Capítulo 9

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Viktorya estava mais uma vez no túmulo de Theodore, desde que retornou do Japão já havia virado rotina ela passar por aquele local, mesmo quando Shu não podia ir ela aproveitava para passar por lá. Principalmente agora que o albino estava bastante ocupado com alguns projetos novos de evolução nos beys do time, treinos e um campeonato que estava por vir.

Hoje era mais uma dessas escapadas dela, ela estava próxima ao túmulo, escorada em uma árvore frondosa. Podia parecer estranho, mas ela se sentia confortável ali, mesmo que fosse um cemitério. No entanto, não era nada assustador, era bem organizado e bonito na verdade, talvez porquê fosse um cemitério onde só estavam enterradas pessoas de famílias bem sucedidas, mas isso não vem ao caso.

Ela estava desenhando para se desestressar, ou tentando, porque tudo que conseguiu até agora foram apenas garranchos desconexos.

— Ah... — murmura a jovem frustrada, passando a borracha no desenho com um pouco de força, quase rasgando o papel.

— Problemas pra se concentrar? — questiona uma voz de repente.

A de olhos verdes retirou os olhos do desenho e moveu seu rosto para os lados, porém não encontrou o dono da voz.

— Hã? — balbucia a jovem pensando ter imaginado ouvir algo e então suspira. — Devo estar imaginando coisas...

— Consegue me ouvir? — questiona novamente a mesma voz. Ela falava em um tom não tão grave nem tão agudo, mas sim neutra, ou melhor, sem emoção. Porém a jovem arroxeada notou ser feminina.

— C-consigo. — responde Viktorya temerosa, quer dizer, ela ouvia, mas não conseguia ver o dono da voz e isso lhe deixou insegura, afinal ainda estava em um cemitério. — Quem é você?

— É sério que não me conhece? — pergunta a voz parecendo chateada dessa vez.

— Deveria? — pergunta Viktorya tentando manter a calma. — Não consigo te ver... — explica a garota, mas dessa vez não obtém resposta. — Acho que Shu está certo, tenho que visitar a psicóloga. Estou ficando maluca.

— Viktorya... — chama-lhe outra voz, que parecia mais distante que a última, mas dessa vez ela reconhece.

— Sim?

— Viktorya, acorde...

Como se por um passe de mágica a jovem abre seus olhos, retornando do mundo dos sonhos. Ela permaneceu deitada na cama enquanto se sentia molhada e sua respiração estava acelerada.

Era madrugada e o albino de olhos escarlate estava ao lado dela, com rosto preocupado, observando enquanto ela finalmente acordava. Ele havia acordado com os lamuriosos gemidos da garota, que parecia presa em seu sonho, foi quando ele começou a tentar acordá-la. Ela estava quente, suando e murmurava coisas desconexas, o que só aumentava a preocupação de Shu.

"Mais um pesadelo, quando isso vai acabar?" - pensa o de olhos escarlate, sentindo-se mal pela arroxeada.

O quarto ainda estava escuro, mas Viktorya conseguia ver o rosto de seu namorado devido a luz amarelada do abajur de cabeceira.

Nada daquilo era real.

— Shu... — balbucia a jovem ainda confusa, sentando-se na cama enquanto seu namorado retirava a coberta de cima dela.

— Você teve mais outro pesadelo, estava falando enquanto dormia. — comenta o albino sério, mas com visível preocupação. A mão dele estava na testa da garota. — E está com febre.

— Então era só um sonho? — questiona a garota surpresa, enquanto Shu assente e a pega no colo, se levantando da cama e a levando para o banheiro da suíte.

— Era. Se quiser me contar o que aconteceu nesse sonho estou ouvindo, — diz enquanto ainda a segura nos braços e abre a porta do banheiro. — Mas agora é melhor tomar um banho pra essa febre passar. Você está muito quente.

[...]

— Tem certeza de que consegue ir pro Bulls hoje? — questiona Shu parado em frente da garota com semblante sério e braços cruzados.

Ambos haviam tomado seu café da manhã e se arrumado para irem ao Raging Bulls, mas Shu não se sentia confiante de deixar a garota ir, mesmo sua febre já tendo baixado. Ele ainda preferia perder um dia para ficar cuidando dela, porém a jovem insistia em ir.

— Claro, Shu. Não me sinto mal. — rebate a de cabelos roxos.

— Ainda assim você pode ter uma recaída. Não é melhor ir ao médico saber o que você tem? Ou melhor, ficar em casa? Eu cuido de você.

— Não quero ir ao médico, já chega de hospitais. — nega a arroxeada fazendo careta. — E por mais que seja tentador ficar em casa com você, eu quero ir! — diz irredutível.

O albino suspira frustrado, sabendo o quão teimosa Viktorya costuma ser, então assente dizendo:

— Tudo bem, mas se você sentir qualquer coisa tem que me avisar.

— Ok. — concorda a de olhos verdes sorrindo, enquanto tenta sair de perto do albino para pegar seu celular.

— Prometa. — exige o jovem homem segurando o braço de sua namorada, a impedindo de se afastar.

— Tá bom, eu prometo. — fala a garota por fim, rindo enquanto dá um beijinho na bochecha do albino.

[...]

— Você viu o Fubuki? — questiona Viktorya após terminar sua parte do trabalho de hoje.

A jovem estava descansando sentada no sofá de couro vermelho escuro da sala do albino, enquanto ele analisava algumas informações em seu computador.

— Não, ele não veio hoje. — revela Shu enquanto digita.

— Ele deu algum motivo? — pergunta curiosa.

— Não, só avisou que não viria. — responde dessa vez a observando com um sorriso ardiloso, e continua: — Porquê? Está preocupada com ele?

— N-não! — responde a garota nervosa. — É só que é estranho ele faltar justo um dia após o que falei pra ele...

— Não se preocupe, ele não guarda mágoas, e você estava certa em defender sua amiga. — tranquiliza o albino, voltando seu olhar para o computador.

— Você acha? — o de olhos escarlate apenas assente, concordando.

Mesmo assim Viktorya não conseguia deixar de se sentir curiosa sobre o quê o loiro estaria fazendo. E ela não conseguia deixar de imaginar como isso afetaria o relacionamento dele com sua amiga, ela achava que eles se tornariam um belo casal, mas da forma que estava indo, sem falar que agora Ivy estava envolvida, ela começava a duvidar.

Ela via aquela garota de vez em quando nos corredores, mas nenhuma ousava dizer nada, afinal não eram íntimas. Mas ela não conseguia deixar de suspeitar que a de cabelos negros sentisse algum tipo de atração pelo loiro, que sempre a ajudava nos treinos, pois ela vez por outra sorria perto dele e conversavam bastante, diferente da forma que ela tratava os outros membros, sempre com um rosto desconfiado ou com comentários sarcásticos. A questão agora era se Fubuki sentia o mesmo.

[...]

Era noite, os membros do time, com exceção de Viktorya e Shu, tinham voltado para suas casas ou ido para os dormitórios. O albino estava ocupado com alguns papéis importantes em seu escritório, enquanto a arroxeada estava treinando com Oblivion Viollet. Ela já havia feito vários lançamentos e estava completamente suada pelo esforço, mesmo Shu tendo orientado para ela pegar leve ao menos no nesse dia, mas ela era mais teimosa que uma mula, então treinou como vinha fazendo frequentemente.

Ela havia conseguido alguns lançamentos exitosos com os conselhos de Shu e toda a teoria que tinha absorvido do que até então ela considerava um anime de blading, mas até o momento não tinha desenvolvido nenhum tipo de ligação com sua bey, muito menos algum daqueles lançamentos que Shu, Valt, Free e os outros possuíam. Ela suspirou frustrada, dando por fim uma pausa.

Foi quando seu telefone tocou. Ela subiu os degraus que levavam até a parte de cima da área de treinamento, até chegar à uma mesinha onde tinha deixado seu celular. Ao ver sua tela teve uma boa surpresa, era Mirlane, sua amiga que havia se tornado a Guardiã do Portal do BC Sol na Espanha.

Faziam alguns meses que elas não se falavam, devido a ambas estarem ocupadas com suas próprias coisas, mas Viktorya se sentia feliz de a morena ter arrumado um tempinho para conversarem. E essa era a sua oportunidade de ter uma segunda opinião sobre tudo que vinha acontecendo em sua vida, afinal a morena era excelente em seus conselhos.

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