Capítulo 24

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A festa de comemoração estava correndo bem. A melodia era conduzida por Zac Alvorada, um dos 15 bladers lendários, que estava no microfone cantando algumas de suas mais famosas canções.

Os convidados estavam realmente se divertindo, alguns estavam dispersos ou em dupla dançado na pista no meio do salão, enquanto outros, como Valt, Cuza e Rantaro, estavam se aproveitando da mesa de petiscos.

Free De La Hoya estava numa mesa mais afastada, afinal ele não era lá muito sociável e estava sonolento, então encontrou um canto perfeito para se sentar e quem sabe dormir um pouco.

Mirlane e Yanka estavam conversando com alguns dos amigos que haviam feito por ali, enquanto degustavam do ponche servido na festa.

Viktorya, por outro lado, nem no salão estava, ela preferiu ficar do lado de fora, na varanda à luz da lua crescente, para comer tranquila uma coxinha maravilhosa que havia encontrado na mesa de petiscos. Era seu salgado favorito e ela estava muito feliz de tê-lo encontrado.

— Ah, você está aqui.

A arroxeada se vira instantaneamente para a pessoa ao reconhecer a voz.

— Não te vi lá dentro, então fiquei preocupado. — comenta o albino.

— Eu só queria ficar um pouco sozinha e claro, comer minha coxinha. — fala a jovem.

— Entendi, então acho que já vou indo. — ameaça o albino.

— Eu não quis dizer isso... — diz Viktorya alarmada, e Shu se detém e ela continua: — Não quis dizer que queria ficar longe de você... — fala, mas logo percebe o que disse ao ver o semblante surpreso do de olhos escarlates. — Meu Deus! Shu, não era isso, eu só... Ah, deixa pra lá. — diz com um suspiro.

A de olhos verdes estava muito envergonhada, não era objetivo dela expulsar Shu ou passar essa vergonha, mas o que ela podia fazer? Afinal, sempre ficava nervosa perto do albino.

Ela estava começando a ficar preocupada, pois Shu ainda não tivera dito nada desde que ela tentara se explicar e falhara miseravelmente.

Porém, ao levantar seu olhar ao rosto do albino para procurar alguma pista do que se passava por sua mente, notou que de seu semblante sério, um sorriso se formou em seus lábios, que logo se transforma em uma leve risada.

"Ele tá me achando com cara de palhaça?"

— O que é engraçado? — questiona ela.

Vendo a expressão confusa da jovem, Shu se explica ao acalmar sua risada, mas ainda permanece com um sorriso:

— Não estou rindo de você, se acalme. Só achei fofa a sua reação. — fala ainda com um sorriso terno, que deixa a menor envergonhada.

— Acho que estou longe de ser fofa, ainda mais depois do soco que dei aquele dia.

— Uh, nem me lembre disso. — diz Shu enquanto leva sua mão até o local no qual a arroxeada lhe bateu. — Pra uma garota, até que você bate bem forte.

— Achei isso meio machista. — fala a jovem com uma sobrancelha arqueada. — De qualquer forma, convivi a maior parte do tempo com garotos, então meio que aprendi a bater consideravelmente bem, testando nos meus amigos ou saindo no tapa com meu irmão. — fala a jovem rindo ao se lembrar desses momentos. — Pobre Carlos, sofria na minha mão.

Aquela menção não foi muito bem recebida pelo albino, que, inconscientemente, questiona agressivamente:

— Quem é Carlos?

— Meu amigo de infância, conheço ele desde os três anos. Costumava bater nele de brincadeira e na minha amiga Camila, mas ao contrário dele, ela batia de volta. — explica a jovem, mas logo se dá conta de algo, então volta a falar: — Mas porquê me perguntou assim?

— Assim como? — questiona Shu, sério.

— Parecia irritado quando perguntou do Carlos, foi impressão minha ou tá com ciúmes? — pergunta a jovem com um sorriso sapeca.

Viktorya obviamente não perderia a oportunidade de tirar Shu do sério, principalmente tendo em conta que iria embora no dia seguinte pela manhã. Então ela não teria muito tempo para se arrepender.

No entanto, ela não contava com a resposta do albino, que responde do mesmo modo, em ironia, dizendo:

— E se eu estiver, tem algum problema com isso?

— Como? — questiona a arroxeada de boca aberta.

— Acho que você desconfigurou a menina, Shu. — fala uma voz de repente, tirando Viktorya do transe momentâneo e deixando o albino tenso.

— O que faz aqui, Ryan? — pergunta Shu assumindo uma postura ameaçadora.

— Calma, eu vim em paz. — diz o ruivo com um sorriso irônico e as mãos para cima em sinal de paz, enquanto sobe a pequena escadaria da varanda, até Viktorya e Shu.

O ruivo caminha a passos lentos até Viktorya, que estava um pouco afastada de Shu, esse por sua vez, olhava para Ryan como se pudesse matá-lo com seus olhos carmim.

— É muita cara de pau sua aparecer aqui depois de tudo! — fala Viktorya.

— Você não é bem-vindo aqui. — diz Shu.

— Só porquê tomou o lugar de meu pai, que morreu por culpa de vocês, não quer dizer que mande em mim. — rebate o ruivo.

— Nossa culpa? Só pode estar brincando. — fala a arroxeada indignada, mas logo sua expressão vira uma de espanto e medo.

Tudo aconteceu muito rápido, em um descuido de Viktorya, Ryan a puxou para si agressivamente, deixando-a de costas para si, enquanto empunhava uma faca afiada, direcionada ao pescoço da jovem.

Shu só pudera observar a cena, pois não estava perto o suficiente dela para evitar isso, e se maldizia por dentro por se deixar distrair com o discurso meia boca do filho de Theodore.

— E de quem mais seria, gracinha? Nunca esteve nos meus planos que ele morresse, então a culpa é sim de vocês. — fala Ryan com a lâmina virada para a pele do pescoço de Viktorya, que está imóvel. — Mas estou aqui para resolver isso.

— Solta ela seu idiota! — diz o albino com o ódio podendo ser sentido em cada uma das palavras que disse.

— Ou se não o quê? — pergunta Ryan com um sorriso macabro.

— É melhor você fazer o que ele tá dizendo! — ameaça Wakiya se juntando ao grupo. — Guardas!

Boa parte das pessoas que estava na festa, ao ouvirem a discussão do lado de fora, foram verificar o que era e deram de cara com essa cena, enquanto alguns seguranças se aproximam de Ryan, o cercando.

— Meus parabéns, Wakiya, agora você é o novo líder, não é? — diz o ruivo de forma sarcástica. — E não adianta virem pra cima de mim, mesmo que me peguem, eu levo ela comigo. — ameaça e os seguranças ficam parados.

— Não me venha com essa ladainha, solte a garota! — rebate Wakiya.

— Você não vai escapar dessa, seu doente! — fala Mirlane.

— Não estou com vontade, aliás, não acham uma troca justa? A vida dela pela de meu pai.

Aquela ameaça pegou todos de surpresa, e Viktorya realmente começou a temer por sua vida naquele momento.

— Não ousaria fazer isso. — diz Shu irritado.

— Olha aqui, seu filho da mãe, se machucar minha prima, eu te desço a porrada! Então é melhor soltá-la! — diz Yanka irritada, enquanto alguns dos convidados tentam acalmá-la.

— Acredita mesmo nisso? — questiona Ryan. — Depois de roubar minha posição enquanto estávamos na Cova das Serpentes, de tomar meu lugar como favorito de Theodore e ainda se tornar o Guardião do Portal, acha mesmo que eu teria piedade de você? — questiona.

— Nada disso é verdade, não tomei nada seu. Theodore me escolheu porquê você nunca o obedeceu, nunca fez nada por ele! — rebate Shu.

— Ok, entendi, mas o que eu tenho a ver com essa briga de vocês? — questiona a arroxeada tomando a atenção para si.

— Ainda não percebeu, sua idiota, pensei que você fosse mais inteligente, mas vejo que me enganei.

— Olha como você fala com ela! — repreende Shu.

— Viktorya, tá bem na cara que ele gosta de você e por isso foi uma presa fácil. Tendo você sob controle, conseguiria fazer qualquer coisa com ele.

A arroxeada apenas ouvia, enquanto Ryan explicava todo seu plano, dizendo que havia conseguido implantar um nano robô rastreador em sua pele, quando se encontraram no Shopping na Espanha, até a parte que através dele conseguiu hackear o portal e levá-la até outra dimensão.

— E agora que tenho você em minhas mãos, é hora da troca. — ameaça o ruivo deslizando a lâmina no ar.

— Não faça isso, Ryan, você quer se vingar de mim, não dela! — rebate Shu aflito.

— Se eu fizer isso, consigo minha vingança. Não acha que sofreria se a visse morrer em minhas mãos?

— Você é louco! — fala Viktorya com o restinho de coragem que tinha.

Ignorando as negativas dos presentes, Ryan aproxima a lâmina delicadamente do pescoço da jovem, que fecha os olhos com toda a força, apenas esperando seu eminente fim.

No entanto, logo se ouve um grito alto e estridente:

— PARA COM ISSO, RYAN!

— Ahri? — questiona Ryan perdendo a compostura por um instante, surpreso.

— Não faça nada que vá se arrepender, maninho, você não é assim.

— Você não sabe pelo que passei! Não fale como se me conhecesse!

— Te conheço sim! Sei que você é o melhor irmão que pude ter, que sempre se esforçou para conseguir orgulhar o papai, que sempre foi incrível no Beyblade, mas você tá se perdendo. Por favor, para com isso. — pede a loira.

O que Ahri dizia estava afetando Ryan mais do que ele gostaria, porém, quando ele tentou dizer algo foi interrompido pela loira que lhe disse:

— Sinto sua falta, de como nós fazíamos pegadinhas um com o outro, de como você sempre me ajudava nas tarefas de casa, mesmo sendo mais novo que eu... lembra de como nos divertirmos fazendo pizza juntos? Sua favorita era de calabresa.

— Você... PARA COM ISSO! — grita Ryan.

— Podemos dar um jeito nisso, juntos. Papai nunca falou pra você, mas sempre me dizia que sentia sua falta.

— MENTIROSA! Ele sempre me odiou.

— Ela não está mentindo, Ryan, ele sempre falava de você pra mim também, de como queria que você pudesse estar com ele, mas mesmo assim te deixou livre para seguir o caminho que quisesse. — explica Shu.

— É tanto que ele sempre estava com a caneta dourada que você deu pra ele quando tinha 8 anos, ele sempre guardou ela consigo e levava pra todos os lugares que ia. — fala Ahri.

— É uma com o nome "El mejor padre del mundo."? — questiona Viktorya de repente, ao se lembrar da caneta que viu Theodore usando na sua dimensão.

— Ela mesma. — concorda Ryan, diminuindo o agarre da arroxeada e deixando a faca afiada cair de sua mão, enquanto pequenas lágrimas se formavam em suas bochechas e memórias felizes com seu pai lhe abatiam.

— Por favor, irmão, colabora. Já perdi nosso pai, não posso perder você também. — clama Ahri, enquanto se aproxima de seu irmão, o envolvendo em um abraço.

Aproveitando a situação, Shu corre até Viktorya e puxa para um lugar seguro, bem distante de Ryan, mas ainda em um local onde podiam ver a cena dos dois irmãos juntos.

— Você está bem? — questiona o albino e a garota apenas assente.

[...]

Após toda aquela comoção e Ahri ter convencido seu irmão de que estava errado, Ryan foi detido e
sua irmã o acompanhou até sua cela. Enquanto isso, o restante dos presentes retornaram à festa.

O clima ainda estava meio pesado, no entanto, alguns preferiram dar continuidade e assim se distraírem do que ocorreu.

A de sobrenome Castro, por outro lado, estava sentada, acompanhada de Shu, Mirlane, Yanka, Valt e Rantaro, que estavam preocupados com seu bem-estar após aquela confusão. A jovem apenas respondia entre suspiros que estava bem. Logo conseguiu convencer a Valt e Rantaro que estava bem e eles seguiram o ritmo da festa com outros de seus amigos, mas asseguraram que estariam ali na hora que ela precisasse.

— Tá bom, galera, já disse que tô bem. Foi só um susto. — diz Viktorya cansada de tanto repetir isso.

— Tem certeza de que não quer ir ao hospital? Assim podemos ter certeza se ele não te machucou. — sugere Shu.

— Não, já tô farta de ir pro hospital! Se tivesse machucada estaria sangrando ou reclamando de dor. — rebate a de olhos verdes com os braços cruzados.

— Não minimiza, Viktorya, não podemos evitar estarmos preocupados. — rebate Yanka.

— É, você é importante pra gente, Vih. — continua Mirlane.

A festa acabou não durando muito, pouco a pouco todos os convidados foram seguindo seus caminhos para casa. Ainda assim, o clima ainda estava pesado no local, afinal, o que ocorrera ali foram cenas fortes e que não seriam esquecidas facilmente.

[...]

— Me desculpe, por tudo. — diz Shu com uma reverência.

Os jovens bladers estavam no corredor do último andar dos Raging Bulls, em caminho do recinto em que fica o portal, afinal, já era chegado o dia de Viktorya e sua prima voltarem para casa.

— O quê? Não é sua culpa, Shu. Levanta! — pede a jovem nervosa.

— Eu deveria ter te protegido, mas só fiquei parado olhando e ainda te meti nos meus problemas. — continua o albino ao levantar seu rosto para visualizar a arroxeada em sua frente.

Viktorya pôde notar o semblante triste e de culpa do albino, e aquilo lhe deixou bastante mal.

— Eu já disse que tá tudo bem, já passou, tudo se resolveu. Não precisa pedir desculpas. — diz a garota.

— Mas...

— Sem mas, por favor, vamos encerrar este assunto.

— Tudo bem. — concorda Shu com um suspiro.

Um silêncio se forma no local, enquanto Viktorya e o albino esperam Yanka para então as duas poderem retornar à sua dimensão. Quando Viktorya, tentando mudar o clima, resolve perguntar algo que está lhe deixando curiosa.

— Mas é verdade?

— O quê? — questiona o albino confuso.

— O que Ryan disse... bem... sobre eu não ter percebido...

— Que gosto de você? — pergunta Shu, deixando Viktorya corada e com um frio na barriga ao escutar isso da boca dele.

Ela apenas assente concordando e desviando o olhar por um momento.

— Pensei que tivesse tirado suas conclusões quando te respondi antes dele aparecer. — fala o de olhos vermelhos com semblante sério.

— Aquilo foi mais uma pergunta que uma resposta. — rebate a arroxeada.

— Foi uma pergunta retórica, mas já que insiste... — fala o albino se pondo em frente à jovem, o que fez os corações de ambos acelerarem. — Eu estou apaixonado por você.

O que Shu dissera caiu como um balde de água fria em Viktorya, porém ela não poderia dizer que estava tão surpresa depois dessa afirmação.

— Entendi. — fala a jovem por fim, deixando Shu um pouco decepcionado.

— Você também sente algo por mim? — pergunta o albino.

— Ah, eu... — começa a jovem e suspira, para então continuar. — Sim, também gosto de você. — admite corando.

A afirmativa da jovem deixou o jovem albino extasiado, ele já havia notado alguns sinais de que Viktorya gostava dele de mesmo modo, mas ouvir aquilo da boca dela era uma sensação indescritível.

Tanto que ele não conseguiu evitar um sorriso se formar em seus lábios e muito menos se conteve de abraçar a garota.

Viktorya foi pega de surpresa pelo contato, mas não pode deixar de notar o coração do albino tão acelerado quanto o dela. Gradualmente ela foi retribuindo o gesto e abraçou o albino na mesma intensidade.

Ainda aproveitando a situação, Viktorya pergunta:

— Quando isso aconteceu?

Demorou alguns segundos para Shu pensar em uma resposta para isso, mas notando que não se lembrava do momento exato que isso ocorrera, diz:

— Isso eu não sei te responder. — revela o garoto afrouxando o abraço. — Só sei que não conseguia de maneira alguma te tirar da minha cabeça. Quando você sumiu fiquei desesperado, tanto que nem pensei direito no que aconteceria a Theodore caso não conseguisse retornar a tempo, mas na hora agi por impulso e aceitei. Mas sabe o que é engraçado? — questiona Shu saindo do abraço e fitando a jovem na sua frente.

— Hum, o quê? — balbucia a arroxeada.

— É engraçado que me apaixonei pela garota que conheci naquela sala do portal, você estava desmaiada e ainda tinha uma beleza única, por uma garota de outra dimensão, por quem me meti em confusão, praticamente me obrigou a sair da rotina, que me fez experimentar sensações e sentimentos tão intensos que me fazia questionar se não estava enlouquecendo. — fala Shu, enquanto observa a expressão de Viktorya, que parecia uma mistura de confusão, nervosismo e felicidade pela confissão. — Mas que também me tirou o sentimento de solidão. Eu não costumava sair muito de casa para coisas pessoais, mas desde que te conheci tenho viajado muito mais além das viagens a trabalho. Me apaixonei pela garota mais sincera e desconfiada que já conheci, a primeira garota pela qual me apaixonei, a primeira garota que me abraçou que tivesse interesse realmente em mim e não no que possuo ou por ser famoso, e, com certeza, a primeira garota que me deu um soco, que pode ter certeza que dói até hoje. — conclui o albino rindo, enquanto Viktorya fica envergonhada por ele relembrar este último fato.

— Acho que nunca vou me esquecer disso. — diz Viktorya.

— Eu muito menos. — concorda Shu ainda rindo. — Mas tem mais uma coisa... — começa o albino.

— Que coisa? — pergunta a jovem, enquanto Shu a puxa novamente para si, mas dessa vez aproxima seu rosto perigosamente do dela.

Tudo que a jovem de cabelos roxos conseguia ver naquele momento eram os olhos carmins de Shu, iluminados pela luz do corredor. Seu coração acelerava a cada milímetro que o rosto do albino se aproximava do dela.

Ela conseguia sentir suas bochechas esquentarem, assim como cada fibra de seu corpo se tensionar. Ambos estavam hipnotizados.

No entanto, aquele ato não foi de fato cumprido, pois Yanka chegou bem na hora, e o jovem casal foi obrigado a se separar imediatamente.

— Bom dia e desculpem o atraso. — pede a de cabelos negros se aproximando. — O despertador não tocou e acabei dormindo demais.

— Bom dia. — dizem os jovens bladers em uníssono.

— Dormiu bem? — pergunta Shu, tentando soar cortês.

— Sim, mas melhor será quando estiver na minha dimensão. Não que aqui não seja bom, mas quero minha rotina de volta. — fala Yanka.

— Nem imagino quantos ligações meus pais fizeram enquanto eu estava aqui. — comenta Viktorya.

— A gente inventa alguma desculpa depois. — diz Yanka como se fosse algo fácil de resolver.

[...]

Era hora da despedida, Shu já havia configurado o portal e Yanka lhe cumprimentou formalmente enquanto lhe agradecia por ter cuidado de sua prima mais nova durante aquele período. O albino apenas respondeu que não havia sido problema e que sempre que ela quisesse retornar, seria bem-vinda.

Mirlane, Valt, Free, Rantaro e os outros não foram participar das despedidas, pois tinham de viajar para a Espanha o mais rápido possível para resolver com Christina Kuroda algo sobre um tal Cruzeiro de Batalha. E assim como Fubuki e outros, já haviam se despedido das jovens na noite anterior.

— Bem, acho que já é hora, Vih. Se despede do seu amigo e vamos pra casa logo. — fala Yanka já em frente ao portal.

Obedecendo sua prima, Viktorya, mesmo com um leve frio na barriga, se aproxima de Shu e diz:

— Acho que dessa vez será mais difícil me despedir que da outra.

— Também acho, boa viagem, Vih. Espero que venha mais vezes ou eu mesmo vou te ver lá. — fala Shu, tentando deixar o clima agradável.

— Nem sabe onde eu moro. — brinca Viktorya sorrindo.

— Eu descubro. — segue Shu dando uma piscada conspiratória para a garota.

— Vou sentir falta daqui e de você também. — revela a arroxeada fitando o albino.

Aquilo amoleceu e fez doer um pouco mais o coração de Shu.

— Eu também vou...

— Acho que isso é um até breve, adeus Shu. — fala Viktorya enquanto dá as costas para o albino e sua prima observa a cena, ansiosa para voltar, porém, um pouco triste por sua prima.

No entanto, de repente, a jovem é atingida por uma dose de coragem. Ela não queria ir embora tendo arrependimentos, então rapidamente volta-se para Shu, que a observa confuso, e se aproxima a passos determinados e apressados dele por sua vez, então, aproveitando a oportunidade, puxa o albino pela gola da camisa rosa e, com um leve frio na barriga, o beija.

A princípio, o albino estava em choque pelo ato repentino, ele realmente não esperava que ela fizesse isso, mas lentamente começou a retribuir, pondo uma suas mãos na cintura da jovem, a puxando mais para si, enquanto levava a outra para o pescoço dela, aprofundando o beijo.

Era um beijo tímido, afinal era o primeiro beijo de ambos um com o outro, mas que conseguiu transmitir todos os sentimentos que tinham. Era como se ninguém mais existisse na sala, apesar de Yanka ainda estar presente, vendo a cena em choque pela ousadia que não conhecia em sua prima, porém estava feliz por ela. Era tanto que até aplaudiu levemente assim que o beijo terminou, o que deixou o jovem casal mais envergonhados.

— Agora sim posso ir embora. — responde Viktorya com um sorriso.

— Me pegou de surpresa. — admite o albino acariciando a bochecha da jovem. — Mas confesso que gostei mais dessa despedida.

— Eu também.

— Te vejo em breve, nem que eu mesmo tenha que ir te buscar lá na sua dimensão. — brinca Shu, e todos riem no recinto. — Agora vai, sua prima está ansiosa. — diz o albino enquanto acena para Yanka, que continua em frente ao portal e Viktorya logo se aproxima dela.

— Pronta? — pergunta Yanka ao ter sua prima ao seu lado.

— Sim, hora de voltarmos pra casa. — responde Viktorya.

Após isso, elas atravessam o portal, que as levaria até sua dimensão de origem. Dessa vez, tudo correu bem, mas elas não esqueceriam jamais dessa aventura, Viktorya muito menos, ela guardaria todos estes momentos em seu coração.

Ainda havia muita coisa para ser resolvida na vida da arroxeada para que ela pudesse tentar ficar de vez naquela dimensão, como concluir seus estudos, mas apesar das circunstâncias, ela estava feliz por ter realizado tudo aquilo, pelos amigos que fizera naquela dimensão, por ter encontrado enfim um amor que lhe correspondesse.

Ela estava feliz de ter encontrado Mirlane, de ter conhecido Theodore e era grata pela oportunidade que ele lhe deu, se não fosse por ele, talvez nunca tivesse conhecido aquele mundo maravilhoso.

Para a jovem Viktorya aquela realmente foi Uma Viagem Inesquecível...

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