Epílogo

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— Eu não tô ficando louca, Camila!

Já fazia um ano desde todos aqueles acontecimentos. Desde que Ryan foi preso, que Theodore falecera, que Shu e ela confessaram seus sentimentos e desde que retornou à sua dimensão para terminar os estudos. E fazia apenas alguns dias desde que suas aulas e de sua amiga, que veio para fazer intercâmbio também, acabaram.

Nesse momento, a arroxeada, que agora tinha cabelos curtos na altura dos ombros, estava conversando com sua amiga Camila no Starbucks, em seu idioma materno, e tentando convencê-la de que tudo que aconteceu com ela foi real.

Talvez ela não pudesse comentar sobre o segredo do portal e sobre a outra dimensão, mas ela tinha absoluta certeza de que sua amiga era confiável e não espalharia para mais ninguém. Afinal, estava achando tudo aquilo uma loucura.

— Não é o que parece. Onde é que seus personagens de anime são reais? Tô achando que sair do Brasil afetou sua saúde mental. — fala a morena enquanto dá um gole em seu café expresso, um de seus favoritos.

— Cara, se eu tivesse louca, estaria rasgando dinheiro, não acha? — questiona Viktorya levemente irritada por sua amiga não acreditar nela.

As jovens estavam sentadas dentro da loja, em uma das mesas próximas a uma grande vidraçaria que dava vista ao trânsito da cidade de Nova York, discutindo sobre a suposta viagem da arroxeada que dizia ter encontrado um portal e ido para a dimensão de seu anime favorito.

O local não estava muito lotado, mas ainda assim havia bastante gente na lanchonete, vez por outra o sininho da entrada tocava, avisando que novos clientes haviam adentrado o recinto.

As duas amigas estavam tão entretidas na discussão, que nem prestaram atenção a dois jovens adolescentes que acabavam de entrar no Starbucks, mas levaram um susto ao ouvir uma das vozes se dirigir a elas.

— Então já podemos te internar. — fala uma voz do nada.

As garotas se detém por um instante ao ouvir a voz da pessoa que falara no mesmo idioma que elas, e que se encontrava atrás de Viktorya, quando a mesma de repente se vira e dá de cara com duas figuras que ela conhece, um albino e um loiro. Camila apenas observava a cena em choque.

— Shu? — pergunta a arroxeada animada.

— Theodore me contou sobre o dinheiro que sua prima e você rasgaram antes de ir. — comenta o albino risonho, se aproximando e bagunçando os cabelos da jovem.

— Ai você quebra meu argumento, Shu. Não era necessário lembrar disso. — diz a jovem emburrada e de braços cruzados.

— Eu também tô aqui, Viktorya. — fala o loiro ao lado de Shu.

— Olá, Fubuki, como você está?

— Bem, e você? E quem é sua amiga? Não parece com nenhuma que vi antes.

— Está interessado? — pergunta Viktorya travessa, mas logo se lembra de Camila e estranha que ela não falou nada ainda. Ela então se vira para a morena e vendo seu estado, pergunta: — Você tá bem, Camila?

— Viktorya, você por acaso botou algo no meu café?

— Não, por quê?

— Então deve tá estragado, porque tô alucinando. — fala Camila observando e mexendo seu café com uma colherzinha para tentar identificar qualquer coisa estranha nele.

— Você não tá alucinando, é real. — fala Fubuki.

— Pode ser estranho no começo, mas logo você vai entender. — diz Shu compassivo.

— Se você diz... — fala Camila enquanto Shu e Fubuki tomam assento na mesa delas. — Mas ainda acho que são algum tipo de cosplays muito bem feitos.

— Mudando de assunto, final de contas, o que vieram fazer aqui? — questiona Viktorya curiosa.

— Eu vim porque o Shu me convidou. — fala Fubuki apenas.

— Eu, bem... — começa o albino, parecendo nervoso. — Queria te ver.

— Ah, faz um tempo mesmo que não nos vemos. — fala a jovem pensativa, se lembrando que a última vez que se viram foi antes de ela retornar para sua dimensão. — Bem, entendi, mas como sabiam que estávamos aqui?

— Encontramos sua prima e ela nos disse que estaria aqui com uma amiga. — fala Fubuki.

Após isso, iniciou-se uma seção de perguntas por parte de Camila, que estava curiosa sobre tudo que sua amiga lhe dissera. Ela já estava mais calma e logo embarcou em uma conversa agradável com Fubuki sobre Miraculous, sua animação francesa favorita, e que também parecia ser bastante interessante para o loiro de olhos avermelhados.

Aproveitando a deixa, Shu convida Viktorya para caminharem um pouco fora do Starbucks e deixar Fubuki e Camila a vontade.

Já do lado de fora, ambos caminhavam lado a lado, conversando aleatoriedades sobre o que teria acontecido nesse último ano em que não tiveram muito contato. Afinal, Viktorya estivera ocupada com seu último ano escolar e Shu, por sua vez, estava bem ocupado com seus deveres como Guardião e Blader. Ele também contou a Viktorya sobre Valt não ser mais o campeão mundial e sim que agora era um novato chamado Aiger Akabane. Viktorya não pode deixar de fazer uma careta para este último fato.

— E planeja fazer faculdade? — questiona o albino.

Eles agora estavam sentados em um banco de uma praça, ainda próxima do Starbucks, observando a movimentação das ruas, que como sempre estavam agitadas.

— Sim, mas por enquanto não. Quero tirar um ano sabático dos estudos, foram bem cansativos. — explica a jovem olhando para o de olhos vermelhos.

Shu estava encantado com a beleza da garota, ele havia notado que seus cabelos agora estavam mais curtos e isso deixava ela com um rosto mais angelical.

Sem conseguir segurar seus impulsos, ele leva sua mão direita até a bochecha da jovem, que fica envergonhada com a ação, e acaricia seu rosto, enquanto põe alguns fios de cabelo atrás da orelha dela.

— Você ficou ainda mais linda de cabelo curto. — comenta o albino com o olhar ainda fixo no da arroxeada.

— O-obrigada. — agradece Viktorya e se maldiz por dentro por gaguejar, mas logo se recompõe e pergunta: — Veio aqui só pra me admirar mesmo?

— Não seria má ideia, mas não. — revela o albino de repente, enquanto retira a mão do rosto da jovem, que não pareceu gostar muito dele ter parado, afinal gostava do toque dele.

— Então por quê?

— Queria te fazer uma proposta, ou melhor, duas. — começa o albino, que visualiza a expressão confusa da jovem e logo continua: — Mas antes preciso saber de uma coisa. Ainda sente o mesmo por mim?

Viktorya ficou sem palavras por um momento, pois não esperava que ele fosse tão direto, mas logo se recompõe e, tomando coragem, diz:

— Sim, não parei de pensar de você um minuto sequer. — revela com o coração palpitante e com as bochechas esquentando de vergonha, além, é claro, desviando o olhar, afinal, ela não costumava falar de seus sentimentos tão abertamente.

Um lindo sorriso brotou nos lábios do albino, que com sua mão procurou a dela sobre o banco de madeira e ao encontrá-la, entrelaçou seus dedos nos dela. O que a fez observá-lo curiosa.

— Eu também. Não teve um dia que não tenha sentido sua falta. Sem você, meu apartamento ficou vazio e até o Snow parecia triste.

— Ah, tenho saudades dele também, como ele está? — pergunta Viktorya.

— Está bem, ele ficou cuidando da casa enquanto estou aqui. Mas voltando ao que eu queria te dizer... — começa Shu, enquanto suspira se preparando para falar o que havia ensaiado. — Eu estive esperando tanto esse momento, que agora acho que esqueci o que tinha ensaiado. Me sinto como o Valt agora. — revela o albino envergonhado, fazendo a jovem rir levemente.

— Ah, você ensaiou para falar comigo? Que fofo. — comenta a jovem levantando sua mão em direção ao rosto dele para acariciar suas bochechas, que agora estavam em um tom rosado e também aproveita para emaranhar seus dedos em alguns dos fios brancos dele. Ela sempre quis fazer isso.

Após aproveitar o carinho, Shu se recompõe e então, finalmente, começa, dizendo:

— Esse ano me fez perceber ainda mais o quão apaixonado estou por você, senti na pele o que era saudade de alguém, mas eu não podia simplesmente vir aqui antes e impedir que concluísse seus objetivos. Então esperei até que acabassem suas aulas para poder falar com você novamente, e também seria um tempo para que você pensasse e repensasse seus sentimentos por mim. Eu estaria pronto caso você não me quisesse mais após todo esse tempo...

— Acho meio difícil de te esquecer assim, Shu, até porquê já gostava de você bem antes. — interrompe Viktorya de repente, deixando o albino levemente surpreso com a afirmação, mas feliz.

— De qualquer forma, vamos ao que interessa. — fala Shu seriamente, enquanto inspira profundamente, para então prosseguir sua fala: — Quer ser minha namorada?

Viktorya ficou tensa de repente, ela já havia sonhado diversas vezes com este momento, mas em nenhum deles ela realmente tinha certeza de que isso aconteceria, mas agora que ele estava frente a frente com ela, a pedindo em namoro, seu coração disparou e ela podia jurar que a qualquer momento teria um ataque cardíaco.

Vendo o rosto ansioso de Shu, ela se apressou e tomou coragem para responder.

— Claro que aceito! — fala ainda aproveitando o pico de coragem, se lança a abraçá-lo. E Shu a corresponde, abraçando ela na mesma intensidade.

Ambos estavam extremamente felizes, mas apesar disso, Viktorya não podia evitar a curiosidade, então, ainda em meio ao abraço, pergunta:

— E qual era a outra proposta?

— Hum, já que você aceitou, agora posso dizer. — fala o albino sorrindo e acariciando o cabelo da garota. — Queria convidá-la para morar na minha dimensão, sei que você gosta de lá, e temos boas oportunidades de emprego e quem sabe você não siga a carreira de blader também?

— Sério? — questiona Viktorya enquanto se desvencilha do abraço.

— Sim, mas entendo se quiser ficar aqui, afinal todos que conhece estão nessa dimensão, porém acho que seria cansativo manter um relacionamento a distância, nem poderíamos ligar um para o outro estando em dimensões diferentes. Mas se quiser permanecer aqui e, apesar de qualquer dificuldade sobre distância, posso fazer qualquer esforço para vir te ver. — fala o jovem homem, enquanto faz carinho na mão dela. — Porém, admito que gostaria muito se aceitasse minha oferta. A escolha é sua.

Viktorya não poderia negar que estava tentada. Era uma oportunidade única, poderia trabalhar e conviver com Shu e todos os outros, mas por um lado ela sentiria saudades de seus amigos de sua dimensão. Camila, Yanka, seu irmão e seus pais, ela sentiria saudades deles.

Por outro lado, Shu estava ansioso pela resposta da garota, ele adoraria tê-la por perto, mas não poderia forçá-la a ir com ele.

— Eu... aceito! — fala a jovem com um sorriso animado. — Mas posso levar minha gata? — questiona Viktorya e Shu apenas sorri, concondando com a cabeça.

𝒐 𝒇𝒊𝒎 𝒆 𝒂𝒑𝒆𝒏𝒂𝒔 𝒐 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒏𝒐𝒗𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂...

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