Você Não Está Sozinha - Morro x Turqueza

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

Oi gente. Hoje foi meu primeiro dia de aula do segundo semestre, e eu devia estar feliz e tal de rever meus amigos... devia estar estudando pras provas de depois de amanhã... Mas simplesmente não conseguia. Então escrevi isso, para descarregar umas emoções e ver se me ajudava.
Eh, sei lá.
Isso é muito do que eu to passando, e quero que vocês saibam que vocês são muito importantes para mim... queria que pelo menos um de vocês pudesse estudar comigo... Sério, sei que posso contar com alguns de voces mais do que com a maior parte da minha sala.

Shipp: Morro x Turqueza (ta mais pra Morro x Eu XD)

Notas: uh, tá triste...
Por que eu sinto que não me encaixo em quase lugar nenhum? Por que sinto que são tão poucos os que realmente tão comigo? Por que é tão dificil contar isso para alguém?
Isso é uma prova de que sou tão humana quanto qualquer um e infelizmente não consigo estar feliz o tempo todo...

《Turqueza》

Eu estava no meu quarto, sentada na cama, os joelhos encolhidos quase até o peito, abraçando uma almofada, chorando. Eu evitava soluçar alto, porque eu não queria atrapalhar, perturbar ninguém.

Era bobagem. Meus sentimentos eram inúteis, e me faziam sentir esse vazio com frequência, principalmente durante as aulas. Eu finalmente tava bem nas férias, mas tudo que é bom dura pouco... E pra que contar para alguém, quando você não tem ideia de qual será a reação?

Mas acho que não fui silenciosa o bastante.
Alguém bateu na minha porta, perguntando se eu estava dentro e se podia entrar. Com minha mente perturbada do jeito que estava, nem me preocupei em prestar atenção na voz para saber quem era.

Tentei secar as lágrimas que ainda escorriam e transformavam minha visão num borrão, mas teimosas, elas não paravam de cair. Com certeza meu rosto estava avermelhado de tanto chorar.
Mas acabei resmungando um "ta aberta", ainda passando as mãos sobre os olhos.
Mordendo levemente meu lábio inferior, consegui parar e me controlar um pouco.

Quem entrou me surpreendeu. Era Morro.
Ele fechou a porta atrás de si, caminhando até mim, uma expressão preocupada no rosto. Ele sentou na beirada do colchão, ao meu lado, colocando uma de suas mãos sobre meu ombro.

-- Ei... O que aconteceu? Não adianta dizer que tá tudo bem, porque claramente não tá.. -- Seu tom era doce, calmo. Era raro o ver dessa forma.

Porém, por mais que quisesse contar tudo que atormentava meus pensamentos, eu não conseguia. Sabia que se abrisse a boca para falar, tudo que aconteceria era voltar a chorar. Eu não olhei em sua direção, nem quando ele suspirou, provavelmente frustrado. Meus olhos estavam focados na almofada branca com lilás que eu segurava, manchada com minhas lágrimas aonde haviam caído. Talvez ele também as observasse.

-- Tem certeza que não quer contar? Talvez eu possa ajudar... -- sua vontade de me reconfortar era insistente, e acho que o que senti por causa disso podia quase ser chamado de felicidade.

Desistindo de resistir, soltei o ar que prendia, junto com um soluço. Mais uma vez, o mundo ficou turvo, enquanto meus olhos eram enchidos com aquele líquido salgado e transparente.

-- E-eu não ag-guento mais isso! -- Consegui falar entre fungadas.

-- Shh, calma, calma... -- Ele disse, sua mão se movendo para o outro ombro, me puxando para perto dele num abraço. Apoiei minha cabeça na curva de seu pescoço, minhas lágrimas molhando sua blusa verde-musgo. Ele movimentava seus dedos em círculo nas minhas costas, um movimento tranquilizador.

-- É q-que as vezes... -- Comecei, virando o rosto apenas o suficiente para ser capaz de falar -- Eu sinto como se nã-não tivesse ninguém do meu lado além da minha família... Meus "amigos" não me procuram. Parece que... E-Eu nunca fiz falta pra eles! -- terminada essa frase, minha garganta pareceu ficar bloqueada. Ardia segurar tudo aquilo dentro de mim, então simplesmente coloquei para fora. Recuperando um pouco da minha voz, continuei, Morro apenas quieto escutando -- Eu- Eu até converso com as pessoas, mas parece que não faz diferença... Eu simplesmente não tenho essa habilidade de me aproximar de ninguém, só que ninguém se esforça para ficar comigo também. São poucos os que tentam, e machuca muito saber que sou tão substituível assim...

Nem tentei completar o pensamento em voz alta, daria muito trabalho. Era só bobagem, coisas idiotas que se passavam na minha mente. Não tinha porque ele querer saber.

-- Quem te falou que você é substituível? -- Ele começou, num volume baixo, acariciando minha bochecha. -- Seja lá quem tenha sido, está errado. Você é uma menina incrível! E se as pessoas da sua sala não veem isso, não percebem o quanto estão perdendo. Você faz diferença no mundo, para aqueles que se importam. Podem não ser a maioria, mas para que ter tantos amigos, quando você pode ter poucos e verdadeiros?

-- .... Tá aí o problema! E-eu consigo contar nos dedos de uma mão esses... E nem um deles está na mesma sala que eu. Eu vejo todo mundo ao meu redor sorrindo em seus grupinhos, e cada vez mais me sinto excluída. Mas não faço nada a respeito... Acabo, se bobear, me afastando cada vez mais! E nem sei se aqueles com q-quem me importo, ligam mesmo pra mim...

-- Shh.. Eu te entendo, me senti assim quando Sensei me salvou e eu entrei para o time.. Mas você não pode se culpar tanto. Não é como se você fizesse de propósito. Você não ta sozinha nessa, e tenho certeza que tem gente que se preocupa muito com você. Talvez até mais perto do que você imagina..

Finalmente levantando a cabeça e olhando em seus belos olhos verde-escuros, perguntei com a voz trêmula:
-- Como pode ter tanta certeza disso?

-- Porque eu sou uma dessas pessoas. -- Ele sussurrou, inclinando o rosto na minha direção.

Eu sabia o que vinha a seguir, e deixei acontecer.
Fechei meus olhos no momento em que seus lábios encostaram nos meus, e foi como se fogos de artifício explodissem dentro de mim.

Talvez a vida não estivesse tão perdida.
Talvez ainda houvesse uma esperança.

Porque mesmo nas sombras mais escuras, se a luz for forte o bastante, ela consegue chegar.

Foi mal aí pela história triste. Acho que to um pouquinho melhor... Eu conversaria mais com vocês, mas preciso urgentemente estudar pelo menos Sociologia hoje... (porque além disso ainda tem Arte, História e Geografia)
Obrigada por lerem até aqui, isso significa muito para mim!

Deixem seu voto e comentários, eles me fazem sentir muito bem!
E se vocês se identificaram... Saibam que vocês não estão sozinhos. Existe mais gente como vocês, existe gente que se importa.
Pode não parecer, mas tem.
Aguenta firme que você vai sair disso.

Bjss,
NinjaTurqueza

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro