The Good, The Bad And The Dirty

Màu nền
Font chữ
Font size
Chiều cao dòng

Nota: Eu disse que não demoraria! Muito obrigada a todos que ainda lêem a história. Deixem suas estrelinhas e comentários pois isso ajuda muito! Espero que gostem.

***************


28 de Março, 22:30 PM, quarto de Lauren.

Quando Peterson Denovan subiu novamente e olhou os olhos vazios de America o encarando, ele soube que algo estava tremendamente errado.

Ela estava apática, sem acreditar.

Ele estava amedrontado, e ainda curioso.

Peterson olhou para Lauren e a garota só confirmou o que Denovan já tinha em mente. Sim, algo estava muito errado e sobraria para ele.

(A verdade é que isso sempre irá acabar)

- Eu odeio Peterson Denovan! - America soltou as palavras com toda sua raiva e fechou o notebook sem se importar. - O American Psycho é um monstro!

(A sinfonia zumbindo em minha cabeça)

Saiu correndo do quarto, esbarrando em Peterson. Os irmãos puderam ouvir o estrondoso barulho da porta do quarto de America sendo fechada e se encararam.

- O que aconteceu? - Peterson perguntou começando a se exaltar.

Ele estava preocupado. Não sabia se com America ou com ele mesmo.

- Bom... - Lauren apertou as mãos, sem jeito. - É melhor você sentar.

(A verdade é que todas as garotas boas agem bem)

Denovan entrou no quarto um tanto desconfiado com o que estava acontecendo. Sentou-se na cama e abriu o notebook sem esperar por permissão. Lauren correu e sentou ao lado do irmão.

Peterson não precisou de mais que três segundos para perceber o que eram todos aqueles arquivos.

- Como conseguiu isso? - perguntou assustado.

- Por isso que mandei você sentar. - sorriu, em uma falha tentativa de tornar as coisas mais fáceis. - Lembra da noite em que Colton Bouvier pediu para me interrogar? Não era nada formal um interrogatório na própria casa e sem a presença de um advogado. Foi tudo uma desculpa para ele me incentivar a te entregar, fez praticamente uma chantagem com os arquivos desse pen drive.

(Até uma delas não esperar sua vez)

- Isso não é meio ilegal? - podia sentir sua cabeça estourando.

- Sim. - suspirou. - Se eu fosse você, leria os arquivos para saber o que eles falam de você por aí.

(Se você quer começar uma briga)

Peterson encarou Lauren por alguns segundos. Como ela conseguia lidar tão fácil com tudo? E ser tão inteligente?

(É melhor dar o primeiro soco)

Balançou a cabeça, tudo aquilo era pura loucura. Era a sua pura loucura.

(Faça dele bom, e se você)

Finalmente começou a ler tudo do pen drive.

(Quer fazer isso durante a noite)

"Caso American: Arquivo 01

Peterson Denovan é um dos pacientes mais instigantes que já tive. O homem é brilhante, como um típico assassino de um romance policial. Ele é sarcástico e duro, sem querer mostrar o que sente. Ele tem medo que as pessoas vejam quem ele realmente é. Uma das suas maiores paixões é o medo no olhar dos outros, ele usa o medo pra aumentar seu ego.

Em todas as minhas consultas com Peterson, percebi que ele tem três lados: o bom, o mau e o sujo.

O lado bom é movido por tudo o que ele ama, como o fato de sempre tentar saber da irmã.

O mau é a sua mente, são as lembranças.

O sujo é formado pelas suas ideias para com as vítimas e o seu desejo carnal como o de qualquer outro ser humano.

Dr. Jonathan Jakob, psiquiatra."


( É melhor dizer meu nome como)

(O bom, o mau e o sujo)



"Caso American: Arquivo 02

Nos tempos em que pude trabalhar com Peterson, percebi que toda aquela análise sobre assassinos em série não terem sentimentos já estava caída ou simplesmente não se encaixava no quadro de Peterson.

O fato é que a mídia e os médicos dão para as pessoas o que elas querem. Se alguém está com uma dor insuportável, claro que vai querer ser medicado. Não foi diferente quando os assassinos em série surgiram. As pessoas estavam assustadas, queriam ser conformadas, queriam se sentir seguras e, além disso, queriam que o assassino pagasse, pagasse da maneira mais cruel possível. Porque era assim que viam os assassinos: seres cruéis.

As pessoas vêem o que elas querem ver. Elas não se importam se existe algo por trás da máscara.

O que quero dizer é que Peterson Denovan definitivamente é algo mais além do American Psycho. Ele é um ser humano.

Minha análise é que ele cometeu todos os crimes por um motivo, um motivo muito forte ao seu ser.

Descobrir o motivo não vai ser fácil, Peterson não é uma pessoa transparente, ele está sempre sério e prefere ser condenado como louco do que falar o que aconteceu.

Acho que, no final, ele só tem medo de ser considerado um monstro e ir para a cadeia.

Dr. Ripley Kolosh, psiquiatra especialista em assassinos em série"

- Você modificou esses arquivos, Lauren? - Peterson parou de ler bruscamente.

- E por que eu faria isso? - tentou entender.

- Para eu me sentir mais... - buscou a palavra. - Humano?

- Não, seu babaca, continua lendo! - bufou.

Peterson revirou os olhos, pulou alguns arquivos porque definitivamente eram muitos e voltou a ler os que considerava importantes.

"Testemunhas do departamento de Polícia de Nova Iorque: Max Wind

A força do American Psycho é enorme. Ele é totalmente fora de controle. Uma vez fui até a cela para pegar algo e ele me socou."

"Testemunhas do departamento de Polícia de Nova Iorque: Caleb Folders

Ele é raivoso, não sabe se controlar. Meus colegas de trabalho me diziam as barbaridades que ele fazia com eles na delegacia sempre que podia, os machucando para poder liberar sua raiva."

"Testemunhas do departamento de Polícia de Nova Iorque: Harry Shay

"Peterson Denovan é insano. Uma cadeia pública é pouco para tudo o que ele fez. Um hospital psiquiátrico também, mas pelo menos lá ele estará com pessoas treinadas para receber o seu caso e cuidar disso."

- Mas eu nunca fiz nada disso! - levantou-se furioso.

(Eu sei como é ter que trocar)

Lauren o observou e sorriu.

- Eu esperava que você dissesse isso. - fechou o notebook ainda sorrindo. - Você não precisar ler mais isso.

- Eu matei pessoas, mas nunca machuquei ninguém além delas. - andou de um lado para o outro.

- Sabe, eu fiquei muito chateada quando vi tudo isso, ainda mais lendo os testemunhos desses policiais, a ficha da nossa família e os depoimentos das famílias das vítimas, e por falar neles, por favor, não leia. - passou as mãos no rosto, parecendo um pouco aturdida. - Eu cheguei a falar com a America para que ela deixasse você. - o rosto de Peterson ficou surpreso, no entanto, ele permaneceu calado. - Ela se negou e eu aceitei o fato de não poder fazer mais nada. - revirou os olhos. - Dias depois, voltei a ler os arquivos e encontrei algo que você vai gostar de saber. - sorriu satisfeita.

- O que? - questionou, só conseguindo pensar em America.

Pensou em America cogitando a ideia de o deixar.

Pensou em America aturdida por descobrir que ele é o American Psycho.

Peterson estava mais preocupado com America e com o que ela estava pensando.

(Os que você ama pelos que você odeia)

- Eu...

- Falo com você depois. - a cortou e saiu correndo até o quarto de America.

Pelo menos uma vez na vida ele teria que fazer algo certo.

~♡~

28 de Março, 22:45 PM, quarto de America.

Peterson sabia que a porta estaria aberta, então apenas tomou passagem, sem delongas.

- Precisamos conversar. - chamou a atenção da garota.

(Você foi embora há tanto tempo)

O corpo de America virou-se e ela levantou da cama, o encarando como se esperasse por uma resposta.

Ele ficou sem palavras, afinal, o que diria? "Olá, eu sou um assassino, sinto muito por isso, mas eu am... " Mas o que?! Nada explicaria. Tirou a ideia de "mas" que tinha na cabeça e quando se deu conta era America quem já falava.

- Sinto muito por toda aquela cena. - emitiu sem expressão. - Eu apenas... - olhou para o chão. - Eu odeio o American Psycho pelo que ele fez. - dirigiu seu olhar para Peterson.

(Eu me esqueci como você se sente)

Espere... Ela falava como se Peterson e Derek fossem pessoas diferentes, então... ela não achava que ele (Derek) era um assassino.

Ótimo! Ele pensou. Não, não é ótimo! Quer dizer... Isso provavelmente se tornaria um problema no futuro.

(Mas eu não vou pensar sobre isso agora)

A cabeça de Peterson girava em torno de mil e uma coisas.

Tudo bem que os arquivos do pen drive não gritavam "EI, O TAL DO DEREK É NA VERDADE PETERSON DENOVAN, O ASSASSINO" e ele deveria estar tranquilo já que não teria que lidar com a fúria de America. Pelo menos não agora.

Ela iria descobrir mais cedo ou mais tarde.
Peterson encarava a parede com tamanha intensidade que tinha certeza que America estaria olhando para ele como se ele fosse algum retardado.

Ele teria que contar a verdade para ela.

- America, eu... - olhou nos olhos doces da sua garota.

(Eu vou continuar a ficar sob você)

- Você? - incentivou interessada.

(E todos os nossos amigos querem se apaixonar)

Teria que contar.

Mas não agora.

- Eu tenho que ir. - Não esperou uma resposta e saiu.

~♡~

29 de Março, 01:37 AM, casa de Akemi Konishi

"Este é o lugar onde você vem para implorar

Por nascer e por tirar

Os campos mortíferos de fogo para um congresso de corvos

Isto é o que eu faço, eu te dou um pesadelo.

Atenciosamente, American Psycho."

Akemi Konishi leu várias e várias vezes o bilhete que Peterson deixou no quarto do sanatório antes de fugir.

Aquele bilhete poderia ser algo crucial para todo o caso, para entender a mente do American Psycho.

Ela não fazia ideia de como começar a interpretar aquilo, era como se não housse sentido para aquelas frases.

Peterson era um tanto enigmático, se deixou aquele bilhete, tinha algo por trás e isso já foi uma pulga atrás da orelha da japonesa por muito tempo, era hora de dar tudo de si para descobrir a verdade e fechar aquele caso.

"Este é o lugar onde você vem para implorar"

Este? Ele escreveu no presente, o que dava a impressão de que o sanatório era o lugar ao qual se referia, já que foi lá onde o bilhete foi encontrado.

"Por nascer e por tirar"

Tirar o que? Vidas? Peterson estava se referindo a si próprio? Akemi duvidava muito disso, a mensagem parecia ser dele para alguma outra pessoa, para a polícia, talvez.

"Os campos mortíferos de fogo para um congresso de corvos"

Os campos mortíferos só poderiam remeter morte e o congresso de corvos seria uma metáfora? Ou estava se referindo ao governo?

"Isto é o que eu faço, eu te dou um pesadelo"

Peterson matava pessoas por algum motivo, ele era o pesadelo daquelas pessoas, então. Era uma frase de vingança.

Algo se iluminou na cabeça de Akemi.

(Se você quer começar uma briga)

Saiu do sofá e sentou-se no chão, ficando na altura da mesa de centro que estava preenchida pelos arquivos impressos do caso American - arquivos que também estavam no pen drive que Colton pegou.

O pen drive e esses arquivos impressos eram tudo o que sabiam de Peterson e sua família, depoimentos e testemunhos de pessoas que cruzaram com ele, como psiquiatras, policiais e vários outros especialistas.

Começou a ler a ficha da família, começando pelo pai de Peterson, Derek Harrington. Ficou instigada lendo os arquivos, então teve a ideia de procurar por algo. Abriu o notebook no sistema da polícia e buscou por cada uma das vítimas de Peterson, confirmou o que queria.

(É melhor dar o primeiro soco)

(Faça dele bom, e se você)

(Quer fazer isso durante a noite)

Todas as vítimas eram pessoas poderosas e foram clientes de Derek Harrington.

Elas eram o congresso de corvos.

Era um caso de vingança.

(É melhor dizer meu nome como)

(O bom, o mau e o sujo) - The Good, The Bad And The Dirty, Panic! At The Disco


*****************

Nota: Eu abri novamente alguns pontos do começo da história para o quebra cabeça começar a fazer sentido, nos próximos caps todas as perguntas sobre o American Psycho e seu passado serão respondidas, então tenham paciência.

Esse cap teve mais do Peterson pra vocês <333 já que no último ele não apareceu muito.

A guerra na história vai começar, se preparem.

Twitter @halseynajou
Ask.fm @mrsambz

O próximo deve sair ainda essa semana.
Beijos, Amy.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen2U.Pro