Capítulo 7

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Apesar de ter Shu ao seu lado lhe apoiando, a jovem arroxeada não conseguia deixar de pensar em tudo que ocorreu nos últimos dias. Ultimamente tudo dava errado, aliás, tudo começou a dar errado desde resolveu vir para a dimensão de Beyblade. Primeiro ela brigou com sua prima Yanka, que não concordava que ela tivesse inventado um intercâmbio só para conhecer o prédio do Empire State Building; segundo seu desaparecimento no portal que ocasionou a morte de Theodore; terceiro o surto de Ryan, que literalmente lhe deixou com a faca no pescoço; quarto a ruiva tentando lhe deixar com alopecia e quinto o seu péssimo relacionamento com o pai de seu namorado.

Sem falar que nem no esporte que ela mais gostava ela era boa quanto deveria, mesmo estando o praticando há alguns anos e tendo um dos melhores bladers do mundo ao seu lado. Realmente não estava nada bem para a jovem e, por isso, ao menos para evitar ser um pouco menos inútil, ela tinha começado a se dedicar quase totalmente ao Beyblade. Talvez, se ela conseguisse estabelecer uma conexão forte com sua bey, ela deixaria de ser tão fracassada e daria um pouco de orgulho ao seu namorado, que ela tinha suspeitas de estar triste, mas não demonstrava.

Desde que retornaram do Japão, além de cumprir suas tarefas no Raging Bulls e ajudar sua amiga na floricultura, ela passava quase todo seu tempo livre na área de treino, tentando forçar a si mesma a adquirir habilidades com Viollet, a qual ela tinha evoluido com a ajuda de Shu para ficar a par da nova geração de beys Gamma, e agora se chamava Oblivion Viollet.

Shu notou sua inusual dedicação ao esporte, não que ela não se esforçasse antes, mas ela agora estava em outro nível. Diversas vezes ele pegou a jovem treinando até a exaustão, até Fubuki estava abismado com a força de vontade da jovem e tentava ajudá-la a melhorar e aconselhava a pegar mais leve no treino. Shu entendia que essa era uma das formas da arroxeada manter sua mente ocupada e extravasar suas emoções, por isso resolveu deixar ela livre para decidir o que fazer. E como o albino ainda sentia-se mal pelo ocorrido no jantar com sua família, fez o possível para auxiliá-la e aconselhá-la apenas quando passava do limite de treino, pois sabia que a garota não gostava que se intrometesse nos sentimentos dela assim.

[...]

Nesse momento ela não estava treinando, pois Shu a tinha liberado para que pudesse ajudar mais a sua amiga. Ele queria que ela saísse um pouco do Raging Bulls para tomar ar fresco, devido a jovem ter passado o dia quase todo enfurnada na arena de treino particular dele, ele queria que ela descansasse e, a contragosto, ela foi.

Nesse momento, Viktorya e Camila estavam conversando enquanto organizavam algumas coisas, até que Viktorya mencionou algo que vinha pensando há alguns dias.

— Camila, lembra daquele dia que te falei sobre a indenização?

— Sim, porquê? — pergunta a morena olhando para sua amiga.

— Então... Meio que não sei onde botar esse dinheiro todo, por isso quero te ajudar financeiramente na loja. — diz a garota um pouco nervosa por se intrometer tanto nos assuntos de Camila. — Podemos ser sócias, o que acha?

A mais velha ficou surpresa com a proposta, mas instantaneamente abriu um sorriso, o que deixou a jovem Viktorya mais aliviada.

— Eu estava precisando mesmo de um investimento a mais, — comenta a morena, dando uma pausa breve, mas logo continua: — Ainda não estou tendo retorno aqui, então acho uma boa ideia, contanto que a sociedade seja meio a meio.

[...]

Como Camila havia combinado com Fubuki, ela marcou por mensagem um horário em que pudessem treinar um pouco. Era por volta das 16h e, nesse exato momento estava a morena, na mesma arena do Central Park que foi no dia anterior, esperando o loiro aparecer.

Entretanto, ele se atrasou alguns minutos, quer dizer... Passou-se quinze minutos, uma hora, duas...

Já era por volta das 18h e o sol já estava se pondo, a jovem ainda se encontrava sentada em um dos degraus da arena, esperando que Fubuki ao menos desse o ar da graça e uma boa desculpa por mensagem sobre toda essa demora.

Todo tipo de pensamentos passaram pela cabeça da jovem nesse tempo, desde se sentir lesada por acreditar que ele ainda viesse e por isso esperar todas essas horas, até pensamentos de raiva pelo garoto.

— Não acredito que ele me deixou plantada aqui! — pensa dando um suspiro chateado.

Em meio a tudo isso, um pensamento mais intrusivo lhe veio à mente.

"Será que ele está ocupado com aquela tal Ivy? Bem, pouco me importa."

Sentindo o clima mudar, pois como estava anoitecendo, o frio começava a se fazer presente. Ela se desiludiu totalmente de que Fubuki ainda viria, então levantou-se sentindo raiva e frustração e começou a caminhar para sua casa.

A morena não conseguiu dar nem dez passos, quando sentiu seu telefone vibrar no bolso da calça. Ela imaginou instantaneamente que fosse Fubuki tentando explicar o que havia ocorrido para demorar tanto, mas ela sentia-se indecisa se deixava ele no vácuo ou não, afinal, ela odiou ter sido deixada de lado assim. No entanto, sua curiosidade foi maior e, passado alguns minutos, pegou o telefone para abrir as mensagens, mas suas esperanças foram massacradas assim que leu o apelido carinhoso "Projeto de Beterraba." Que deu à sua amiga Viktorya no contato.

"Quem é vivo sempre aparece." - pensa a garota abrindo as mensagens.

Projeto de Beterraba.

Cadê? Você já chegou em casa? Como foi o date com o Fubuki?

Camila.

Primeiro, date é a sua cara. Segundo, ele não apareceu.

Projeto de Beterraba.

O QUÊ? Como assim?
Ao menos ele deu explicação? Você ficou esse tempo todo esperando?

Camila.

Tomou chá de sumiço. E não, estou indo pra casa agora, fiquei até agora esperando.

Projeto de Beterraba.

Ah, mas se eu pego esse menino, eu esgano ele!

Camila.

Deixa pra lá Vih, já foi deprimente o suficiente ficar plantada. Pior que eu podia ter ficado lá na paz da loja, mas não, vim perder tempo aqui!

Projeto de Beterraba.

Olha, eu sei que por você, você deixa assim mesmo, mas eu vou ao menos arrastar a cara dele no chão amanhã. Quer dizer, Shu não deixaria... Mas eu não vou deixar barato!

Camila.

Kkkkkkk Você sabe que não tem juízo, né?

Durante isso, sentada na bancada da cozinha de pernas cruzadas, estava Viktorya, respondendo as mensagens de sua amiga enquanto esperava Shu preparar o jantar. Ela sabia que sua amiga estava mal, mas não queria dizer. Ao receber a última mensagem de Camila, ela ficou com uma expressão, que não era das melhores, estampada no rosto e seu namorado notou isso.

— Que cara é essa? Brigou com sua amiga? — questiona o jovem homem retirando o avental de si, para dobrá-lo e guardá-lo em uma gaveta abaixo do balcão.

— Não, não é culpa dela, mas sobre seu pupilo eu não posso dizer a mesma coisa...

— O que o Fubuki fez? — questiona Shu desconfiado. Afinal, Fubuki costumava ser um garoto tranquilo.

— Lembra que te contei que eles marcaram de sairem pra treinar hoje? — pergunta a arroxeada e o de olhos escarlate apenas assente. — Ele simplesmente deixou minha amiga plantada lá até agora no parque, e nem uma mísera explicação teve coragem de dar à ela! — desabafa a garota extremamente irritada.

O albino fica completamente surpreso pela acusação, e mais surpreso ainda com os atos de Fubuki. Ele jamais esperou que seu aluno fizesse algo desse tipo, ainda mais com Camila, a quem todos desconfiavam que o loiro tivesse uma queda.

— Olha, não é do feitio dele, mas não vou defender que ele deve ter tido algum bom motivo para fazer isso, porquê não tem. Não existe desculpa pra marcar algo e deixar alguém plantado assim, principalmente uma garota, até agora. — explica o de olhos escarlate sério.

— Exatamente, não faz sentido algum! Ele deveria ter algum senso de responsabilidade e ao menos ter enviado alguma desculpa pra ela! — complementa a jovem bufando indignada.

O garoto compreende os sentimentos de sua namorada, então acaricia seu queixo, fazendo-a olhar para ele, enquanto diz:

— Eu entendo se você quiser dar algum sermão nele amanhã...

— Sério? — interrompe Viktorya, sorrindo animada.

— Mas tem um porém, você pode brigar com ele sem perder a compostura e a educação, não gosto de ver essa boca falando palavras sujas. — pede o albino, enquanto acaricia com o polegar o lábio inferior dela, também vendo o sorriso da garota de olhos verdes morrer instantaneamente com o pedido.

— Mas assim não tem graça... — rebate a jovem e Shu apenas sorri.

— Ainda assim, não é bom ficar xingando, só atrai coisas ruins. — completa aproximando seus lábios dos da garota, que apenas revira os olhos em descontentamento, mas não resiste ao beijo dele.

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