Capítulo 16

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A jovem de olhos verdes não conseguia acreditar no que estava vendo. Uma cadelinha de médio porte, pelagem negra, com algumas partes brancas e muito fofa estava em cima da "sua" cama.

Ela estava atônita com a surpresa peluda, e, de certa forma feliz, já que ela ama animais. Mas o que ela não conseguia entender era como a cachorrinha havia conseguido entrar no quarto, sendo que a porta estava trancada.

Pensando nisso começou a visualizar alguma possível brecha no quarto em que estava, e, obteve sua resposta ao olhar para a janela.

Viktorya estava dormindo em um dos quartos do primeiro andar, e como ela tinha deixado a janela aberta antes de sair com os garotos, acabou que a cadela conseguiu invadir o quarto pulando a janela.

"De quem é esse cachorro?" - pensou a garota se aproximando do animal.

Com muito cuidado ela pegou o dócil animal em seu colo e fazendo carinho em sua pelagem, acabou percebendo que na sua coleira havia o nome do animal.

— Então você se chama Annika. — fala a jovem fazendo carinho na cadela.

Por mais que tivesse gostado da companhia, ela tinha que encontrar a dona do animal, que deveria estar preocupado pelo sumiço de seu pet.

Logo que a jovem se virou para a porta viu de relance que alguém passou no corredor rapidamente, chamando desesperadamente pelo nome da cadela em seus braços, porém a pessoa não havia percebido que Viktorya estava com o animal, devido a baixa luminosidade do quarto.

— Annika! Cadê você? Vem aqui princesa! — escutou Viktorya, que não perdeu tempo e saiu para o corredor para tentar chamar a pessoa.

— Ei garota! — diz Viktorya chamando a atenção da garota de cabelos azuis. — Acho que encontrei seu cachorro.

A dona do animal, ao ouvir Viktorya, se virou com pressa, e correndo rapidamente para pegar Annika em seu colo, a abraçou muito contente.

Logo que Viktorya viu o rosto da garota percebeu que era nada mais nada menos que Honey Guten, irmã mais nova de Shasa.

Não havia notado antes que era ela, pois Honey havia mudado bastante, seus cabelos outrora curtos, agora estavam longos e sua altura obviamente havia mudado.

— Estou tão feliz que a tenha encontrado. Eu estava feito louca procurando por ela. Muito obrigada. — agradece a azulada.

— Não precisa agradecer. — responde Viktorya sorrindo.

— Onde a encontrou? — pergunta Honey curiosa.

— Quando entrei no quarto ela tava lá, deitada na cama. — responde a de olhos verdes.

— Espero que ela não tenha incomodado. Sinto muito por este transtorno. E pela gritaria. — fala a azulada.

— Não esquenta com isso. Não foi incômodo nenhum, aliás, eu gostei de encontra-la, me fez lembrar da minha gatinha Krystal, que tem o pelo igual ao da sua cachorrinha. — comenta a jovem se lembrando de sua gatinha que estava no Brasil na sua dimensão.

— Acho que já tá na minha hora. — começa a jovem de cabelos roxos. — Boa noite Honey. — diz Viktorya com intenção de retornar ao seu quarto para descansar, mas é interrompida por Honey.

— Viktorya, né? — pergunta Honey.

— Sim, precisa de algo? — pergunta a jovem com curiosidade.

— Você não gostaria de participar da minha festa do pijama? É meio que uma tradição aqui do Bc Sol que sempre acontece às sextas do final do mês.

— Ah... eu não sei. — diz Viktorya.

— Vamos, vai ser divertido, todos vão! — pede Honey entusiasmada, mas logo muda sua expressão. — Quer dizer, com exceção da minha irmã, que teve de resolver umas coisas importantes hoje. — concluí com um semblante triste.

Vendo a reação triste da azulada Viktorya não conseguiu dizer não ao seu pedido. E já que estava em Beyblade, ela tinha que aproveitar, não é mesmo?

— Tudo bem. Eu vou. — diz a de olhos verdes que nota um sorriso desabrochar no rosto de Honey assim como seus olhos brilham de felicidade.

— Que bom! Vai começar as 22h00, nos vemos daqui a pouco. — concluí a jovem se despedindo, e que, com sua pet no colo, segue seu caminho pelo vasto corredor.

A jovem de olhos verdes se volta para dentro do quarto com uma coisa em mente, como ela vai para uma festa do pijama sem um pijama para a ocasião?

Não que ela não tivesse, muito pelo contrário, ela tinha, porém não havia trazido para esta dimensão.
E ela não podia ficar na frente de todos do BC com apenas uma camisola, que é bem curta por sinal.

Sua única alternativa agora era que sua amiga Mirlane tivesse um para lhe emprestar, se não, teria de inventar uma desculpa muito convincente para não ir a tal festa, se bem que não era uma má idéia, porque se ela quase infartou do coração com apenas estar em um passeio com Shu, Valt e Rantaro, imagine com TODOS do Bc Sol presentes no mesmo lugar.

Com isso em mente ela sai de seu quarto com a intenção de ir até o de Mirlane.

[...]

A festa estava prestes a começar. Vários dos membros já estavam no local, alguns conversando para passar o tempo, enquanto outros estavam entretidos em seus aparelhos telefônicos.

Viktorya estava junto de Mirlane, se dirigindo através dos corredores para o local, devidamente vestidas com seus pijamas, já que Mirlane havia emprestado um dos seus para sua amiga.

O de Viktorya consistia em um simples pijama composto por uma blusa de mangas compridas, uma calça folgada na cor preta com estrelas desenhadas por toda sua extensão.

O de Mirlane consistia em um fofo pijama preto com capuz e que tinha aparência do personagem Umbreon, do anime Pokémon.

Logo que entraram no vasto salão, onde ocorreria a festa, encontram Valt, Rantaro, Kitt e Honey, que estavam sentados em alguns dos vários travesseiros espalhados pelo local conversando, e quando as viram chamaram as jovens para se sentarem com eles.

Viktorya notara que alguns membros ainda não haviam chegado. Percebera isso pois não avistara Shu, Free, Shasa e nem Christina.

Quando a maioria já havia comparecido Honey pediu para que todos se juntassem no centro da sala, pois iria começar a sessão de contos de terror.

Enquanto todos se acomodavam, alguns membros passavam pelo salão entregando aperitivos. Em seguida as luzes foram diminuídas, mas não totalmente apagadas, além de o local também estar sendo iluminado pelas luzes coloridas dos pisca-piscas.

Quando todos presentes estavam devidamente acomodados Honey tomou a palavra:

— Vou contar uma coisa muito estranha que aconteceu com minha Annika.

— "Minha cachorra tem uma mania muito feia de arranhar a porta do quarto no meio da noite. Um dia ela não parava de arranhar a porta de jeito nenhum. E como eu não conseguia dormir, chamei por ela para que se acalmasse. Depois de chamar ela umas cinco vezes, joguei um travesseiro na porta pra fazer ela parar. Foi ai quando ela latiu. — diz fazendo uma pausa dramática, enquanto observava a expressão dos presentes que estavam focados nela. — Do meu lado. Ela tava do meu lado o tempo todo". — conclui a azulada.

— Bom, agora é minha vez. — diz Cuzá se manifestando. — "No passado, as mulheres que se vendiam passavam por uma punição pagã. Esse ritual, chamado de jogo da meia noite, e como o nome já diz, deveria começar exatamente à meia noite.

Primeiramente, deve-se escrever seu nome completo em um papel em branco. Em seguida, colocar o papel em frente de uma porta de madeira, apague todas as luzes e acenda uma vela. Depois, bata nessa porta 23 vezes, sendo que a vigésima terceira deve ser exatamente a meia noite. Em seguida, abra a porta, apague a vela e volte a fechar a porta.

— Após isso o Homem da Meia noite estará em sua casa, e provavelmente vai tentar matar você, mas não sem antes te fazer sofrer. Você pode acender a vela, é o único jeito de deixar essa criatura longe. Mas se a vela apagar antes de 3h33, você com certeza estará em apuros". — termina o acrobata.

— Em apuros, em apuros. — repete a Cacatua Carl.

— Isso tá mais pra um guia de como invocar um demônio que pra uma história de terror. — comenta Silas.

— Um guia que definitivamente eu nunca vou querer seguir. — diz Rantaro.

— Nem eu. — concluí Valt.

— Agora é minha vez de contar uma história realmente assustadora. — diz Silas cheio de si e fazendo uma pausa continua a falar. — "Em uma das minha viagens pelo mundo fiquei sabendo de uma popular lenda urbana japonesa que conta a história de uma boneca de porcelana que, após ser abandonada por sua dona, decide matá-la. A cada aproximação que faz de sua vítima, a boneca faz um telefonema. E o que de início parece um trote vai ganhando ares sombrios com o desenrolar da história:

Uma família muda de cidade, e a filha deles decide jogar fora uma boneca de porcelana que chamava Maria. Naquela mesma noite, a menina recebe um telefonema.

"Olá, é a Maria. Eu estou na lixeira agora."

A menina desliga, mas o telefone toca novamente. "Olá, é a Maria. Eu estou na loja da esquina agora."

O telefone toca uma terceira vez, e uma voz diz: "Olá, é a Maria. Estou na frente da sua casa agora."

A garota toma coragem e abre a porta da frente, mas não encontra ninguém lá. Deve ser um trote, pensa ela, então o telefone toca novamente.

— Ela atende, e sabem o que ela ouve? — pergunta Silas com voz grave e um sorriso psicopata em seu rosto.

"Olá, é a Maria. Eu estou... Atrás de Você." — fala Silas pegando nos ombros de Cuzá, que estava tão entretido com a história que pula de susto, enquanto Silas gargalha da reação.

— Isso não foi engraçado. — reclama Cuzá.

— Hahaha claro que foi! — rebate Silas.

— Mais alguém tem uma história interessante? — pergunta Kitt interrompendo, mas vendo as reações negativas ele toma a palavra:

— Então é minha vez. "Esta lenda urbana conta a história de uma jovem, Mary Worth, que era muito bonita e passava horas se admirando no espelho do banheiro.

Um dia, Mary sofreu um acidente horrível e seu rosto ficou tão desfigurado que ninguém mais conseguia olhar diretamente para ela. Percebendo a mudança no comportamento das pessoas, Mary decide ver por si mesma o que tinha acontecido. No banheiro de casa, ela reúne coragem para encarar o espelho, mas o que vê a faz gritar e chorar desesperadamente.

— Tadinha. — comenta Honey.

— Verdade. — concordam Viktorya e Mirlane.

Ela queria tanto ter o seu antigo rosto de volta que acabou entrando no espelho, jurando recuperá-lo, e desde então nunca mais foi vista. Até hoje, ela assombra os espelhos, e garotas podem invocá-la - se tiverem coragem - desligando as luzes do banheiro, virando-se de costas para o espelho três vezes, dizendo "Bloody Mary, Bloody Mary, Bloody Mary" e olhando para o espelho, onde o rosto desfigurado de Mary Worth aparecerá".

— Misericórdia. — repreende Viktorya. — Esse tipo de coisa é bastante... perturbador.

— Verdade, além de que invocar demônios e/ou espíritos deve deixar a pessoa maluca. — concluí Kitt.

— A pessoa já deve ser louca pra fazer isso. — diz Cuzá.

— Com certeza. Você tem toda a razão amigo. — concorda Valt, um tanto amedrontado pelas histórias.

— Bom gente, alguém sabe dizer que horas são? — pergunta Honey.

— Faltam 10 minutos para a meia noite. — responde Kitt.

— Acabei de lembrar de uma história, mas vou avisando que é completamente real. — diz Mirlane.

— Então manda aí a sua história real. — fala Silas com certo deboche. Por outro lado a garota apenas o olha com desdém para logo dar início a sua história:

— "Lembro que tinha menos de 14 anos quando aconteceu.
Na primeira parte do episódio estava tudo bem, era de noite mas nada fora do normal, estava ajudando minha mãe a dobrar umas roupas e guarda-las depois.

Me sentei na minha cama, terminando minha parte da ajuda, quando repentinamente me senti sendo observada quando olhei vi uma figura sombria de olhos vermelhos, como que jorrando sangue pelas pálpebras, de sorriso assustador e silhueta não definida, pousou sua mão em meu ombro. Mão que pesava absurdamente sob mim.

A criatura me encarava como se estivesse me sentenciando a alguma coisa, ela estava raivosa, ao mesmo que, por outro lado parecia me amar ou ter me amado incondicionalmente. Logo que percebi ela já pousava a gigantesca e grotesca mão em meu ombro. Eu sentia cada vez mais o vento gelar e o mundo distorcer-se sob mim.

Aquilo parecia uma eternidade, a sombra horripilante e negra falava um idioma que eu não entendia.
Depois de uns segundos a "ouvindo" me vi sem ar e sem energia.
Respirei fundo várias vezes para trazer novamente o ar aos meus pulmões depois que a grotesca criatura foi-se embora.

— Jesus, depois dessa eu já tinha me mudado. — comenta Viktorya. E Mirlane continua em seguida:

— Ainda na mesma noite, quando estava dormindo, me vi num pesadelo o qual paralisou-me completamente, como uma energia sinistra, que com certeza não era do bem. E de frente à mim, a horripilante sombra olhava fixamente no fundo da minha alma, e nada eu podia fazer. Novamente, senti em segundos o tempo passar como se fosse mais de quatro horas.
Despertei do pesadelo sem ar e sentindo a minha garganta gelada e seca, a paralização do meu corpo ainda não tinha se passado depois que sobressaltei da cama.

Quando Mirlane faz uma breve pausa em sua narrativa, as luzes se apagam, causando um leve tumulto, sobre tudo ter ficado absolutamente escuro. Além disso o clima parecia ter esfriado, como se alguém tivesse desligado o aquecedor. Ainda assim a jovem continuou o restante de sua história:

— Demorei algumas horas pra cair no sono novamente, eu não fui capaz mais de dormir sem lembrar do par de olhos vermelhos brilhantes e assustadores".

Ao concluir sua história Mirlane observa que todos estão em absoluto silêncio, e, quando alguém iria falar algo ouvem-se passos no salão, o que gelou a espinha de muitos presentes, acompanhados de sussurros, que fizeram alguns se abraçarem em grupo.

Os corações batiam em acelerado compasso, a medida que os passos se aproximavam, mas logo foram acalmados assim que reconheceram as vozes de Shu, Shasa e Christina.

Logo que os três se aproximaram, enquanto perguntavam se todos estavam bem, as luzes voltaram e todos puderam constatar aliviados que eram realmente Shu, Shasa e Christina.

Mas esse alívio não durou por muito tempo.

[...]

Créditos das histórias de terror presentes neste capitulo aos seus devidos autores. Uma delas sendo da autoria de minha amiga Laneh_04.

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