Capítulo 4

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Viktorya estava ouvindo música e fazendo brigadeiro para comer assistindo a um filme quando Shu chegasse do trabalho. Ela havia chegado mais cedo por conta de não ter tantas coisas para fazer no Bulls hoje.

A arroxeada estava tão entretida que não notou o momento em que o albino chegou, se aproximou de mansinho e a abraçou pelas costas, ocasionando um pulinho de susto dela.

— Meu Deus, que susto, Shu! — reclama Viktorya colocando uma mão no peito e sentindo seu coração disparar.

O jovem homem apenas ri da situação, enquanto beija a bochecha da jovem de olhos verdes e aproxima seu rosto do ouvido da jovem, dizendo:

— Eu nem sou tão feio assim, Vih. Aliás, que cheiro bom.

Viktorya sente um arrepio em seu corpo ao ouvir seu namorado, mas como já é algo comum, ela não se assusta e finalmente sente seu coração normalizar as batidas, voltando a mexer a colher.

— É brigadeiro, tava morrendo de vontade de comer um. — explica sorrindo.

— Vontade, é? Me parece gravidez. — comenta em tom acusatório, mas ainda sorrindo e apertando o abraço em volta da cintura dela. Viktorya apenas revira os olhos com indignação ao ouvir isso.

— Você tá muito engraçadinho ultimamente, não acha?

— Tive uma excelente professora, que me ensinou direitinho. — responde o albino soltando a jovem em seguida e se pondo ao lado dela. — Mas mudando de assunto, isso é pra você. — fala entregando um envelope de carta marfim.

A jovem recebe o envelope, que apresenta uma inscrição dizendo "Compensação por danos morais", com um rosto desconfiado, mas abre-o rapidamente e nota que dentro há um cartão de plástico preto, com alguns números e uma data de vencimento para daqui a 5 anos, inscritas em dourado. Também encontra um bilhete com um valor em dólares, ao qual ela até fica assustada ao assimilar.

— O que significa isso? — questiona a jovem, levantando seus olhos da carta para o albino, sem entender absolutamente nada.

— Não sei se lembra, mas um dos acionistas do Raging Bulls é pai daquela garota que expulsei. Eu tinha avisado que ela não sairia impune depois do que fez com você, então, assim que o pai dela soube, pensou nisso para evitar um processo que sujaria a imagem da família deles e também porque sabia que ela seria orgulhosa o suficiente para não te dar um pedido de desculpas decente. Mesmo que eu ainda ache que ela deveria te pedir perdão. — explica Shu sério.

— Ah, eu... Nem sei o que dizer... Realmente não tava esperando por isso... É muito dinheiro. — diz a jovem ainda atônita.

"Não sabia que meu cabelo valia tudo isso." - pensa a garota.

— Hum, pela sua cara você já deve estar pensando no que fazer. — pontua Shu sorrindo.

— Pra falar a verdade, a única coisa que pensei é em dar uma parte do valor aos meus pais, com o resto eu realmente não faço ideia do que fazer. — admite Viktorya com um sorriso sem graça.

— Você pode guardar no banco até decidir, tem muito tempo pela frente para pensar nisso. — sugere o de olhos escarlate dando de ombros. — Agora vou tomar um banho, estou cansado e só quero me refrescar e ver nosso filme.

— Já que tá indo, leva isso e guarda em algum lugar. — diz a arroxeada entregando o envelope. — Vou fazer a pipoca enquanto te espero. — conclui ela, observando Shu assentir e sair da cozinha.

[...]

Passava da meia noite e os jovens namorados ainda estavam em seu quarto compartilhado, deitados confortavelmente na cama de casal, assistindo filme, pois Viktorya não se contentou em ver apenas um. Shu não se opôs, afinal era sexta feira e aos sábados eles não trabalham muito, além de sairem mais cedo, então aproveitou para curtir a noite mais um pouco com a arroxeada, que estava deitada em seu peito, entretida com a tela da tv em frente à cama deles, enquanto ele acariciava seu cabelo e costas.

Não demorou muito para os primeiros sintomas do sono alcançarem a jovem, que abriu sua boca em um bocejo preguiçoso.

— Está com sono? — questiona Shu ainda deslizando os dedos por entre os fios roxos da jovem.

— Uhum, — diz em tom manhoso. — É difícil não pegar no sono recebendo carinho assim...

Shu não consegue evitar um sorriso, mas também não perde a oportunidade de provocá-la um pouco.

— Que pena, eu queria aproveitar você um pouco mais hoje, mas parece bem cansada.

— Aproveitar... Como assim? — questiona confusa pelo sono, vendo-o nos olhos. — Já não vimos filme e comemos besteira?

— Sim, mas eu queria aproveitar de outra forma... — diz o albino com um sorriso sugestivo.

Quase que instantaneamente ela despertou de seu sono, levantando seu rosto abruptamente do peito do albino, se sentando na cama e dando-lhe um tapa leve no braço dele.

— Lá se foi meu sono... Engraçadinho. — reclama a jovem emburrada, e Shu apenas gargalha da reação dela, ainda com um sorriso malicioso brincando nos lábios.

Apesar das luzes estarem totalmente apagadas, a jovem ainda conseguia perceber o sorriso malicioso no rosto do albino, devido a luz advinda da tela da tv, e ela corou no mesmo instante ao notar isso. Shu aproveitou para se sentar na cama e se inclinar para ela.

— Porque a vergonha? Nós somos namorados há algum tempo e mesmo já tendo feito isso, você ainda tem a mesma reação quando te provoco.

— É que é vergonhoso... Principalmente quando fala assim. — diz a jovem desviando o olhar.

— Claro, claro. — diz o de olhos escarlate suavizando seu olhar, ainda sorrindo. — E você age igual uma gatinha, fica manhosa, me bate, mas continua fofa. — diz levando sua mão até o topo da cabeça dela, para fazer carinho igual se faz em um gato de verdade. — Melhor dormirmos agora, Vih, está tarde.

[...]

Era manhã de sábado e como hoje era folga de Viktorya, ela resolveu ir novamente ajudar Camila na floricultura, que já estava praticamente pronta para funcionar, só precisavam consertar uns arranjos de flores e colocá-los em locais estratégicos para atrair os clientes. E era assim que estava ficando.

A arroxeada aproveitou que não tinha muito o que ver e fazer em casa, e que Shu ainda ficaria no Raging Bulls até às 15h, horário que ele largava o trabalho aos sábados, para ir ajudar sua amiga.

Enquanto organizavam os arranjos e faziam algumas amarrações neles, a arroxeada e a morena conversavam tranquilamente.

— Esqueci de te contar, recebi uma indenização pelo meu cabelo ontem. — comenta Viktorya fazendo um laço para um dos arranjos.

— Você processou ela? — questiona Camila com rosto surpreso. — Me conte tudo e não me negue nada.

Viktorya ri um pouco e dá continuidade ao seu relato.

— Não foi bem um processo... Shu me disse que quando o pai dela ficou sabendo que ele tinha ameaçado dar um jeito naquela megera, tentou resolver de uma forma pacífica e me enviou uma carta com a indenização.

— Foi o suficiente pra uma peruca? — pergunta a morena curiosa, mas rindo.

— Peruca? Com o valor eu compro umas cem laces caríssimas e ainda sobra muito dinheiro, pra falar a verdade, eu nem sei o que fazer com tudo aquilo. — comenta a jovem um pouco envergonhada. — Ah, e o pai dela é um dos acionistas do Bulls, deve ser por isso que ela se achava tanto quando estava lá.

— Faz sentido. — diz Camila cortando as rebarbas de um laço com a tesoura.

— Mudando de assunto, como está seu relacionamento com o Fubuki? Tem visto ele ultimamente?

— Não muito, tenho passado a maior parte do meu tempo aqui.

— Nossa, Camila, mas rolou nem uma mensagem? Você tem que agir, vai mesmo deixar ele escapar assim?

— Você não tem o que fazer não? Que tal pensar em como será conhecer seus sogros daqui uns dias... — começa Camila com um sorriso maquiavélico.

— Está mudando de assunto, mas não vou mentir, tenho pensado muito nisso ultimamente. Estou ansiosa para conhecer meu sogro e saber o que ele acha do meu relacionamento com o filho dele.

— Sei, os asiáticos não costumam aceitar bem que seus filhos namorem com estrangeiros. — comenta Camila.

— É isso que me deixa aflita. — admite a arroxeada suspirando.

— Você vai conseguir conquistar ele, só pode demorar um pouquinho, mas você vai que dia mesmo? Esse fim de semana?

— Sim, eu tô indo nesse fim de semana. Parece que o pai dele finalmente tem um tempinho livre e o Shu quer aproveitar a oportunidade.

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