para baixo e vim falar com você.  Nunca tinha te visto tão vulnerável. — Ao ouvir isso, Morro lançou um olhar irritado a ela, que apenas ignorou. — Acredito que esteja assim por causa dela... Mas por que exatamente hoje? E por que ela?

Ele suspirou, conhecendo a insistência de Harumi. Pensou duas vezes antes de ter certeza do que faria, mas achava que talvez contar sua história para alguém lhe fizesse bem. Morro e Harumi haviam se tornado amigos no último ano, desde que a garota começara a viver naquele reino, para muitos, melancólico.

— Huh. É capaz de você rir de mim, mas não estou num dia bom para discutir, então vou simplesmente te contar uma parte da minha história.

"Alguns anos atrás, — ele começou —  como já deve ter ouvido falar, consegui voltar para Ninjago e tentei dominá-la junto com meus amigos e nossa Mestra, a Proeminente.

"Nessa época, Turqueza não passava de uma garota que estava no lugar errado e na hora errada. Não a conheci enquanto era vivo, mas apenas depois que o veneno que é a raiva e a vingança já tinha tomado conta de mim.

"Ela escutou muito de nosso plano, então a mantivemos prisioneira. Eu só não esperava que fosse me apaixonar tanto por aquela garota incrível. — Conforme ele falava, uma lágrima escorreu por sua bochecha. Seus olhos estavam fixados na imagem de Turqueza naquela foto.

"Foi assim que nos conhecemos. Eu, um fantasma fanático que só tinha em mente um objetivo: provar que o destino estava errado; e ela, uma humana curiosa e fantástica, que conseguiu me fazer ver o mundo de um jeito diferente.

"Mas, como você deve bem saber, vilões não conseguem finais felizes. Apesar de Wu querer me salvar, apenas lhe entreguei o cristal dos reinos e deixei que a Proeminente me arrastasse com ela para meu fim. As últimas coisas que ouvi enquanto meu corpo se desintegrava naquela água agitada e fria, foram os chamados de Turqueza e Wu por mim.

"Achei que nunca mais veria Turqueza. Porém, após... um ano? Talvez dois? É difícil contar os dias por aqui... Mas então, houve esse dia. Lembro-me que era um Dia dos Mortos, e achei que fosse como outro qualquer. Até que uma força mais poderosa que qualquer coisa que já tinha visto conseguiu me levar de volta para aquela terra que tentei conquistar uma vez.

"Era noite, e me vi entre os maiores vilões que já tinham passado por Ninjago. Estátuas ganhando vida no museu, um por um. Não conhecia quase ninguém ali, e não entendia o porquê de estar ali.
Mais tarde fui descobrir que um tal de Sensei Yang nos trouxe de volta, mas apenas durante um raro fenômeno chamado de eclipse de Yang, e a menos que matássemos um dos ninjas que nos mataram, retornariamos para o Reino dos Mortos.

"Foi uma discussão para saber quem ficaria com quem, mas fui rápido em escolher meu antigo sensei, Wu.
Porém, eu tinha mudado; ela tinha me mudado. Eu queria avisá-lo do que estava acontecendo.

"No fundo, estava torcendo para esbarrar com ela na rua, mas sabia que seria pior para nós dois. E imaginava que a possibilidade disso ocorrer era quase remota; Ninjago possui milhares de habitantes. Ela podia estar em qualquer lugar.
Mas eu nunca esperaria o que estava por vir.

"Encontrei Wu no lugar que um dia fora seu monastério, aquele que chamei de lar durante anos de minha vida.

— Um eclipse sempre quer dizer alguma coisa... Mas será esse um sinal bom, ou ruim? — Questionou-se Wu, sem ainda ter me visto.

— Ruim... Muito, muito ruim... — Respondi, e ele imediatamente virou-se e me viu. Seus olhos se arregalaram, e imagino que a surpresa por me ver era tão grande quanto a minha por estar de volta.

— Morro, meu primeiro aluno. Como você retornou? — Sua voz transmitia a desconfiança de alguém que já fora traído antes.

— A pergunta não é como, mas por quê.

— Já lutamos duas vezes antes, e apesar de isso me machucar, lutarei novamente se for preciso! — Wu respondeu, determinado, já se posicionando para uma briga.

— Não, não, você me entendeu errado. — Fui rápido em acrescentar, segurando minha espada de uma forma não ofensiva. — Não vim aqui para lutar, mas sim para te alertar. Sensei Yang colocou seu time num grande perigo.

— O que Yang fez? — Já passado o susto inicial, a preocupação com a informação agora tornava-se notável.

— Ele o fez esquecer-se de um dos seus, aquele que já estava desaparecendo...

— Continue.

— Eu vou, mas enquanto estivermos a caminho do Bounty. Devemos avisar os outros, ou será tarde demais.

"Contei tudo que sabia sobre o plano de Yang, e que no momento os Ninjas deviam estar enfrentando vilões já antes derrotados. Chegamos ao Bounty, e Wu foi rápido em estabelecer a rota até o museu, o lugar em que aquela noite de reviravoltas começou.

"Mas algo me chamou atenção. Era um porta-retrato que parecia recente, mas não possuía data. Na foto estava um grupo de adolescentes, os ninjas que me derrotaram, e mais alguém. Uma garota com um moletom azul turquesa, cabelos castanhos e os olhos inesquecíveis que eu conhecia. Era Turqueza, eu não tinha dúvida.

— Você... Sabe como ela está? — Perguntei, minha voz pouco acima de um sussurro. Aquele sorriso sincero dela era capaz de iluminar uma cidade inteira, e desejei poder vê-lo pessoalmente mais uma vez.

— Sim, ela está bem, Morro. — Na fração de segundo em que nossos olhares se encontraram, sei que ele viu o brilhos nos meus. — E acredito que há algo que ela gostará de te contar, assim que vocês se encontrarem.

"Meu coração disparou. Como ele podia ter tanta certeza que nos veríamos? Com apenas mais algumas horas disponíveis, eu não achava que seria possível encontrar a garota que tinha dominado meus pensamentos durante tanto tempo.

"Depois daquilo, ambos ficamos quietos até o final da curta viagem.
Quando chegamos, os ninjas já estavam conversando em frente ao museu.

— Já que você sabe tanto, então me diga porquê esses fantasmas estavam todos por aqui?! — Reclamou Jay.

"Foi Wu quem respondeu, enquanto nos aproximávamos: — Porque destraí-los era parte do plano de Sensei Yang.

— E ele teve ajuda... — Completei, saindo de trás de Wu.

"As reações, no geral, foram as esperadas. "Morro! Já destruímos os outros, podemos fazer o mesmo com você". Mas nenhuma das ameaças me chamou atenção; na verdade, foi a única pessoa quieta quem conseguiu roubar todo meu foco.

"Era ela."

Morro? É.. você mesmo? — Lágrimas escorriam pelas bochechas de Turqueza, que desceu correndo as escadas antes que eu ou Wu pudemos alcançá-los. Ela se jogou num forte abraço em mim, e achei que perderia o equilíbrio.

"Wu lançou um olhar de "eu falei, não falei?" e seguiu em frente para falar com seus alunos, nos deixando conversar um pouco.

— Sim, Tur, sou eu... — Falei, mas minha voz saiu rouca, travada por todas as emoções que me dominaram de uma vez só.

— Achei que eu nunca mais fosse te ver!! — Ela se soltou apenas o bastante para poder me olhar nos olhos, como se no momento que nos separássemos eu voltaria a desaparecer.

"Foi aí que notei a roupa que ela estava vestindo. Como os outros, usava um uniforme colorido, e preso às suas costas estava um machado prateado.
A parte de cima do kimono era azul, enquanto a calça era violeta, combinando com seus olhos.

— Você.. É uma ninja agora. — Foi mais uma afirmação do que uma pergunta, e me dei conta que devia ser isso que Wu se referiu quando estávamos no Bounty.

— Sim. — Respondeu, ainda com lágrimas escorrendo. — Pouco depois de toda aquela história, descobri que tenho poder da telecinese... Desde então tenho treinado com eles. Você não tem ideia de como foi difícil no começo. Eles, que te odiavam por causa de tudo que aconteceu, enquanto eu te amava. — Ela falou, rindo um pouco, enquanto olhava para o chão.

— Eu- Eu também te amo. — Disse a ela, levantando seu rosto. Suas bochechas ficaram vermelhas tão rápido que achei que pudessem explodir. Acredito que ela não percebeu enquanto falava, que estava se declarando. Então, antes que perdesse a coragem, me inclinei para baixo e dei um apaixonado beijo em sua boca.

"Depois de alguns segundos nos separamos, e eu sabia que nosso tempo juntos já estava chegando ao fim.

— Eu... Eu não posso ficar, Turqueza. — Não queria, mas minha voz tremeu levemente enquanto falava. — Mas saiba que penso em você todos os dias, esperando que você viva a melhor vida de todas, porque você é incrível e merece isso.

— M-Morro, não vá de novo... — Ela sussurrou, tentando conter as lágrimas que mais uma vez tentavam escapar de seus olhos. Ela me abraçou forte mais uma vez, suspirando.

"Eu não conseguia entender como alguém tão boa quanto ela podia ter se apaixonado por alguém tão terrível quanto eu. Era como o conto da Bela e da Fera....

"De repente, Turqueza se solta de mim, e começa a mexer numa bolsa tiracolo que carregava consigo. Tirou dali uma máquina fotográfica Polaroid, e entendi o que faria.

— Sorria, por favor. — Ela comandou, me abraçando de lado antes de apertar duas vezes o botão de tirar foto. Apesar das lágrimas que faziam seus olhos brilharem sob as luzes, ela conseguiu forçar um sorriso, e eu também.

"As fotos ficaram prontas; com uma canetinha prateada, Turqueza começou a escrever rapidamente no verso de uma delas.

"Para Morro.
Você é maravilhoso do jeitinho que é, não precisa brigar com o destino por isso.
Te amo demais, sempre!
❤️❤️
-Turqueza
(Dia dos Mortos, 2017)"

— Escreve alguma coisa nessa, por favor. — E assim, ela me entregou a outra, junto com a canetinha. Sob pressão, era difícil saber o que escrever, então busquei em meu coração algo verdadeiro. Sabia que aquilo seria a única coisa que ficaria de recordação, além de todas as boas lembranças que tínhamos juntos.

"Para Turqueza.
Você me mostrou que a vida é muito mais do que vingança e guerra.
Te amo demais, viva como eu não consegui.
❤️❤️
-Morro
(Dia dos Mortos, 2017)"

"E assim, aquelas fotos que pareciam iguais, agora possuíam um pouco de cada um de nós. Eram como gêmeas... Como almas-gêmeas. Trocamos as fotos; dessa forma, eu tinha a que ela escreveu, e Turqueza tinha a escrita por mim.

"Ela jogou a máquina de volta na bolsa, que notei estar cheia de doces, mas a foto guardou num bolso interno do uniforme. Dei um pequeno sorriso a ela, sabendo que era hora de eu voltar. O encontro/despedida já estava durando demais — mesmo que houvessem se passado alguns poucos minutos apenas — e eles precisavam não só salvar o amigo, mas o mundo, mais uma vez.

— Adeus Turqueza. Não se esqueça de mim, mas não deixe que as minhas lembranças te impeçam de viver a vida ao máximo, aproveitando cada segundo precioso dela. Eu te amo!

— A-adeus Morro... Prometo que vou tentar. É mais difícil do que parece, pensar a cada dia que você podia estar conosco, mais uma parte desse time que cresce juntos. E você também, não esqueça de mim. Quando estiver muito sozinho lá, pega essa foto. Um dia a gente se reencontra. — E assim ela me deu um beijo, mais curto do que eu gostaria, e quando nos separamos ela estava chorando de novo.

"Dei um abraço nela, e subimos as escadas. Wu estava terminando de contar a eles o que tinha acontecido, e dizer que deviam ir ao Templo do Airjitzu.

"Com muito esforço, ela largou minha mão, lançando-me um triste olhar de adeus, mas ainda assim com um pequeno sorriso. Correu para seu veículo, me deixando para trás.

— Muito obrigado pela ajuda, Morro. — Despediu-se Wu.

— De nada. E feliz Dia dos Mortos, Sensei. — Respondi sorrindo, e assisti a eles afastarem-se, em direção de mais uma vitória, eu tinha certeza.

"Entrei no museu, retornando para o pedestal da estátua onde eu havia ganhado vida. E assim, me permiti voltar a este reino."

—Já faz dois anos. Exatamente dois anos... Imagino como ela está. O que está fazendo... — Suspirei, me virando para Harumi. — Por isso que vim para cá; as celebrações do Dia dos Mortos aqui não se encaixam no que eu sinto nesse dia. Mas é bom saber que pelo menos ela tem bons amigos, que estarão ali para ela sempre que ela precisar. E que Sensei Wu é quem a está ensinando; por mais que eu tenha passado anos da minha vida odiando ele, sei que ele é o melhor no que faz, além de ser uma pessoa muito boa.

The end.

Ficou meloso demais? Desculpa, caso a resposta seja afirmativa!
Eu gostei bastante dessa história... Essa é só uma das várias versões da história desses dois que eu tenho kkkkkk

Talvez um dia eu escreva uma outra, em que ele realmente se junta aos ninjas! Tenho inclusive dois desenhos desse universo XD

O que acharam desse capítulo gente? Feedback é essencial pra mim, para saber no que melhorar, e me manter motivada (coisa difícil quando me sinto tão pressionada por certas coisas da vida, parece que até escrever pra fugir pro meu mundo exige demais de mim...)

Amo vocês queridos leitores que continuam comigo mesmo com essas atualizações esporádicas e sem qualquer programação!
Tô planejando umas one shots com músicas, e livros longos tenho idéias de Monte, mas escrever que é bom tá difícil!

Nos vemos numa próxima vez!
Bjsss,
Turqueza

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro