Capítulo 18

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Viktorya havia acabado de acordar, sentia-se levemente dolorida, o que era resultado de ter dormido em uma posição não tão confortável para a coluna na noite passada, mas ainda assim tivera uma boa noite de sono.

No entanto, de repente sentiu uma respiração fria em seu ombro e pescoço, se alarmou e logo se deu conta do que estava acontecendo. Ela ainda estava no armário da noite passada, e a respiração em seu colo era de Shu, que dormia tranquilamente abraçado à ela com seu rosto enterrado na curva de seu pescoço.

O coração da jovem garota acelerou, estar tão perto do albino era quase um martírio, sentia que seu corpo estava travado e sua respiração começava a se descontrolar.

Apesar disso, com todo o autocontrole que lhe restava, ela tentou se desvencilhar do albino sem acordá-lo, mas sem sucesso, pois ele apertou mais seu abraço, ainda dormindo, o que a impossibilitou de se afastar dele.

— Merda. — xingou baixo a de olhos verdes.

Sua única alternativa agora era tentar acordá-lo, e foi isso que ela fez.

— Ei Shu, acorda! — diz Viktorya balançando o garoto. — Vamos, a gente tem que sair daqui.

A arroxeada tentou chacoalhá-lo, beliscá-lo, chamá-lo, até xingá-lo, mas nada adiantou.

"Pelo visto ele tem o sono muito pesado." - pensa a garota com um suspiro.

Sem ter mais o que tentar ela se rendeu e resolveu esperar que ele acordasse por conta própria, ou que alguém a tirasse dessa situação.

[...]

Por outro lado, a maioria dos integrantes do BC ainda estavam dormindo, pois hoje o dia era livre devido a algazarra da noite anterior. Era um dia só para descansarem.

Mas ao contrário do resto, a morena de nome Mirlane já estava de pé, perambulando pelos corredores do BC Sol em busca de seu precioso café. Isso era devido não ter tido uma boa noite de sono, pois sua mente passara a noite inteira imaginando qual terá sido o motivo de Free tê-la beijado.

De repente, enquanto ela passava em frente à um antigo armário de madeira, ouviu vozes, ela olhou para trás e negou com a cabeça, pensando que tivesse imaginado isso, pois não teria como um armário falar e o corredor estava vazio.

— Eu só posso estar ficando louca. — diz a garota voltando a caminhar.

Porém, ouve novamente, só que mais claro, mas ainda como um sussurro, uma voz abafada. Ela achou parecido com um xingamento, e a lhe voz lhe parecia familiar, então resolveu se aproximar, devido a curiosidade, e perguntou:

— Viktorya?

A jovem de cabelos roxos se assustou com o repentino chamado de fora do armário, mas vendo a oportunidade, respondeu:

— Sim, sou eu.

— O que você tá fazendo ai, maluca?

— É uma longa história, juro que te conto tudo, mas pode abrir pra mim? É que eu tô meio presa. — explica Viktorya.

— Claro, só um minuto.

Alguns segundos se passam até que Mirlane abre a porta do armário e por fim Viktorya vê novamente a luz do dia. Não que ela fosse claustrofóbica, mas passar muito tempo em lugares fechados lhe dava uma certa agonia, então foi um alívio quando a porta foi aberta.

Mirlane, por outro lado, estava surpresa com a cena. Ela não imaginava que encontraria sua amiga nessas condições. E isso lhe deu um certo riso momentâneo.

— O quê que foi isso? E por quê, além de estar presa em um armário, você tá presa com ele? — pergunta a morena apontando para o albino adormecido.

— É uma situação complicada... — comenta a de cabelos roxos, envergonhada.

— Vocês não estavam...? — sugere Mirlane com um sorriso malicioso.

— NÃO! Não foi isso, meio que... — tenta se explicar Viktorya, mas percebe que Shu ainda a abraça. — Poderia me ajudar a acordá-lo? Eu tentei de tudo que foi jeito, mas parece que o sono dele é bem pesado.

— Beleza. Tampe os ouvidos. — avisa a morena que toma fôlego e diz: — ACORDA, SHU! — grita Mirlane a plenos pulmões, próxima ao ouvido do albino, e sua amiga tampa os ouvidos com as mãos, tentando abafar o grito estridente.

Não se passam nem dois segundos, e no mesmo instante, Shu se desperta de susto pelo grito, mas ainda parecia meio sonolento e desnorteado. Mirlane, vendo isso, fecha com chave de ouro o despertar do albino o chacoalhando bruscamente, segurando-o pelos ombros, o que fez o albino tomar consciência e perceber sua situação, soltando rapidamente Viktorya de seu aperto.

Por fim, tirando as mãos de seus ouvidos, a arroxeada diz com uma careta:

— Acho que depois dessa eu fiquei surda.

— Ao menos ele acordou. — diz Mirlane, que prossegue: — Bom dia, Bela Adormecida.

— Bom dia, mas... realmente era necessário gritar? — questiona Shu, meio surdo pelo grito.

— Sim, era. Afinal, fazia um bom tempo que minha amiga tentava te acordar e não conseguia, e por falar nisso... Podem me explicar por que vocês dois estavam trancados nesse armário?

Ambos, Viktorya e Shu, se olham de relance e, corando, desviam o olhar.

— Posso entender isso como um... — começa Mirlane, mas é interrompida pelo albino.

— Não é nada disso. Estávamos aí desde ontem por causa da festa, estávamos esperando o alvoroço passar, mas acabamos presos. — explica Shu.

— E vocês dois tiveram a mesma ideia? — pergunta Mirlane.

— Ao que parece, sim. — confirma o albino.

— É claro, Mirlane. O que mais seria? — questiona Viktorya.

— Sei lá, mas existem várias possibilidades. — menciona a morena insinuante.

— Bem, de qualquer maneira eu quero comer. Que horas são? Tô morrendo de fome. — diz a de olhos verdes, tentando mudar de assunto.

— Agora são 7h10. — responde Mirlane olhando em seu celular.

— Opa, que bom, vou pro refeitório agora mesmo. — fala Viktorya em disparada, sem dar tempo para mais perguntas.

[...]

O clima no avião não estava dos melhores. Ambos adolescentes ainda estavam envergonhados pelos acontecimentos anteriores, o que causava um constante silêncio, completamente incômodo.

Viktorya foi a primeira a quebrar o silêncio, querendo acabar com aquele clima estranho:

— Ainda falta muito pra chegarmos?

Ela sabia que ainda faltava bastante, pois fazia menos de meia hora que haviam alçado voo, mas a jovem só queria uma desculpa para conversarem e tentar esquecer esse silêncio constrangedor. Shu percebeu isso e seguiu o roteiro.

— Sim, falta um pouco. — responde o albino e continua: — O que você quer fazer primeiro quando chegarmos lá? — questiona o jovem homem e recebe um olhar estranho da garota, que responde:

— Não sei. Pensei que fôssemos pegar o Fubuki primeiro.

— Ah, podemos fazer isso antes também. Mas de qualquer forma, ainda vamos passar algumas horas nesse avião, então dá tempo de pensar no que quer fazer primeiro até chegarmos.

[...]

"Finalmente chegamos." - pensa Viktorya ao por os pés no Aeroporto.

Foram 16 longas horas de voo, há 16 horas que seus amigos, Valt, Rantaro, Cuza e Mirlane haviam os deixado e se despedido no Aeroporto da Espanha. Haviam saído de Barcelona por volta das 14h00 da tarde e chegaram em Tokyo, no Japão, às 6h00 da manhã.

— Cansada? — questiona o albino lhe tirando de seus pensamentos.

— Um pouco, foi uma viagem cansativa. — responde a jovem.

— Então vamos para o hotel primeiro, deixamos as bagagens lá, comemos algo, descansamos e depois vamos conhecer a cidade. O que acha? — sugere Shu.

— Acho ótimo. — responde a garota sorridente.

[...]

Os jovens amigos já estavam prontos para sua excursão pela cidade japonesa. Viktorya estava muito animada, pois o primeiro lugar que visitariam era o famoso Estádio de Beyblade, onde ocorreram batalhas lendárias como Shu Vs Lui na final do torneio Nacional.

Em seguida, visitaram o Museu do Bey, que era ali próximo. Viktorya ficou maravilhada com a junção de beys que haviam naquele lugar, e Shu se divertia com as expressões animadas da garota, que vez por outra lhe contava fatos e piadas cômicas, além de lhe puxar instintivamente para ver os beys brilhantes que lhe chamavam a atenção.

[...]

— E aqui é a Academia Beygoma. — apresenta o albino com nostalgia.

Era por volta do meio dia quando eles finalmente foram visitar a Academia.

— Uou. — diz Viktorya emocionada. — É maior do que eu imaginava.

— Bem, vamos entrar, Fubuki e os outros devem sair em breve para o almoço. — diz Shu e a garota o segue.

[...]

Ainda faltavam alguns minutos até que os alunos, incluindo o Clube de bey e Fubuki, fossem liberados para o almoço, então Shu e Viktorya aproveitaram esse tempo para conversarem e esperarem os amigos de Shu no terraço da escola. Lembrando que o próprio Diretor Shinoda havia permitido que eles ficassem lá, pois ele conhecia bem o jovem Kurenai.

Enquanto conversavam aleatoriedades, a arroxeada se levantou abruptamente do banco em que estava quando notou uma foto do antigo Clube de Bey da Academia Beygoma na parede e, sem querer, acabou derrubando seu bey, Viollet, que havia feito com a ajuda de seus amigos na Espanha.

Vendo aquilo o albino ficou surpreso, pois não fazia ideia de que ela tivesse um bey até então, então ele se abaixou e recolheu o bey, enquanto a garota estava distraída, e o observou.

— Você tinha quantos anos aqui, Shu? — pergunta a jovem sem tirar os olhos da imagem.

— Acho que uns 13 ou 14. — responde ele e continua: — Viktorya?

— Sim? — pergunta a de olhos verdes.

— Você é blader? — questiona Shu e instintivamente a garota leva sua mão até o bolso, e percebe que seu bey não está.

Ela se vira para o de olhos escarlate e, percebendo o bey nas mãos dele, diz sem graça:

— Bem, eu não diria blader, só tenho um bey.

— Você que fez? — pergunta o albino.

— Não exatamente. Raul, Valt, Rantaro e Cuza me ajudaram. — responde a jovem se lembrando.

— Posso ver que é um tipo ataque, parece poderoso. — comenta Shu, ainda observando os detalhes do bey.

— Sério? — pergunta Viktorya surpresa.

— Sim, mas qual é seu nome?

— Krystal Viollet.

— É um belo nome.

— Foi inspirado na minha gatinha. — diz a garota com um sorriso.

— Ah, entendi. — diz Shu com um leve sorriso e entrega o bey de volta à sua dona. — O que acha de batalharmos um pouco?

— Não sei, não sou muito boa. — diz a jovem envergonhada.

— Mas isso serve como treino para aperfeiçoar suas habilidades, afinal, ninguém nasceu sendo campeão. Até Valt, Free e eu tivemos nossas dificuldades. — explica Shu, amável.

— Ah. — balbucia a garota.

— Então, o que acha? Eu realmente queria uma batalha agora, e quem sabe eu possa te dar umas dicas. — insiste o albino.

A de olhos verdes reflete um pouco sobre isso, e logo resolve dar uma chance, já que é uma oportunidade. Ela nunca tinha imaginado que Shu lhe pediria uma batalha, então ela não podia desperdiçar.

— Tudo bem. — concorda Vikyorya, pegando seu lançador.

O mais velho se dirige para trás do banco onde estavam sentandos e começa a girar a arena para pô-la no lugar, Viktorya o ajudou a mover a arena, pois ela era um pouco pesada.

Por fim, após por a arena no lugar certo, Shu retira seu sobretudo, deixando-o no banco, e pergunta:

— Valt te explicou como lançar?

— Sim, ele me explicou o básico.

— Ok, mas qualquer duvida não hesite em perguntar. — afirma ele e a jovem concorda com a cabeça. — Então, pronta? — pergunta, se pondo do lado contrário da arena.

— Acho que sim. — responde a arroxeada, não muito confiante.

— Vamos dar início à contagem. — diz Shu e começa:

— 3!

— 2!

— 1!

— Let In Rip! — dizem juntos e lançam seus beys.

O que se sucedeu já era de se esperar. Viktorya acabou perdendo, pois Shu era um blader lendário e mesmo que ele pegasse leve ela iria perder, mas a garota também cometeu um erro, acabou se deixando levar pelo nervosismo, errou o lançamento e seu bey foi eclodido. Shu percebeu isso e a ajudou com algumas dicas, principalmente, de que ela deveria respirar fundo para se acalmar antes das batalhas, só assim ela deixaria o nervosismo mais ameno.

— É como disse, tem que trabalhar um pouco mais seu nervosismo. — fala Shu se aproximando de Viktorya.

— É, eu vou tentar fazer isso. — fala a arroxeada desviando o olhar.

— Treina um pouco comigo, assim. — pede o albino. — Olha pra mim. — diz e segura os ombros da jovem, que o olha nos olhos. — Agora inspira.

Viktorya faz o que ele pede, mas desvia o olhar assim que seu cérebro pensa coisas do tipo: "Como ele é lindo." Ou "Ele tá muito perto!"

— Calma, segura um pouco. — diz Shu, notando a inquietação dela. — E agora expira.

Por um momento, passa pela mente do garoto de olhos vermelhos que esse nervosismo da menina pode ser devido a ele, mas isso não dura muito, pois ele percebe que está um pouco perto demais dela. Um leve rubor toma conta dos dois pela proximidade, mas eles continuam praticando a respiração.

O albino observa a arroxeada, enquanto faz o exercício de respiração junto com ela, e se perde momentaneamente em seus olhos verdes.

Um frio na barriga passa por Viktorya, que se afasta assim que ouve um barulho de porta abrindo. Eram o atual Clube de bey, acompanhamos por Fubuki, que haviam adentrado o terraço.

Shu se vira para eles na mesma hora, e é recebido com sorrisos pelos integrantes do Clube, com Nika por uma abraço e Toko e Fubuki com um soquinho.

— Eu não sabia que você viria, Shu. — revela Nika.

— Queria fazer uma surpresa. — responde sorrindo e se desvencilhando do abraço.

— É... — começa Toko, mas é interrompido por Fubuki, que pergunta:

— Quem é ela?

Alguns burburinhos iniciam e o albino responde:

— Essa é Viktorya, uma amiga.

— Ah, pensei que fosse sua namorada. — fala Nika sorrindo. Viktorya nega e cumprimenta todos, que voltam a conversar entre si.

[...]

O resto do dia passou rápido, Shu explicou à Fubuki que tinha vindo buscá-lo para os Raging Bulls e que havia trazido Viktorya porque ela queria conhecer alguns lugares.

Viktorya conseguiu conhecer muita gente, dentre eles: Fubuki, Toko, Nika, Aiger, Naru, Ranjiro e até Ken e suas marionetes, que estava de passagem pela cidade.

Tiveram várias batalhas, das quais a de olhos verdes não participou. E logo que acabou o dia, Shu e Viktorya se despediram do Clube, não sem antes Shu confirmar os detalhes da viagem com Fubuki, já que viajariam no dia seguinte pela manhã, e retornaram para o hotel, onde, após jantarem, cada um foi para um quarto a fim de descansarem.

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