Capítulo 19

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— Então você já tem que ir, não é? — questiona o albino à jovem assim que a vê se aproximar de sua mesa de trabalho.

— Sim, já tá na minha hora. — fala Viktorya com um sorriso triste. E Shu apenas assente, se levantando em seguida para a conduzi-la ao portal.

O tempo combinado com sua prima para estar naquela dimensão já havia se esgotado e, por isso, a jovem de olhos verdes foi ao encontro de Shu em seu escritório a fim de que ele lhe abrisse o portal para seu regresso.

Enquanto caminhavam pelos vastos corredores dos Raging Bulls, a jovem garota estava imersa em pensamentos. Aqueles dias de sua estadia nesse lugar haviam sido os melhores em anos, em especial aquele dia de seu retorno para casa, pois foi nele que Shu a recompensou, passando o dia inteiro com ela, batalhando, conversando e conhecendo vários lugares de Nova York como se fossem bons velhos amigos.

O albino fez questão de lhe tornar esse dia inesquecível tanto para que ela pudesse aproveitar esses últimos momentos quanto para lhe recompensar pelo dia que foram ao Shopping na Espanha, onde ele e seus amigos a deixaram de lado enquanto davam atenção aos fãs.

Logo que chegaram à porta que levava ao portal, foi onde caiu a ficha de Viktorya, de que ela estava indo embora daquele lugar maravilhoso e que demoraria bastante até que pudesse vê-lo novamente.

Shu não pôde deixar de notar o semblante triste de sua companheira e também ficou entristecido ao pensar que levaria um longo tempo até que ele pudesse reencontrá-la, afinal ela se tornara uma boa amiga, e sua única companhia naquele lugar vazio e solitário que ele chamava de lar.

A verdade é que ele passava a maior parte de seu tempo nos Raging Bulls para evitar pensar na solidão que sentia. Raramente ele podia visitar seus amigos, quer seja pelo trabalho ou falta de tempo, ele também não tinha namorada, por mais que pretendentes não faltassem.

O jovem albino não fazia ideia de como chegar numa garota e tinha receio de se envolver e acabar descobrindo que só estavam com ele por interesse. Também não podia ver seus pais constantemente devido ao trabalho deles, enfim, eram vários os motivos de sua solidão.

Por isso, ele ficou de certa forma animado ao receber a jovem de cabelos roxos em sua casa. Mesmo tendo estado um pouco receoso no começo, devido ser uma estranha que nunca viu na vida, ele resolveu dar mais uma chance e confiar em que Theodore não mandaria alguma pessoa ruim. E não se arrependeu de ter feito isso ao conhecer de fato aquela garota espontânea e sorridente.

Mas ele logo afastou esses pensamentos enquanto abria a porta, logo adentrou o recinto com a garota e começou a configurar o portal.

Enquanto isso, Viktorya observava a cena tentando afastar os pensamentos negativos com a ideia de que logo poderia voltar se conseguisse fazer tudo corretamente em sua dimensão. Ela não podia se deixar levar por pensamentos ruins.

No momento que terminou seu trabalho para com o portal, Shu foi para o lado da garota que estava com um olhar perdido no mesmo.

Ela nem notou quando ele se aproximou, mas reagiu assim que sentiu o calor de seu corpo lhe envolver em um abraço.

Sim, isso mesmo, Shu estava lhe abraçando.

Aquilo pegou Viktorya de surpresa, ela ficou imóvel por alguns instantes até que seu cérebro processasse o que estava acontecendo, seu coração disparou no peito, mas ela retribuiu o afeto.

O albino havia tomado essa iniciativa, pois seu coração se apertou ao ver a garota de cabelos roxos com aquele olhar tristonho. Ele fez isso tendo em mente o que seus pais sempre faziam quando ele estava triste, lhe davam um abraço para consolá-lo, e sempre funcionava.

Isso poderia ser algo estranho devido a cultura japonesa de não demonstrar afeto, mas ele e a jovem já haviam criado laços para que ele se sentisse confortável em um abraço. Ao menos o incidente no BC Sol também havia contribuído nisso.

— Olha Viktorya, — começa Shu ao se separarem do abraço e a olhar nos olhos. — Sei que é difícil ter de deixar algo que gostamos pra trás, mas temos de seguir em frente, e não é como você não pudesse mais voltar. Você poderá, aí faremos várias coisas juntos, passear, batalhar e experimentar comidas novas.

— Eu sei, mas mesmo assim, não pensei que seria tão difícil ter de ir embora. Vou sentir saudades daqui.

"Eu também vou sentir saudades de você." - pensa Shu, que nega rapidamente com a cabeça para afastar esse pensamento.

— Se você não puder vir logo, posso ir te visitar, e quem sabe eu não consiga levar o Valt, Rantaro e sua amiga também. — diz Shu.

— Sério? — pergunta a jovem.

— Eu não posso prometer, mas posso tentar convencê-los e não acho que vai ser difícil. — diz o albino dando uma piscada conspiratória, causando risadas na menina a sua frente. — Bem, acho que já tá na hora. — continua o de olhos escarlate ao ver que o portal já está pronto.

— Sim. — diz Viktorya se dirigindo ao portal, no entanto, com alguns pensamentos circundando sua mente, ela se detém em frente dele, se vira para Shu sentindo um breve arrependimento e, com suas bochechas levemente coradas, diz:

— Antes de ir eu gostaria de te agradecer.

— Por quê? — questiona o albino.

— Por tudo, se não fosse por você, provavelmente eu não teria ido muito longe. E, eu sei que soará estranho, mas quero que saiba que adorei cada momento com você.

Aquela afirmação da jovem arroxeada pegou Shu de surpresa, no entanto, ele não teve tempo de responder ou reagir quando a garota rapidamente atravessou o portal sem dar chances de obter resposta.

[...]

Fazia cerca de meia hora que a prima de Viktorya havia chegado ao prédio do Empire State Building e conversava sobre coisas aleatórias com Theodore Glass.

Eles estavam na espera da prima da jovem que voltaria naquela noite da dimensão de Beyblade.

No entanto, o tempo foi se passando e o que era para ser uma volta rápida, acabou demorando horas. A de cabelos negros já estava ficando preocupada quando Theodore falou:

— Não se preocupe, talvez ela esteja se despedindo de algum amigo ou apenas tenha desistido de vir hoje. Você sabe, ela parece gostar muito de lá.

— Ela não pode desistir. Combinamos tudo antes dessa viagem, e amanhã ela tem que estar aqui para ajeitar algumas coisas antes de ir pra escola. — explica Yanka. — E duvido que ela esteja esse tempo todo se despedindo de alguém. Ela detesta despedidas e geralmente é pontual. — conclui ela.

— Sendo assim... — inicia o mais velho, mas se detém.

— Sendo assim o quê? — questiona Yanka preocupada.

— Não quero te preocupar, mas é bom que saiba da possibilidade. Pode ser que tenha dado algum problema no portal. — revela o homem cautelosamente.

— O QUÊ? Como?

— Como já deve ter notado, esse portal é mágico, possuindo uma forte magia. Só que ele costuma ressoar, assim como os beys, com os sentimentos, desejos e emoções. Ou seja, dependendo do humor dela, pode ser que ela tenha ido parar em outro lugar, pode estar em perigo, presa ou... — Theodore não pôde terminar sua frase, pois Yanka o interrompeu:

— Morta? — questiona temerosa e apenas recebe um aceno de Theodore em confirmação.

— Mas não vamos pensar nisso, ainda tem a primeira possibilidade que lhe falei, mas se quiser ter certeza pode ir verificar e trazê-la. Aposto que ela deve estar com Shu e isso não passa de uma distração dela. — comenta o de sobrenome Glass, tentando passar confiança à jovem mulher, mas por dentro ele estava levemente temeroso também.

Theodore Glass pode até ter sido uma pessoa horrível no passado, mas estava tentando mudar, além disso, ele simpatizava com a arroxeada e por isso temia por seu bem-estar e também desejava que estivesse bem.

— Beleza, já que parece não ter outra escolha, vou atrás dela. Espero que esteja bem mesmo. — diz Yanka por fim.

— Certo. — concorda o mais velho, que configura o portal em seguida. — Se quiser ir, já está pronto. — fala após alguns minutos.

— Ok. — concorda a garota, que atravessa o portal na sequência, sem se dar tempo para desistir da ideia.

[...]

Era por volta de duas da manhã quando o jovem homem de olhos escarlate estava saindo em direção ao seu carro estacionado em frente ao Raging Bulls, ele estava retornando para sua casa só nesse momento, pois havia resolvido concluir algumas tarefas pendentes do dia seguinte, quando de repente percebeu uma luz brilhante proveniente dos últimos andares do prédio que acabara de sair. Aquilo lhe deixou curioso.

"Será que ela esqueceu de algo?" - pensou o albino regressando ao prédio com passos um tanto apressados.

Ao chegar no recinto do portal, ele se assustou ao dar de cara com uma jovem que aparentava ter por volta dos vinte anos, de cabelos negros, longos e lisos e não com a jovem de cabelos roxos e olhos verdes que conhecia.

— Quem é você? — questiona o albino desconfiado, mas em tom tranquilo.

— Cadê ela? — pergunta a garota agitada.

— Ela quem? — questiona novamente.

— Viktorya, ela não está aqui? — questiona a jovem em tom desesperado.

— Ela... o que aconteceu? Ela saiu daqui há algumas horas e já era para ela ter voltado para casa. — diz Shu.

— Sim, deveria, mas ela não apareceu, por isso vim ver se ela estava aqui. Ah, meu Deus, onde aquela menina se meteu? — diz Yanka com as mãos na cabeça de preocupação.

Ao compreender a situação, após Yanka se acalmar e contar em detalhes o que aconteceu, Shu tenta permanecer calmo para pensar no que fazer, tranquiliza a garota e pede para que ela lhe acompanhe até o seu escritório enquanto ela lhe explica o que Theodore havia lhe dito.

Em seguida, após refletir bastante, acaba vindo na mente do albino uma possibilidade, então ele resolve efetuar uma ligação.

[...]

Era em torno de oito da manhã em Barcelona quando uma jovem de nome Mirlane estava tranquilamente saboreando um pastel de queijo, sentada em um dos bancos que estavam às margens da estrada que dava acesso ao BC Sol. Lá era seguro, tranquilo e fresco, um local perfeito para pôr os pensamentos no lugar e aproveitar a brisa.

Quando a jovem estava por acabar seu pastel, notou o seu telefone vibrar no bolso, logo o tirou e notou que um número desconhecido estava lhe telefonando.

Obviamente, ela considerou desligar de imediato, mas algo a inquietou e acabou atendendo.

No momento em que atendeu a ligação, pôde notar pela voz que quem estava do outro lado da linha era nada mais que Shu Kurenai, o albino de olhos vermelhos, que havia pegado seu número com Valt Aoi, e que agora, em certo tom de preocupação e nervosismo, lhe perguntava se sabia da localização de sua amiga Viktorya.

— Não, ela não apareceu aqui. — responde Mirlane.

— Merda! — ela ouve ele xingar do outro lado da linha e pergunta:

— Mas o que aconteceu? Ela tá bem? Ela não deveria ter ido pra casa?

— Ela sumiu... — diz Shu fazendo uma breve pausa para logo continuar: — Ela deveria estar com a prima dela como o combinado, mas não foi isso que aconteceu. Ela simplesmente sumiu e não sabemos do paradeiro dela. — conclui o albino para em seguida desligar a ligação e deixar a jovem com quem falava em um estado atônito e em pensamentos profundos sobre para onde sua amiga poderia ter ido.

[...]

A jovem estava em choque. Como sua amiga poderia ter simplesmente sumido assim?

"Não, não é do feitio dela." - Pensou Mirlane enquanto andava a passos apressados com direção à sua habitação no BC Sol, onde começou a tentar encontrar algo na Internet sobre o assunto.

Quando por fim consegue encontrar algo de útil na web, sai correndo em direção ao refeitório com o fim de tomar algo para se acalmar. Ange até ficou preocupada quando viu a jovem tão nervosa que lhe ofereceu um copo gigante de suco de maracujá para acalmá-la.

Em seguida, a jovem saiu correndo feito um furacão com direção a um quarto vazio que havia encontrado durante suas explorações no BC Sol em seu tempo livre.

No entanto, ela estava tão apressada e com pensamentos longe que não percebeu, enquanto andava pelos corredores, que deu de cara com um certo loiro de olhos negros, que a segurou antes que caísse de cara no chão.

Ele lhe falou em tom de sarcasmo:

— O porquê tão apressada? Parece que viu um fantasma.

— Há, seria bom se fosse o Fafnir, parece uma visão mais agradável... — responde Mirlane rindo de nervosismo e desespero.

— Haha, muito engraçado. — responde Free com seu típico tom desinteressado. — Mas sério, pra onde está indo com tanta pressa? — questiona soltando-a e pondo suas mãos nos bolsos, assim como incorpora a típica pose com sua cabeça ladeada.

A jovem acaba soltando uma risada de desespero e logo faz um breve resumo do que aconteceu à Free, que apenas ouvia sem apresentar expressão alguma.

[...]

Uma reunião para descobrir o paradeiro da garota por nome Viktorya havia sido designada e estava ocorrendo no prédio dos Raging Bulls. Presentes estavam Shu, Valt, Yanka, Rantaro, Cuza, Silas e até Raul Lopes, discutindo sobre os possíveis locais onde a jovem arroxeada poderia ter ido parar.

Quando, de repente, ouviram o barulho da porta do recinto ser aberta abruptamente.

— Eu sei onde ela está! — fala Mirlane ofegante ao abrir as portas do local onde acontecia a reunião, com Free ao seu lado.

Todos os presentes ficaram surpresos com sua presença e a do loiro, mas logo voltaram sua atenção ao que lhes disse ao entrar no local, com Shu, Yanka, Valt, Rantaro e Cuza perguntando em uníssono:

— Onde?

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