Capítulo 17

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— UM FANTASMA! — gritou de repente um dos membros mais novos do time.

Esse grito fora o suficiente para tirar todos de seu pouco alívio de minutos atrás, pois um ser horrendo, imenso e completamente desfigurado, estava vindo atrás de dos recém chegados que, no momento em que ouviram o grito da criança, olharam para trás e, junto dos outros, começaram a correr em busca de um local para se esconderem da assombração.

Um alvoroço estava formado, pessoas corriam de um lado para o outro dentro das instalações do BC Sol, enquanto outros se escondiam em seus quartos, embaixo de suas camas ou em qualquer lugar que julgassem seguro.

As luzes haviam faltado mais uma vez e a energia acabara, o que fizera com que o aquecedor do clube espanhol fosse desligado, causando um frio de gelar a espinha em qualquer um.

Viktorya havia se perdido de Mirlane e dos seus outros amigos, e estava escondida em um armário de madeira, do qual não fazia ideia de onde se localizava. Ela estava sozinha e tremendo, por conta do medo e também do frio congelante do local.

A garota resolveu se esconder nesse armário, pois pensou ser um bom lugar. Passando-se alguns minutos começou a se acalmar e um sentimento de alívio a atingiu, mas não durou muito, porquê logo ouviu o barulho de algo se chocando contra a madeira do armário.

Ela ficou temerosa, pois imaginou ser o fantasma, então ficou o mais quieta possível e até prendeu sua respiração, por medo de que ele pudesse a ouvir.

Assustou-se mais ainda quando esse ser bateu novamente no armário, como se procurasse alguma coisa, porém, ao ouvir um xingamento se acalmou por um instante. Ela pensou que fosse outra pessoa, já que, pelo que saiba, fantasmas não batem em armários e muito menos xingam de dor.

Por um lado era bom, era um ser humano que também estava com medo e só queria se proteger, o lado ruim era que não sabia de quem se tratava e o que essa pessoa poderia tentar ao vê-la sozinha ali.

Enquanto pensava nas várias possibilidades, a pessoa do lado de fora do armário finalmente achou o puxador do móvel e então o abriu.

A jovem não conseguiu distinguir quem era, por estar tudo escuro e, apenas se encolheu no canto, na esperança de que a pessoa não a visse e fosse embora, no entanto, para o desespero da jovem, a pessoa adentrou o armário e em seguida fechou a porta e se sentou no chão de madeira, ainda sem notar a garota.

[...]

P.O.V. Mirlane.

Assim que dei por mim e ouvi um grito horrendo que assustou a maioria, senão todos, não fiquei pra ver, porquê para mim ele não era de fato importante, vi todos correndo, incluindo Viktorya, que perdi de vista pela pressa dos outros que esbarraram em mim, apavorados e apressados. Com nossos outros amigos estava a mesma coisa.

Esse papo de assombração não me coube, então apenas ri baixo, só me assustei um pouco por ter quase caído com o nervosismo dos outros da sala antes, quando saiam desesperadamente de medo.

Assim que percebi estar sozinha me levantei, olhando ao redor, com o objetivo de achar o sagrado gerador de energia, que me lembro de estar do lado de fora do prédio.

Alguns minutos se passaram e eu já estava do lado de fora, procurando o gerador, para acender as luzes e acalmar a todos sobre essa história aleatória de fantasma. Por mim, se ele aparecesse, no mínimo um ponta pé ele levaria. Então não estava assustada.

Me tornei mais calma conforme lembrava onde vi a reserva de energia, assim que a avistei acelerei meus passos a fim de liga-lo de imediato, pois sabia onde ficava o botão.

Após isso, começo a procurar o botão para ligar o gerador.

Não estava sendo tarefa fácil encontrar algo tão pequeno nesse breu, afinal, nem estava com meu celular para poder usar a lanterna, já que antes da festa fora especificado que não podia-se levar celulares. O que me faz achar que tudo isso fora planejado e ter mais certeza de que essa história de fantasma não existe.

Quando por fim encontrei a bendita caixa que abrigava o botão, tentei abri-la, mas sem sucesso. Com a pouca luz da lua que iluminava o local pude notar que precisava de algum tipo de senha para ter acesso ao botão. Imaginei as mais diversas possibilidades de senhas e então comecei a testa-las.

P.O.V. Onisciente.

Enquanto Mirlane tentava acessar o gerador, alguém mais se aproximava à passos lentos e preguiçosos da garota de cabelos morenos. Ela não ouvira quando o estranho chegou nela, pois estava ocupada demais tentando decifrar a senha, só se deu conta quando o estranho chegou próximo de seu ouvido e sentiu sua respiração fria.

Ela se assustou e deu uma cotovelada certeira na pessoa, que grunhiu de dor, dizendo:

— Engraçadinho! O que pensa que tá fazendo, palhaço?

— Estava observando. Só não imaginava que você reagiria assim. Hum. — diz a pessoa, que ela nota ser nada mais, nada menos que Free.

— O que faz aqui? — pergunta a jovem mais calma. — E por quê apareceu atrás de mim assim? Tá maluco? — pergunta irritada.

— Estava vendo até onde você iria. E talvez eu seja maluco, mas não tanto quanto você, que veio aqui sozinha no meio da noite para fazer, sabe-se lá o quê.

Aquela afirmação deixou a jovem com a "pulga atrás da orelha" e então disse:

— Não sei se notou, gênio, mas eu vim aqui para acender as luzes.

— Não vai conseguir. — diz Free com um sorriso zombeteiro.

— Por que não? — questiona Mirlane, intrigada.

— Porquê precisa de uma senha para acessar o gerador, e você, pelo que vejo, não tem ela. Só membros oficiais do BC Sol possuem ela.

— Ah, membros oficiais, né? — pergunta com ironia. — Não me diga.

Em seguida ficou pensando nessa hipótese, pois ela já fazia parte do time, mas por quê ainda não tinha essa senha? Será que eles não confiavam nela? Quando  eles confiariam isso e quem daria essa informação?

Free, vendo o desconcerto da jovem se aproxima e diz:

— Por mais que esteja aqui, não é uma membro oficial. Até porque você nem é daqui.

— Como?

— Foi o que você ouviu. — diz o loiro com um sorriso se formando nos lábios. — Ou você acha que não sei sobre você e sua amiguinha?

A morena ficou atônita com a afirmação, fez como se fosse responder, mas resolveu que seria melhor ficar calada, pois caso respondesse algo errado, Free debocharia, e se ela respondesse com um "coice", o loiro, sendo o grande blader e tendo uma boa posição nesse time, poderia, em um estalar de dedos, fazer com que ela saísse do time.

Além disso, ela estava muito nervosa o que poderia fazer ela se entregar, mais ainda se sua amiga também estava em jogo. Ela estava em um beco sem saída nas mãos de Free.

[...]

Com a arroxeada a situação também não era das melhores, pois ela estava com um desconhecido em um armário, sabe-se lá onde, e ainda por cima, morrendo de frio. Para o azar dela, sua tentativa de permanecer desapercebida no local falhou, pois ela não era muito resistente ao frio e acabou espirrando e chamando a atenção da pessoa à ela.

— Quem está ai? — perguntou a pessoa com voz grave, que deixou a garota paralisada.

"Agora eu me ferrei bonito." - pensou a jovem.

Vendo que não tinha muitas alternativas acabou falando:

— Eu, bem... sou Viktorya. — fala em um sussurro.

A pessoa ao seu lado, ouvindo de quem se tratava e reconhecendo a voz, diz:

— Ah, ainda bem. Fiquei preocupado por um momento.

— Quem é? — pergunta a jovem, sem reconhecer a voz.

— Sou eu, Shu. Ou já se esqueceu de mim? — questiona o albino em tom brincalhão.

Enfim a garota reconhece a voz e se bate mentalmente por não ter percebido antes.

— Ah, Shu, eu não esqueci. — fala a jovem, que acaba espirrando novamente.

— Saúde. — deseja o albino e retoma a falar em seguida: — Mas, como você veio parar aqui? — pergunta curioso.

— Quando começou aquele alvoroço devido o tal fantasma, acabei me perdendo da Mirlane, e por causa da falta de energia e por não estar com meu celular, acabei não encontrando meu quarto. Então acabei esbarrando nesse armário no caminho e resolvi ficar aqui até tudo se acalmar. — explica Viktorya.

Obviamente ela omitiu a parte de que ela era uma das pessoas que estava morrendo de medo do fantasma.

— Ah. — murmura o de olhos escarlate.

— E você? — pergunta a jovem.

— O mesmo que você. — fala o albino.

Quando a jovem iria falar mais alguma coisa, acabou espirrando novamente e Shu, percebendo a situação da jovem, tenta resolver. Ele se levanta e, indo em direção à porta do armário, tenta abri-la, mas sem sucesso.

Curiosa pela situação, ao ouvir as tentativas do albino em abrir a porta, a garota pergunta:

— O que está fazendo?

— Estou tentando achar uma forma de sairmos. — fala o albino, deixando Viktorya sem compreender até que ele continua: — Você está espirrando muito, e deve ser por não ser muito resistente ao frio, então seria melhor se saíssemos e procurássemos algo ou um lugar mais quente para você se agasalhar para não ficar doente. Mas parece que a porta emperrou.

— Ah. — balbucia a jovem, um pouco intrigada pela preocupação do garoto pelo seu bem-estar.

Em seguida ela ouve Shu soltar um suspiro e dizer:

— Acho que a porta não emperrou.

— Não? — questiona Viktorya.

— Não, acho que ela trancou e só abre por fora mesmo. — diz Shu, recebendo apenas um "Ah" da jovem, que abraça a si mesma tremendo de frio.

O albino se senta novamente, desistindo de tentar abrir a porta, desta vez mais próximo da garota, e ao perceber que a jovem está tremendo, devido ao frio, sugere:

— Viktorya. — diz chamando a atenção dela. — Esse frio não está te fazendo bem, você não deve ser acostumada, já que vem de um país tropical. Então, já que estamos juntos e presos aqui, é melhor se nos esquentamos até que as luzes e o aquecedor voltem, e talvez assim você não pegue um resfriado. — fala em tom sério, porém preocupado.

Por outro lado, a garota fica espantada com o que disse o garoto, e pergunta:

— Como? — questiona a jovem sem entender como irão se esquentar, sendo que não tem casacos nem cobertas nesse armário vazio.

— Bem... com calor humano. — diz o albino, sentindo suas bochechas corarem levemente.

"Ele tá sugerindo que nos abracemos?" - pensa a jovem chocada.

Ela não teve muito tempo para decidir, já que estava morrendo de frio e sentia que iria congelar a qualquer momento naquele lugar, além de que seria muito ruim caso adoecesse, já que não poderia viajar e atrapalharia os negócios do albino que estava lhe ajudando a conhecer seus bladers favoritos. Então, mesmo morrendo de vergonha, fala:

— Acho... que tudo bem.

Shu, sem demora, e com um leve frio na barriga, passa seus braços ao redor da jovem, a abraçando contra si.

Viktorya, por sua vez, retribui o gesto com mãos trêmulas e com seu coração quase saindo pela boca, por causa do nervosismo de estar nessas condições com o garoto que é apaixonada.

Ela nunca imaginou que algum dia estaria realmente assim com ele, mesmo que pelos meios que levaram à isso. Shu também nunca imaginou que estaria assim, com uma garota de outra realidade e que conheceu em menos de uma semana, porém ele não estava achando ruim de fato. Só estava um pouco nervoso devido na cultura dele não ser tão comum toques humanos entre si, principalmente de desconhecidos ou conhecidos a pouco tempo.

Apesar disso, o frio que os estava incomodando havia desaparecido conforme seus corpos trocavam calor entre si. A jovem adorara estar assim com o albino, seu cheiro era indescritível e maravilhoso, no entanto tentou se acalmar, pois poderia se ferrar mais tarde. Seus batimentos estavam um pouco acelerados, mas aos poucos foram se acalmando.

Eles tinham de admitir que aquela sensação era boa e que o abraço estava confortável, porém não disseram uma palavra e continuaram assim.

[...]

Apesar de tudo Mirlane conseguiu se acalmar e, tomando uma atitude séria, pensou em suas palavras e disse:

— Como se eu não te conhecesse o suficiente...

Aquilo pegou Free desprevenido, ele não esperava que ela "confessasse" tão rápido.

— É mesmo? Então já que é tão esperta, que tal um desafio? — propõe o loiro com um sorriso irônico e desafiador.

Mirlane, reunindo a coragem que tinha, respondeu:

— É mesmo, Free. Vá em frente.

— Tudo bem então... Já que está tão confiante... Se você conseguir decifrar a senha, eu farei qualquer coisa que me pedir e quiser, agora, se você errar... — o sorriso do loiro aumentou. — Terá de fazer o que eu queira.

Naquele momento a alma da morena quase saia de seu corpo, pois não esperava algo assim, ainda mais com aquele olhar e sorriso estranhos vindos de Free. Ele sabia intimidar muito bem.

Ela sabia que estava negociando com o "diabo", era bastante arriscado depender de sua sorte e da boa vontade do loiro. Porém, ela não se desesperou e, bastante confiante, aceitou a proposta.

Os momentos seguintes foram de muita tensão, Mirlane já havia bolado um esquema para a obtenção da senha, boa parte da estratégia estava montada, tinha conseguido descobrir que a senha provavelmente era uma data importante.

Ela pensou e repensou, que data séria mais importante do que o aniversário da dona do time? Ela já havia pensando que fosse a de Free, porém seria óbvio demais, não?

Então, após chegar nessa conclusão só restava mais uma coisa. Obviamente a senha não seria limpa e seca, tinha algo a mais por trás.

Passando-se mais alguns minutos e ela finalmente perceberá de que a senha deveria ser composta por algarismos romanos.

Enquanto isso, Free observava atento a evolução da jovem mulher e ficou impressionado por ela ter descoberto boa parte do código.

No entanto quando Mirlane pôs a senha "XXII/IV" (22/04) que era o aniversário de Christina em algarismos romanos, o gerador não destravou a tranca, o que significava que ela havia errado e que agora ela teria de fazer o que Free quisesse/pedisse.

Free observando a situação com um sorriso debochado nos lábios, se dirigiu a jovem, dizendo:

— Admito que me surpreendeu, chegou bem perto, mas não foi o suficiente.

— Pelo visto perdi. Agora, diz logo o que vai querer que eu faça. — fala a garota impaciente.

— Calminha. Primeiro quero que fique parada onde está e feche os olhos. — diz Free.

Mirlane estranhou o pedido, mas não tinha muita escolha, então, com desconfiança, fez o que o loiro pediu.

Ela se assustou quando, de repente, fora colocada uma mão em sua cintura e fora colocada contra a parede do gerador. A garota estava espantada. Porém não abriu os olhos e esperou o que viesse em seguida, afinal, ela havia feito uma aposta e perdido.

Mirlane conseguia sentir a presença de Free, que estava entre ela e a parede. Ela percebeu tudo, o calor do corpo dele, o hálito refrescante de menta, o cheiro de floresta húmida e a aura selvagem que emanava dele. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Nervosa e envergonhada pela situação ela tenta dizer:

— O que está...

— Shh, fique calada. — fala o loiro, próximo do ouvido da jovem, o que lhe causou um leve arrepio quando ele falou.

Em seguida a morena se viu beijando Free. Sim, o loiro havia tomado seu queixo, o puxando para si e colado seus lábios nos da garota, que atônita abriu os olhos, pôs uma mão no peitoral do loiro e tentou se afastar, porém Free era mais forte e a apertou mais contra a parede, lhe pondo de volta no lugar, enquanto ainda a beijava.

Seu cérebro ainda não conseguia processar, quando por instinto ela começou a corresponder o beijo, que se tornou mais voraz e necessitado com o tempo.

Isso tudo lhes custou muito oxigênio e, por falta dele, tiveram de parar o beijo.

Nesse mesmo instante Free se separou da jovem, que estava apoiada na parede, tentando processar o que acabara de acontecer.

O loiro tornou à sua atitude séria e indiferente, pondo suas mãos nos bolsos da calça comprida, e, se virando de costas, disse brevemente:

— XI/XI. (11/11) — disse para logo para caminhar tranquilamente e desaparecer no meio da floresta, deixando Mirlane ainda sem saber o que fazer depois de tudo.

[...]

E ai, tudo bem com vcs? Comigo tudo, apesar das muitas atividades da escola.

Mas estamos de volta com esse capítulo, que já era pra ter sido postado há tempos.

Espero que tenham gostado e até o próximo!

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